Uma falácia intencional

Esta foto rodou o mundo dos blogs durante todo o dia e foi elevada à condição de endeusamento como a imagem do que é sentir o Benfica, do que custa ver a alma benfiquista a desmoronar-se.

Falso.

Fábio Coentrão, apesar da arrogância saloia que demonstra, tem sido dos únicos jogadores do Benfica que luta e dá luta. É rápido, forte, rijo, agressivo, defende com garra e continua a correr e a brilhar enquanto os colegas parecem cair num torpor incompreensível e irrecuperável.

Esta imagem não prova, ao contrário do que muito boa gente…perdão, muito iludida gente parece querer transmitir, que Fábio “sente” o Benfica, que “vive” o Benfica, que é isto que os Benfiquistas sentem ao ver a equipa derrotada esta temporada. Prova sim a impotência de um jogador que acabou de correr durante mais noventa de tantos noventa minutos ao longo desta temporada e que fez tudo para terminar com a vitória no bolso, só para chegar ao final exausto e ao olhar para o lado ver outros dez indivíduos (mais alguns no banco, ainda outros na bancada e mais ainda nos púlpitos mediáticos) a lamentarem-se da falta de sorte e das arbitragens, com a moral mais no fundo que os mineiros chilenos.

Fábio lutou. Os outros nem por isso. E é também por isso que o Benfica não está na final da Europa League.

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Parabéns, Mingos!

 

foto retirada de uefa.com

Como jogador nunca chegaste a uma final. Como treinador já deixaste a tua marca.

Parabéns, rapaz. Só não te aplaudo mais porque ainda temos de jogar contra ti. E perdoa-me a heresia, mas em Dublin vais ser inimigo.

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1001 sacos de mijo

Custódio: “Blá blá blá, estou muito feliz e a equipa está de parabéns, yadda yadda”.

Nuno Luz: “E agora a final? É para ganhar?”

Uma pergunta imbecil de um jornalista imbecil. Nem mil e um sacos de urina bem amarela arremessados à gigantesca cabeça deste idiota chegavam.

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Baías e Baronis – Villarreal 3 vs 2 FC Porto

 

foto retirada de MaisFutebol

 

Final da Europa League. Foi em Espanha que confirmámos a presença na final, depois de um jogo muito intenso, cheio de pequenos casos, pressão fortíssima do Villarreal durante quase todo o jogo, atraso no marcador, recuperação inteligente e algum relaxamento prematuro que levou a uma derrota que ninguém se vai lembrar como tal no futuro. Vi o jogo na baixa da cidade do Porto rodeado por adeptos portistas que vibravam com cada remate e sofriam com cada cruzamento, e a minha tentativa de ver os dois jogos ao mesmo tempo saiu frustrada porque no primeiro tasco que escolhi como pouso para o visionamento…a SportTV começou a falhar. Nervoso, irritado, em sofrimento, saí de lá para o próximo tasco que encontrei, a correr por entre as ruas do Porto e cheguei ao outro boteco na altura certa, porque tínhamos acabado de empatar. Os nervos não pararam mas no final voltei a ter aquela sensação de calma olímpica e de pensar: “Estamos na Final!”. Lindo. Histórico. Mais uma vez. Notas abaixo:

 

(+) Helton Numa noite destas, em que o resultado estava quase garantido depois da estupenda segunda-parte de há uma semana, poder-se-ia pensar que a equipa ia descansar e que bastava aliviar algumas bolas para a frente e os 90 minutos chegariam num instantinho. Wrong!. Os espanhóis atacaram e pressionaram como se tivessem fogo no rabiosque amarelo, mas apanharam com um fulano que mostrou, apesar dos três golos encaixados, que é um guarda-redes de top mundial. Defesas atrás de defesas, com estiradas de grande nível, saídas perfeitas dos postes e uma tremenda confiança transmitida aos colegas que não o podem culpar em nada nos golos que sofreram. Em grande, capitão!

(+) Guarín O meu mea-culpa para com esta besta colombiana (no bom sentido) continua e não tenho problema nenhum com isso. Fredy ganhou os adeptos a pulso, com uma capacidade de sacrifício e de luta como vi em poucos e a liderar uma equipa quase-órfã de Moutinho com o corpo totalmente dado ao combate. O remate a partir daquele livre directo que o guarda-redes do Villarreal (à imagem de Ladic num jogo da Champions nas Antas contra o Croácia Zagreb, que abdicou da barreira para proceder direitinho ao fundo da baliza para ir buscar a bola que, quiçá furada, lá foi parar depois de um míssil de Doriva) decidiu não necessitar de uma barreira à frente, merecia ter entrado. Tinha sido o golo do ano.

(+) Falcao Passou Klinsmann com os seus 16 golos e tornou-se o melhor marcador de sempre numa edição da Taça UEFA/Europa League. O golo que marcou foi mais uma perfeição de um ponta-da-lança como há poucos e apesar de ter andado um pouco perdido na primeira parte por entre as pernas e a pressão do Villarreal, quando pode mostrar serviço, lá está ele. Fica, rapaz, por favor.

(-) Amarelos Ainda não tinha estacionado o carro e já tinha ouvido as equipas na rádio: Moutinho ia jogar. Apitei sem querer, pelo que peço desculpa ao Yaris (PUB) que ia à minha frente e que ficou visivelmente incomodado. Foi sem querer, caro amigo. Não queria que Moutinho jogasse porque sou um medroso e porque achava que era contra-producente ver o nosso número 8 que joga no centro do meio-campo…a não jogar em condições. É que qualquer movimento instintivo do braço, um puxão ao adversário, um carrinho que desliza mais uns centímetros, qualquer uma destas situações fortuitas pode fazer com que o árbitro espete um cartão da cor da camisola do Villarreal e afastar Moutinho da final. Aceito, mas eu não teria feito o mesmo. Aconteceu a mesma coisa na primeira parte com Falcao (que sorte não ter sido expulso) e na segunda parte com Sapunaru, e foi mais uma fonte de miséria para os meus dedos que já estavam a ser tão mordidos que não mereciam este tratamento. Shame on you.

(-) Lesões de Cebola e Fernando Não havia nada a fazer, mas o azar foi exagerado. É verdade que a equipa parece fresca mas é impossível que tantos jogos em tão pouco tempo não causem mossa nos nossos rapazes. Rodríguez estourou o músculo da coxa e Fernando…nem percebi muito bem, admito. Obrigaram Villas-Boas a “queimar” duas substituições que poderiam ter feito falta no caso de ser preciso mexer mais para o ataque, o que felizmente não foi preciso.

 

 

Não há muito mais a dizer sobre o jogo. Sobrevivemos com duas lesões inoportunas, alguns amarelos no limite, um penalty escusado, vários lances de muito perigo e uma fenomenal exibição de Helton. Cumprimos a estatística ao atingir os 50% de produtividade contra espanhóis este ano. Mas estamos na final. Estamos na final!!!! E não há nada nem ninguém que nos tire esse orgulho, (mais) esse marco na nossa história que vamos tentar transformar num novo troféu em Dublin. Ah, ia-me esquecendo: ESTAMOS NA FINAL!!!!!!

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