Na estante da Porta19 – Nº9

Uma análise curiosa e sempre actual da forma como a Premier League veio mudar o âmbito do futebol a nível nacional em Inglaterra e lançou as bases para alterações fundamentais por esse mundo fora a partir da sua criação em 1992. Escrito por Rob Smyth e Georgina Turner, o livro tenta perceber o trajecto de uma competição que desde o seu início foi pautada pela tradição e pela vida intensamente ligada dos seus adeptos aos seus ídolos que se transfiguraram de uma forma até então imprevista mas que hoje em dia acaba por se tornar um quotidiano demasiadamente preso ao estilo e cada vez menos à substância. É uma visão crítica e nostálgica q.b. que coloca os adeptos no centro de tudo e que tenta fazer passar a imagem que são eles quem devem decidir o futuro do desporto que amam muito embora não estejam no comando do seu próprio mundo. Bem escrito, boa leitura.

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Na estante da Porta19 – Nº8


Um livro de um teor radicalmente diferente dos que já aqui foram apresentados, recheado de referências a outros trabalhos do género e que apesar de ser mas orientado a profissionais que de facto têm a missão de trabalhar com metodologias e aspectos mais práticos do treino, tenta representá-los de uma forma directa e fácil de entender. O autor, Joaquim Azevedo, baseou-se na sua própria experiência e no convívio com Carlos Brito, actual treinador do Rio Ave (e que saudou efusivamente um grupo de jovens nitidamente inebriados que clamavam por ele aqui há uns anos por ocasião de um cortejo da Queima das Fitas do Porto, no qual me incluía) e recebe recomendações não só do próprio Brito como também de Domingos Paciência e André Villas-Boas como uma ferramenta de uso para quem quer entender como tirar o máximo dos jogadores que têm à sua disposição. Interessante, especialmente pelos esquemas tácticos e pela forma como as diferentes situações de jogo podem ser treinadas para melhor preparar os jogadores para darem a melhor resposta possível…mas só se tiverem paciência e gostarem muito do tema.

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Na estante da Porta19 – Nº7


Mais uma leitura de algibeira escrita por Colin Murray, um dos nomes em alta no sempre ridículo mundo do comentário desportivo em Inglaterra, que fazem o João Querido Manha ou o Fernando Guerra parecerem alemães pré-adolescentes em 1935 a fugirem da Hitler Jugend porque lhes dói quando levantavam o braço. “A Random History of Football” reúne algumas histórias interessantes que nos deixam quase sempre com um sorriso e nos fazem recordar que o futebol, para além de toda a corrupção, impacto sociológico e violentas afectações clubísticas, é um desporto impecável e muito rico.

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Na estante da Porta19 – Nº6


É leitura de algibeira, não há dúvida, mas ainda assim divertido e interessante. Scott Murray e Rowan Walker trazem-nos em “Day of the Match: A History of Football in 365 Days” um conjunto de factóides e historietas que nos levam para perto da relva em dia de jogo, com eventos que se passaram em cada um dos dias do ano ao longo da história do Futebol. Desde finais de campeonatos do Mundo a visitas a estádios da décima divisão dos distritais, é um bom livro para manter na cabeceira e mesmo antes de ir dormir, folhear até ao dia corrente e mergulhar alguns anos no passado, pensando: “Então o que é que este dia trouxe de diferente ao mundo da bola?”. E ainda dão umas gargalhadas pelo meio.

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Na estante da Porta19 – Nº5

O que é que faz um jogador de futebol ser grande? Não no sentido de “ei pá, aquele Crouch é grande!”, mas em termos do seu nome ser repetido ao longo da História ao ponto de fazer com que miúdos e graúdos em qualquer jardim ou campo alugado tentem imitar os seus tiques e emular os seus talentos? É esta a questão que Musa Okwonga tenta responder em “A Cultured Left Foot”, um livro em que estão reunidos onze pilares físicos e mentais que terão de ser atingidos para que um Castro se possa transformar num Essien, um Mangala num Cannavaro ou um Ventura num Schmeichel.

Ao longo de 209 curtíssimas páginas somos transportados através de entrevistas, histórias, estatísticas e acima de tudo a visão e opinião de profissionais da bola, tanto dos génios que chegaram a esse panteão da genialidade futebolística como aqueles, muito mais numerosos, que tentando nunca o conseguiram.

Não tão sociologicamente intensivo como o Soccernomics, referenciado na primeira edição desta rubrica, é um excelente livro para todos aqueles que do fundo do coração e com a alma elevada por uma exibição que acabaram de presenciar, gritam: “oh amigo, até eu com a minha barriguinha marcava aquele golo!”. Se calhar, não marcava.

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