Comparações

A curta entrevista com Tiago Machaísse que o Record hoje publica é notável. Tiago, o treinador que lançou o novo provável reforço do Sporting, Mexer (obrigado, Deus do futebol, por nos trazeres mais um nome em forma de verbo), a uma dada altura compara o jovem a um Frank de Boer…ou um Ricardo Rocha.

Quem ler na diagonal poderá cometer o lapso, perfeitamente racional, de não interpretar tal declaração como algo estranho, mas o que está dito, está dito. Proponho-me a outras comparações do género, assim como assim não podem ser mais díspares que aquela que Tiago Machaísse proferiu. Cá vão:
  • Mariano González assemelha-se a um Marc Overmars com o talento de um copo misturador;
  • Tomás Costa tem a capacidade de organização de um Hagi ou um Michael Thomas;
  • Ivica Kralj tem a elasticidade de um Higuita e os reflexos de um iaque;
Se se lembrarem de mais, sintam-se à vontade de colocar nos comentários. Este blog não reserva o direito de quase nada.
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Cabelos brancos


É um facto inegável que a maior pressão que se verifica dentro de uma equipa de futebol recai sobre o treinador. Os jogadores estão lá para fazerem o que se pede deles, mas acabam por obrigados, uns mais que outros, a seguir as indicações daquele que alguns apelidam com ternurenta simpatia de mister.

É também um facto estatístico, de acordo com um estudo feito pelos criadores do Football Manager, o arqui-famoso jogo de futebol onde o jogador encarna a personagem do líder da equipa, do balneário e até um certo ponto, do próprio clube, que os treinadores tendem a ver o seu cabelo adquirir um tom grisalho aproximadamente 312 semanas após tomarem as rédeas de um clube. E esta é que me lixou.
Como a minha própria capilaridade craniana é diminuta, relaciono-me pouco com os problemas dos outros. Sempre que vejo um anúncio a champôs com bifidus ou zinc-piritióne ou lá o que raio é que espetam no frasco para vender mais produto, estou-me nas proverbiais tintas. Mas este problema é de facto interessante. Ora se um treinador ao fim de 312 semanas (aproximadamente 6 anos) já nota algumas brancas, que problema se colocará aqueles treinadores que nem 312 dias estão ao comando das respectivas equipas? Aposto que anseiam por ganhar o agrisalhamento (isto existe?) do cabelo, ostentando-o como uma marca de sabedoria e experiência.
Uma coisa é certa: Jesualdo já tinha o cabelo branco quando chegou ao Porto. E o look salt-and-pepper que já teve está a ficar bem mais salgado que apimentado. É o que dá ter de aturar Quaresmas e Hulks…
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Capilaridades

Acredito que não vamos trocar de treinador. Para além de toda a inerte polémica que põe a jornalistada toda aos saltos, estou convicto que Pinto da Costa vai anunciar não tarda nada a renovação de Jesualdo por mais um ano. E qual a razão mais óbvia para tal acontecer? O cabelo. Não se façam de desentendidos. O FC Porto tem uma política capilar clara (lembram-se dos dreadlocks de Anderson e da metafórica tesoura do Co?) e nem é preciso ir muito atrás para nos apercebermos que os treinadores do FC Porto tem habitualmente cabelos curtos, sem exigir grandes trabalhos, de combate. Esta é a condição fundamental. Em alternativa são grisalhos, mas o ideal é mesmo cumprirem-se as duas condições. Se analisarem um pouco da nossa história recente, vão concerteza reparar que as escolhas do nosso presidente, boas ou más, são baseadas em não pequena parte, no cabelo. Desde Oliveira que não temos um treinador com mais que um pequeno jardim de relva na nuca, veja-se Fernando Santos, Octávio, Mourinho, Del Neri, Fernandez, Couceiro (apenas cumpria a segunda condição…e vejam onde é que chegou no clube…), Adriaanse, Jesualdo. Veja-se o Special One, o treinador mais metrossexual do mundo a seguir ao José Mota, apenas espetava um naco de gel na trunfa e seguia para o treino. Isto quando não o rapava!

Jesualdo enquadra-se neste perfil como uma luva. Cabelo rasteirinho e grisalho (à homem), o que lhe permite olhar para o treino e analisar melhor as situações da equipa e das circunstâncias do jogo. Já por isso questiono a veracidade de muitas notícias que surgem na imprensa considerando Jorge Jesus para nosso treinador. Primeiro, aquele cabelo já não ficava bem à Bonnie Tyler à época, quanto mais no futebol moderno. Para além do mais, aquilo não é bem grisalho. É branco. É uma versão da Gwen Stefani em rouco. Não faz sentido.

Assim, aposto que Jesualdo vai manter-se no leme. A não ser que faça extensões.
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