Votação: UEFA Europa League: Prognósticos?


O arranque da Europa League foi perfeito, com uma boa vitória em casa a abrir excelentes perspectivas para uma passagem tranquila pela fase de grupos. É diferente estar envolvido numa competição europeia que não a Champions’ League, e na mente de todos os Portistas estará uma possível caminhada até à vitória. Ainda assim não será fácil e creio que a malta estará um pouco animada demais, como se podem ver pelos resultados do inquérito, que foram:

  • Ficamos na fase de grupos: 3%
  • Oitavos-de-final: 1%
  • Quartos-de-final: 10%
  • Meias-Finais: 9%
  • Final: 7%
  • Vitória: 66%

Haja fé!

Próxima votação: Otamendi tem lugar no onze titular?

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Baías e Baronis – FC Porto vs Rapid Wien

Foto retirada do MaisFutebol

Na saída do estádio, entre conversas em tom amigável com os colegas da Porta19, vinha satisfeito. O jogo foi fracote mas o adversário não exigia mais e acabou por ser bem mais macio do que pensei. Gostei da inteligência da equipa na retenção da posse de bola, gostei imenso dos adeptos do Rapid, a ganir como loucos com 3 batatas na mona e gostei de uma ou outra jogada de um ou outro jogador. Acima de tudo, foi um exemplo simples que esta fase de grupos da Europa League não pode oferecer grande resistência ao nosso clube, bastando para tal jogar com alguma cabecinha e sem facilitar em demasia. O resto resume-se a talento, e disso temos nós suficiente para eliminar os nossos adversários do Grupo L. Vamos a notas:

(+) João Moutinho Este foi o melhor jogo de Moutinho pelo FC Porto. Continuo a dizer duas coisas às pessoas que o criticam e que não vêem um fora-de-série: primeiro, ele não é um fora-de-série; segundo, vão ver um jogo dele ao vivo e digam-me se o rapaz não é bom de bola. Raramente falha um passe e quando a bola chega aos pés dele há quase garantia que vai ser entregue ao jogador na melhor posição possível para continuar a jogada de uma forma positiva. Não pensem em jogadas individuais com dribles sucessivos (apesar de hoje ter feito uma dessas), atravessando barreira atrás de barreira adversária para culminar num remate brutal ao cantinho. Moutinho é cerebral, calmo, disciplinado. O FC Porto não poderia jogar desta forma sem ele.

(+) Maicon Conseguiu secar a torre que lhe apareceu à frente todo o jogo, o que já chegava para uma nota positiva, porque apesar do rapaz não ter talento proporcional à altura, incomodava bastante. Excelente no passe longo, merecia o golo que Falcao acabou por marcar e teve um falhanço terrível em frente ao guarda-redes que mais pareceu tiro ao meco, com um meco obeso que não se mexesse. Gostei muito.

(+) Cristián Rodriguez Duas assistências e muita entrega. Ainda tem de melhorar o físico e continua a ser pouco mais que uma formiga manca no 1×1, mas começa a ser uma alternativa viável a Varela.

(+) Ruben Hesitei em dar-lhe nota positiva. A primeira parte foi fraca, continua com medo de meter o pé e tem de melhorar MUITO no posicionamento táctico sem bola, mas o golo que marcou é excelente e a segunda parte foi melhor que a primeira. Precisa de ritmo para ganhar mais minutos porque gosto de o ver jogar com bola, é inteligente e sabe o que fazer. Neste momento perde para Belluschi porque o argentino está muito mais prático e rápido (o contrário do ano passado, portanto).

(+) Rotação do plantel Dar alguns minutos a outros rapazes que têm jogado pouco foi excelente. Castro e Walter puderam entrar em jogo e ganhar algum ritmo, numa altura em que estamos a meio de um ciclo complicado e em que todas as armas têm de estar afiadas.

(-) Álvaro Pereira Continuo a achar que é o jogador em pior forma na equipa-base do FC Porto. Anda desatento na defesa e falha muitos passes na construção inicial de lances ofensivos. Tem de melhorar muito.

(-) Rapid Wien Muito fraquinho. Sei que tinham várias baixas, algumas delas titulares, mas é mau demais. Houve alturas em que pensei que estava a ver uma equipa inglesa dos anos 80, tal era a parvoíce do “bola prá frente e siga que a torre há-de fazer alguma coisa”. Nem os adeptos lhes valeram, eles que estiveram a berrar todo o jogo, cheios de força (cerveja) e voz afinada (mais cerveja).

Estamos com uma média acima de 3 golos por jogo no Dragão e os adeptos gostam. Temos de continuar a ter paciência com o estilo de jogo mas creio que é um hábito adquirido. O nosso modus operandi é mais lento, mas mais inteligente, mais pausado mas mais controlado, mais eficaz ainda que com menos oportunidades. Por agora está a funcionar e Villas-Boas tem todo o mérito nisso.

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Plantel 2010/2011 – Europa League

Eis o plantel do FC Porto para a fase de grupos da Europa League (gosto mais de dizer isto do que “Liga Europa” porque assim em inglês fica mais parecido com a Champions’ League e eu tenho saudades daquilo, porra):

1 – Helton
4 – Maicon
5 – Álvaro Pereira a.k.a. “Palito”
6 – Guarín
7 – Belluschi
8 – João Moutinho
9 – Falcao
10 – Cristian Rodríguez
11 – Mariano Gonzalez
12 – Hulk
13 – Fucile
14 – Rolando
15 – Emídio Rafael a.k.a. “Rafa”
16 – Sereno
17 – Varela
18 – Walter
19 – James Rodríguez
21 – Sapunaru
23 – Souza
24 – Beto
25 – Fernando
26 – Castro
27 – Ukra
28 – Ruben Micael
30 – Otamendi
31 – Kieszek

Equilibrado, sinceramente. Custa-me ver apenas 8 portugueses no plantel, mas enfim…

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Baías e Baronis – FC Porto vs KRC Genk

Foto retirada do Sapo Desporto

Encarei este jogo quase como um amigável de pré-época. Tinha a consciência tranquila porque a vantagem era grande e por isso não me preocupei, nem quando estávamos a perder, porque sabia ao que ia. Villas-Boas decidiu experimentar (e bem) e como o jogo se propiciava a testes e análises de alternativas tácticas e individuais, o ambiente estava criado para um jogo mais calmo. A equipa não ajudou na primeira parte e os adeptos ficaram mais nervosos do que era preciso. Enfim, o pessoal enerva-se quando não há necessidade e o que se tira do jogo, principalmente, é que estamos na fase de grupos da Liga Europa e esse era o objectivo. Siga para notas:

(+) Hulk É impossível não seleccionar Hulk para homem do jogo. Pensei que Villas-Boas o iria tirar para receber uma ovação de pé do Estádio mas optou por mantê-lo em campo até ao fim. É que não se sabia quando é que haveria outro livre directo em que Hulk pudesse tentar novamente assassinar a bola de jogo. Conseguiu falhar um penalty quando a equipa está a perder em casa, que no estado em que se encontra não deve ser nada fácil de aguentar, mas recuperou mentalmente e seguiu para marcar três, um deles de penalty. Admito que não o teria escolhido para marcar e provavelmente também não teria sido a primeira escolha de Villas-Boas, mas a “fome” com que o brasileiro andou todo o jogo era tanta, a pressão constante ao guarda-redes e as arrancadas pelas alas fizeram dele o alvo dos aplausos da malta, todos eles merecidos.

(+) Fernando Marcou um golo com alguma sorte porque o guarda-redes quis fazer uma dupla homenagem ao novo keeper do Benfica e depois de vestir todo de amarelo, decidiu não defender uma bola perfeitamente ao seu alcance, mas entrou e conta como os outros. No resto do jogo mostrou-se sempre com vontade, algumas displicências no início mas corrigiu na segunda parte também com o reposicionamento de Souza que cobria as suas subidas, com Fernando a fazer o mesmo ao compatriota. Sempre disponível para ajudar na frente, continua a precisar de melhorar no passe porque parece nunca saber a força a aplicar à bola. Não é difícil, rapaz!

(+) Belluschi Nota-se que está com uma motivação diferente do ano passado. Este ano, quando os passes não lhe correm bem, o rapaz desata a correr atrás da bola como se amanhã chegasse o Armagedão, e essa nova atitude está a agradar aos adeptos. Se somarmos a isso a aparente boa forma física no início da temporada e temos um argentino renovado, pronto a roubar o lugar a Ruben que está ainda muito longe da forma mínima (ver em baixo).

(+) Castro Não é possível deixar de gostar deste puto. Está sempre a correr e, ao contrário de Mariano ou Tomás Costa, corre para os sítios que interessam. Agressivo q.b., só peca por não ser muito alto, mas compensa com o empenho. A maioria dos sócios gostam dele e eu também, e só espero que fique no plantel para poder crescer e ser mais vezes opção para o treinador.

(-) Centro da defesa Se Otamendi fôr tão bom quanto o pintam, especialmente nas qualidades de líder, é começar a perguntar-lhe quando é que quer jogar. É que hoje foi um festival de distracções, de displicências e de outras palavras começadas por “dis” como discussões e disleixos (eu sei como se escreve, mas assim bate certo com a fonética, deixem lá passar). Se Maicon já é pródigo nestes alheamentos do mundo ao seu redor e lhe admito algumas falhas porque é novo e porque lhe reconheço valor, principalmente no 1×1, Rolando não pode falhar. Tem experiência a mais para falhar. Ambos os golos do Genk acontecem por sua culpa, e o primeiro golo do Genk é de uma infantilidade extrema, com Rolando a nem sequer colocar o pé para tentar bloquear o remate do avançado. É uma defesa a precisar de um patrão, de um gajo que mande neles, que coordene aquelas mentes para nos voltar a transformar no bloco de cimento que serviu como exemplo de solidez defensiva durante tantos anos.

(-) Varela Medo, muito medo de meter o pé à bola, não conseguiu manter o ritmo do primeiro jogo contra o Benfica. Se Ukra recuperar a forma até Domingo, talvez seja de equacionar colocar Varela novamente no banco, porque apesar de se desmarcar bem continua a falhar na recepção e na concretização.

(-) Ruben Micael Ainda está longe da melhor forma. Está lento, com medo de meter o pé e sem ritmo para jogar a 100%. Com Belluschi na forma em que está, Ruben não tem hipótese de ser titular.

(-) 1ª parte vs 2ª parte As primeiras partes têm sido bem mais fracas que as segundas, e tem de haver um motivo. Não sei se os rapazes entram nervosos ou, pelo contrário, confiantes em demasia, mas o que é um facto é que temos assistido consistentemente a segundas partes mais produtivas que as primeiras. Alguma coisa tem de estar a causar este comportamento.

(-) Impaciência O imbecil do fulano que se sentou hoje ao meu lado direito é, como ele próprio deve saber, uma besta. E como ele há muitos outros, que usam a velha tese do “eu paguei bilhete e exijo que eles joguem bem” como arma para insultar a equipa ao primeiro passe falhado. Alguns, como este parolo, chegam ao ponto de dizer: “Era os outros marcarem mais dois golos para eles ficarem mesmo fodidos e nervosos, equipa de merda, os jogadores são uma merda, o treinador é uma merda, são todos uma merda, nem sei o que estou aqui a fazer!”. Pois, eu também não.

(-) Adeptos do Genk Uma cambada de anormais. Quando começaram a cantar ainda antes do jogo, fiquei surpreendido com a saudável quantidade que tinha vindo ao Porto. Nada mais errado. Nem dois minutos depois de começar o jogo e já estavam a lançar petardos por cima dos adeptos da bancada adjacente, chei
a de Portistas. Atiraram uma tocha para o relvado e não percebo porque é que a polícia demorou tanto tempo a sacar os bastões e a encher aqueles imbecis de pesadíssima lenha. A carga durou pouco tempo mas acalmou-os. Quanto à intensidade das bastonadas, só se perderam as que caíram ao lado.

Poucos serão os jogos em que se pode experimentar à vontade sem grande receio de perder uma eliminatória. Permitindo-se alguma margem de manobra, o ensaio não correu tão bem como o esperado e o resultado acabou por ser, tal como na Bélgica, melhor que a exibição. Mas as experiências são assim, só espero que Villas-Boas tire as conclusões que achar por bem tirar e continue a trabalhar para a equipa continuar a melhorar. É que o próximo jogo é já no Domingo e vai ser bem mais tramado que este…

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