União


Depois de ontem a SAD ter feito um comunicado bem escrito (apesar de um pouco excessivo na dialéctica), e tirando da cabeça o aspecto azeiteiro dos rapazes, tão embebedados pela moda jovem que lhes dizem que é “o que se usa agora”, são estas atitudes que dão orgulho aos adeptos e fazem com que a união do grupo passe para fora dos balneários. Pode não adiantar de muito mas mostra um espírito que ainda não tinha visto este ano e que enche os adeptos de alegria e esperança.

Se fizerem o mesmo dentro das quatro linhas no Domingo à noite, seria um momento alto da época, talvez um dos poucos. Vamos a isso, malta!
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Segunda metade


Vejam lá como fica o plantel para a segunda parte da temporada:

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Helton
Beto
Nuno
——-
Fucile
Miguel Lopes
Álvaro Pereira
David Addy
Bruno Alves
Maicon
Rolando
Nuno André Coelho
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Fernando
Tomás Costa
Guarín
Belluschi
Valeri
Ruben Micael
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Cristián Rodríguez
Mariano González
Falcao
Varela
Farías
Orlando Sá
Entradas:
David Addy (ex Randers FC, Dinamarca)
Ruben Micael (ex-Nacional da Madeira)
Saídas:
Hulk (castigado ad-aeternum)
Sapunaru (castigado ad-aeternum e consequentemente emprestado ao Rapid Bucareste)
Prediger (emprestado ao Boca Juniors da Argentina)
Analisando sector a sector, na baliza tudo na mesma, e em termos defensivos temos uma substituição que muda um pouco a filosofia que havia em termos de alternativas adaptadas. Passo a explicar. Sapunaru funcionaria como lateral direito em situação natural, podendo ser usado como defesa-central quando fosse necessário. Miguel Lopes e Fucile funcionavam como defesas laterais, tanto esquerdos como direitos, e até Tomás Costa, Rodríguez ou Mariano podiam funcionar como alas recuados, dependendo do jogo e da estratégia. A defesa reestrutura-se com a saída de Sapunaru e a entrada de Addy, que para além de ter um nome que parece um alentejano a dizer “somar” em inglês, é totalmente desconhecido cá na urbe.
Para o meio-campo chegou talvez o elemento que será mais importante, tão fraca tem sido a prestação nessa zona do terreno dos rapazes que a povoam. Ruben já fez mais em dois jogos que Guarín em toda a época e Belluschi parece poder jogar ao lado do madeirense, tendo dado boas indicações na Choupana. Meireles e Fernando poderiam ocupar os outros pontos de um novo 4-4-2, ou até num extremo 4-2-2-2, com maior abertura para os flancos e mais cobertura no meio do terreno. Mariano e Rodríguez seriam jokers, jogando onde Jesualdo lhe aprouvesse. Na frente, nada de novo, depois de tudo ter parecido diferente. Kléber chegou e zarpou de novo, Farías foi-se e voltou outra vez. Se Lavoisier fosse vivo, apostava que Farías se transformava. Como o químico francês já está convertido em estrume há algum tempo, refuto a sua teoria. Farías não se transformará em nada, vai continuar a ser o mesmo Ernestinho do costume, a marcar os golos fáceis e a complicar o que parece simples. Com Falcao certo no onze e Varela a rasgar tudo, restaria Orlando Sá para aproveitar alguns amontoamentos na área.
Parece-me curto, para além de fraco. Se dá uma caganeira ao Varela ou ao Falcao, toda a estratégia ofensiva cai por terra e ficamos com o moralizadíssimo Farías para marcar golaços como só ele sabe, municiado de forma magistral pelo génio que é Mariano “ai-que-lá-se-me-vai-a-bola-outra-vez” González.
Quando comparado com plantéis de anos transactos, fico a tentar descobrir alguma mais-valia e custa-me encontrá-la. Tínhamos Paulo Assunção, temos Fernando. Tínhamos Lucho, temos Ruben Micael. Tínhamos Lisandro, temos Falcao. Tínhamos Pepe, temos Bruno Alves. Tínhamos Cissokho, temos Álvaro. Tínhamos Alan, temos Varela. E só nestes dois últimos é que vejo melhorias…
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O número de Micael


28. É este número que vai envergar nas costas o novo reforço do plantel azul-e-branco. Depois do 14 que ostentava pelo Nacional, optou por não escolher o novo número, que foi rapidamente seleccionado por Pinto da Costa, que escolheu o 28 por dois motivos: é o seu dia de nascimento (do Jorge Nuno, não do Ruben) e igualmente o dia de nascimento do FC Porto.

Numa rápida visita pelos números “28” que já passaram pelos nossos diversos plantéis, temos três nomes que saltam à vista:
  • Mielcarski (1996/1997)
  • Peixe (1997/1998)
  • Quinzinho (1998/1999)
  • Clayton (1999/2000 até 2002/2003)
  • Adriano (2005/2006 até 2007/2008)
  • Cissokho (2008/2009)
Numa pequena curiosidade, todos foram comprados a equipas portuguesas, tendo os dois brasileiros vindo das ilhas (Clayton do Santa Clara e Adriano do mesmo Nacional de onde agora vem Ruben Micael) e Cissokho do Setúbal. Com graus variáveis de sucesso com a nossa camisola, desde a evolução meteórica de Aly às danças do angolano, das entradas assassinas de Peixe ao eclipse de Adriano, das lesões do polaco ao golo de calcanhar de Clayton ao Denizlispor (que juntamente com um golo ao Hertha na Alemanha foram talvez os grandes highlights da sua passagem longa demais pela Invicta), não se pode dizer que seja uma camisola que “pese”. Terá mais influência, concerteza, a fé que os adeptos depositam nele para poder ser um prenúncio de mudança, uma injecção de vida nova numa equipa que anda tristonha.
Bem-vindo, Ruben!
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A vez de Tomy

Tomás Costa é um nome que não consegue reunir consenso entre os adeptos portistas. Ao passo que muitos consideram que o jovem argentino como um joker, um utilitário faz-tudo que pode servir para jogar em várias posições do meio-campo para trás. Já o vimos a jogar como lateral direito em diversas ocasiões, a lateral esquerdo noutras, a trinco, médio de cobertura, interior direito…enfim, uma panóplia de opções tácticas que Tomy pode cobrir, com resultados nem sempre muito animadores, ao contrário de um certo jogador que o precedeu aqui há uns anos e que envergava o mesmo número na camisola (qualquer coisa Santos). À imagem do seu antecessor, Tomás Costa não é genial mas é agressivo, por vezes um pouco demais, rápido sobre a bola, de passe curto e simples, sempre passando o protagonismo para os outros e jogando só para a equipa.

Lá para o meio da época transacta, quando Lucho estava lesionado e Mariano se chegou à frente para ocupar o lugar do compatriota, Tomás Costa ficou como uma segunda opção para poder ser utilizado em qualquer lugar que tivesse de ser ocupado por um ser humano que pudesse dar o seu contributo à equipa. Sempre com Guarín ao lado como termo de comparação, os adeptos começaram a tomar os dois como padrão de inadaptação, a par o já mencionado Mariano, esse então num nível diferente, nem superior nem inferior, apenas diferente.
Na temporada passada, Guarín começou a ganhar pontos, Tomás Costa recuperou e terminou a temporada como uma boa alternativa teórica a Fernando e a Meireles, para as faixas laterais da defesa ou até, com uma mudança táctica, para jogar como médio-ala direito, algo que provavelmente agradaria ao argentino dado ser essa a posição onde mais frequentemente era utilizado no Rosário Central, o seu anterior clube.
Este ano, Tomás Costa e Guarín estão a inverter papéis. Tomy está a recuar em termos de performance e de empatia com os adeptos, tem desaproveitado as poucas oportunidades que vai tendo e perdeu claramente o lugar para Guarín tanto no banco como na posição de 13º/14º jogador. Apesar de menos versátil, o colombiano é mais forte e mais prático para levar a bola para a frente, o que parece agradar a Jesualdo.
Amanhã, frente ao Paços de Ferreira, muito provavelmente iremos ver Tomás Costa a alinhar na posição do castigado Fernando, já que Prediger não parece recolher as preferências de Jesualdo. Poderá ser uma das últimas oportunidades que Tomás Costa vai ter para provar que tem valia para ser opção (alternativa, entenda-se) a algumas das figuras principais do FC Porto. Para bem dele, e para bem da equipa, espero que mostre serviço.
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Votação: Sector a reforçar em Janeiro?


Tem sido uma época complicada. É normalmente nestas alturas em que se tenta ir ao mercado em Janeiro, por vezes criando entropia exagerada em equipas que até aí não conseguiram mostrar um futebol condizente mas por outro lado havendo a hipótese de ser equilibrar plantéis depauperados devido a lesões, castigos ou outras inconveniências. Assim sendo, e olhando para o nosso plantel, há alguma área que mereça ser reforçada no mercado de Inverno? As respostas dividiram-se assim:
  • Baliza: 0%
  • Defesa: 0%
  • Meio-campo: 83%
  • Ataque: 8%
  • Nenhum: 8%
Lá está, a malta parece confirmar aquilo que muita gente vê acontecer em campo, que se traduz na incapacidade do actual meio-campo de 3 pessoas para dar conta do recado de organizar jogo fluido e positivo, perdendo-se em campo, defendendo muito atrás e não apoiando convenientemente o ataque. Com Fernando muito colado aos centrais, Meireles em baixa de forma (com toda a gente esperando que os jogos pela Selecção e o mais recente frente ao Chelsea tenham servido como fonte de moral para o rapaz) e Belluschi apagado, equaciona-se a possibilidade de ir buscar um substituto para o argentino, já que creio que em termos de médios de cobertura estamos…cobertos. A palavra está do lado da SAD.
Próxima votação: De quem é a culpa da adaptação lenta de Prediger?
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