Parabéns, Braga!

É disto que o futebol português precisa. De mais equipas a jogar bem e a contribuir para a maior competitividade do nosso campeonato, a mostrar lá fora que cá dentro também temos bons valores e que nem todos estão nas equipas com maior visibilidade. O Braga que hoje jogou em Sevilha (arre que a cidade dá sorte às equipas portuguesas!) vai ser visto em todo o mundo na maior competição global.

Parabéns, rapazes. Parabéns, Domingos. Parabéns Braga. Fizeram por merecer esta glória e aproveitem porque sabe muito bem. Façam boa figura e por favor não se transformem no Boavista daqui a uns anos.

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Talvez os piores defesas do Mundo

Já com saudades de futebol competitivo de clubes, vi o Braga desfazer com mérito o Celtic, que continua a ser fraquinho fora de casa. Mas desta vez tive hipótese de presenciar em directo (com “c” porque essa treta do acordo ainda não me convence) dois canastrões holandeses que supostamente são defesas-centrais a mostrar ao mundo que o Stepanov podia ser titular naquela equipa.

Ah, e reparem nesta marcação defensiva no canto que deu o segundo golo:

Mas pelo amor das camisolas que parecem abelhas: o que é que aqueles quatro idiotas estavam a fazer?!

Se eu fosse ao Neil Lennon pedia ajuda ao Jesualdo para ensinar aos jogadores como é que se marca à zona nos cantos. É que nem com o Professor se defendiam bolas paradas tão mal…

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Baías e Baronis – FCP vs Braga


(foto retirada do MaisFutebol)

Devo admitir que nas horas que antecederam a partida não estava no melhor dos humores em termos futebolísticos. Apesar da subida de forma que a equipa tinha vindo a manifestar, dos belos resultados caseiros frente a Sporting e Arsenal e da melhoria no fio de jogo da equipa, estava apreensivo. O Braga joga bem, troca a bola com calma e confiança e tinha vindo a mostrar que o futebol não é só feito pelos melhores mas também por aqueles que mostram em campo serem pragmáticos e eficazes. Por isso fiquei em êxtase com a vitória e a exibição, garra e querer, determinação, eficácia e bom futebol, tudo de azul-e-branco. Venham de lá essas notas:

BAÍAS
(+) Varela. Enquanto vê relva na frente dele, é um combóio sem travões. Arrancou duas belas assistências na primeira parte e deu cabo da cabeça ao Filipe Oliveira que se viu e desejou para parar o extremo portista, bem coadjuvado por Álvaro. Apesar de se notar já alguma falta de pernas para aguentar 90 minutos seguidos, tal é o ritmo que impõe a todas as jogadas em que participa, durante o tempo que está em campo acaba por ser uma peça vital no nosso ataque.
(+) Álvaro Pereira. O mesmo que disse de Varela posso dizer de Álvaro, com um pózinho extra: que grande golo!!! Acho que ninguém esperava ver um tiraço tão bem colocado da parte do uruguaio, ele que sempre que antes tinha tentado rematar à baliza tinha saído para a bancada ou para os placares publicitários, mas desta vez foi certeiro. Passou o jogo todo a tirar bolas a Alan e a apoiar Varela com confiança, em grandes correrias pelo flanco. Espero que continue a crescer como tem feito desde o início da época.
(+) Falcao. Não há dúvidas que foi uma excelente compra. A forma como se antecipa ao central do Braga no primeiro golo é perfeita e está a combinar muito bem com Varela, o que tem trazido vários golos ao colombiano, algo que obviamente não se via no início da época, como é compreensível. Joga bem em frente à baliza mas acaba por ser quando está de costas que é mais valioso, dominando bolas difíceis e rodando para os médios e extremos poderem continuar a construir por forma a lhe devolverem a bola prontinha para entrar nas redes. Estou a ficar fã.
(+) Ruben+Meireles. Os dois juntos começam a mostrar o que valem. Ruben, apesar de no jogo contra o Arsenal não ter ajudado muito na defesa (andou lá mas foi pouco eficaz e tem Fernando a voar para todo o lado quando é preciso) e Meireles não subir o suficiente no terreno, hoje parecem ter encontrado um equilíbrio melhor entre eles. Meireles apareceu bem melhor que nos jogos anteriores e Ruben foi mais estático e organizador, rodando a bola para os extremos, esses sim em foco. Gostei do que vi e dá garantias de um meio-campo mais coeso, algo que nos falta desde Agosto de 2009.

(+) Mariano. Continua trapalhão, tosco e tremido em todas as vezes que está com a bola nos pés, mas hoje fez das melhores primeiras-partes que o vi fazer desde que chegou ao FC Porto. Um exemplo de garra e determinação, não desistindo de nenhuma bola, lutando até não poder mais contra todos os adversários, incluindo o mais temido: a bola. Surgiu sozinho frente a Eduardo, fez tudo bem, mas falhou a baliza por meros centímetros. Merecia o golo.
(+) Ambiente. O estádio estava cheio de gente, uns de azul e outros de vermelho, e a interacção entre ambos foi viva, dinâmica e sem problemas. Cantou-se, gritou-se, foi um espectáculo como poucos este ano ou em quaisquer outros, com manifestos das claques, apoio do público e um jogo muito bem disputado dentro do campo. Fossem todos assim…
BARONIS
(-) Posicionamento táctico de Fernando. Numa equipa como a nossa, que precisa de ter um meio-campo estruturado por forma a não precisar de recuar os extremos para pontos em que se torna difícil e trabalhoso fazer um contra-ataque fácil e rápido, Fernando torna-se um ponto de interrogação. Jogando tão perto dos centrais (mesmo quando não há ninguém para marcar na zona onde se encontra) abre espaço a mais no meio-campo, e as outras equipas já se começam a aperceber disso. De quem é a culpa? De Jesualdo, claro. É uma opção táctica válida mas com a qual não estou de acordo.
(-) Olegário. Num jogo em que tudo estava a correr bem para o nosso lado, eis senão quando o internacional e único árbitro luso que vai marcar presença no Mundial decide começar a estragar o jogo. Falhou muito e falhou demais. Falhou no penalty que não marcou contra o FC Porto (Meireles sobre Alan, creio), falhou em não expulsar pelo menos Rafael Bastos pela entrada assassina sobre Belluschi, falhou em apitar mais do que deve (o que faz SEMPRE), falhou quando marcava uma falta e no lance seguinte com a mesma configuração se esquecia de o fazer…enfim, falhou como falha habitualmente, é mais um dos apitadores que temos, que não deixa lutar nos lances banais e esquece-se de punir os lances graves. Mau.

Não estava à espera e aposto que ninguém esperava uma vitória tão gorda. Fomos melhores, fomos eficazes e mostrámos que ainda cá estamos para tentar ganhar isto. Não dependemos só de nós mas precisamos de continuar a pressionar os da frente para ainda poder sonhar. Vamos a Alvalade para ganhar, porque não temos outra hipótese. Espero que o jogo de hoje não tenha sido só uma noite acima da média e que subamos a fasquia para recuperar o atraso que, por nossa culpa, se verifica neste momento.
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Baías e Baronis – Braga vs FCP


Saí de casa para um jantar de aniversário e deixei o jogo a gravar. Tive o azar do raio do restaurante ter uma televisão que me deixava ir vendo o jogo pelo reflexo no vidro à minha frente, e por isso quando saí de lá e regressei a casa sentei-me no meu sofá a ver a partida. O que vi foi mais ou menos o mesmo que tinha visto no referido reflexo. Mau, muito mau. Costumo ler os blogs e os jornais desportivos antes de fazer a minha análise, fundamentalmente para me acalmar e tentar perceber se todo o mundo vê os jogos como vejo, sempre tentando não me deixar influenciar pelo que leio. Hoje nem isso faço, só procurei uma foto e vou directo para a análise. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Num jogo de pouco trabalho defensivo, Rolando foi o melhor de todos. Admito que a pele Aloísica lhe fica bem, especialmente nas dobras e na colmatação das falhas consecutivas de Bruno Alves. Para continuar a titular.
(+) Fernando esteve bem, não tão eficaz como noutras partidas mas ainda assim acabou por tapar Hugo Viana e não o deixou fazer muito (sem contar com o lance do golo, que nasce de um lance de bola parada).
(+) Varela, apesar de notar-se alguma incapacidade de crescimento em função das primeiras exibições da temporada, é dos poucos que produz alguma coisa que se veja.
(+) O jantar de aniversário, com amigos e comida razoavelmente bem confeccionada. O aniversário de um amigo de longa data passa sempre à frente do futebol e este foi mais um. De salientar que o animal do meu amigo sempre que faz anos e marca um jantar, há-de calhar um jogo do FC Porto. E normalmente perdemos pontos. Não lhe bastava estar (mais) velho, também me lixa o clube. Raios te partam.
BARONIS
(-) Por onde começar? Num jogo em que aparentemente nenhuma das equipas quis vencer, o Braga, sem fazer muito por isso, acaba por marcar num chouriço do tamanho das sapatilhas do Shaquille O’Neal. Ainda assim, Helton não fica isento de responsabilidades no golo, o que depois da excelente exibição em Londres acaba por marcar o pleno regresso às displicências que nos habituou. Fraco.
(-) E lá vem Jesualdo inventar. Depois de alguma consistência conseguida com Belluschi, eis senão quando aparece Guarín de aparente pedra e cal na equipa, transformando um meio-campo já de si pouco criativo numa parede defensiva demasiado próxima dos centrais e a deixar um espaço extraordinário para os avançados. Falcao muito preso na área, Hulk a inventar e apenas Varela a conseguir produzir o mínimo aceitável, era confrangedor para não dizer vergonhoso ver o FC Porto a organizar jogo antes do meio-campo.
(-) Hulk. Estamos a perder batalhas atrás de batalhas na guerra de tentar transformar este fulano num jogador a sério. Não sei se está cansado do jogo de Inglaterra, mas depois da bela exibição frente ao Leixões teve dois jogos horríveis e voltou a ser o Hulk fintento, simulatório e ineficientíssimo, entre outras palavras com mais sílabas que deviam. Só lhe faltou reclamar com o árbitro para ser o velho Hulk que me habituei a insultar mais que elogiar. Vá lá.
(-) Álvaro Pereira é vítima dele próprio. A inconsistência exibicional parece ser patente no uruguaio, que talvez se dê bem melhor com Fucile do que os portistas gostariam. Como o colega de sector falha muito e em zonas fulcrais do terreno, sobe quando não deve e deixa muito espaço atrás para os extremos adversários. Terá que rever rapidamente estes erros posicionais porque vêm aí Simão e Aguero.
(-) Guarín não teve culpa de ter nascido com dois pés esquerdos e não saber usá-los. É incapaz de fazer um passe correcto a mais de 5 metros, e mesmo no intervalo entre 0 e 4,9 metros a vida afigura-se-lhe como complicada. Quem aposta nele é que já devia saber disso.
A primeira derrota na Liga Sagres aparece num momento complicado. Nesta altura aqui há um ano, regressávamos de uma coça em Londres para vencer em Alvalade. Hoje foi o contrário e a falta de capacidade ofensiva e o aparentemente desinteresse pela vitória (já nem falo do futebol ofensivo e bonito, deixo isso para o Benfica) deixa-me apreensivo. Mais um ano a subir o monte começa a custar…
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Baías e Baronis – FCP vs Braga

Penúltima edição da época. Se não concordarem, são livres de comentar, obviamente!

BAÍAS
(+) Muito entusiasmo do público, estádio cheio e malta animada
(+) Entrega do troféu a tempo e horas. É esteticamente bonito e ainda é mais bonito estar deste lado
(+) Farías. Outra vez. Mesmo sem querer, marcou mais um.
BARONIS
(-) Se havia jogo para desleixo e relaxamento era este. Mas aquela primeira parte foi um exagero. Valeu o público estar indiferente à passividade de TODA a equipa
(-) Alguma agressividade pontual em demasia. Houve alturas em que pareciam aqueles meninos do Pacheco quando ficavam sem a bola aqui há uns anos
(-) Nuno esteve grande parte da 2ª metade a aquecer para depois não entrar. É certo que vai jogar na final da Taça mas não me pareceu correcto para com o rapaz.

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