Ouve lá ó Mister – Marítimo

André, gajo-a-90-minutos-de-ser-campeão-imbatível!

Faltam três jogos para ires de férias, homem. Esta semana foi estranha, recheada de corridas para bilhetes e viagens, não-notícias, invenções falseadas, indemnizações requisitadas, lesões provocadas e almas relaxadas. E rimas foleiras, mas essa parte é só minha, não tens nada a ver com isso. O que interessa mesmo é que este jogo na Madeira não vem nada a calhar. Passo a explicar (e prometo que paro com as rimas):

Mesmo sabendo que não levas Helton, Hulk e Moutinho à ilha, para não falar no Fucile, no Cebola e no Rafa. Convidaste um puto para ir no avião com os grandes e acho que fizeste muito bem, só tenho pena que não tenhas enfiado mais um ou dois no xárter para compôr o ramalhete. E ainda que o jogo tenha a importância que só nós lhe damos, porque marcava um campeonato sem uma única derrota, não me importo de empatar e que sejam noventa minutinhos tranquilos, de paz e harmonia, cheios de jubilosa confraternização e bom desportivismo e por favor sem Nelsons Oliveiras, porque com mais ou menos pedidos de desculpa, o que é certo é que o rapaz ia estragando a festa à malta. Quando vi o Moutinho no chão a rebolar fiquei podre prá noite toda e não fosse vê-lo a saltar só apoiado no pé esquerdo…mas a sorrir, tinha-me estragado a festa. Por isso tem lá cuidado com os teus meninos! Cuidado com o Fernando que ainda agora está a recuperar das gâmbeas; atenção ao Sapunaru porque não temos outro defesa lateral e não queria nada que tivesses de alinhar com o Sereno na final de quarta-feira; vê lá se guardas o Falcao e pões a jogar o Walter porque nem tu nem o Radamel têm nada a ganhar com isso e o Marítimo se quiser pode jogar mais duro que o costume e lixa-nos o rapaz. Entre outros, como sabes.

Oh pá, e o Christian, põe-no lá em campo alguns minutos, fazes favor? Nunca vi o moço jogar mas já ouvi falar bem dele. Confirmas? Confirma lá, dá um rebuçado ao puto e deixa os adeptos contentes. A gerência agradece.

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – FC Porto vs Marítimo

Foto retirada do MaisFutebol

O resultado é, de certa forma, enganador. Não fizemos um jogo brilhante, longe disso, mas consguimos manter a calma e o ritmo que não parecia querer surgir para as jogadas mais simples e de troca de bola mais tranquila acabou por ser rebentado à bomba com um míssil de Guarín a 37 metros da baliza, que foi sem dúvida um dos melhores golos do género que já vi. Acima de tudo, notou-se uma diferença na forma da equipa jogar, mais recuada e um pouco receosa, a sofrer os efeitos de não querer estourar fisicamente porque Janeiro e Fevereiro vão ser meses muito complicados e as pernas não dão para tudo. O que custou mais foi assistir à incapacidade de, na primeira parte, conseguirmos soltar as amarras da pressão alta do Marítimo, muito bem executada, e que agrilhoou o nosso meio-campo de forma a torná-lo pouco mais que inútil. Até Guarín decidir que ia largar chumbo do pé direito. Tudo melhorou e a vitória assenta-nos bem. Vamos a notas:

(+) Guarín  Em declarações depois do jogo, o colombiano disse: “Por vezes, saem disparates mas hoje marquei”. Frase perfeita de um rapaz que, à imagem de Mariano, acaba por conquistar os adeptos à custa de suor, alguma atrapalhação mas muita luta. Os golos que apontou hoje foram a imagem de um rapaz que joga cheio de moral, com garra e capacidade de luta notáveis, a rodar a bola com simplicidade e certeza e que apesar de uma ou duas falhas por excesso de confiança nunca deixou de procurar fazer as coisas de uma forma prática e que permitisse aos colegas avançar com a audácia que era necessária. Já o critiquei tanto que parece que estou a assumir uma hipocrisia gritante, mas este Guarín que hoje vi a celebrar dois geniais golos não é o mesmo do ano passado. Está bem melhor e neste momento é titular por mérito próprio.

(+) João Moutinho  Não me canso, ao contrário de Miguel Sousa Tavares, de elogiar Moutinho. Só quem não sabe ver futebol é que pode criticar o rapaz por jogar calmo e raramente fazer passes de ruptura, apenas quando tem a certeza que a bola tem uma elevada probabilidade de passar pelos defesas. Caso contrário, João, o pequeno João, roda sobre si mesmo e procura um passe simples, uma variação de flanco, uma mudança de direcção, o atraso para o central ou o domínio de bola em progressão…tudo são palavras do léxico futebolístico do rapaz. É um deleite vê-lo a mandar no meio-campo da sua nova equipa ao fim de pouco mais de 20 jogos.

(+) Rolando e Otamendi  Quase perfeitos e a mostrarem uma simbiose muito acima do que esperaria. Rolando está em boa forma, a posicionar-se bem e a mandar no jogo, marcando o ritmo e orientando a defesa. Otamendi, por sua vez, menos bem no posicionamento mas milimetricamente perfeito nos cortes (abusas do carrinho mas vá lá que acertas limpinho na bola) e melhor a sair com a bola controlada. Os dois, tão diferentes, foram um bloco que não parece dar hipótese a Maicon neste momento. É mau para o brasileiro, é excelente para o FC Porto.

(+) James Rodriguez  Começou mal, lento e medroso, mas na segunda parte surgiu em excelente nível, com mais espaço e muito mais audácia, quase sempre que pegava na bola parecia que podia fazer algo de muito bonito. Continuo a achar que precisa de “inchar” a nível muscular e de ser mais rápido nos movimentos sem bola, mas podemos ter aqui um elemento muito útil para o futuro próximo.

(+) A ovação a Mariano  É paradoxal. Os adeptos que o aplaudiram serão muito provavelmente os mesmos que o vão assobiar daqui a umas semanas, mas hoje nada disso importava. Hoje, pelos 83 minutos, o Estádio do Dragão uniu-se em homenagem a um rapaz que trabalhou com humildade, acatou as opções da equipa técnica no início da época e sempre lutou para ser um deles, só mais um dos que jogam e fazem jogar. Mariano, capitão de equipa, é um exemplo para todos hoje confirmado com o público, os adeptos que nunca o idolatraram nem o irão fazer no futuro, mas que reconhecem, do fundo do seu coração portista e humano, que há ali valor. Não tem a técnica de James, mas tenta. Não tem a força de Hulk, mas luta. Não tem a velocidade de Varela, mas corre. E para nós, portistas, é um orgulho.

(-) Bolas paradas defensivas  Uma miséria, mais uma vez. A atenuante de Sapunaru estar fora a receber assistência não pode ser única responsável pelo facto de terem aparecido três (!) jogadores do Marítimo sozinhos e prontos para cabecear para a baliza, um deles a facturar e os outros apenas a controlar o espaço aéreo. Não sei o que se pode fazer de melhor, mas o posicionamento e o facto de não se acompanhar os jogadores que sobem na vertical acaba por ser um dos factos mais preocupantes da solidez defensiva da equipa.

(-) Lesões nas laterais  Venham de lá as bruxas. Álvaro, Fucile e agora Sapunaru?! Já começa a ser azar a mais. Temos alguma cobertura graças à polivalência de dois centrais (Otamendi para a direita e Sereno para a esquerda) mas é caso para pensar que é melhor pensar em ir à bruxa. Ainda se fossem lesões parvas como os outros que caem no chuveiro ou que se espetam de mota, mas assim é frustrante.

(-) Hulk ao meio  A equipa, principalmente na primeira parte, ficou muito presa de movimentos com Hulk a jogar a ponta-de-lança. Sem Hulk numa das alas a formação fica murcha, lenta, frouxa, incapaz de romper e tem de procurar outras alternativas que foram quase sempre barradas com inteligência (e algum jogo duro, há que dizê-lo) por parte do Marítimo, que carregou tanto o meio-campo com gente que Hulk nem conseguia quase receber a bola. Com o melhor “9” de fora (Falcao) e com a mensagem que foi passada a Walter de incapacidade para encher as botas de Radamel, Hulk perdeu muito do fulgor que transmite à equipa e notou-se. Na segunda-parte, particularmente depois da saída de Varela e da entrada de Fernando e a alteração para aquela espécie de 4-1-3-2, a equipa esteve melhor mas não o suficiente.

Em conversa com o José Correia do Reflexão Portista, que tive a sorte de encontrar antes do jogo enquanto tomava um café junto com o Miguel do Tomo I, quando soubemos que Hulk ia jogar no centro concordámos que a mensagem subliminar de Villas-Boas era: “É preciso outro ponta-de-lança.”. É possível que tenhamos razão, porque não gostei de ver a equipa na primeira parte e apesar do resultado ser acertado tendo em conta a produção das equipas, não foi um jogo fácil. Ainda assim fica na mente o golão de Guarín, a boa exibição dos centrais e o cérebro de Moutinho. Acima de tudo, a vitória e a reunião com os sócios. Venham mais destes!

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Ouve lá ó Mister – Marítimo

André, mortal!

Custou estar no Dragão na semana passada, André. Foi muito difícil ver a equipa semi-desagregada na defesa e ineficaz no ataque. Chegou a ser penoso ver o Sereno a tentar não tropeçar e o Emídio a tentar cruzar para alguém de azul-e-branco, tal era a tremideira que tomou de assalto os nossos rapazes.

Este é sem dúvida o jogo mais complicado de Janeiro, tendo em conta os eventos do fim-de-semana que passou. Tens a oportunidade de recuperar os nossos rapazes mas acima de tudo de pegar outra vez na massa cinzenta dos adeptos e moldá-la para a mentalidade triunfadora e não tristonha como se viu esta semana. Estamos todos a pensar em ir ao Dragão para ver um bom jogo, especialmente este, em que queremos ver o teu e nosso FêQuêPê a partir tudo o que lhe aparecer à frente.

Vai chover, vai trovejar e vai ventar imenso. Se calhar não é boa ideia espetares com o Varela e o Fernando a titulares, ainda por cima depois das lesões os rapazes ainda devem estar com algum cagaço de entrar duro (se bem que o Fernando só deve ter medo da morte e dos impostos), mas uma coisa gostava de te pedir, se não fosse muita maçada: se te apanhares a ganhar com algum conforto, deixa entrar o Mariano. O rapaz é bom rapaz, o moço é bom moço e esforça-se sempre tanto, merece um rebuçadinho destes. Já passou as passas de Marrocos para regressar e vais ver que a malta vai-lhe dar uma salva de palmas enorme. Faz lá o favor ao povo.

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – FCP vs Marítimo



(foto retirada do MaisFutebol)


Quem se atrasou na entrada para o estádio, talvez para fugir à chuva ou até porque estava a comprar umas amêndoas de última hora para o almoço Pascal, terá estranhado que aos 29 segundos o Marítimo estivesse na frente. Apesar desse percalço, o FC Porto recuperou bem e acabou por vencer com justiça, pese embora a quantidade enorme de lances de perigo perto da nossa baliza, quase todos encontrando um Helton seguro. Destaque da noite, principalmente Falcao pelos golos (o primeiro então, meus amigos, valeu a pena) e Hulk, com uma exibição muito boa. Adelante a las notas:

BAÍAS
(+) Falcao. O primeiro golo é uma obra de arte. Com um movimento que teve tanto de leve como de perfeito, o colombiano fez um pontapé de bicicleta de levantar o estádio, aparecendo na zona fulcral, na primeira clara oportunidade de golo, a marcar pontos na luta pelo melhor marcador do campeonato, somando mais um tento na segunda-parte. É uma mais-valia na equipa, sem dúvida, pela luta e pela eficácia, algo que não parecia ter no início do campeonato.
(+) Hulk. Aquela jogada em que desfaz o defesa-esquerdo do Marítimo e arranca um balázio que Peçanha ainda deve estar a lamentar o calor nas mãos com que ficou depois de o defender…seria um golo de antologia. Não entrou esse mas entrou outro, mais banal, ao contrário do rapaz que o apontou. Hulk mostrou que nestes jogos contra equipas mais pequenas, com defesas menos habituados a marcar jogadores de força e velocidade como ele, é muito importante e é daquele tipo de jogadores como Ronaldo e Messi, que não podem sair do jogo porque a dada altura podem criar desiquilíbrios que decidem uma partida. Hulk está de volta, e este Hulk parece diferente do que vimos no primeiro terço do campeonato. Está confiante, joga com alegria e assim é muito mais útil.
(+) Helton. Segundo Baía seguido para Helton, depois da boa exibição no Restelo, a mostrar que continua a ser a melhor opção para a baliza portista. Algumas defesas em bom estilo, incluindo uma que aposto que ainda está a pensar como é que a bola foi ter direitinha a ele, mas o que mais fica na retina são as bolas que, ao contrário de outros tempos, agarra tranquilo. Continua a falhar um pouco na reposição para o contra-ataque…mas não é o único culpado, já que a maioria da malta parece ficar apática à espera que Helton coloque a bola directamente na baliza adversária…

BARONIS

(-) Fernando. A época de 2009/10 está a ser bem mais fraca que a anterior, e isso reflecte-se no jogo da equipa. Fernando parece mais apático e acima de tudo bem mais nervoso, como hoje se viu no lance do golo do Marítimo, onde entregou o proverbial ouro ao bandido ainda durante o primeiro minuto de jogo. Levou um amarelo por uma falta ridícula, em que todo o estádio se apercebeu que o brasileiro ia entrar a varrer, o que condicionou a actuação durante o resto do jogo. Continua a ter grandes dificuldades em fazer passes verticais e se não fosse o facto de ser o único trinco natural do plantel, já merecia descansar uns joguitos. Continua a ser um bom jogador mas sem ter a cobertura que Meireles lhe dava no ano passado, Fernando perde bastante na ocupação de espaços e no comando do meio-campo defensivo que, convenhamos, não tapa os espaços como devia…

(-) Cobertura do meio-campo defensivo. …e depois é o que se vê. Qualquer pessoa que vê um jogo do FC Porto rapidamente se apercebe do espaço que os jogadores adversários têm para jogar dentro do nosso meio-campo. É absurdo que possamos deixar os oponentes galgar terreno à vontade, metros atrás de metros percorridos sem um semblante de pressão defensiva, sem uma tentativa séria de interceptar a bola, com a linha defensiva a recuar constantemente e o meio-campo, mal posicionado, a deixar jogar. A táctica que Jesualdo tem usado nos últimos jogos, um híbrido de 4-5-1 a defender e um 4-4-2 assimétrico a atacar, deveria ajudar a cobrir a defesa, aliás como se viu razoavelmente bem contra o Belenenses, mas o que de facto aconteceu hoje foi que depois da saída de Meireles, o nosso meio-campo ficou entregue a Fernando (muito próximo dos centrais), Guarín (no mundo do lá lá lá como de costume) e a Belluschi, que corre muito mas nunca no sítio certo. A entrada de Tomás Costa não ajudou, e Valeri então nem se fala. É o factor mais importante a corrigir actualmente no FC Porto, bem mais que as subidas destravadas de Miguel Lopes ou a ausência de apoio a Falcao no centro do ataque.


Foi até agora um fim-de-semana tranquilo, tenho pena que o Guimarães não tenha conseguido sacar pelo menos um pontinho em Braga, mas o destino não quis. Continuamos a lutar até ao fim, e hoje vi mais engenho que empenho e mais arte que suor, mas ainda assim vencemos sem grandes preocupações, com eficácia e jogo simples. Tivesse sido sempre assim…

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Baías e Baronis – Marítimo vs FCP


(foto retirada d’A Bola)


Fraquíssimo. A exibição mais fraca da época foi hoje protagonizada por 11+3 marmanjos que andaram 90 minutos a falhar passes, a falhar posicionamentos, a falhar intercepções e a falhar na sua profissão. Foi muito mau. Vamos a notas que se faz tarde:

BAÍAS
(+) Helton foi a única nota positiva no jogo de hoje. Lesionou-se no aquecimento mas recuperou para o jogo, notando-se no entanto alguns problemas mais para o final do jogo, onde se via o guarda-redes brasileiro claramente a coxear. Não teve culpa no golo e acaba por defender o que pôde, sendo o único no meio do marasmo geral a não falhar.
BARONIS
(-) Jesualdo, em primeiro lugar. Se a táctica de encher o meio-campo pode funcionar em jogos para onde vamos com uma perspectiva mais defensiva, mais concretamente em jogos europeus, na nossa liga não podemos hipotecar o meio-campo em função da inspiração momentânea dos homens da frente, particularmente quando esse sector da equipa está tão amorfa e ineficaz. A opção por Guarín, que compreendo nalgumas instâncias, não pode ser recorrente e alguma coisa mais teria de ser feita para melhorar o jogo da equipa a partir do centro do terreno.
(-) Quem é o número 12 do FC Porto que está a jogar em vez do Hulk? Não conheço aquele rapaz, que não consegue fazer um único drible convincente, que não passa em velocidade pelos laterais, que insiste na finta longa e no jogo de cabeça caída e que não ajuda atrás da linha de meio-campo nem que haja uma praga de gafanhotos para além dela. Se o principal homem que pode fazer a diferença acaba por o fazer, mas pela negativa…torna-se mais difícil…
(-) Não vi ainda as estatísticas, mas o número de passes falhados pelos jogadores do FC Porto é absurdo. Tanto os fáceis e lateralizados como os verticais e ascendentes (obrigado, Freitas Lobo, por enriqueceres o meu vocabulário) são falhados com o mesmo nível de empenho. Tecnicamente estamos ao nível do Salgueiros.
(-) O centro defensivo, especialmente Bruno Alves. Baba apareceu várias vezes a cabecear sem problema, sem oposição, e só não marcou porque deve ter a cabeça torta. O posicionamento tem sido muito fraco e o jogo de expectativa é o oposto do que caracterizava a equipa do FC Porto nos últimos anos. Rolando esteve menos mal, e o auto-golo é um azar tremendo, mas acontece. De notar que o homem já marcou mais golos na própria baliza que o Hulk na baliza dos outros. Se eu não fosse sócio até me ria…
(-) O que mais deve deixar lixados os adeptos é a forma como a equipa joga. A primeira ocasião de perigo apareceu aos 81 minutos! É enervante reparar na apatia enquanto o jogo decorre, na falta de pressão e na constante espera pela bola. Jogamos na expectativa, nunca na posse. Estamos parados a ver as outras equipas a trocar a bola no NOSSO meio-terreno, sem nos preocuparmos em lhes tentar tirar a bola e a estender corredores enormes pelos flancos, onde os extremos não se preocupam, ao contrário de outros anos, em ajudar os colegas que os apoiam a partir da defesa. Hulk e Rodríguez, este último ainda mais surpreendente mas com benefício da dúvida graças à fraca forma física, não ajudam atrás. Álvaro e Sapunaru, vêem-se com 2 e às vezes 3 adversários pela sua frente e não sabem o que fazer. O meio-campo (Fernando aparte) continua sem fibra, sem garra, sem capacidade de domínio, posse e controlo da bola, e é exactamente aí que começa a desfazer-se o actual castelo de guardanapos de café que é a estrutura táctica da equipa.
Estamos agora com um terço do campeonato disputado, e apesar de estamos ainda em 3º lugar e a 5 pontos da liderança, a situação não se afigura como fácil. A equipa está desanimada, com pouca vontade de jogar bem e jogar duro, e estamos, na minha opinião, piores que no ano passado por esta altura. Vamos lá apoiar a Selecção e esperar que os meninos voltem decentes e prontos para as próximas batalhas. A guerra está longe de estar perdida, por isso há que afiar as baionetas e trabalhar mais e melhor!
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