Baías e Baronis – FC Barcelona 2 vs 0 FC Porto

 

foto retirada de MaisFutebol

A pouca comida que consegui ingerir depois do jogo parece que não assenta bem no meu estômago. Vi o jogo num estado de intenso nervosismo, enquanto via o meu FC Porto a prender o jogo do Barcelona atrás do meio-campo, com linhas defensivas bem organizadas e espaços quase todos tapados. Foi uma primeira parte quase perfeita…até aparecer Guarín e a atrapalhação do costume que, qual Bruno Alves em Old Trafford, assistiu Messi para o golo. E mudou o jogo todo. Custa ainda mais porque parecia que íamos conseguir arrancar uma segunda-parte ao nível da primeira e obrigando o Barcelona a subir e a abrir o jogo, podia ser que num lance rápido pudéssemos marcar e sonhar em vencer o troféu. Não conseguimos e não os recrimino, porque deram uma imagem digna, lutadora, guerreira. Não se podia exigir mais. Vamos a notas:

 

(+) FC Porto Foi uma surpresa receber uma chamada de um amigo quando ainda estava a chegar a casa, a dizer-me: “Oh pá, já viste que vai jogar o Cebola?!”. Era normal, também Villas-Boas o fez várias vezes no ano passado, mas ninguém estava à espera. A táctica vai ser para abdicar das alas e fechar o centro para lá do meio-campo. OK, pensei, vamos a isso. Quando vi a equipa a entrar, com calções brancos como no 3-0 do Vicente Calderón, tive um leve sentimento de esperança no que se podia passar, e a primeira meia-hora confirmou a esperança, elevou-me o espírito, criou a imagem que podíamos conseguir ganhar o jogo. Abafamos o Barça, carago, tapámos todas as ruelas e becos para a baliza, Souza tapava bem no centro, Moutinho era o escudeiro perfeito para Iniesta, Fucile segurava Dani Alves, Otamendi interceptava as bolas para Messi, Kléber pressionava Valdés, Hulk rompia pelo flanco…era um FC Porto bom, vivo, dinâmico e agressivo. Durou quase todo o jogo essa alma, por muito que os rapazes estivessem exaustos, com o suor a colar as camisolas aos corpos extenuados, mas sempre a investir, sempre a forçar, sempre a tentar com cabeça no lugar, com concentração no máximo e sem fraquejar, sem desanimar, sem perder antes de jogar. E até ao fim, mesmo até ao 2-0, pensei que podíamos. Não pudemos, porque acabamos por cometer alguns erros que neste tipo de jogos, contra uma equipa destas, são fatais. Não quero saber. Fiquei triste, doente, mal-disposto. Perdemos 2-0 com o Barcelona e fiquei desanimado. Mas orgulhoso dos 14 moços que andaram a correr no Mónaco de azul-e-branco ao peito.

(+) Helton Só destaco o capitão por dois motivos: o que fez em campo e o que disse fora dele, logo a seguir ao jogo. É ingrato fazer as defesas que fez, mantendo-se sempre concentrado, atento, rápido nas saídas e controlado na baliza…e apanhar Messi num um-contra-um sem poder fazer nada para evitar o golo. Não teve culpa em nada do que se passou, mas depois do jogo, a falar com o fulano da SportTV que lhe perguntava se o erro de Guarín tinha sentenciado o jogo, disse: “Não há um erro individual, quando falha um, falhámos todos”. Um capitão é isto que Helton hoje mostrou a todo o Mundo.

(+) Messi e os outros Acho que deviam mudar a frase. A partir de agora, deve-se dizer: “O futebol é um jogo de onze contra onze, e no final ganha o Barcelona”. Para lá da capacidade terrível que têm a nível técnico, controlo de bola, inteligência táctica e paciência para aguentar defesas bem estruturadas, têm aquele rapaz que dá cabo da vida de qualquer equipa. O meu pai, que já vê futebol há uns anitos, disse-me um dia que o Barça não devia jogar em campeonatos mas sim fazer exibições como os Globetrotters. Como de costume, dou-te razão, pai. Porque os gajos são realmente de outro futebol, com outro nível e à qual podemos aspirar tentar chegar mas nunca lá estaremos, e até podemos conseguir vencer, mas é preciso conjugar um jogo infalível da nossa parte, um dia de caganeira mental deles e três ou quatro galinhas sacrificadas ao Gaudí.

 

(-) Guarín Não é fácil dar este Baroni, porque o rapaz esforçou-se tanto para limpar a imagem da assistência perfeita para o primeiro golo, mas analisando a frio é totalmente merecido pela exibição que fez. Nunca conseguiu pegar no jogo e parecia o Mr. Fredy que chegou ao Dragão em vez do Dr.Guarín do ano passado. Já o disse várias vezes e afirmo de novo: Guarín não rende nos inícios de época porque não tem pernas para aguentar os sprints do meio-campo para a frente e porque a capacidade técnica é superada pelo instinto para se atrapalhar com a bola e rapidamente ficar sem ela. O lance do primeiro golo é sintomático: finta Iniesta, adianta demais a bola, consegue desviar-se de Xavi e em desiquilíbrio atira a bola para onde está virado, sem saber se a bola vai parar aos pés de um colega ou de um adversário. É esta a diferença entre o Guarín de início de época e um que esteja mais fresco, com mais vivacidade e audácia: depois de se desviar de Xavi, o Guarín de Março deste ano não perdia a bola, protegia-a com o corpo e saía de lá com ela controlada ou sofria falta entretanto. Ainda por cima acabou por ser expulso e vai falhar 2 ou 3 jogos da Champions. É pena.

(-) Mais uma vez, a falta de capacidade técnica Só há uma coisa que posso apontar de extremamente negativo ao jogo do FC Porto de hoje no Mónaco: a incapacidade de esconder a inépcia técnica. Se formos a analisar as bolas perdidas pelo FC Porto na saída para o ataque, a grande maioria delas deveu-se ao simples facto de não se conseguirem efectuar três passes seguidos com a bola pelo chão. Ou é o Rolando que domina a bola com o peito e não a estabiliza na relva, ou o Fucile que gosta de a ver a saltar à frente dele, o Kléber que pica a bola por cima de Xavi e deixa-a continuar a pinchar…entre tantos outros casos do género. Eu, quando jogo futebol com os amigos, com o talento que Deus decidiu dar a outra pessoa qualquer menos a mim, tenho a noção que se a bola está aos saltinhos é bem mais complicada de fazer o que quer que seja com ela. E não compreendo porque é que se insiste em passar algumas bolas pelo ar, com o pé bem aberto, só para o colega ter de a controlar com o peito e esquecer que está alguém atrás ou ao lado que a tira com facilidade porque a) é mais rápido, b) é mais esperto ou c) não precisa de fazer mais nada porque o nosso gajo vai estar tão atrapalhado que a perde para lançamento. Pinos na relva. Tentem acertar nos pinos. Quem falhar o pino, três voltas ao Parque da Cidade a sprintar. Enerva-me que ainda não se tenha tentado isto.

 

Perdemos a Supertaça Europeia contra a melhor equipa do mundo. Era natural que assim acontecesse e muito boa gente esperava um massacre bíblico que iria deixar a equipa a chorar e em depressão profunda. E por muito que seja triste pensar que perder por dois com o Barcelona não será um mau resultado, a verdade é que conseguimos enfrentá-los a nível táctico, estrutural e até um certo ponto, mental. O que fazer? Não conseguimos vencer um jogo muito complicado mas conseguimos provar que com mais um bocadinho de sorte, até podíamos ter chegado a marcar um golo e a história podia ter sido diferente. Fica a terceira derrota seguida nesta competição e a vontade de lá chegar outra vez para voltar a celebrar como Rui Barros e Sousa fizeram em 1988. Força, rapazes.

20 comentários

  1. Frustrada pela maneira como se perdeu,podíamos,com todo o realismo,ter escrito esta história de maneira diferente.

    Coisas como a que aconteceram ao Guarin acontecem aos melhores.Aconteceu ao Helton em Londres,ao Bruno Alves com o MU mas porque carago é que tem que ser sempre nestes jogos?

    Deram tudo,lutaram,insistiram não desistiram…frente ao Barça.

    Bom sinal para o futuro,assim espero

  2. Pela primeira vez esta época o Porto entusiasmou-me. Acho que nunca tinha visto uma equipa criar tantos problemas ao Barcelona na 1ª fase da construção.
    Faltou quase sempre foi mesmo a parte de “o que fazer com a bola”. Podia-se entrar em análises mais específicas do jogo mas eu saliento é que o Porto não veio preparado para ganhar o jogo, vinha sim preparado para anular o Barcelona e quando assim é só há um resultado possível.
    O exemplo contrário é a final da Liga Europa, num jogo fechado e feio o Porto ganhou por que foi para isso que se preparou.

  3. O meu ódio genuíno ao Barcelona só cresceu. Antes do jogo jogadores sem índole como Dani Alves, Piqué e Mascherano (os 3 jogadores que mais odeio no futebol actual) já me davam a volta aos intestinos, depois do jogo atingi o cúmulo com a seborreica sodomia que os media criaram com Messi (um grande jogador que só foi grande num clube e que não sai dele com o terror de deixar de ser grande e não porque ganha tudo), a exemplo de Guardiola que é outro que é grande porque se sai deixa de o ser. Mas para quê mudar se se vence, não é?

    Não acho o Messi esse Deus, mas é a assim que dita a falácia de quem vê futebol no último terço, um dia ainda hão-de se aperceber que o futebol não é só feito de dribladores mágicos, eu sou dos poucos neste planeta que teria dado um Nobel futebolístico a Gamarra (defesa central) que fez épocas atrás de épocas fenomenais mas como não marcava muitos golos deixa de repente de merecer estas ovações cheias de sodomia. Gamarra, esse central que conseguiu fazer uma época inteira sem levar nenhum amarelo nas competições em que esteve envolvido e a jogar TODOS os jogos, mas o Messi é que marca golos. E é esta palhaçada que me faz ler cada vez mais blogues e menos jornais desportivos.

    O meu ódio ao Barcelona ontem só dobrou, não por terem vencido mas por terem vencido mal. É que a sorte não protegeu os audazes, protegeu uma vez mais o Messi que estava lá à mama e leva-me um passo em desmarcação do Guarín. Mas claro, toda a gente exulta logo o fantástico posicionamento do Messi que qual prima dona se atrasou para dar mais um jeitinho às botas novas que tinha mudado a meio do jogo em pura manobra publicitária.

    Mas pronto, a história não se lembrará nem de maus media nem de fantásticos defesas centrais, um Carvalho, Um Couto, um Gamarra não ficam para a história, fica um Messi e um Barcelona que por enormes que sejam ontem pouquíssimo fizeram para ganhar o jogo. E tivesse o árbitro tomates para assinalar aquela penalidade hoje se calhar nem falavam do Messi, mas se até neste espaço ele é o melhor porque é que se há-de esperar que a seborreia mediática feita de sodomia vá mudar alguma coisa.

    Não vai.

    1. concordo muito consigo especialmente na aversão ao Dani Alves…
      e, ontem, o que fazia ali o homem dos pés grandes? tinha ficado para trás, porque para falar a verdade é um moço sem estômago, com muita técnica e muito futebol, mas, assim por dizer, um homem de cabeça baixa…
      aliás no 2º jogo contra o real, vi o CR a correr o campo todo, a ajudar na defesa, e o vi o messi a ser o mais importante dos jogadores em campo – porque andou descansado o jogo todo, ou quase… já me parece o ronaldo, o fenómeno, no campeonato do mundo do japão ( todo um ano sem jogar para se recuperar da lesão, e depois estava fresco, claro…, para ser de novo o melhor…)

  4. E tu não viste a entrevista da RTPN ao Helton no final do jogo.
    O homem teve que respirar fundo para ai 5 segundos para não ir à cara do entrevistador… até se virou para a câmara e disse: “É até engraçado, não é?”… enfim, muito mau!

  5. Já viram a capa do Record ? “muito barça para pouco porto” o que me fartei de rir com aqueles palhaços da record! não devem ter visto o mesmo jogo!

      1. olá, Ricardo. surgem-me vários comentários ao teu raciocínio:
        – não há plural no Porta19. só eu é que escrevo;
        – alguns artigos são escritos com antecedência, mas nunca as análises aos jogos, como é evidente. não faria sentido escrever sobre um jogo que ainda não aconteceu. se calhar para ti era normal, para mim é um comportamento absurdo;
        – aceitar qual realidade? a que perdemos? a que jogamos melhor do que esperava? não entendi.

        parece-me lógico assumir, por leres o Porta19, que és uma pessoa inteligente. mas posso-me enganar, não seria a primeira vez.

        cumprimentos,
        Jorge

        1. Boas, tal como o hmocc disse, eu referia-me ao comentário do Record. É que já estava toda a gente à espera de “muito Barça para pouco Porto” (portistas incluidos) e para muita gente foi difícil aceitar que fizemos até melhor figura que o Manchester na final da Champions, na minha opinião.
          Já agora deixo o elogio, curto bastante este blog, é o único do FCP que sigo com regularidade. Abraço e continuação

          1. rapaz, segue o meu pedido de desculpas pela diatribe que se seguiu ao teu comentário. saiu a quente, não devia!

            obrigado pelas palavras, ainda me fizeste sentir pior por te ter insultado :)

            abraço,
            Jorge

  6. Só o deus de Messi (o argentino é, garantidamente, bafejado por uma qualquer divindade celestial) poderia ter concedido que a bola o surpreendesse na posição inusitada em que estava e não para os pés de Sapunaru ou Otamendi ou, até, não tivesse saído pela linha de fundo. Não fora este golpe de verdadeira fortuna e a história do jogo seria bem diferente.

    Coisas do futebol.

  7. Estou com o Pudget. Messi é muito bom, mas mais uma vez mostrou o seu mau carácter. O Otamendi tocou-lhe na perna com um bocadinho mais de força e começou logo a insultar. Deve saber o que C. Ronaldo tem de aguenta durante todos os jogos com as arroxadas que apanha. Mereciamos ter ido a prolongamento. PEnalties e amarelos por marcar contra eles como de costume. Assim nao dá. Alguém tem de arrumar com eles, já estou bem farto. Mas orgulhoso com o meu Porto, atitude, garra e paixao. Muito bem.

  8. Olá bom dia,

    Ontem tivemos pela frente uma grande equipa, que com o seu futebol do tal “tiki e taka”, segura muito bem a bola em zonas avançadas do terreno e torna difícil a tarefa das equipas adversárias.

    Para anular este futebol, Vítor Pereira estudou uma das formas de puder travar esse futebol, colocando os nossos médios interiores, Moutinho e Guarin, nas zonas de acção onde o Barça constrói o seu jogo por vezes irritante.

    Mas entrar preocupado em anular este jogo catalão, retirou nos o atrevimento ofensivo, de que eu estava à espera, aproveitando o facto do Barcelona ter indisponíveis os seus centrais.

    Souza poderia ter tido ontem um papel mais preponderante, se tivesse a capacidade de saber lançar longo os seus colegas das alas, pois Moutinho e Guarin estavam “ocupados” nas tarefas defensivas. Muitas vezes a bola surgiu redondinha para Souza sair, mas ele era incapaz de o fazer.

    Kléber eclipsou-se pois andou sempre também envolvido em tarefas que impedissem Marcherano ou Xavi de sair com bola. Havia um fosso enorme entre o nosso meio campo e o tridente ofensivo, e assim só em fugazes contra ataques, e nas investidas de Hulk, conseguímos criar algum perigo.

    Na primeira parte, criamos duas boas oportunidades de golo, uma no remate de Moutinho e outra no remate cruzado de Hulk, depois de passar por Adriano de forma brilhante.

    Depois surge o momento do jogo. Fruto da pressão alta do Barcelona, Guarin efectua um passe errado e isola Messi, que não perdoa.

    Saímos para o intervalo com o sabor injusto do resultado.

    Na segunda parte pensei que se iriam operar substituições, nomeadamente para ter alguém que levasse o jogo para a frente, refiro-me a Belluschi.
    Jogar talvez em losango, deixando na frente dois homens (Hulk e Kleber)apoiados pelo Belluschi e com Hulk a deambular entre linhas.

    Era notório que quando partíamos para cima da defesa catalã eles se borravam todos, e faziam atrasos para Valdés mandar para a bancada.

    Não fizemos essa mudança táctica, no entanto criamos duas boas oportunidades na segunda parte, mais uma vez num remate de Moutinho desviado por Marcherano e depois num remate rasante de Guarin.

    Depois de um jogo tão desgastante, a que os nossos jogadores foram sujeitos, surgiram as expulsões. Embora a de Rolando pudesse ter sido perdoada pelo árbitro, uma vez que é um lance normal.

    Otamendi foi um senhor na nossa defesa e a par de Helton e Sapunaru, os três rubricaram uma excelente exibição. Sapunaru aniquilou Villa que acabou por ser substituído.

    Fucile teve mais dificuldade pois o Barcelona estudou o FC Porto e explorou esse flanco, abrindo Dani Alves bem na linha. Aqui Cebola podia ter tido um papel mais pro activo impedindo as investidas do lateral, que muitas vezes fez o dois para um com Pedro diante de Fucile.

    A derrota não nos envergonha. Fomos dignos e batalhadores. Travar o Barcelona, é tipo um gajo tentar tapar-se com um cobertor de metro. Tapa em cima, destapa em baixo e vice versa.

    Lamento que o árbitro não tivesse assinalado o penalti claro sobre Guarin, que daria o empate. O outro penalti reclamado, não há uma imagem nítida, embora se veja o movimento do braço, não vê onde bate a bola claramente.

    Lamento também ainda não termos ainda contratado um ponta de lança de nível mundial, e que as indefinições do mercado afectem o rendimento de alguns atletas.

    Para consumo interno o que temos basta, mas temos de reforçar o eixo ofensivo para atacar a champions.

    Enquanto treinador de sofá não percebi a não inclusão de James na convocatória. Mas também sei que o mister disse que só foram os que estavam em condições.

    Jogamos com as armas que tínhamos, e foi pena não termos sido mais atrevidos no ataque, aproveitando a falta dos centrais titulares do Barça, para vencer.

    E vamos ter paciência, esperar que o plantel seja fechado, ter tranquilidade e confiar na SAD e equipa técnica.

    Abraço e bom fim de semana

    Paulo

  9. Já se esperava que o jogo de ontem seria difícil, contra uma equipa que poucos apelidam como sendo a melhor do mundo.
    Uma equipa que se dá ao luxo de ter Busquets e Fabregas no banco, é exemplo da equipa que estamos a falar.

    Na realidade, o resultado que eu esperava era 2-1 para o Barça, tendo em conta o valor das equipas, mas como qualquer portista, tinha uma ponta de esperança que o resultado fosse ao contrário.

    Iniciada a partida, vi um Porto pressionante, a ocupar espaços e a encurtar o campo de forma a parar o jogo de passes do Barcelona. Até ao deslize do Guarín posso dizer que acreditei vivamente que podiámos trazer o caneco para casa.

    Após esse golo, o Porto continuou a disputar o jogo, principalmente no ínicio do segundo tempo. Até ao minuto da falta sobre Guarín na área (já esperavamos que essa coisa dos penaltys não acontece contra o Barcelona). Mas a expulsão do Rolando deitou tudo isso por terra e o segundo golo foi natural de acontecer.

    No final fico orgulhoso com a minha equipa, que se bateu contra um adversário que claramente tem mais recursos do que o meu FCP.

    Como alguns comentadores e imprensa estrangeira disseram… vimos uma final da Supertaça que pode bem ser a final da Champions League… gostava…

    Mais na revolta em http://revoltazulebranca.com

  10. Se tivesse que apostar 10€ neste jogo, por muito que me custasse, não o faria no Porto. “Sim o Porto pode fazer um bom jogo, mas é o BARCELONA.” Tinha esperança que o Porto ganhasse e no fundo, no fundo, não era impossível. Mas quase impensável.

    Seria de esperar que, depois do jogo, estivesse conformado com a exibição.

    Mas porra, tou furioso! Devíamos ter ganho aquilo! Tínhamos de ter ganho aquilo! Como é que é possível não termos mostrado àquele barça o que é jogar futebol???

    Enfim.

    Suponho que ser portista é isto.

  11. caro jorge,esperava com curiosidade a sua reacção ao jogo da final.A sua capacidade de análise e argúcia superam largamente o que muito se escreve por aí.Felicito-o por mais este brilhante post.

  12. Após digerir a azia do resultado que digo já foi bastante justo, o que me sobra realmente é a postura inicial do FC Porto, tácticamente inteligente mas que durou cerca de 40 minutos na primeira parte e 15 na segunda.

    Sei que o Freitas Lobo é “Persona Non Grata” entre os Portistas neste momento, mas ele tinha razão ao afirmar que o real valor do Barça não está no que fazem quando têm a posse de bola, mas sim no que fazem quando não a têm para a recuperar. E o que é que eles fazem assim de tão extraórdinário? Pressão alta? Sim, mas não apenas aos jogadores adversários – eles “atacam” as linhas de passe da equipa oponente e é aí que forçam o erro dos outros jogadores.

    Penso que a inteligência defensiva dos jogadores blau-grana revela-se neste pormenor: Paral além do jogo “tiki-taka” de passe curto e triangulações, eles entendem como defender o espaço cortando as linhas de apoio aos adversários, tão naturalmente como quem “respira”.

    Depois têm não só o Messi, mas um fenomenal Iniesta a quem a bola parece “colada” ao pé enquanto passa por vários jogadores adversários, tem um Fabregas que salta do banco para a equipa com quem parece que joga de olhos fechados à mais de uma década.

    Não tenho vergonha do que o Porto fez. Aliás, maior elogio não podia ter tido do que o do meu cunhado (Benfiquista retinto, Anti-Portista nas horas vagas) que me telefonou a dizer que o Porto tinha feito a melhor exibição de uma contra o Barça nos últimos anos. Nuff said.

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