Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 3 Sporting

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Aí dois segundos depois do jogo terminar, as colunas do estádio bombardeavam as pessoas que se iam dirigindo para as saídas com música com um volume que parecia ser superior ao emitido por vários jactos supersónicos, numa (demasiado) óbvia tentativa de cancelar o eventual ruído dos assobios. Mas não houve assobios, apenas cabeças caídas e olhos no chão. Porque já ninguém acredita sequer que esta malta possa vir a mudar de atitude em breve e ninguém fica chocado com estas exibições tão fracas. Ninguém. Nem eu. E isso ainda me deixa mais triste. Notas aqui em baixo:

(+) Herrera. Tentou levar a equipa para a frente e foi dos poucos que o conseguiu, muito pontualmente. Mexido naquela terra de ninguém entre o meio-campo e a defesa, constantemente à procura da diagonal para receber os passes directamente dos defesas ou de Brahimi, que quando esteve no meio procurou várias vezes a corrida do capitão. Somo um penalty bem marcado e um “quase-que-entrava-mas-tinha-mesmo-de-ter-entrado”.

(+) Ruiz. Já tivemos um jogador parecido no nosso passado, que recebe a bola com técnica perfeita, protege-a muito bem atraindo os adverśarios, joga e faz jogar, seja descaído para um flanco ou no meio. Chamava-se Capucho. E jogava de carago. Como este. Raios que o homem é bom.

(-) A defesa. Estou aqui a tentar lembrar-me de uma defesa do FC Porto que me dê menos confiança e não consigo. Talvez um mix dos anos do Jesualdo, com Sonkaya, Stepanov, João Paulo e Ezequias (não sei se alguma vez jogaram juntos e não estou para ir desenterrar os livros do arquivo), ou regressando ao fim do século passado, com Butorovic, Kenedy, João Manuel Pinto e Lula. E daí talvez não. Acho que preferia ver qualquer um desses ícones que não dizem nada a muita gente a liderar a defesa do FC Porto e talvez a evitar que se continue a desfazer em estrume líquido sempre que é pressionada. Com os extremos a ajudarem pouco e o meio-campo a deixar passar tudo, não é tarefa fácil, mas a forma como hesitam quando não têm a bola é assustadora…e quando estão em posse, o medo é idêntico e normalmente dá borrada. Hoje, mais uma má intervenção de Angel no primeiro golo (ele que até nem esteve mal durante o resto do jogo), outra escorregadela de Maxi (E ALHEAMENTO TOTAL DE CORONA, À MINHA FRENTE!!!) e um defesa central que não sabe nem parece querer marcar o seu oponente directo e até o guarda-redes quis hoje ajudar aos bombos. Foda-se se não preferia ver ali o Sereno, que dava noventa a zero a qualquer um deles, em alma e em talento. O Sereno. Sim. Incrível, n’est-ce pas?

(-) Desorganização no meio-campo. Os jogadores do Sporting olhavam para os adversários de hoje e pensavam: bah, peanuts. E era, porque passar por aquele queijo suíço de meio-campo, em que os nossos homens (ratos?) não se entendem e não se coordenam para pressionar o jogador que tem a bola ou qualquer uma das inúmeras linhas de passe que vai criando à medida que progride no relvado. E é tão ridiculamente fácil passar por ali, porque duas ou três combinações simples servem para transformar a pouca consistência do nosso meio-campo numa espécie de gelatina liquefeita. É horrível assistir a um grupo de homens a cederem perante qualquer tipo de ruptura feita pelo centro do terreno, algo impensável para qualquer equipa com mentalidade vencedora e que devia dar direito a chicotada, pelo menos até perceberem o que o treinador quer. Mas aí entramos noutra história…

(-) Peseiro e a falta de tomateira. Poucas coisas me chateiam mais que um treinador sem tomates. A fome no mundo, os refugiados e os mísseis norte-coreanos também me deixam lixado, mas os treinadores sem enchimento para o escroto é daquelas coisas que me furam a alma. Não percebo a postura de Peseiro. Sim, entrou num momento complicado, aceitou ser carne para canhão e tentar reabilitar um grupo de moral desfeita e mal preparado fisicamente. Apanhou com lesões extra, alguns castigos, um plantel mal feito e mal refeito (sem lhe poder tocar) e uma sequência de jogos que nos matou de vez. E agora? O que há a perder? Ainda tem fé nalguma desta malta? Mesmo? Não consigo perceber como é que se permite que o Corona faça tantas vezes o mesmo movimento (vê o lateral a passar ao seu lado, esquece-se que é adversário e deixa-o seguir viagem tranquilamente) ou que Aboubakar remate menos vezes à baliza que o Helton, ou até que o Indi esteja constantemente distraído. O que há a perder, mister? Tem contrato para assegurar valorização de activos? Ou é para treinar e escolher os melhores? Não os consegue incutir mentalidade ofensiva, fibra, garra, vontade de ganhar? Uma, duas, três, oito, quarenta vezes as mesmas falhas e os árbitros é que nos roubaram os pontos? E a alma, mister? E o suor, mister? E onde está a coragem de dizer a um ou a dez dos teus gajos: “Ouve lá, já fizeste essa merda três vezes e se continuas a fazer isso mal é porque estás a fazer de propósito ou então és estúpido. Da próxima sais nem que te tenha de vendar os olhos e partir-te o perónio à paulada.”, ou se o approach tiver de ser outro, mais pacífico, tenta o “rapaz, sem problema, posso sempre vendar-te os olhos e partir-te o perónio à paulada, preferia não ter de o fazer mas se calhar lá vai ter de ser”. Há desculpas para as bolas que vão ao poste. Não há desculpas para quem nem as tenta lá mandar. E bem mais que aos jogadores, havendo culpa para atribuir, eu mando-a na direcção do treinador que é o principal responsável pela atitude e postura em campo. Hoje, foi mais uma vez uma miséria.


É incrível perceber que criámos várias oportunidades de golo, enviámos duas bolas ao poste, obrigámos Rui Patrício a algumas defesas tramadas, tivemos um penalty a favor que na altura me pareceu nítido mas na repetição em casa já fico com dúvidas (admito que o árbitro também as tenha tido mas compreendo que o tenha marcado) e outro que ficou por marcar (curiosamente menos nítido no estádio e bem mais evidente na repetição). E é ainda mais incrível que tenhamos acabado o jogo a ouvir os adeptos adversários a cantar olés. Novamente: chocado? Nem por isso.

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Ouve lá ó Mister – Sporting

Camarada José,

O sol vai brilhar hoje por cima do Dragão e o jogo até começa a umas horas decentes para que um gajo possa estar a beber uns finos antes da bola, ao mesmo tempo que aprecia o ambiente tão característico de um dia grande, que acontece sempre que joga o FC Porto. Mas mesmo com os pássaros alegres a chilrear à volta das árvores, as meninas a passear de saiotes curtinhos e as fresquinhas fermentações do melhor malte à espera de serem sorvidas (sem barulho) por mim, há sempre algo que não parece bem. Não sabe tão bem ir ver um jogo destes sabendo que não há nada que uma vitória nos traga senão a reposição de algum orgulho perdido. Por isso é exactamente por esse ângulo que temos de pegar na coisa, são esses os cornos do touro que cá vem hoje ao fim da tarde.

Não há nada a temer destes gajos. É certo que têm um meio-campo estabilizado (e bem bom, é verdade), um ataque móvel e agressivo e uma defesa…pronto, têm defesas. E um guarda-redes grande. E são onze. E a relva até é verde e tudo. Podiam ser quinhentos, não consigo perceber qual é o problema de olhar estes rapazes nos olhos e sem proferir uma única palavra, dizer-lhes: “ides cair. todos. podem achar que não vão, mas vão. e vão cair com estrondo, depois de passarem a primeira metade do campeonato aos pinchinhos como adolescentes depois de verem uma boyband ao vivo. vão chorar no fim. vão telefonar aos papás a pedir colo. vão sair daqui debaixo de um coro de aplausos irónicos do público pela tentativa, enquanto choram. chorar é a chave, lembrem-se disso. tentem não chorar. tentem.”. É só isso.

E haverá maior prazer de ver o JJ a ajoelhar de novo por perder outro título neste nosso relvado? Oh please make it so!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – Sporting 2 vs 0 FC Porto

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Em primeiro lugar: perdemos bem. Não fomos assertivos na posse de bola, não fomos organizados como equipa, não fomos eficazes na frente e não fomos práticos atrás. Não fomos, no geral, uma equipa, ao contrário do que se viu do outro lado, onde onze homens formam um colectivo ao passo que os nossos onze são apenas isso: onze. Sem entrosamento, com pouca capacidade de criar como um conjunto, como um esquadrão de ataque, como uma equipa. Não somos uma equipa e nestes jogos, onde a inspiração individual não aparece, é ainda mais evidente a ausência dessa união. A notas que se faz tarde:

(+) Danilo. O único destaque positivo da noite de hoje esteve neste tanque que conseguiu adiar o que se foi tornando inevitável ao passar dos minutos. Lutou enquanto conseguiu perante um meio-campo entrosado que trocava bem a bola entre si e que apanhava um grupo de mocitos que de vez em quando treina e joga junto. Danilo foi a imagem da força que todos deveriam ter e se é titular no FC Porto acaba por ser por mérito próprio. Pouco conseguiu fazer de produtivo na frente mas tentou usar a força para controlar o meio-campo. Raramente teve sucesso, admita-se, mas não foi por falta de empenho.

(-) Equipa? Onde? Por onde começar? Pela organização do meio-campo, que permitiu ao Sporting vencer qualquer como 97% das segundas bolas? Ou pelas subidas de Corona e Brahimi que raramente recebiam apoio dos médios e que faziam com que os laterais os ultrapassassem em velocidade sem conseguirem receber as bolas em condições? Ou viremos para Maicon, mais uma vez Maicon contra o Sporting, a facilitar em demasia e a receber o eterno enfoque da realização depois do enésimo passe longo falhado ao que se segue o braço levantado a pedir desculpa aos colegas? Talvez possamos focar a atenção em Aboubakar, que falhou mais dois golos apenas com o guarda-redes pela frente? Ou em Maxi, que desde as constantes substituições à treinador de bancada não mais parece o mesmo a subir pelo flanco? Ou Ruben (et tu, moço) que toma decisões erradas quando se espera perfeição no passe? Ou Indi, que falha rotundamente na marcação do melhor marcador da Liga, ainda por cima com vários de cabeça na conta? Ou poderemos olhar novamente para o meio-campo, que foi o espelho da mesma zona na equipa contrária? Há tanto por onde pegar que se torna complicado perceber como é que um plantel tão bom, com tantas soluções, talento e experiência, não consegue apresentar-se em campo de uma forma consistente, entrosada e com a mecanização dos posicionamentos e desdobramentos e outros -mentos que se espera de um Fafe, quanto mais de um Porto. Juro que nunca vi o FC Porto tão bom jogar tão mal. Pior. Nunca vi o FC Porto jogar de uma forma tão desorganizada.


E assim largámos o comando do campeonato para aquela que é actualmente a melhor equipa de Portugal. Não tem os melhores jogadores, não sei se terá o melhor treinador, mas é notório que é a melhor equipa em campo. E contra factos, meus amigos…

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Ouve lá ó Mister – Sporting

Señor Lopetegui,

Ora viva e que sejas muito bem vindo a 2016, passado nesta que é a “tua” cidade. E olha que não há assim tantos que psosam dizer que tiveram o privilégio de ir todos os dias para o trabalho com esse equipamento vestido e esse emblema ao peito, por isso espero que acordes cada manhã a agradecer a qualquer que seja o Deus a que rezes (ou se não rezares, agradece a uma qualquer esfregona ou decanter ou lápis de cera, sei lá, cada qual tem a sua religião, mesmo que não a tenha) por esta honra que te foi concedida. Eu sei que lá no fundo tu percebes isso, mesmo que emanes aquele ar de quem cheirou carne podre sempre antes das conferências de imprensa. Não tem mal, um gajo vai aguentando essas merdices todas.

Mas o que não aguenta é que a tua equipa faça outra vez aquela sequência de estupidezes (estupidices? estupidagens?) como no ano passado. Sabes bem do que falo, porque as viagens a Lisboa bem que nos foderam o título e a moral e a alma e tudo, a começar pelo Estoril e pelo Sporting e continuando para o Benfica e o Belenenses. Todos esses nos enfiaram uma pilinha no rabinho e apesar de não tirarem os pontos todos, a verdade é que as nossas exibições foram sempre absurdas e deram-me vontade de me enfiar num tasco qualquer e pedir os rissóis de leitão que já devem estar ali praí há três semanas mas garanto que me podem fazer menos mal do que qualquer um daqueles confrontos. E hoje é a mesma coisa, Julen.

Estou com medo do que possa vir a acontecer hoje mas garanto que acredito que temos hipótese de ganhar o jogo. Não é decisivo mas já viste o que acontecia se estivesses à frente do Sporting por quatro pontos antes do final da primeira volta, especialmente no início deste mês que tem dois jogos por semana?! Era lindo, rapaz!

 

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – FC Porto 3 vs 0 Sporting

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Foram três e deviam ter sido mais. Acabei o jogo a tentar justificar a primeira parte em Alvalade ou a enormidade de erros e golos falhados que marcaram a partida da Taça que perdemos contra estes mesmos rapazes. Foi fácil fazê-lo e a diferença não está apenas relacionada com a maior eficácia que mostrámos hoje, debaixo daquela chuvinha tão típica da Invicta. A grande diferença está na maturidade da equipa, na forma como se conseguiu exibir a um nível superior, a mostrar que é uma equipa grande e joga como tal, reduzindo o Sporting a um espectador tão atento como Fabiano. A vitória é inequívoca e só não foi mais volumosa porque mais uma vez ziga-se ou zaga-se quando se devia biqueirar. Ainda assim, uma bela noite no Dragão. Vamos a notas:

(+) Tello. Quantas vezes já disse eu para os meus botões (ou colarinho ou golas ou seja lá o que quiserem usar para manter a metáfora consistente) sobre ti, meu pirralho catalão: “Chuta a bola para a baliza, carago, não penses, não dribles, não torças o pescoço, just kick it!” E não havia melhor jogo para que conseguisses finalmente ouvir os ensinamentos deste teu adepto que vive para o momento em que te esqueces que há mundo à tua volta e te consigas focar só na baliza, só na rede e só na bola a bater nela. Na rede, não na baliza. Foste rápido, foste eficaz, foste perfeito. Três golos ao Sporting. Embrulha, emoldura, imortaliza e leva esta para casa.

(+) Jackson. Aquele “talonazo”, Jackson…upa. Mas assim um upa da altura do pé direito do Dragão, que se verga cada vez que tu te lembras de sacar umas destas do fundo da arca onde os guardas. Minto, não será no fundo mas estará mais à tona, tal é a facilidade com que tu jogas de costas para a baliza e continuas a percepcionar tudo que se passa à tua volta. É notável ver-te a jogar, meu querido Jackson, com a noção tão presente que no final desta temporada vais passear para outros recantos onde vais continuar a mostrar ao Mundo o quão raro é haver um país com dois pontas-de-lança tão bons como tu e o Radamel. E que triste que é terem nascido os dois na mesma altura.

(+) Evandro. Vi-o no onze e temi que pudéssemos arrancar para um jogo mais contido e menos afoito para a frente. A ideia de termos Brahimi no meio seria interessante numa quantidade enorme de jogos mas neste, contra um dos meios-campos mais fortes (fisica e tacticamente) do nosso futebol, o teu nome parecia o mais decente para tentar tapar o adversário. E foi, porque ele fez com que fosse. Muito mexido, a tapar a falta de acutilância e lentidão no posicionamento de Herrera (especialmente na primeira parte) e a jogar como se o lugar fosse dele desde o início do ano. Faltou ser mais activo na construção de jogo para se aproximar um pouco mais da verticalidade que Óliver traz ao jogo, mas esteve muito bem e saiu exausto.

(+) A entrada para a segunda parte. Todos no estádio antecipavam um regresso forte do Sporting para a segunda parte, temendo o recuo do FC Porto para tentar segurar a esquelética vantagem de 1-0 num clássico, que tem tanto de Mourinhesco como de assustador para os adeptos. Nada mais errado. Voltamos como tínhamos terminado, com jogadas em alta intensidade pelas alas, subidas de flanco dos laterais (bem melhor Danilo na segunda parte com um Carrillo bem abaixo de Nani) e o meio-campo a pressionar alto e a forçar os jogadores do Sporting a cometerem erros atrás de erros, um mais infantil que o outro. Foi aí que o Sporting se eclipsou de vez e a parca luz que até aí tinha emitido deixou de se ver no horizonte da Invicta, como um carro que fica sem bateria e se deixa lentamente apagar. E apagou, por nossa culpa.

(-) Chuta o senhor? Tenha a bondade. Não, meu caro, chute você. And on and on. Repetem-se as ocasiões onde há situações de remate que são colocadas em segundo plano para que mais um toque, mais uma finta ou mais um cruzamento sejam feitos quando seria tão mais fácil chutar a bola para a baliza. Compreendo que os jogadores se preocupem em encontrar a melhor posição possível para o remate, mas num jogo destes onde um ressalto pode significar a diferença entre vitória ou derrota, há que ter melhor decisão nessas alturas cruciais do encontro.

(-) A primeira parte de Herrera. Lento, complicado, despreocupado para proteger a bola, foi ineficaz em alturas cruciais quando deveria ter sido bem mais prático e não fosse a presença de Casemiro atrás (muito faltoso…porque tinha de ser) e Evandro ao lado (a correr nos locais que Hector não pisava) e o mexicano teria desaparecido no nevoeiro e na chuvinha que ia caindo inclemente sobre o relvado. Subiu muito de produção na segunda parte, com melhores movimentos mas acima de tudo com mais critério no passe e na deambulação pelo centro do terreno, decorrente do espaço oferecido pelo Sporting.

(-) O critério de Soares Dias. Ficou a ideia, enquanto ia protestando nas bancadas depois de mais uma falta ser marcada a favor do Sporting e outra igualzinha não ter sido apontada a nosso favor, que havia dualidade evidente de critérios. E houve, porque os jogadores do Sporting assumiram o espírito de Vidigal, Beto, Rochemback e amigos, prosseguindo a jogar com os braços sempre que lhes apetecia, puxando e empurrando os nossos jogadores sempre que lhes apetecia, apenas parados com rara exceptionalidade pelo árbitro. E se todas as mãos-na-bola/bolas-na-mão dentro da área do Sporting são discutíveis, as mãos-na-camisola/camisola-quase-que-lhes-ficava-nas-mãos começou a enervar o público, que ainda viu Cedric e William ficarem até ao final do jogo em campo por qualquer tipo de prece divina que com toda a certeza terão feito antes da partida começar, somando-se João Mário e os fantásticos números de “vamos saltar todos juntos” ou Nani, o homem que assume o estatuto que lhe dão cá por ter andado lá e que acha normal os guinchos que emitia na direcção do fiscal de linha sempre que uma brisa lhe afagava o cabelo. Houve demasiados lances idênticos punidos com falta contra nós e raramente com falta a nosso favor. E chateou-me.


Mais um jogo complicado que passamos a ferro e muito provavelmente menos uma preocupação até ao final da época. Sexta-feira, em Braga, o adversário vai dar muito mais luta…

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