Madeira


Ficou uma coisa por dizer do jogo de ontem.

Já presenciei e respeitei dezenas de minutos de silêncio, ao vivo e na televisão, tanto em actividades desportivas como noutros locais, e o de ontem foi dos poucos que verifiquei ter sido cumprido com o respeito e dignidade que o alvo da homenagem merece. Tivesse sido por respeito puro e humano, por solidariedade com Ruben, pelas palmas ou pelo “Amazing Grace” que colocaram como música de fundo, foi um exemplo que mostrou que as pessoas por vezes até podem ser humanas quando muitas vezes não o parecem querer admitir pelos seus próprios actos.
Como conheço madeirenses que lá vivem e que, apesar de felizmente estarem sãos e salvos, olham à volta e vêem a desilusão do panorama que se lhes depara e vão ter de arranjar forças físicas e mentais para recuperar, dar a volta e trazer a beleza da ilha de volta.
É nestas alturas que as clubites se anulam e a alma fala mais alto. Só fica o sentimento.

2 comentários

  1. Posso apenas acrescentar que o cenário é absolutamente desolador… Ontem à noite fui buscar um casal amigo que insistia em ficar em casa apesar do perigo que corriam e vi, de perto, toda a destruição. O edifício onde vivem tem água até ao primeiro andar, os carros na rua estão cobertos de pedra… Já hoje ouvi pequenos relatos de colegas que estavam em formação na baixa do Funchal e que conseguiram fugir a tempo. É uma tristeza enorme e um pesar profundo pelas vitimas.

  2. e responderes às mensagens, isso é que era, anda aqui um gajo preocupado com os amigos…de qualquer forma fico feliz por estares bem, rapaz! grande abraço e boa sorte para a reconstrução!

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