Ouve lá ó Mister – Boavista

Companheiro Nuno,

As coisas não estão famosas, pois não? Este empate em Tondela, para lá de ter sido um jogo tão interessante como ver um presunto a adquirir sabor num fumeiro, acabou por te fazer perder algum capital de confiança que tinhas junto dos adeptos. É uma amante cruel, esta vida de treinador, não é? Tanto te leva a patamares de êxtase como os que tiveste em Roma como no minuto seguinte te enfia num poço de depressão onde a luz é tão difusa e longínqua que faz os cabrões na alegoria da caverna pensarem que são holofotes que criam as sombras. É tramado ser treinador do FC Porto nos tempos que correm.

Mas convenhamos que hoje pode ser um jogo diferente. Eu sei que o “processo de formação” está em curso e que a “eficácia” não é a melhor ou até que a “mentalidade competitiva” demora a assentar. Mas hoje é dia de derby, Nuno. Derby, carago, contra aqueles tabuleiros em forma de camisola que ousam colocar as patinhas no nosso estádio, conspurcando-o com a lama que pinga da alma suja e vil que detém. É calcá-los como se fossem trampinha de cão. Enfiar-lhes os dedinhos pelo esfíncter acima para que lamentem a existência e façam com que as mães chorem para os céus ao perceberem o destino que os filhos terão.

E no meio deste desterro, vê lá se ganhas o jogo. Um espectáculo dantesco sem uma vitória não vale de nada.

Sou quem sabes,
Jorge

5 comentários

  1. Para amanhã só peço 3 coisas.

    Futebol ofensivo durante 90 minutos
    Pressão constante no meio campo adversário
    3 jogadas de ataque com sentido

  2. Ia elogiar uma passagem. Depois outra. E ainda mais uma. E aquela. Oh, foda-se, keep it simple: tão bom, Jorge.
    Espera, menos meter os dedos no esfíncter dos gajos. Isso não. Ca nojo! Desconfio basto da higiene intima dessa malta… :)

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