Uma pequena diferença

Estamos a terminar o campeonato e apesar de ainda termos hipóteses de marcar presença na Champions’ League, esse cenário afigura-se como cada vez mais complicado jornada após jornada. Para termos uma ideia do quão importante a participação na Liga dos Campeões, é preciso ter em conta que só este ano vamos receber quase 20 milhões de euros, segundo contas feitas pelo Sou Portista Com Muito Orgulho, valor que será bastante reduzido na época 2010/2011, caso não nos qualifiquemos.

Em termos de ordens de grandeza, precisamos deste dinheiro para competir com os grandes do futebol europeu. Hoje leio isto:

E depois podemos ler isto:

Estão a ver a diferença? Eu troco por miúdos:

Man Utd (Nike): 300 M€ por 14 anos = 21 M€ / ano
Liverpool (Adidas): 150 M£ (cerca de 170 M€) por 10 anos = 17 M€ / ano
FC Porto (Nike): 11,1 M€ (máximo de 14,8 M€) por 4 anos = máximo 3,7 M€ / ano

Percebem?

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Devia ser proibido

Aquele rapaz que joga com a camisola número 10 do Barcelona não devia poder jogar à bola com o resto dos meninos. Só serve para fazer com que os outros se sintam mal e deprimidos por não conseguirem fazer as coisas que ele faz.

Já agora, e para os que não repararam, aquele foi o mesmo Arsenal que nos enfiou cinco no pandeiro. Ainda bem que não apanhamos este Barcelona, porque acho que o placard electrónico do Dragão não aguenta com resultados de dois algarismos.

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Baías e Baronis – Arsenal vs FCP


(foto retirada do Yahoo! News)

Adeus e até 2011, Champions League! Uma exibição ao nível de tantas outras que já vimos na presente temporada, ilustrando as fragilidades mentais e de disciplina táctica que temos vindo a mostrar. Num jogo em que nada poderia falhar, tudo falhou, e acabamos por sair do Emirates Stadium com cinco golos no bucho, cinco falhas, cinco displicências, cinco parvoíces, a somar a dezenas de falhas e desconcentrações, com uma ausência quase total de agressividade, algo que até eu achei estranho para um jogo tão decisivo. Fica para a história um resultado tão justo quanto volumoso e uma noite para nunca mais esquecer de Fucile, pelos piores motivos, como é lógico. A notas:

BAÍAS
(+) Helton. Se os ingleses…ou melhor, a equipa que joga em Inglaterra tivessem tido outro guarda-redes na baliza contrária, provavelmente nesta altura não estaríamos a lamentar cinco golos sofridos mas muito mais. Helton fez tudo o que pôde para evitar a goleada, mas os seus colegas não estavam para aí virados. Não teve culpa em nenhum dos golos. Não chegou.
(+) Falcao. Desde o início do jogo que lutou contra as duas torres adversárias e apesar de pouco eficaz na posição que de facto deveria ter ocupado, andou por todo o campo a correr como um louco atrás dos rapazes de vermelho que trocavam a bola entretidamente pelo meio dos ineptos jogadores que ocupavam a frente da nossa área. Falcao merecia o prémio de jogo que todos iriam receber se vencessem o jogo. Pelo que vi, foi o único jogador de campo que se esforçou desde o início da partida.
(+) Rodríguez. Quando terminou a primeira-parte, pensei: só há uma substituição possível, sai Nuno André Coelho e entra Rodríguez. Jesualdo fez-me a vontade e o uruguaio conseguiu mexer um pouco com a equipa, pegando na bola e arrastando os colegas um pouco mais para a frente, fazendo o que Ruben e Meireles, até então, pouco ou nada tinham conseguido, ou sequer tentado. Continua a ser desesperadamente ineficaz, mas tem fibra, e foi dos poucos (notam aqui um padrão?).
BARONIS
(-) Falta de agressividade. O jogo contra o Arsenal perdeu-se em grande parte pela total ausência de agressividade da parte do FC Porto. Não consigo perceber, pela minha vidinha, como é que num jogo a contar para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, numa eliminatória que é vista em todo o mundo, que é quiçá a competição mais importante de clubes do Mundo, quando se sabe que a outra competição a sério em que a equipa está envolvida (taças aparte, porque essas só contam para encher prateleiras nos museus e não dão de comer a ninguém) está quase irremediavelmente perdida…como é que nestas circunstâncias os jogadores não se esforçam. Palavra que não percebo. Que falta de fibra, de raça, de querer, de vontade de ganhar têm estes meninos! Passes pouco tensos; Hulk et al (excepto Falcao) a caírem SEMPRE que iam ao contacto com o adversário; Meireles a cair nas fintas e a ficar de pés fincados no terreno a ver o oponente a passar tranquilo; Rolando e Bruno Alves a olhar para os avançados, sem lá chegarem perto; tempo e espaço infinito para os jogadores do Arsenal poderem fazer o que queriam. O Arsenal troca bem a bola, joga muito bem, é verdade. Mas joga ainda melhor quando está a enfrentar o equivalente futebolístico de 11 ecopontos azuis.
(-) Fucile. Reparemos em quatro dos cinco golos do Arsenal: o primeiro nasce de uma atrapalhação de Fucile que choca contra o guarda-redes, com Bendtner a chegar primeiro à bola que o resto dos defesas; no segundo, Fucile não deixa a bola sair, reentra no campo e chuta a bola sem força para os pés do jogador do Arsenal, que fez o resto; no quarto, Fucile assiste Eboué na perfeição, num corte mal executado; por fim, um penalty absurdo causado por má colocação. Foi tão mau que me fez lembrar Sonkaya.

(-) Meireles. A imagem máxima da inépcia e da falta de inteligência. Meireles, que já foi essencial no meio-campo do FC Porto, converteu-se num jogador abaixo de banal. Está fraco, com pouco empenho e com um desânimo que nunca antes tínhamos visto, caindo em todas as fintas possíveis e imaginárias, quer elas fossem feitas ou não. Não sei o que se passou, só sei que enquanto estiver neste momento de forma, mais vale colocar o Guarín. Ao menos os adeptos riem-se.

(-) Jesualdo. A opção táctica de colocar Nuno André Coelho (sem desprimor para o coitado do rapaz que andava sem saber o que fazer em frente à defesa) como trinco neste jogo é tão má como a de Oliveira quando lançou Costa em pleno Old Trafford. Dessa vez foram quatro, aqui foi só mais um. Jesualdo insiste em tirar estas lebres da cartola nestes jogos, o que mostra claramente que não têm confiança nos jogadores que estão à sua disposição, optando por um rapaz que não tem rotinas na posição contra uma equipa que troca a bola de uma forma brilhante À ENTRADA DA ÁREA!!! (Calma…respira…) Não vou entrar em rants prolongados, porque ainda é cedo e ainda há jogos a disputar e competições a vencer, por muito pouco importantes que sejam. Mas, caro Professor, creio que já se apercebeu que perdeu o controlo do balneário em termos anímicos, para não falar nas decisões tácticas.

Depois de uma fase de grupos simpática, caímos com estrondo nos oitavos. Doeu e vai continuar a doer durante uns tempos, mas há que levantar a cabeça e seguir em frente. Falemos de treinadores e de limpezas de balneário daqui a uns meses. A senhora gorda ainda não cantou e o pano ainda não caiu.
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Alguém aposta?

Aparentemente há alguém que consegue ter mais fé na equipa que os próprios adeptos. O site 101 Great Goals, conhecido repositório de resumos/golos nesta nossa bela Internéte, publicou os seus prognósticos para o jogo de amanhã e…quelle surprise! Vaticinam um empate a uma bola!

De lembrar que já para o jogo da primeira mão, o mesmo site tinha semi-adivinhado o resultado, atirando  um resultado de 2-0 que, como todos sabem, só falhou pelos golos do adversário. Se os gajos acertam desta vez começo a olhar para os outros prognósticos dos rapazes…pode ser que ainda ganhe algum!

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Skysports

A Sky tem um pequeno artigo de arranque para o jogo de terça-feira, em que entrevista Hulk e Raul Meireles, colocando Hulk como o elemento mais perigoso no ataque, citando palavras de Arséne Wenger.

A ler aqui.
Meireles diz que a grande luta será no meio-campo e que é preciso parar Fabregas. Se tivermos em conta o festival que levamos em Alvalade, especialmente no meio-campo, temo em pensar o que pode acontecer quando Denilson, Fabregas, Arshavin, Nasri (ou Song, Rosicky, Diaby, Eboué e amigos) pegarem na bola…
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