Portugal: um diagnóstico social

Fica um link para o post mais exagerado dos últimos tempos, lido no blog Atum Macaco. Se bem que tendo em conta a blogosfera portuguesa e as tiradas políticas do 31 da Armada, creio que estou a exagerar também, para entrar na onda.

Mas lá que tem piada, isso não há dúvida. Considerando que o conteúdo podia ser adaptado a qualquer um dos “grandes” portugueses (mais ao FCP e ao SLB que ao SCP, mas ainda assim arranjava-se maneira), um benfiquista que tenha sentido de humor tem de se rir com isto, por isso não fiquem lá chateados com as graçolas.
Comentários jocosos e/ou furiosos aguardam-se.
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Realidade alternativa


Não é algo que faça muitas vezes porque não creio ser a melhor maneira de colocar as coisas a andar para a frente e até porque acaba por agravar o já forte complexo persecutório de que me acusam como portista e nortenho. Agora, sem tentar justificar a fraquíssima exibição da minha equipa ou a boa, estável e decidida partida que o Benfica fez e pela qual mereceu a vitória sem contestação, façam lá comigo um pequeno exercício:

  • E se…o golo do Benfica que foi precedido de fora-de-jogo tivesse sido apontado no Dragão, pelo FC Porto, dando a vitória no clássico?
Conseguem imaginar a histeria que por aí andava? Os discursos inflamados de Cervan e Vasconcellos…a fúria pela constante roubalheira a que a grande instituição como o Benfica é sujeita sempre que joga com os “tripeiros”, como adoram dizer, sem saber ou querer saber que englobam grupos etnográficos bem como clubísticos todos no mesmo pacote…as capas de jornais com frames paradas e gritantes parangonas com “ERRO”, “FALHA GRAVE” ou até “ROUBO”, como já se viu no passado…
Tem a palavra o eloquente e excelente defensor da nossa honra, Rui Moreira, logo à noite no Trio de Ataque. Dá-lhes, Rui, admite a derrota com estoicidade mas dá-lhes. Esquece o Benfica, sem culpa no cartório, vira baterias como tens feito para bater nessa imprensa branqueadora que tão pouca atenção dá ao que é preciso e tanto holofote aponta no sentido do fútil e do inócuo. Dá-lhes. Vou estar a ver.
Argh. Vou tomar um banho. Nunca mais tiro é o cheiro a Sporting da roupa.
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Baías e Baronis – Benfica vs FCP


(foto retirada d’A Bola)

Esperei um pouco para escrever o artigo de hoje porque pensei que escrevê-lo logo a seguir ao término da partida podia fazer com que dissesse coisas demasiado a quente e perdesse alguma clarividência. Depois de 10 horas, estou igual, e o texto vai também sair igual. A primeira coisa que me apraz dizer é uma frase controversa (não polémica, entenda-se) sobre o jogo de ontem: o FC Porto tinha obrigação de ganhar. Leram bem, obrigação. A equipa do Benfica, à qual nos temos de equiparar sempre nos nossos confrontos, era uma equipa com ausências de vulto que se agravaram durante a partida, e nós tínhamos a obrigação de vencer. Ora o que aconteceu foi que perdemos e perdemos bem. Escalpelização abaixo:

BAÍAS
(+) Helton foi a única nota clara e coerentemente positiva da noite. Não inventou nem um milímetro, jogou simples, defendeu bem e em segurança e tentou sempre lançar contra-ataques pelos flancos, como se indicaria pela velocidade dos laterais. Os colegas nunca estiveram à sua altura.
(+) Varela foi dos poucos que tentou remar contra a maré vermelha, mas com o relvado da forma que estava e a pressão constante dos benfiquistas, aliada à falta de elementos azuis-e-brancos para o apoiar, impossibilitou algo melhor. É claramente um jogador para ser titular, no lugar do actualmente sobre-valorizadíssimo Hulk.
(+) Um Baía histórico: Ramires. É um jogador que é uma mais-valia impressionante, pelo que joga e faz jogar, pela alma que coloca em campo, por lutar contra o relvado, contra a lesão e contra o adversário com uma tenacidade que choca os seus oponentes e entusiasma os apoiantes. É destes jogadores que se fazem campeões e o brasileiro, com low-profile e sem vender muitas camisolas, é potencialmente um deles. Que o seja fora de Portugal!
BARONIS
(-) Começo pela frase com que abri a crónica e que aqui repito: o FC Porto tinha obrigação de vencer. Contra um Benfica sem Aimar, Coentrão e Di Maria, com Ramires tocado e Carlos Martins sem ritmo, tínhamos o plantel todo apto e pronto a jogar. O que se viu ontem no enlameado da Luz foi uma exibição desgarrada, sem construção de jogo, com graves problemas em lidar com pressão alta, sem conseguir rodar a bola por mais de 3 jogadores no próprio meio-campo e uma gritante ausência de atributos técnicos básicos. Ontem regredimos várias jornadas em termos de produtividade ofensiva e concentração defensiva, e apesar de quase nada poder ser apontado aos jogadores em termos de empenho, fica a imagem de uma equipa derrotada mentalmente, convencida que os outros são melhores só porque todo o mundo apregoa que tal é um dogma do futebol português em 2009, atemorizada pelo ambiente e pela festa circundante e incapaz de dar a volta aos seus próprios demónios. Ir jogar à Luz contra uma equipa enfraquecida, com ausências de peso em locais fulcrais…e vamos com medo e a defender? Fraco.
(-) Jesualdo continua a apostar em elementos chave para posições chave com resultados…como direi…de merda. Mais uma vez entra Guarín para o lugar de “criativo” onde, como foi evidente e esperado, não criou. Ou melhor, criou problemas acrescidos para os colegas do meio-campo, com falhas de posição atrozes, perdas de bola quase instantâneas, incapacidade de dominar as bolas mais fáceis e zero em termos de construção de jogo. Compare-se com Ramires. Está tudo dito. A somar a Guarín, temos Meireles e Fernando a ocupar um espaço de 15 metros à entrada da área. A mobilidade dos jogadores do Benfica foi chave para contrariar um esquema defensivo em demasia e com medo a mais para uma equipa que quer ser campeã. E depois vieram as tradicionais loucuras de desespero. Entra Farías! A bola não chega lá, estão dois pontas-de-lança a jogar no meio de duas estacas, sem hipótese de ganhar a bola pelo ar. Ah, então entra Belluschi! Agora? Com o campo neste estado? A 5 minutos do fim?…É absurdo.
(-) Hulk corre o risco de ser considerado como o jogador mais sobre-valorizado desde que o Secretário foi vendido por 300 mil contos para o Real Madrid. Nada há a acrescentar.
O que custa mais nestes jogos é perder sem sequer tentar ganhar. Foi o que aconteceu ontem. Perdemos o lanço que tínhamos vindo a ganhar e apesar do campeonato ainda estar perfeitamente ao alcance, há que recuperar a equipa mentalmente e dar-lhe outro ânimo, outra alma. Ou isso ou então ir buscar um ou dois jogadores a sério. Porque estes, neste momento, não dão confiança suficiente ao treinador para ganhar os jogos que não se podem perder…
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Votação: Conseguimos ganhar na Luz?


Estamos à porta do grande clássico da temporada, que este ano ganha uma importância acrescida dado o excelente arranque do Benfica e o fraco rendimento…ora bem, temos mais pontos mas o futebol jogado não tem sido propriamente galáctico, e todos estes factores se juntam para um Domingo que se aguarda com ansiedade de ambas as partes. Assim sendo, há-que auscultar o povo azul-e-branco para ver quais são os prognósticos a fazer para a partida. As respostas foram:
  • Sim, saimos com 3 pontos!: 88%
  • Não, a equipa ainda não rende: 3%
  • Não, vamos lá para o empate: 7%
Um resultado que, devo dizer, me surpreende. O FC Porto tem feito uma época sofrível e estes três últimos jogos, apesar de coincidirem com algum abaixamento de forma do Benfica, não me parece que sejam o suficiente para merecer tal voto de confiança. A deslocação à Luz é a mais difícil do campeonato e estamos prontos para ela, mas gostava que a equipa já tivesse mais estrutura para aguentar o que vai ser uma avalanche de futebol ofensivo desde o primeiro ao último minuto. Votei na vitória. Estou convencido que não vai ser fácil mas que tudo é possível! Mas também me contentava com um empate, para ser sincero…mas prognósticos só no final, como de costume!
Próxima votação: Acredita que o plantel não muda em Janeiro?
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