Ouve lá ó Mister – Sevilha

Estimado Professor,

Dão-se alvíssaras a quem ainda estiver preocupado com o campeonato, como sabe. E a malta, como é hábito nestas situações e por muito que seja um hábito que ninguém quer que se torne…habitual, vira-se para o resto das competições em que estamos envolvidos. E esta, como é evidente, é a jóia de uma coroa que já levou pancada da grossa este ano mas que ainda parece ter uma pequenina luz ao fundo do túnel e que nos pode catapultar para um sucesso que parecia já arredado dos nossos livros. Por isso, convido-o a fazer uma pequenina viagem comigo ao que pode ser o final da temporada.

Campeonato, com a santa snaita do apito. A Taça de Portugal vai simpática mas difícil, tendo em conta que vamos jogar a segunda mão na Luz contra uma equipa cheia de moral que não vai inventar em poupanças dos melhores jogadores como fez no Dragão, por isso podemos esperar um terreno minado com Markoviques e Énzos a rodos. A Taça da Liga, que ainda nos foge, vai depender de mais um jogo em casa contra essa mesma equipa de íques e que nunca se sabe no que pode dar. Mas a Liga Europa…ah, isso pode ser uma beleza. E o Sevilha, por muito que o nome possa assustar um bocadinho, não é melhor que o Nápoles, que o meu caro amigo arrumou com valia e sofrimento mas que fez por merecer a passagem tanto cá como lá. Esta é a nossa competição de honra, aquela a que temos de apontar com todas as baterias anti-terra, anti-ar, anti-tudo-o-que-nos-mandarem-para-cima, até que possamos chegar a Turim no dia 14 de Maio. Venham os Baccas, os Rakitiques e os Fazios. Atirem-nos com o Beto, o Carriço ou o Gameiro. Até o Coke, o animal do defesa direito que joga como o Maxi Pereira ou o Marin, que voa como o Gaitán. Olhe para uma equipa de vermelho e transformem-se em touros, carago, lute com tudo o que puder e tiver para sacarmos um bom resultado. Vai chover, trovejar, o mundo vai explodir à sua volta. Faça com que o Sevilha lamente ter chegado tão longe!

Sou quem sabes,
Jorge

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