Uma explosão ouvida por todo o mundo

5 comentários

  1. Boa tarde,

    nos comentários a uma das notícias que listaste, li este ao qual achei bastante piada:
    http://discussion.guardian.co.uk/comment-permalink/23479725

    Gostei particularmente da parte em que diz que parece incrível como, de uma maneira ou de outra, o nosso Porto consegue sempre sobrepor-se ao Benfica nos últimos anos. E como apoiar o Benfica, ao contrário do acontecia antigamente, parece agora ser uma maldição.

    Gostei também de ler alguns outros comentários que nos permitem ter uma refrescante noção de como as pessoas de fora vêem, imparcialmente, o nosso campeonato sem ter a constante distorção da realidade que encontramos na nossa comunicação social.

    1. Concordo consigo.
      E acho que o lixo vermelho que surge colado aos comentários dos artigos,
      dá uma péssima imagem deles e só nos beneficia.
      Devem julgar que os estrangeiros são estúpidos!

  2. Olá Jorge!
    Parabéns pela vitória!
    Agora que álcool já destilou e já não troco teclas, posso dar-te os parabéns e abraço pela vitória.
    Foi bela disputa todas estas jornadas, taco-a-taco, todas esta semanas…faz lembrar campeonatos acompanhados pela imprensa escrita, antes das tv’s e net’s, numa Alemanha ou Inglaterra desta vida da bola, vai ficar na história muitos e bons anos.
    Foram tuas cores que venceram e não as minhas e ainda cheio de dores, parabéns!

    Abraço, enjoy
    M.

  3. Pois que bom que foi ler o artigo do “Olé” … nada mais simples.
    Quanto aos nossos amigos franceses (gostei da referência aos “coéquipiers de Lucho”, e não aos coéquipiers de Mangala) com muito mais drama, mas também bem…

    No final o interessante é que parece que ninguém acredita que o porto possa perder o campeonato… – a mente do ser humano é interessante ! Toda a gente se coloca do lado de quem está na mó de cima…
    Bem esperemos estar na mó de cima até ao fim! Falta pouco…

    Um pequeno àparte:
    Este ano tanto se falou da estrutura, que também cometia erros etc, houve até quem pedisse a cabeça do Antero, mas comparando com o que vemos: nos anos em que estamos em várias frentes até ao fim, estamos nelas para ganhar, e sempre temos ganho tudo; aos nossos adversários a coisa parece ser mais difícil de controlar… e isso, é planeamento,é previsão, é estrutura!…

  4. Jorge: primeiro comentário no teu blog, e para que fique bem claro, sou da Cidade do Porto e Benfiquista desde que me conheço.

    O comentário que o Carlos cita espelha plenamente o que penso: o autor põe o “anti-futebol” do Benfica entre aspas e diz que encaixou bem na inabilidade do Porto jogar “it” (futebol) desde o começo. Mais abaixo, o senhor (inglês, presumo) esclarece: nos últimos 20′ – certo que os adeptos do Porto concordam – o Porto “foi ao pote” – eu interpreto como “estava na merda”. E acrescenta ainda: O Benfica tinha(-o) (jogo e campeonato) na saca.

    Lembro-me da cara do Castro, que não consigo perceber como não é titular desta equipa, e é tudo o que preciso para saber que o jogo tinha acabado. Se alguém não concordar com o que digo, reveja as imagens. A fúria do VP durante a primeira parte, com uma linguagem que envergonha as peixeiras do Bolhão, deu lugar a um silêncio acabrunhado, remetido a jogadas de desespero: o Kelvin que resolveu em Braga, e o Liedson que resolvia no Sporting.

    E de repente, há futebol. A razão porque há paixão neste jogo são estes momentos raros, em que as Leis de Murphy se resolvem de forma simétrica e simultânea, em que a matemática dos jogos de soma nula se extrema num nó de garganta, numa náusea do estômago e numa dor no coração. Ainda hoje as sinto, e já passaram 48 horas pelo jogo.

    Não acredito em deuses, karma, destino, milagres ou bruxas, mas que as há… como diz o outro. E nos Porto-Benfica, idas a pé ou almoços em Fátima, bruxos de Fafe, macumba brasileira ou o raio que parta, há uma força psicológica do Porto que nunca desiste, nunca se rende, nunca está vencido até ao final, e um bocadinho depois. O jogo nunca acaba, ainda não está um e já se está a condicionar o seguinte. Vidê os comentários dos portistas ao jogo.

    Mas eu tenho cada vez mais certeza, eu “acardito” cada vez mais, que a hegemonia do FCP acabou desde que o Jesus chegou, e os meus amigos do Porto sabem isso. Defendem-se falando dos títulos que ganharam, numa de contra-factos-não-há-argumentos. Mas *há* argumentos. Ganhamos no primeiro ano JJ, e isto tem andado sempre resvés Campo de Ourique até ao final do campeonato, quando o Porto estava habituado a ganhar aí por alturas do Carnaval, para ajudar à mascarada. Desta vez, foi depois da hora (mas ainda a tempo), numa jogada fortuita, contra a corrente do jogo, da equipa que *tinha* que ganhar, no último minuto possível. A tal “maldição” esteve quase a não se manifestar. O Porto quis sempre ganhar, porque ao Porto vontade nunca falta, mas nunca soube como se faz. As estatísticas do jogo apenas mostram o domínio da bola, e daí até ao domínio do jogo vai o passo de um gigante, perguntem ao Barcelona, que ainda hoje está a contar as que levou do Bayern. Agora, o Porto pode dizer que foi a única equipa em campo, que isto é justiça contra o autocarro, que o Benfica jogou no Dragão como a Académica jogou na Luz. Tudo treta. A verdade, verdadinha, é que num jogo limpinho, limpinho (mas à rasquinha, tivesse aquela jogada em fora de jogo do James entrado!), o Benfica teve o Porto onde quis, apenas com um Varela inconformado no ataque com o apoio do Alex, um Jackson inoperante, um James ausente, um Moutinho esforçado mas nada mais. Na defesa, o esteio da vossa equipa, grandes Mandala e Otamendi, enorme Fernando, e sóbrio Lucho. O Danilo não se viu, e o Helton acabou por ser protagonista naquela estirada ao livre do Cardozo até o Kelvin roubar o show.

    Em resumo: falta-vos uma vitória. Dependem apenas de vocês, que é o que todas as boas equipas querem. O Porto é uma boa equipa, ninguém pode duvidar. Mas é uma equipa limitada, com um treinador que não consegue fazer mais do que tem feito, que chega, mas é pouco para o que o Porto estava acostumado. Não vejo o Porto com a capacidade para continuar a ganhar como antes, porque agora, pela primeira vez em duas décadas, tem competição dentro e fora.

    No final, isto é bom para todos. O Benfica quer ganhar a um Porto forte. Quer ganhar uma liga competitiva, não esta mistela onde o terceiro está a um autocarro de distância. O melhor futebol é o que é ganho com a distância de narizes. Ficava melhor ao Porto demonstrar a grandeza do clube com o estilo que o Vitor Pereira mostrou no final do jogo, mas fazê-lo também quando perde. E isso, é sonho que nunca verei realizado.

    Para o registo, aqui fica o comentário no The Guardian.

    Last night’s was actually a crap match, which is a rarity considering the fantastic games we’ve seen between the two sides in recent years. The teams just cancelled each other out – Benfica’s “anti-football” coinciding neatly with Porto’s inability to play it in the first place.

    The way Porto ALWAYS get one over Benfica is surreal. Like a pantomime. Year after year, regardless of who’s in charge or how each team is playing, Porto win. Last night just topped it off: Porto controlled possession but were, frankly, tame. In the last twenty minutes – and I’m sure Porto fans will agree – they went to pot. Benfica had it in the bag.

    Supporting Benfica used to feel like purgatory. Now it feels like a curse.

    The biggest irony: This season, Porto are as bad as they’ve ever been and ever will be. Vitor Pereira will leave (good luck with that one, Everton…), new players will be added and they will come back stronger. Benfica, for their part, have reached the end of the road.

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