My name is Viiktórya. Lyonce Viiktórya.

Vou fazer (e espero que me perdoem pela heresia) uma curta incursão num mundo que anda quase sempre de mãos dadas com o futebol actual, a azeiteirice.

A notícia, bombástica como poucas, saiu ontem. O nome da filha de Luciana “Floribella-tem-novas-mamas” Abreu e Yannick “Forrest-Gump-africano” Djaló, nascida a 13 de Janeiro, foi ontem divulgado.

Lyonce Viiktórya.

Para além do óbvio bom gosto dos babosos pais, urge congratular o casal pela feliz escolha do nome para a cachopa. Não me lembro de ver uma preparação tão antecipada de uma brilhante carreira para a filha na área do entretenimento nocturno, nomeadamente na secção das danças exóticas. Stripper, portanto. Se conseguir ultrapassar a quantidade inusitada de tareias que vai levar até chegar ao liceu, entenda-se. Reparem no cuidado da eslavização dos dois “i” no segundo nome, como que a facilitar o trabalho do MC quando tem de chamar a próxima bailarina para o varão central, em que nem precisa de fazer aquela parvoíce do “E agora, o vosso aplauso para Solange Deniiiiiiiiise!”, porque já está contemplado no apelido. Limpinho.

Parece inclusive que já estou a ouvir a Lucy, do alto da sua voz bolhoneira, a gritar para a catraia: “Lyonce! Lyonce!!! Liounce Biquetória!!! Já aqui à mánhe, caralho!”, enquanto que um ou outro transeunte lhe perguntam onde é que ela viu o cãozinho pela última vez.

Pensando já no futuro, há uma terra no País de Gales chamada Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch. Fica a sugestão para o próximo rebento. Porque, quer queiramos quer não, o ventre da Luciana Abreu vai voltar a ser notícia.

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Ah, João, how we missed thee…



(por favor abstraiam-se dos comentários do Valdemar Duarte e do João Querido Manha)

Da última vez que apanhámos com este rapaz em Aveiro, aconteceu isto:

Não há muito a dizer sobre esta besta. É raro falar sobre árbitros, como sabem, mas desta vez não tenho outra hipótese. Aproveito para pedir desculpa aos vizinhos da minha cunhada pelos guinchos que ouviram do apartamento dela. Era eu, sempre que via uma cotovelada ou uma patada de pitões em riste a cravarem-se na inocente pele dos nossos jogadores, e que João Ferreira ou não via ou, quando via, admoestava com singelos cartões amarelos. Para além disso, fica-me na retina a forma como quando Álvaro está a reclamar cartão a Carlos Martins, João Ferreira coloca-lhe a mão no pescoço. Álvaro, espantado, tira-a de lá e leva amarelo. Não é mau árbitro a nível técnico, mas disciplinarmente evidenciou claramente a sua côr. Só não mostrou o cartão que é feito dela a quem merecia.

Sabendo-se que não vai lá estar Álvaro Pereira, esse energúmeno provocador que ousou colocar a fronha contra a mão do árbitro, em que tromba de que jogador do FC Porto é que João Ferreira vai encostar a manápula? Aceitam-se ideias.

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Baías e Baronis – FC Porto vs Beira-Mar

Foto retirada de www.fcporto.pt

Dei comigo por várias vezes a meio do jogo a dizer: “Porra, estamos a jogar bem melhor do que estava à espera!”. Foi uma exibição muito agradável, com excelentes trocas de bola entre jogadores teoricamente menos entrosados, somando alterações a meio-campo mas mantendo uma facilidade de mutação de posições e de subidas com boas compensações. Muitos plurais, peço desculpa. O resultado, criado na primeira parte, foi gerido de forma prática e eficiente na segunda, com Hulk e Moutinho a poderem descansar um pouco na segunda, já que depois do trabalho estar feito não era preciso muito mais correria. Decepcionou-me um pouco a fraca resposta do Beira-Mar…só espero que no sábado estejam iguais ao que mostraram hoje. Vamos a notas:

(+) Walter  Não podemos comparar o rapaz a Falcao. Tem um estilo diferente, uma velocidade diferente, paga um escalão diferente nas portagens, em suma, é diferente. Mas lá vai começando a marcar alguns golos…não, corrijo, continuando a marcar golos ao melhor estilo Faríasiano. Mexeu-se bastante melhor hoje na frente de ataque, com um golo, uma assistência e um remate que deu para Fernando espetar uma sarda das antigas na baliza Norte. O brasileiro (de 20 anos, recorde-se) está com garra, com vontade e com algum faro. Com Falcao de fora por algum tempo e alguma aparente renitência em entrar à tolo no mercado de inverno (que agradeço), parece que Walter está a tentar afirmar-se como uma alternativa credível. Ainda bem.

(+) Fernando  Um tiraço para o fundo das redes e uma exibição bem acima do que fez no último jogo em que interviu. Foi prático, rápido a subir no terreno e aproveitou a sorte de ter um meio-campo fraquinho à sua frente para entrar como queria pelo terreno inimigo e trocar a bola bem mais à frente do que seria previsível. Cabe a Villas-Boas optar entre ele e Guarín…sim, custou dizer.

(+) Hulk  Foram só 45 minutos, sem marcar um único golo. Parece pouco tendo em conta a recente produtividade do brasileiro, mas a quantidade parva de remates que fez à baliza do Beira-Mar (um dos quais originou o primeiro golo) chegou para marcar a diferença. Fez o suficiente para sair ao intervalo satisfeito pelo que fez.

(+) Emídio Rafael  Marcou. Sim, marcou. Para além disso fez o jogo mais decente com a nossa camisola, mais concentrado e com menos nervos, o que me faz crer que ainda pode ser alternativa. Com Sapunaru como titular indiscutível à direita e Fucile longe da melhor forma, a titularidade em Aveiro pode ser uma boa oportunidade de confirmar o crescendo de forma. Isto, obviamente, se Villas-Boas o escolher para o flanco esquerdo da defesa em detrimento do uruguaio…

(-) Isqueiros, telemóveis e afins  Há algumas vantagens em ver o jogo pela televisão. Para além das repetições e de conseguir estar na presença auditiva de uma das maiores grafonolas da televisão portuguesa (o Sr.Santos, entenda-se), é possível observar alguns pormenores que não é possível vislumbrar ao vivo. Hoje, reparei em isqueiros e telemóveis que foram discriminadamente arremessados para a zona do relvado onde se encontrava o guarda-redes do Beira-Mar, provenientes da Superior Sul do Dragão. Porquê, perguntarão? Não sei. Nunca sei. Só sei que quando vejo esse tipo de actos, a primeira imagem que me surge na moleira é a do início do 2001 de Kubrick: símios, a usarem um osso como arma, a manifestarem a sua indignação da maneira mais indigna possível. Chamem-me pedante à vontade, mas alguém que não tenha problemas mentais profundos e que vá para um jogo de futebol para atirar objectos para o relvado só pode ser tratado à pancada ou com choques eléctricos.

(-) Ruben Micael  Palavra que não entendo. Um jogador que no ano passado não deslumbrou mas mostrou sempre ser competente, com uma clarividência acima da média e uma capacidade de passe e de criação de rotinas ofensivas…transformou-se num rapaz medroso e a mostrar talento para pouco mais que rodar a bola para o sítio mais fácil sem subir no terreno, sem rupturas, sem força, sem garra. Está muitos furos abaixo do que pode e sabe fazer, mas qualquer coisa se passa para que mostre tão pouco em campo.

Não há muito a dizer sobre o jogo de hoje. A vitória do Nacional frente ao Gil Vicente acabou por condicionar as nossas hipóteses de apuramento por isso o que podíamos fazer era colocar o pé a fundo e tentar fazer com que a vitória fosse nossa para ainda termos alguma esperança na passagem às meias-finais. E esperar que o Beira-Mar não se queira vingar no sábado, porque esse jogo é bem mais importante que este que hoje se disputou.

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