Reconsiderando Atsu

Eis uma das grandes esperanças para 2012/2013, muito pelo que fez em 2011/2012. Atsu foi a principal figura do Rio Ave na época passada e mostrou algo que poucos jogadores da nossa formação vi a fazer nos últimos anos: não teve medo. Não teve medo de nada nem ninguém, de Luisões ou Rinaudos, de tantos laterais e tantos centrais da nossa Liga, de relvas e bolas e jogadores bem mais fortes e altos que ele. Atsu vai a todas, com tudo. Está, de uma certa forma, no outro extremo de Kelvin em termos de trabalho e agressividade positiva quando veste a camisola do seu clube e avança em campo para resolver o jogo ou morrer enquanto tenta, por muito que a capacidade técnica do ganês seja bastante mais limitada quando comparada com a do brasileiro.

No ano passado, Atsu jogou em 31 partidas, marcou 6 golos e recebeu 3 amarelos. São excelentes valores para um rapaz que tinha acabado de sair dos sub-19 e que foi lançado a jogar como titular por Carlos Brito na grande maioria dos casos. Foi a agressividade ofensiva, a velocidade e a audácia do puto que convenceram o treinador do Rio Ave a avançar com ele como aposta para a titularidade e no final acabou por ver resultados com o Rio Ave a manter-se na Liga.

E precisamos de um elemento destes no plantel, se bem que Iturbe é outra excelente hipótese para ser um jogador de rupturas, de contra-ataques rápidos e de perfuração de defesas contrárias. Atsu é idêntico, mas terá oposição forte de toda a malta que, quando o virem a falhar algumas vezes, desconfio que não terá a mesma paciência com ele que teve com Hulk. Atsu, se ficar na primeira equipa e não conseguir criar o impacto suficiente para convencer os adeptos do FC Porto (especialmente no Dragão), arrisca-se a levar o mesmo caminho de Vieirinha, Ivanildo, Candeias, Helder Barbosa ou Bruno Gama. E seria (mais) um desperdício.


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