My name is Viiktórya. Lyonce Viiktórya.

Vou fazer (e espero que me perdoem pela heresia) uma curta incursão num mundo que anda quase sempre de mãos dadas com o futebol actual, a azeiteirice.

A notícia, bombástica como poucas, saiu ontem. O nome da filha de Luciana “Floribella-tem-novas-mamas” Abreu e Yannick “Forrest-Gump-africano” Djaló, nascida a 13 de Janeiro, foi ontem divulgado.

Lyonce Viiktórya.

Para além do óbvio bom gosto dos babosos pais, urge congratular o casal pela feliz escolha do nome para a cachopa. Não me lembro de ver uma preparação tão antecipada de uma brilhante carreira para a filha na área do entretenimento nocturno, nomeadamente na secção das danças exóticas. Stripper, portanto. Se conseguir ultrapassar a quantidade inusitada de tareias que vai levar até chegar ao liceu, entenda-se. Reparem no cuidado da eslavização dos dois “i” no segundo nome, como que a facilitar o trabalho do MC quando tem de chamar a próxima bailarina para o varão central, em que nem precisa de fazer aquela parvoíce do “E agora, o vosso aplauso para Solange Deniiiiiiiiise!”, porque já está contemplado no apelido. Limpinho.

Parece inclusive que já estou a ouvir a Lucy, do alto da sua voz bolhoneira, a gritar para a catraia: “Lyonce! Lyonce!!! Liounce Biquetória!!! Já aqui à mánhe, caralho!”, enquanto que um ou outro transeunte lhe perguntam onde é que ela viu o cãozinho pela última vez.

Pensando já no futuro, há uma terra no País de Gales chamada Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch. Fica a sugestão para o próximo rebento. Porque, quer queiramos quer não, o ventre da Luciana Abreu vai voltar a ser notícia.

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Os (vis) cronistas da nossa praça: Manuel dos Santos

Ontem ao fim da tarde, enquanto batalhava para combater o tédio de mais uma jornada trabalho/casa, enfrentando as amarguras de uma estrada fria e escura polvilhada pela chuva que caía inclemente sobre os carros que atravessavam as artérias de acesso aos subúrbios da Invicta com o vagar que lhes é permitido, sintonizei a Antena 1 na telefonia sem fios do meu automóvel e ouvi a edição desta semana dos Grandes Adeptos.

Nela, como de costume, assistem-se a três posturas diferentes que se assemelham em muito ao que sucede no Trio de Ataque, com Vasconcellos a atacar porque sim, Guedes a ter de se defender todas as semanas das acusações (verdadeiras ou não, mas o que é que isso interessa?) de que é alvo e Oliveira e Costa a lamentar a má forma do Sporting. Nada fora do comum, portanto. A única diferença está em Manuel dos Santos, que tendo mais saber e eloquência bacoca que o realizador, acaba por monopolizar o discurso de uma forma que torna o diálogo impossível.

Ontem, cuspindo fel por todos os poros, Manuel dos Santos continuou com o seu estilo particular, semelhante a um velho alcoólico numa taverna, associando todos os males do mundo ao FC Porto, ao seu Presidente, à instituição, a tudo o que se pudesse remotamente ligar ao nosso clube. É já um hábito ouvi-lo a espumar naquele seu jeito tão comum noutros cronistas desta nossa garbosa praça, que acham tão giro dizer mal da maneira mais vil que imaginam, criando teorias, confirmando factos por si manufacturados, ocultando as verdades que não interessam e exacerbando as que lhes dizem respeito e acima de tudo enfiando na cabeça de muitos incautos ouvintes que nunca questionam (Céus, a heresia!!!) os comentários lavados a vermelho que proferem. É tal masturbação intelectual que aposto que relêem o que escreveram em frente ao espelho, talvez com uma balaclava na cabeça e uma fotografia do Saviola em frente, com o hino a tocar e a mão na ferramenta.

Manuel dos Santos é mais um desses geniais exemplos. Um deputado socialista que chegou a ser Vice-Presidente do Parlamento Europeu e Secretário de Estado do Comércio de Guterres, mentor da lei que impedia as grandes superfícies comerciais de abrirem aos Domingos, é uma figura respeitada no nosso país extra-futebol. Até o gosto de ouvir falar sem ser sobre bola, vejam lá. Mas ontem, mais uma vez branqueando o que deveriam ter sido expulsões de jogadores do seu clube, dizendo coisas como “tenho aqui todos os jornais desportivos e nenhum fala disso que o Miguel (Guedes) está a dizer“, quando sabe perfeitamente que mente (ver aqui), ou então comprou a Marca, jornal mais próxima da sua cor e de editorial semelhante.

Já li muitos benfiquistas dizerem que o triunvirato de cronistas benfiquistas deveria ser composto por Ricardo Araújo Pereira, Leonor Pinhão e Manuel dos Santos. Se juntarmos a esses três rapazes outros nomes como Miguel Góis, Domingos Amaral, Fernando Guerra, António-Pedro Vasconcellos ou Rui Gomes da Silva, podemos juntar todos num saco e compôr um conjunto que me merece, a nível futebolístico, o respeito que reservo para as fezes de rato.

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