Baías e Baronis – Nacional 1 vs 2 FC Porto

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Se me disserem, daqui a uns anos, que um jogador do FC Porto ficou surpreendido ao ser substituído cinco minutos depois de se começarem a jogar os últimos quinze minutos de um jogo interrompido por causa do nevoeiro…nao creio que haja dificuldade em perceber que foi Lopetegui o autor do feito. E mais um jogo em que uma equipa do FC Porto acabou a mostrar mais cagaço que um miúdo tímido em frente a um bully que lhe rouba a sobremesa todos os dias. No entanto, uma vitória é uma vitória e não foi mau de todo, mas continua a ser incrível a insegurança que a equipa mostra em campo.

(+) A jogada do segundo golo. Um exemplo do que deveria acontecer em 90% e não em 2% das jogadas ofensivas da equipa. O lateral a aparecer no overlap em tabelinha com o extremo que flecte para o centro, um cruzamento aberto para o outro extremo que se aproxima do centro, rodando a bola para o médio mais próximo do avançado que remata…e a única falha foi essa, ainda que compreensível, porque logo apareceu mais um jogador em zona de segunda bola, a aproveitar o ressalto e a marcar. Perfeito. Fizessem isso mais vezes e não estava aqui aborrecido com eles.

(+) Indi. Está a fazer uma segunda época bem melhor que a primeira e ainda hoje foi inteligente na forma prática como cortou várias bolas para a bancada, exactamente como eu quero que um central faça quando não é fácil e certa a saída com a bola. Ainda assim, parece estar sempre mais à vontade defensivamente do lado esquerdo, onde consegue impôr a presença física…e provavelmente porque precisa de jogar menos com a cabeça.

(-) O medo. Mais que a ineficácia ofensiva, onde Aboubakar parece incapaz de enfiar uma única bola dentro da baliza, sozinho ou acompanhado. Mais que os passes falhados pelos centrais. Mais que as falhas defensivas de Marcano em número preocupante e crescente. Mais que os extremos que não conseguem furar, os laterais que dão muito espaço a defender e os trincos que fazem o mesmo no meio-campo. Mais que tudo isso é o medo, o incoerente temor de qualquer adversário que apareça pela frente de jogadores experientes, que deveriam conseguir jogar a um nível vastamente superior ao que estão actualmente a mostrar em campo. Há uma notável incongruência nos movimentos dos jogadores, que continuam a não estar entrosados, muito por culpa de um treinador que muda mais frequentemente de equipas do que seria aceitável numa equipa que não tem os pés tão firmes na terra como ele pensa que tem. E não satisfeito com isso, lá segue Julen na sua demanda de “treinador mais cagarola de sempre no FC Porto”, com mais uma saída de um jogador ofensivo para entrar outro para “segurar o meio-campo”. Já vi mais homens a tentar “segurar o meio-campo” sem o conseguirem do que os que tentavam, na altura do Adriaanse, “criar desequilíbrios ofensivos”. Vejam os últimos quinze minutos (os de hoje) e percebem o que estou a dizer: uma equipa cheia de receio do adversário, a recuar para a área com o treinador a enfiá-los ainda mais lá nas profundezas do rectângulo sem que haja calma e inteligência para conseguir sair no contra-ataque com um mínimo de eficácia. Jogar assim, com este medo, é de equipa pequena. E de treinador pequeno.


Mais uma exibição fraca de uma equipa medrosa, liderada por um dos treinadores mais medrosos que me lembro de ver ao nosso leme. Está encontrado o anti-Adriaanse.

7 comentários

  1. Tudo ok, concordo!
    (Só pergunto: mas será medo ou será gestão de esforços? … André2 já está no estaleiro, se se vai a jóia da coroa…)

  2. Sempre defendi o Lopetegui. Até ao jogo como o Kiev no Dragão. Em Londres perdi definitivamente a paciência com ele. Hoje perdi o respeito. PQP. Prefiro que os jogadores vão lá para dentro em auto-gestão, que sorteiem quem jogue, que jogue quem conseguir mijar mais longe…qualquer coisa a equipas escalonadas por este ser.

  3. Ao ter afirmado que a Champions é muito difícil e que na Liga Europa é que o FC Porto está bem, o Júlen foi coerente com o que ele pensa que o FC Poert é: uma equipa de segunda divisão.
    É por isso que não compreende a contestação. Sabendo ele ser um treinador de segunda divisão (num dia excecionalmente bom) entende ser um treinador à altura do clube.
    Questão suplementar: em que divisão devia estar quem o contratou?

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