Baías e Baronis – FCP vs Sertanense

(foto retirada do MaisFutebol)


Um B&B rápido, tão rápido como o tempo que nos demorou a despachar, pelos proverbiais 4-0, os rapazes da Sertã (ou da Frigideira, se me lerem no Sul). Como não fui ao estádio e apenas vi o jogo pela SportTV enquanto jantava com alguns amigos, as notas serão breves:

BAÍAS
(+) A inovação táctica de Jesualdo, com um regresso ao passado Adriaansico, 3 defesas e siga. É exactamente nestes jogos que se deve apostar em estratégias diferentes, e não sendo necessário defender com tanto afinco, parece-me bem. É lógico que se tivesse corrido mal estaríamos todos a insultá-lo, mas a coragem das decisões de Jesualdo vê-se nestes momentos. Gostei.
(+) A aposta na juventude foi bem conseguida. Sérgio Oliveira, Dias, Alex e Yero estrearam-se pela equipa principal exactamente no momento certo e no tipo de jogo certo. Com a pressão suficiente para exigir-se resultados e com parceiros experientes que poderiam subir o nível para poder crescer em forma, Sérgio Oliveira pareceu muito seguro, Dias e Alex entraram com garra e contade e Yero, apesar de um bocado tosco (o que se compreende porque mede 3 metros e meio de altura) sempre mostrou empenho. São putos e têm de aprender e crescer, e é assim que vão conseguir evoluir.
(+) Ao mesmo tempo, Prediger estreou-se. Gostei do que vi, jogou simples e prático, sem a agressividade positiva de Fernando mas com bom poder de colocação e rápido no desarme. O que me assustou mais foi a incapacidade de medir distância e tempo de salto, o que é uma desvantagem contra equipas que jogam pelo ar, mas é possível que corrija. A rever.
(+) Farías. O homem deve ter qualquer tipo de bruxo que lhe faz com que o sorteio da taça coloque sempre o Sertanense contra o FCP, ponha o treinador a dar-lhe a titularidade e por acção divina fazer com que marque sempre dois golos. Extraordinária produtividade contra equipas beirãs, só faltava marcar assim tantos contra as outras equipas, isso é que era.
BARONIS
(-) Se o jogo não tivesse sido no sábado a noite…se calhar ainda lá tinha ido. Estes jogos tinham de ser ou de manhã ou ao Domingo à tarde. Compreendo que vamos apanhar o APOEL na 4ª feira mas custava assim tanto ser hoje de manhã em vez de ontem à noite?
(-) Duas expulsões por infantilidades dos Sertanejos (ou Sertânicos ou Sertanílicos, sei lá, desde que li Marcoense que acho tudo ridículo). É verdade que estavam a jogar no Dragão mas era escusado, sinceramente.
(-) Rodríguez está lento, gordo e sem inspiração. Terá que melhorar bastante porque se Varela recupera da lesão, vai-lhe roubar o lugar em 2 minutos. Mariano…nah, nem é preciso dizer mais nada.
Beirãos no Sábado, Cipriotas à 4ª. Chega-me 25% de produtividade, desde que ganhemos!!!
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Baías e Baronis – Olhanense vs FCP



Foi um jogo fácil. Antes da partida até poderia haver algumas dúvidas acerca do empenho dos jogadores do Olhanense, particularmente da parte dos teóricos da conspiração, permanentemente empenhados em denegrir o nosso clube, ou até pelos nossos próprios adeptos, pensando que os emprestados nos iriam lixar, como já aconteceu no passado. Nada disso, o FC Porto apresentou-se em campo com vontade de ganhar e acabou por fazer um jogo simples, sem grandes problemas, e saiu do Algarve com três importantes pontinhos. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Falcao, mais uma vez. Se um golo é importante, dois são-no ainda mais. Parece que o colombiano está a adaptar-se mais depressa do que pensava, aparecendo como goleador e não como neo-Farías. Mexe-se cada vez melhor na área e está com um registo impressionante para a primeira época de dragão ao peito. Não se parece intidimar com a pressão e continua a surgir como verdadeiro ponta-de-lança, o que apesar das falhas de marcação do Olhanense (aquele primeiro golo, porra, os centrais estavam a dormir mesmo) é de louvar. Que continue assim!
(+) Hulk não esteve mal, apesar de menos explosivo. Lá está o que digo, creio que a época vai ser sempre assim graças à falta de pernas de Hulk. Vamos ter um jogo bom e outro menos bom, mas desde que Hulk não se perca em parvoíces ingénuas, é sempre um homem com quem podemos contar. Neste jogo teve duas bolas ao poste, uma assistência e um golo falhado em frente ao guarda-redes. Parece que ainda não aguenta um jogo inteiro, e só espero que não se lesione para poder continuar a ganhar ritmo.
(+) Muito bem estiveram também novamente os laterais. Fucile e Álvaro subiram quando deviam e desceram bem para a defesa quando foi preciso. Fucile não esteve tão explosivo como frente ao Atlético (era quase impossível melhorar e já para igualar a exibição era complicado) mas esteve seguro e apoiou bem o ataque. Álvaro subiu bastante bem especialmente na primeira parte, e apareceu quase como extremo sempre que era preciso. Estão mais estáveis e bem mais seguros nas suas exibições.
(+) Raúl Meireles esteve bem melhor que nos últimos jogos. Fez talvez o melhor jogo da época, o que não é dizer muito, mas tendo em conta o que tem vindo a fazer, foi razoável. É notável que quando joga simples e com mais calma, sem inventar, é bem mais útil do que quando se lembra de fazer passes parvos de 50 metros.
(+) Belluschi foi finalmente aquilo que precisamos, um desiquilibrador. É lógico que Jesualdo aposta nele e o argentino pareceu bastante mais à vontade fisicamente, aparecendo muito mais subido que o normal, a rematar e a cruzar com intenção. Fez duas assistências para golo e ficou a ideia que pode fazer ainda mais nos próximos tempos, havendo pernas.
BARONIS
(-) E sai mais um Baroni para Mariano. Não vale a pena dizer muito, todos os adeptos já estão a pedir aos deuses que Varela e/ou Rodríguez recuperem o mais rapidamente possível para atirarem com o jovem para o banco. Está a precisar disso e a equipa agradece.
(-) As pancadinhas e quezílias eram evitáveis. Se o penalty sobre Rabiola poderia ter sido apontado, sendo daquelas faltas que os árbitros marcam fora da área e não o fazem lá dentro, o resto das entradas duras e agressões são insuportáveis. Rui Duarte arriscou ir para a rua, o outro bruto que partiu o nariz ao Tomás Costa só não foi expulso porque o árbitro não quis, o Álvaro e o Fernando também não ficaram longe de levar um vermelho…é uma parvoíce num jogo destes andarmos com estas coisinhas de menino que podem estragar o que pode ser um desafio fácil e sem casos. Inútil.
(-) Super Dragões, mais uma vez. Até acredito que nem todos sejam maus rapazes, mas muitos são e é absurdo que continuem a espalhar estas ondas de vandalismo pelo país fora. Prá cadeia com eles.
Vem agora uma pausa para a Selecção e depois voltamos com a Taça. Este calendário é uma estupidez com a enorme quantidade de jogos de diversas competições que se misturam com o campeonato nacional. Espero que os 9 seleccionados voltem em condições e que continuemos a boa forma que estamos a mostrar!
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Baías e Baronis – FCP vs Atlético Madrid


Cheguei a casa cansado. Estava exausto com as emoções do jogo, com a indecisão da equipa, o cansaço de Belluschi, o calcanhar de Falcao e os carrinhos salvadores de Fucile…ah, a Liga dos Campeões! Estes são os jogos que trazem mais sal ao futebol, incomparavelmente mais emocionante que qualquer jogo contra o Leixões ou a Naval.
No estádio fiquei com a ideia que nem tudo vai bem com o FC Porto, apesar dos bons resultados desta última semana. Mas no meio das arreliações e da pseudo-melancolia que parece assolar-me nos piores momentos, há sempre algumas coisas que se safam. Vamos aos B&Bs (ou aos F&Ps, segundo alguns caríssimos amigos meus, onde F seria Frangueiro e P seria Perneta. Concordo com o segundo, discordo com veemência com o primeiro!):

BAÍAS
(+) Falcao foi o autor de um dos golos individualmente mais vistosos que já vi. Foi daqueles lances em que se tenta e reza-se para que corra bem…e desta vez correu mesmo. O colombiano acaba por ser um jogador importante na equipa, já com 6 golos este ano, e joga como ponta-de-lança puro. Homem de área, raramente descai para qualquer um dos flancos, o que transforma o jogo do FC Porto em relação aos anos transactos, em que se habituou a ter alguém lá…mas nunca sempre o mesmo. Falcao está a alterar a maneira do FC Porto atacar e isso nota-se bastante, particularmente na forma como os extremos acabam por tentar cruzar para ele, apesar de o fazerem, na maior parte das vezes, sem resultados práticos.
(+) Fucile. Que jogaço, menino! Parafraseando o meu amigo de Porta 19: “Se ele jogasse sempre assim já não estava no FC Porto…”. Não me lembro de ver Fucile a jogar com tanta certeza nas entradas, a ganhar muitas bolas de cabeça (é certo que contra o Simão não conta para muito, mas ainda assim ganhava-as) e a sair para o ataque em tabelinhas com Hulk. Genial nas entradas de carrinho, particularmente na segunda-parte, onde salvou várias vezes o couro dos colegas frente a Forlán ou Simão ou até Reyes. Uma entrega tremenda, fez um jogo quase perfeito. Aposto, para mal dos meus pecados, que o Jorginho vai fazer um jogo horrível no Domingo só para eu ter de engolir estes elogios todos…
(+) Hulk esteve bem enquanto teve pernas. Perea deve ter pensado que mal fez para ter de aturar a primeira parte de Hulk, que lhe desfez os rins sempre que pôde. Faz a assistência para o golo de Falcao e foi o autor das principais jogadas de perigo durante quase toda a partida, muito embora parecesse menos afoito que no jogo frente ao Sporting.
(+) Guarín entrou muito bem e acabou por equilibrar a equipa, algo que Jesualdo deveria ter feito desde o início, na minha opinião. Quando se pede ao colombiano para criar jogo, para atacar e arrastar a bola para a frente…sai borrada. No entanto, quando se lhe diz para ter calma, para jogar com o corpo e com cabecinha bem assente nos ombros, rodar a bola e segurar o jogo, é valioso.
(+) Não sendo muito adepto dos insultos às equipas adversárias, sou adepto da pressão directa sobre os jogadores. Se essa é uma estratégia que funciona…depende muito do jogador. Funcionava com o Marinho (ex-Sporting) nas Antas, mas hoje não funcionou nem com Simão nem com Paulo Assunção. O primeiro pior que o segundo, mas creio que os permanentes assobios não ajudaram a baixar a moral de nenhum deles. Agora uma coisa é certa: gostei de ver (ou melhor, ouvir) os adeptos a assobiar fortemente tanto o ex-benfiquista como o ex-nosso-trinco-titularíssimo desde o início até ao fim do jogo. Pode não fazer muito, mas nunca se sabe, o rapaz pode estar num dia mau e ficar deprimido!
BARONIS
(-) Tomás Costa. O rapaz andou perdido uma grande parte do tempo, e se serve de atenuante o facto de nunca ter jogado a trinco na vida dele (segundo as suas próprias palavras na zona mista), as constantes distracções e o nervosismo que mostra tornam-no numa arma perigosa. O número 20 do FCP parece querer ser o próximo Bandeirinha em termos de versatilidade: tanto joga a trinco ou a interior direito, como até pode jogar a lateral, direito ou esquerdo. Agora, como Bandeirinha, nunca o faz bem. E a continuar assim, nunca fará.
(-) Já começa a ser uma constante dar um Baroni ao Mariano, mas é impossível não o colocar aqui. A verdade é que a maior parte das vezes que está em campo a equipa acaba por parecer jogar com menos um jogador. Continua trapalhão, domina mal a bola (hoje ia conseguindo o feito extraordinário…a tentativa de controlar a bola com o pescoço!!!) e o ataque pára quando o argentino toca na bola. É o anti-Midas da equipa.
(-) Se contra o Sporting os primeiros 20 minutos tinham sido muito bons, aqui foram os últimos 20 que foram menos maus. Agora no resto dos 70 minutos…foi mais uma vez um FC Porto lento, muito estático nas marcações e demasiado trapalhão nas transições para o ataque. Era desesperante ver os jogadores do Atlético a correrem metros atrás de metros com a bola nos pés, e os nossos rapazes, cheios de medo dos papões do contra-ataque vermelho e branco, recuavam…recuavam…recuavam, até entrarem na própria área e dando todo o espaço do mundo para Forlán e companhia. Tomás Costa andava sempre perdido, Meireles continuava mau no passe e na criatividade, Belluschi raramente aparecia…e não fosse a entrada de Guarín e a passagem de Meireles para trinco para re-equilibrar a equipa, e provavelmente estaríamos a lamentar dois pontos perdidos. Muitos passes pelo ar, muito nervosismo e acima de tudo muito medo da velocidade adversária. É preciso ser mais, fazer mais, agir mais! A questão coloca-se: porque é que Jesualdo não apostou em Meireles para trinco desde o início?!
(-) A capacidade física de alguns jogadores está-me a preocupar. Belluschi não aguenta mais de parte e meia, e Hulk quase nem isso. Se somarmos Meireles a jogar mal, Mariano a preencher candidaturas para doses industriais de Prozac para ver se t
em mais calminha e as lesões de Varela e Rodríguez…as opções no plantel reduzem-se, e a rotatividade pode ser acelerada.
Acabada a partida, revi o calendário. Temos tudo a nosso favor, e se ganharmos os dois jogos frente ao APOEL, acabamos por apenas precisar de um ponto para dependermos só de nós. Como acredito que o Chelsea ainda vai dar um jeitinho ao ganhar ao Atlético, pode ser que tal nem seja preciso. Agora venha o Olhanense para voltarmos ao nosso triste fado da Liga Sagres…
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Baías e Baronis – FCP vs Sporting



Quando chegou o dia do primeiro clássico, não estava muito confiante. É certo que estava um pouco ressacado de um jantar muito animado que tinha acontecido na noite anterior, mas ainda assim as circunstâncias que rodeavam a equipa nos últimos jogos acabavam por confirmar a minha tradicional maneira pessimista de encarar estas partidas. No entanto acabei por sair do estádio num misto de satisfação pela vitória conseguida, acoplado de uma frustração pelo escasso resultado. Após um Domingo passado num estado de constipação intensa, seguem os B&Bs igualmente intensos abaixo:

BAÍAS
(+) Hulk esteve de volta. Um verdadeiro terror para os laterais do Sporting, mais Grimi (e depois Miguel Veloso) do que Abel, foi pelo lado direito do nosso ataque que Hulk conseguiu desfazer os rins a tudo que lhe aparecia pela frente. Sacou a falta que deu o golo e voltou a ser decisivo ao conseguir sofrer a falta que deu origem ao penalty que Falcao se encarregou de falhar. É este Hulk que precisamos e espero parar com este ping-pong constante entre Baía e Baroni com que tenho brindado o nosso Givanildo.
(+) Falcao marcou um e falhou 3, um dos quais um penalty. Apesar do fraco aproveitamento, a questão é que apareceu por diversas vezes em situação de perigo para a baliza adversária e isso já é bom, tendo em conta que a equipa raramente joga para ele. Sofre mais quando usamos a parvoíce do jogo directo, com Helton a enviar a bola pelo ar e Falcao a saltar pelo meio dos centrais. No entanto, a capacidade de domínio e protecção de bola é bem acima da média no colombiano e isso pode ser muito útil para aguardar a chegada dos extremos e médio ofensivo (sim, só há um, não me venham dizer que Raul Meireles o é, porque não é, pelo menos ainda não). 5 golos em 6 jogos é bastante bom para a primeira temporada, espero que continue!
(+) Os primeiros 20 minutos do FC Porto foram avassaladores. Empurrámos o Sporting contra as cordas e só graças à tradicional inépcia em frente às redes é que não ganhámos avanço para dormir o resto do jogo. Os verdes lá reagiram com força e subiram no terreno, com o FC Porto sempre perigoso no contra-ataque. Foi uma excelente primeira parte para quem gosta de futebol e especialmente para quem não se interessava pelo resultado.
(+) Fernando. Já começa a ser uma chatice ter sempre de colocar este rapaz aqui na lista dos Baías, mas o que é facto é que cada vez gosto mais de o ver a jogar. Tem potencial para ser um dos melhores do mundo e é dos poucos jogadores em que dou a mão à palmatória quanto ao julgamento de Jesualdo. Rápido a interceptar a bola, muito bom na marcação e excelente a rodar a bola para a frente, é imprescindível…o que me lixa as contas para o jogo de quarta-feira contra o Atlético. Até ver Prediger a jogar (e na Champions também não vou ver…) não há alternativa credível ao brasileiro.
BARONIS
(-) Mariano e Meireles. Um dos piores jogos de Meireles que me lembro. O que mais me impressionou foi a insistência em erros infantis, especialmente em zonas perigosas como a entrada da nossa área. Arriscou em demasia e fez algumas faltas que, caso Duarte Gomes quisesse, podia perfeitamente ter resultado no segundo cartão amarelo. Quanto ao argentino, voltou ao início de 2007/08. Não conseguia dominar uma bola, falhou passes atrás de passes e perdeu bolas consecutivas com a equipa balanceada para o ataque. Era um modelo recorrente: bola para Meireles, passa com força demais, perde a bola; bola para Mariano…domina mal, perde a bola. Eu, bem como a malta à minha volta, estávamos a ficar doentes…
(-) Depois do penalty falhado…a miserável exibição contra um adversário reduzido a 10 jogadores. É absurdo passar do 80 para o 0,8 mas foi o que aconteceu. Uma primeira parte bem boa e depois foi o estouro físico, o medo, a fraqueza nas pernas e nas cabeças. Falta muita estaleca a esta equipa e diria que ao treinador também, mas esse já não tem emenda, já que passa sempre para os jogadores os seus próprios receios, a estratégia do “1-0 chega, ‘bora para trás que os outros aí vêm” está enfiada na mente dos nossos rapazes e vai ser complicado, se possível, mudar esta atitude. Para sermos uma grande equipa não podemos ficar pelo 1-0, especialmente quando estamos a jogar a mais. É provinciano e medíocre e exige-se mais.
(-) Ao mesmo tempo que critico a minha própria equipa, critico ainda mais o Sporting. A cambada de meninos mimados, enjoados com as arbitragens e com a própria incapacidade de amadurecimento precoce que apareceu no Estádio do Dragão é de causar náuseas. 11 e depois 10 gajos concluiam cada apitadela do árbitro com uma reclamação, era uma floresta de braços levantados e de pressão constante sobre o árbitro, que acabou por se virar contra eles. Esta campanha que o Sporting anda há anos a criar, esta figura patética de Calimero permanente que quixotescamente se revolta contra moínhos que não existem e pensa ter, por alegar tal mau tratamento, carta branca para fazer um berreiro sempre que é assinalado um fora-de-jogo ou um lançamento contra eles. Calem-se, é mau, dá mau nome ao vosso clube e só deixa transparecer que a instabilidade é ainda maior do que se pensa. E Paulo Bento não está acima deles, é tão infantil e desregrado como a manada de bezerros que orienta. Cresçam, são bons jogadores, só vos falta serem homenzinhos.
Muito mais poderia ser dito sobre o jogo. As emoções foram fortes e prometem não parar porque na próxima 4ª feira temos já um jogo decisivo para o nosso futuro na Liga dos Campeões. Sem Fernando, Rodríguez e Varela (os mais importantes), a tarefa vai ser complicada…haja Hulk e Falcao!

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Baías e Baronis – Braga vs FCP


Saí de casa para um jantar de aniversário e deixei o jogo a gravar. Tive o azar do raio do restaurante ter uma televisão que me deixava ir vendo o jogo pelo reflexo no vidro à minha frente, e por isso quando saí de lá e regressei a casa sentei-me no meu sofá a ver a partida. O que vi foi mais ou menos o mesmo que tinha visto no referido reflexo. Mau, muito mau. Costumo ler os blogs e os jornais desportivos antes de fazer a minha análise, fundamentalmente para me acalmar e tentar perceber se todo o mundo vê os jogos como vejo, sempre tentando não me deixar influenciar pelo que leio. Hoje nem isso faço, só procurei uma foto e vou directo para a análise. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Num jogo de pouco trabalho defensivo, Rolando foi o melhor de todos. Admito que a pele Aloísica lhe fica bem, especialmente nas dobras e na colmatação das falhas consecutivas de Bruno Alves. Para continuar a titular.
(+) Fernando esteve bem, não tão eficaz como noutras partidas mas ainda assim acabou por tapar Hugo Viana e não o deixou fazer muito (sem contar com o lance do golo, que nasce de um lance de bola parada).
(+) Varela, apesar de notar-se alguma incapacidade de crescimento em função das primeiras exibições da temporada, é dos poucos que produz alguma coisa que se veja.
(+) O jantar de aniversário, com amigos e comida razoavelmente bem confeccionada. O aniversário de um amigo de longa data passa sempre à frente do futebol e este foi mais um. De salientar que o animal do meu amigo sempre que faz anos e marca um jantar, há-de calhar um jogo do FC Porto. E normalmente perdemos pontos. Não lhe bastava estar (mais) velho, também me lixa o clube. Raios te partam.
BARONIS
(-) Por onde começar? Num jogo em que aparentemente nenhuma das equipas quis vencer, o Braga, sem fazer muito por isso, acaba por marcar num chouriço do tamanho das sapatilhas do Shaquille O’Neal. Ainda assim, Helton não fica isento de responsabilidades no golo, o que depois da excelente exibição em Londres acaba por marcar o pleno regresso às displicências que nos habituou. Fraco.
(-) E lá vem Jesualdo inventar. Depois de alguma consistência conseguida com Belluschi, eis senão quando aparece Guarín de aparente pedra e cal na equipa, transformando um meio-campo já de si pouco criativo numa parede defensiva demasiado próxima dos centrais e a deixar um espaço extraordinário para os avançados. Falcao muito preso na área, Hulk a inventar e apenas Varela a conseguir produzir o mínimo aceitável, era confrangedor para não dizer vergonhoso ver o FC Porto a organizar jogo antes do meio-campo.
(-) Hulk. Estamos a perder batalhas atrás de batalhas na guerra de tentar transformar este fulano num jogador a sério. Não sei se está cansado do jogo de Inglaterra, mas depois da bela exibição frente ao Leixões teve dois jogos horríveis e voltou a ser o Hulk fintento, simulatório e ineficientíssimo, entre outras palavras com mais sílabas que deviam. Só lhe faltou reclamar com o árbitro para ser o velho Hulk que me habituei a insultar mais que elogiar. Vá lá.
(-) Álvaro Pereira é vítima dele próprio. A inconsistência exibicional parece ser patente no uruguaio, que talvez se dê bem melhor com Fucile do que os portistas gostariam. Como o colega de sector falha muito e em zonas fulcrais do terreno, sobe quando não deve e deixa muito espaço atrás para os extremos adversários. Terá que rever rapidamente estes erros posicionais porque vêm aí Simão e Aguero.
(-) Guarín não teve culpa de ter nascido com dois pés esquerdos e não saber usá-los. É incapaz de fazer um passe correcto a mais de 5 metros, e mesmo no intervalo entre 0 e 4,9 metros a vida afigura-se-lhe como complicada. Quem aposta nele é que já devia saber disso.
A primeira derrota na Liga Sagres aparece num momento complicado. Nesta altura aqui há um ano, regressávamos de uma coça em Londres para vencer em Alvalade. Hoje foi o contrário e a falta de capacidade ofensiva e o aparentemente desinteresse pela vitória (já nem falo do futebol ofensivo e bonito, deixo isso para o Benfica) deixa-me apreensivo. Mais um ano a subir o monte começa a custar…
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