Ouve lá ó Mister – Sevilha

Estimado Professor,

Cá estamos novamente. Mais um jogo daqueles que nos põem os nervos na crista da estupidez, que faz com que todos os vizinhos saibam que clube apoiamos, que jogadores nos deixam mais irritados e quais aqueles que nos fazem exultar de alegria sem que haja um mínimo de decência na linguagem e na postura social. Um destes por semana chega, obrigado. E uma partida com este nível deixa um gajo de quatro quer vençamos quer percamos, por isso já me vai chegar e bem. Ainda por cima, lamento dos lamentos, infortúnio dos infortúnios, não vou poder ver o jogo em directo porque ao que parece obrigam-me a ser pai antes de ser portista. Malditas prisões da sociedade que agendam estas coisas para as mesmas horas de uns quartos-de-final de uma competição europeia. Se eu fosse rei, mudava esta merda toda e fazia com que NADA pudesse ser marcado para a mesma altura de um evento com esta importância (mesmo que tivesse sido eu, que sou um distraído do carago, a fazer a marcação!) por forma a possibilitar a que um adepto não tenha de se preocupar com mais nada. Babysitting universal, comida pronta, boleias garantidas. E finos sempre a sair.

Assim sendo e como sei que não vais poder contar com os meus gritos de incentivo aqui a umas centenas de quilómetros de distância, só te peço que te vás a eles. Não te deixes ficar demasiado na expectativa porque os teus rapazes nem sempre parecem ter a pedalada que todos queríamos que tivessem e ainda se armam em espertos a contar com o zerozero e lixam-se pela medida grande. Aposta forte, aposta alto, usa as armas que tens e não fiques frouxo nos guinchos a partir do banco. Já sei que não sou “a ti”, mas se fosse, mandava entrar um meio-campo para misturar força e inteligência. Defour, Herrera e Quintero. Era do carago, pá. Com o zamboni argelino na frente a correr como um tolinho, temos boas hipóteses de marcar um golo aos gajos antes que se lembrem de nos fazer o mesmo a nós. E se marcas um golo antes deles…oh rapaz, ficas com dois golos na frente e obriga-los a marcar três. E estes não são nenhuns Eintrachts, carago! Ou são? São? Não são nada!

Sejam quais forem as tuas opções, quero acabar de ver o jogo em diferido (a crónica sai mais tarde, como é de esperar) e bater palmas aqui na minha sala. E depois falamos. Força Porto, deixa a Andaluzia de rastos!!!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 0 Sevilha

foto retirada de desporto.sapo.pt

Vencemos, mas não soube a vitória. Soube a falhanço, por muito que o resultado traga uma agridoce satisfação de não termos sofrido golos, que nem estiveram sequer perto de acontecer. Mas soube a falhanço porque depois de uma primeira parte com muita bola e um golo veio um segundo tempo onde se notaram tantos dos problemas que têm vindo a marcar esta temporada, especialmente estes últimos jogos. Faltaram pernas e seguiu-se a falta de cabeça…ou terá sido ao contrário? Não sei, sinceramente, mas acredito que as duas ausências deixaram uma tremenda incapacidade de furar contra um adversário que nos é inferior mas que conseguiu um resultado simpático à custa das nossas lacunas, físicas, tácticas e especialmente mentais. Um desperdício, foi o que foi. Vamos a notas:

(+) Defour, enquanto teve pilhas. Correr por dois cansa a dobrar, ao que parece. Foi isso que Defour fez hoje, ajudando Fernando atrás mas cobrindo o terreno que Carlos Eduardo deveria percorrer, o espaço que o brasileiro nunca ocupou foi o belga que tratou de encher. E ainda teve tempo para ser dos primeiros a pressionar os centrais e Beto, sempre em esforço mas a empurrar a equipa para a frente. Excelente remate ao poste…mais um…

(+) Reyes e Mangala. Apesar do francês ter feito uma daquelas palermices que por vezes se lembra de fazer, tentando sair com a bola controlada de uma zona impossível, ambos estiveram bem. Bacca quase não cheirou a bola e o mexicano esteve muito bem na cobertura e no posicionamento, com noção perfeita de onde estava o seu colega, ajudando a cobrir bem as subidas de Danilo e incentivando a equipa nas bolas paradas. Mangala, pelo golo e pela forma como conseguiu impôr o físico e desequilibrar no meio-campo, foi importante especialmente na primeira parte.

(-) Quaresma. Teve dois lances estupendos, um remate de primeira depois de um balão que lhe foi enviado do lado esquerdo e que deixou Beto com as mãos a arder; outro, no final do jogo, depois de (mais) um livre por si cobrado, onde aproveitou o ressalto para atirar outra bola ao poste. Mas é no resto do tempo de jogo que Quaresma não conseguiu brilhar, em grande parte por culpa própria. É verdade que somos parciais na tolerância que damos a Quaresma (quando digo “nós” refiro-me aos adeptos de estádio) mas nunca se sabe quando é que vai sair um lance genial que nos faz esquecer o resto dos minutos passados com a bola tempo demais perto dos pés, as inúmeras fintas inconsequentes e as perdas de bola quando pode passar a bola para o colega do lado mas insiste em tentar fazer tudo sozinho. Quando Quaresma está numa noite destas, em que pensa demasiado nele e menos na equipa, todos perdem, a começar por ele.

(-) Carlos Eduardo. Fez seis jogos a titular com Luís Castro, foi substituído em cinco deles, sempre por volta dos 60 minutos e sempre por sub-rendimento. E continuo a não perceber como é que um homem que joga numa posição criativa consegue passar tanto tempo alheado do jogo, sem se desmarcar para ganhar posição ou criar linhas de passe para conseguir receber a bola. Foge do jogo, esconde-se no meio dos médios adversários e quando recebe a bola raramente passa mais de dois segundos com ela nos pés, passando de imediato e fugindo outra vez para uma zona onde não a pode receber. Actualmente temos um jogador a menos em campo quando Carlos Eduardo lá está.

(-) Façam treinos técnicos, por favor. Não consigo ser mais directo que isto: este é o pior FC Porto em nível técnico dos últimos dez anos. Lula, Jankauskas, Tomás Costa e Mariano González envergonhariam alguns dos executantes do nosso plantel actual a nível do passe ou do cruzamento. É altura de alguém conseguir explicar aqueles rapazes que se aprende toda a vida e que é inadmissível falhar tantos passes e cruzar tantas vezes para a bancada ou directamente para o primeiro cornaduro que aparece na frente.

(-) A expulsão de Fernando. Ao ritmo de uma mãe com o filho dobrado nas pernas, de rabo espetado para cima: “Não. Podes. Reclamar. Com. Os. Árbitros. Dessa. Maneira!”.

(-) E com as pernas foi a cabeça. O Sevilha é uma equipa banal. There, I said it. Qualquer equipa que tenha o Daniel Carriço como titular não nos pode meter medo, por isso fiquei tão desiludido quando vi que no início da segunda parte, quando pensei que o Sevilha viria com alguma força durante dez minutos para tentar marcar um golo e recuaria depois de acalmarmos o jogo e retomarmos o domínio da partida, o FC Porto entregou a bola voluntariamente aos moços. Numa altura em que era preciso pernas, não houve. E a cabeça foi atrás das gâmbias, porque já começava a ser complicado para Danilo e Alex Sandro aguentar constantes subidas pelos flancos (e descansar um deles? ou os dois? isso é que era!) e para Quaresma e Varela ajudar a defender as laterais. O meio-campo então desfez-se com a saída de Defour, porque Quintero entrou perdido e Herrera medroso. Foi penoso ver a equipa no final do jogo, sem força nem alma, exaustos depois de um jogo que não foi tão exigente como tantos outros que já disputámos…


Não foi um 1-0 como o resultado que conseguimos frente ao Nápoles aqui há umas semanas. Será suficiente? Vamos à Andaluzia sem Fernando e sem Jackson…com Defour a trinco e Ghilas na frente, talvez? Não faço ideia. Só sei que no Domingo prefiro ver meia equipa B no Dragão para ver se alguns rapazes descansam as pernas e a cabeça…

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Ouve lá ó Mister – Sevilha

Estimado Professor,

Dão-se alvíssaras a quem ainda estiver preocupado com o campeonato, como sabe. E a malta, como é hábito nestas situações e por muito que seja um hábito que ninguém quer que se torne…habitual, vira-se para o resto das competições em que estamos envolvidos. E esta, como é evidente, é a jóia de uma coroa que já levou pancada da grossa este ano mas que ainda parece ter uma pequenina luz ao fundo do túnel e que nos pode catapultar para um sucesso que parecia já arredado dos nossos livros. Por isso, convido-o a fazer uma pequenina viagem comigo ao que pode ser o final da temporada.

Campeonato, com a santa snaita do apito. A Taça de Portugal vai simpática mas difícil, tendo em conta que vamos jogar a segunda mão na Luz contra uma equipa cheia de moral que não vai inventar em poupanças dos melhores jogadores como fez no Dragão, por isso podemos esperar um terreno minado com Markoviques e Énzos a rodos. A Taça da Liga, que ainda nos foge, vai depender de mais um jogo em casa contra essa mesma equipa de íques e que nunca se sabe no que pode dar. Mas a Liga Europa…ah, isso pode ser uma beleza. E o Sevilha, por muito que o nome possa assustar um bocadinho, não é melhor que o Nápoles, que o meu caro amigo arrumou com valia e sofrimento mas que fez por merecer a passagem tanto cá como lá. Esta é a nossa competição de honra, aquela a que temos de apontar com todas as baterias anti-terra, anti-ar, anti-tudo-o-que-nos-mandarem-para-cima, até que possamos chegar a Turim no dia 14 de Maio. Venham os Baccas, os Rakitiques e os Fazios. Atirem-nos com o Beto, o Carriço ou o Gameiro. Até o Coke, o animal do defesa direito que joga como o Maxi Pereira ou o Marin, que voa como o Gaitán. Olhe para uma equipa de vermelho e transformem-se em touros, carago, lute com tudo o que puder e tiver para sacarmos um bom resultado. Vai chover, trovejar, o mundo vai explodir à sua volta. Faça com que o Sevilha lamente ter chegado tão longe!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – Napoli 2 vs 2 FC Porto

Há jogos assim. Um gajo passa dezenas de minutos a sofrer, come qualquer coisa à pressa no intervalo, volta a ver o jogo e continua a sofrer. Sofre sempre que o Nápoles envia a bola para as costas de Danilo ou Ricardo, treme quando Reyes reage ainda a medo, quando Mangala sai com a bola controlada e a perde pela lateral, abana todo quando Pandev e Higuaín quebram o fora-de-jogo e desespera com o remate de Defour ao poste. E pela primeira vez desde que me conheço, contive-me na celebração do golo, saltando do sofá com as veias a pulsar no pescoço mas estóico na demanda de não proferir um único som para permitir que o bébé continue a dormir ao lado. O mesmo no segundo, e que golo, e quem é que consegue dormir nesta altura, tu não deves ser minha filha, carago, salta, mulher, salta e grita e levanta os braços e ergue-te em direcção a um céu que parecia tão longe e que afinal está ali pertinho. E sofre de novo. E habitua-te a sofrer, porque vais passar muitas noites a ver o teu pai a sofrer a teu lado, sem perceberes muito bem porquê. Jogos europeus, meus amigos. É outra coisa. Vamos a notas:

(+) Fabiano. Primeiro jogo como titular numa competição europeia, num estádio conhecido pelo ambiente pressionante e hostil para adversários. Acontece isto quatro dias depois do titular absoluto e capitão de equipa se lesionar gravemente. E faz uma exibição deste nível, com segurança na baliza, agilidade nas saídas e acima de tudo a dar confiança e a transmitir calma à defesa. Evitou várias vezes o 2-0 que podia ter sido fatal para o FC Porto e saiu do San Paolo com sensação de dever cumprido, com a titularidade mais que garantida e a confiança dos adeptos. Uma noite simpática, pronto.

(+) Fernando. Foi obrigado a fazer o trabalho de dois (Carlos Eduardo andava a tentar perceber se o jogo já tinha começado e porque é que ninguém o avisou), foi enorme no meio-campo e com a ajuda menos útil de Defour, tapado por dois gigantes turc…perdão, suíços, foi Fernando que conseguiu fazer o possível para segurar aquela zona central que estava muito bem povoada por meninos de camisolas cianas. Prático no corte, eficaz no passe, deve ter marcado pontos para uma eventual saída no Verão…

(+) Ghilas vindo do banco. Jackson está a trabalhar imenso durante as partidas e a bola não chega lá. O desgraçado do colombiano anda a correr de um lado para o outro a tentar encontrar espaços para tabelar com os colegas, mas a bola não chega lá. Salta e luta na área mas a bola raramente chega lá. E depois entra um chaimite argelino, dois toques na bola e pum, golo. E é um pouco disto que estamos a precisar, um jogador mais repentista, com mais presença física e acima de tudo mais fresco. Não contesto que Jackson é melhor que Ghilas em muitas circunstâncias, mas creio que o Nabil já fez o suficiente para merecer a titularidade, pelo menos num ou noutro jogo.

(+) O golo de Quaresma. João Rosado teve toda a razão nos comentários que ia fazendo na SIC. Quaresma entraria como uma luva para o panteão de amor/ódio napolitano se lá tivesse jogado. O golo é soberbo, cheio de pequenos grandes nadas que resultam numa jogada para a eternidade, desde a primeira finta a dois toques, a finta de corpo que tira o adversário do caminho e o remate estupendo de pé esquerdo sem hipóteses para Reina. E continuo a achar que Quaresma está mais lutador, mais esforçado para o bem da equipa e apesar de exagerar nos lances individuais, não acredito que seja possível mudá-lo. Não acreditava da primeira vez que cá esteve e continuo a não acreditar agora. Mas depois sai uma pérola destas. Para rever…e rever…e rever…e continuar a rever.

(-) Carlos Eduardo. O que é que posso dizer sobre (mais) uma exibição deste nível? Carlos Eduardo não merece ser titular do FC Porto neste momento e depois da boa entrada no onze aqui há uns meses, o capital de confiança perdeu-se e a deambulação pelo relvado, escondido dos colegas e longe de qualquer linha de passe, é algo que devia envergonhar qualquer médio criativo. Francamente, o que fez hoje foi o equivalente ao que a minha filha faz diversas vezes por dia. A diferença é que ela tem várias fraldas para mostrar o trabalho realizado.

(-) Varela. Mais um enorme zerinho para o Silvestre, tanto que um amigo me sugeriu mudar a rubrica para Baías e Barelas (boa ideia, meu caro, bem boa!). Ebb and flow, dizem os ingleses, para justificar ciclos de negócio, produtividade ou o movimento das marés. Neste momento está num “ebb” bem fundinho e tem estado lá já há vários jogos, sem perspectivas de poder regressar a um “flow” que nos traga alegrias. Não contesto que o rapaz até tentou, mas tentou muito devagar, sem força, sem capacidade de lutar contra qualquer adversário, desde o diminuto Insigne até ao grandalhão Henrique. Talvez esteja cansado mas se fosse possível espetar com o rapaz no banco um ou dois jogos, era giro.

(-) Falta de agressividade. Ainda há de aparecer alguém a criticar Martin Atkinson por ter permitido jogo duro, várias vezes a roçar a violência, tantas foram as vezes que jogadores do FC Porto foram para o chão depois de confrontos directos com os italianos. Mas foi mais um exemplo da forma como o FC Porto tem vindo a jogar acanhado, sem virilidade, sem velocidade, sem agressividade positiva que nos faça acreditar na força do colectivo durante mais de vinte ou trinta minutos de cada vez. É verdade que as características de muitos dos jogadores do actual plantel não permitem um jogo mais físico e com rapidez acima da média na troca de bola e muito menos na subida no terreno, mas como é que é suposto jogarmos contra Inlers e Behramis que usam o corpo em cada jogada contra os pobres Varelas e Carlos Eduardos?! Com garra, carago, com MAIS garra. Hoje em dia parece que passamos mais tempo a fugir com a bola do adversário em vez de os enfrentarmos olhos nos olhos. Deixa-me triste e ansioso porque cada jogada que começamos a construir parece destinada ao fracasso mal vejo que o adversário está mais célere na zona de pressão e muito mais activo a rodar em posições defensivas do que os nossos próprios jogadores que têm a bola nos pés…


Admito que perdi a esperança ao intervalo, depois da primeira parte fraquinha e medrosa que fizemos. Mas Luís Castro convenceu-me que tudo está perdido só quando se lavam os cestos ou quando a gorda canta ou qualquer um desses clichés entediantes que a malta adora usar. E agora, Porto? Estamos nos oito melhores…só não quero o Benfica nos quartos. Juro que prefiro a Juve com dez Pirlos e um Buffon.

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Ouve lá ó Mister – Nápoles

Estimado Professor,

Aqui há pouco mais de um ano, estava Vitor Pereira semi-firme no comando da ponte de controlo do Dragão, recebemos o Málaga nos oitavos de final da Champions. Fizemos um jogo muito bom, com excelente futebol, oportunidades a rodos mas alguma dificuldade em furar a defesa bem estruturada dos espanhóis. Vencemos por um magro 1-0, que nos deixou a temer o que poderia vir a acontecer na segunda mão, num estádio adverso com o apoio do público local a cascar nos lombos dos nossos muy nobres rapazes e todos receávamos que se não aguentássemos a primeira parte da partida, estaríamos a caminhar para um tenebroso túnel onde a única luz seria a de um combóio que certamente nos esfrangalharia as hipóteses de passagem à próxima eliminatória. Na altura foi Defour que deitou tudo a perder, com uma expulsão que teve tanto de parva como de inútil e que deixou a malta cabisbaixa a olhar para o resto das equipas que seguiram em frente com uma sensação de dever não-cumprido. Na altura escrevi como antevisão ao jogo: “um jogo que vai ser difícil, contra um adversário matreiro e dinâmico, que nos vai tentar fechar todas as possibilidades de avançarmos em frente na competição. (…) Temos de ser fortes, Vitor, temos de ter as lanças afiadas, as soqueiras bem carregadas e as biqueiras de aço firmes na ponta das botas. E vamos mostrar que não há Málaga que nos meta medo, porra!“.

Há muitas semelhanças entre este jogo e esse de Fevereiro de 2013 e se mudares o nome do clube naquela última frase, o sentimento é exactamente o mesmo. A diferença, este ano, é que não temos mesmo nada a perder, porque o campeonato já parece uma longínqua miragem e o resto das competições pouco mais trazem que algum prestígio em caso de vitória mas um grande nada se formos eliminados das duas Taças que ainda nos faltam disputar, ainda por cima contra o Benfica. Por isso, sem querer pressionar o grupo que o meu caro amigo agora lidera, a verdade é que as fichas estão empilhadas em cima do quadradinho que hoje tem o San Paolo em fundo e Nápoles como destino. Tem de ser um jogo de bom nível, bem acima do que fizemos em Alvalade, mas acima de tudo terá de ser um jogo em que ninguém pode inventar. Nem os avançados, nem os médios e muito menos os defesas, porque estes gajos já mostraram que com um bocadinho mais de sorte podem-nos começar a tramar a vida antes sequer de entrarmos no jogo a sério. Mandem as bolas para a bancada, rematem de longe, acertem-lhes nas pernas, mas impeçam que cheguem perto da nossa área com a força de homens que todos queremos acreditar que são. E vamos passar esta treta à frente para podermos sorrir mais um bocadinho. E estamos todos a precisar de sorrir, não acha? Eu acho que sim.

Vamos lá, malta!

Sou quem sabes,
Jorge

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