Prediger é o último?

Admito que nunca tinha ouvido falar do moçoilo, mas consta que joga no Colón e vem para cá servir como alternativa a Fernando, supostamente a troco de cerca de 3,3 milhões de euros. Tentando a todo o custo evitar piadas de teor intestinal, como o tipo é argentino presumo que o batalhão de olheiros que lá temos já o deve ter avaliado e das duas uma: ou é outro Bolatti ou não é outro Bolatti. Vou começar a avaliar os jogadores argentinos pela sua Bolatticidade, pronto, até soa bem e tudo.

De qualquer forma, até ser confirmado e a treinar no Olival ainda não conto com ele, por isso cá fica o mapa do plantel actualizado (pronto, pus lá o rapaz com um “?”) para a nova época:
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Ano Zero

Há algo que me continua a intrigar nos plantéis do FC Porto dos últimos anos e que se prende com os extensos períodos de experiência que damos a alguns dos jogadores que contratamos e que parecem não justificar imediatamente o investimento. Fazemos inclusivamente algum espectáculo sobre o assunto, dada a incapacidade notória de outros clubes (leia-se Benfica) de fazer o mesmo. Quem não se lembra da permanente comparação de Lisandro com Bergessio? Em todos os jornais, toda a imprensa falada e escrita gritava a plenos pulmões: “Se isto fosse no FC Porto, o Bergessio era o melhor marcador porque eles sabem esperar que os jogadores assentem!”.

Desde a olvidável época de 2004/05, o annus horribilis em que a maior parte dos nossos hábitos foram quebrados em função do dinheiro investido e da incapacidade de lidar com a fama adquirida, e quando despachamos Diego e Luís Fabiano por meia dúzia de tostões por não sabermos regressar a esse tempo, o clube voltou a uma lógica de aguardar e de tentar trabalhar os jogadores como deveria ter feito desde antes: tentando adaptar o homem e não só o atleta.

Lembro-me quando Deco chegou às Antas no início de 1999, a equipa estava numa fase consistente, coroada com a conquista do pentacampeonato. Deco teve de ocupar uma vaga ao lado de Zahovic, o cérebro da equipa e o movimentador de todo o ataque, e o brasileiro não brilhou. O clube soube esperar, e Deco passou as próximas épocas a tentar liderar a equipa, com resultados mais ou menos negativos. Aquando da chegada de José Mourinho, Deco despontou para uma das melhores épocas de sempre em 2002/03, continuou a brilhar em 2003/04 e acabou vendido ao Barcelona, valorizadíssimo. O mesmo se pode aplicar a Lisandro, com uma primeira época não muito produtiva; Tarik, ostracizado por Jesualdo na primeira temporada; Alenichev, encostado por Octávio; ou Mariano González, que depois de uma época absurdamente má foi recuperado para uma segunda temporada com melhor rendimento, golos e aceitação pelos adeptos.
Mas há exemplos contrários, como Clayton, um homem que apesar da pouqíssima produção em campo acabou por passar 4 (QUATRO!!! PORRA!!!) anos de dragão ao peito, e acaba por ganhar uma Taça UEFA sem saber bem como.
Isto não serve por isso para louvar a política recente do clube. Por cada Lisandro ou Mariano há sempre um Benítez, Stepanov ou Guarín. Compreende-se que esperemos por alguns jogadores para tentar que eles se adaptem e melhorem o seu rendimento na segunda temporada, mas onde é que se coloca um stop? No fim da segunda? Na terceira? Quando o rapaz se reforma?
Se formos ao passado não muito longínquo, temos exemplos de jogadores que foram contratados para 4 ou 5 meses, sendo “cuspidos” no final da temporada com alegações de falta de adaptação e de incapacidade de transmitir melhorias ao plantel de que fugazmente fizeram parte. Homens como Kaviedes, Mareque, Bolatti, Maric, Ibarra, Chippo…todos jogaram de Dragão ao peito mas quase não tivemos tempo de perceber a diferença que fazem de Benítez, Guarín, Stepanov, Clayton ou Mariano González, todos jogadores que pouco tendo feito para o merecer, continuaram no plantel para a(s) época(s) seguinte(s).
Há que depositar esperança na equipa técnica. Eles tomam as decisões, eles escolhem os jogadores, eles decidem quem entra e quem sai. Mas a cabeça que está no cepo também é a deles, e se os resultados com estes jogadores não forem positivos, é a eles que se terá que pedir responsabilidades.
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Plantel 2009/10 – Actualização

Parece que Cissokho está mesmo de malas aviadas para o Lyon, pelo mesmo valor que o Milan recusou alegando problemas dentários. Bom negócio, se bem que olhando para a forma com que o jogador se apresentou ontem frente ao Leixões, teríamos um jogador com futuro no plantel. Mas 15 milhões continua a ser um negócio estupendo, e a venda é bem feita. Mas ainda não foi confirmada, e como até da outra vez que foi de facto confirmada pelo FC Porto à CMVM o rapaz acabou por vir para trás, aguardo confirmação sob a forma de fotografia de Cissokho a dar um abraço ao Licha nos treinos do Olympique local.

Com a iminente chegada de Valeri, aumentam as opções no meio-campo, e a experiência de Tomas Costa ontem como número 6 pode significar que JF pensa nele para essa posição como alternativa a Fernando, o que poderia servir para não irmos buscar mais um jogador. Ainda que haja movimentações especulativas (ver aqui e aqui), creio que o plantel estará fechado com Valeri, não vislumbro nenhuma alteração que possa introduzir entropia positiva na equipa a curto prazo, pelo que actualizo o quadro de jogadores, juntamente com os jogadores que saíram assinalados a vermelho:

Pontos fortes: Sem dúvida a zona central da defesa (com Bruno Alves ainda melhor, mas sem ele já se vislumbra alguma competição saudável)
Pontos fracos: Alternativas credíveis a Fernando para a posição 6
Incógnitas: Ui, tantas. Ponta-de-lança (excepto Hulk), alternativas para as alas do ataque e lateral esquerda defensiva
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Plantel 2009/10 – Um primeiro olhar…

Estamos a 5 dias da apresentação oficial aos sócios do plantel para a próxima época e dando uma rápida vista de olhos aos jogadores que por agora compõem o dito plantel, vemos que ainda há várias situações a rever, lugares em aberto e opções indefinidas:

(a branco os de ano passado, a azul os novos e em ponto grande o possível 11 base)
Na baliza tudo parece bem, se bem que fica a dúvida do que fazer com 3 bons guarda-redes. Beto ficará contente ao vir para o FCP para ser segunda opção, sabendo que lhe pode custar o almejado lugar na Selecção? Duvido.
Na defesa estão as maiores dúvidas na minha opinião. Não se sabe se Bruno Alves e/ou Cissokho vão sair, havendo no entanto alternativas já contratadas e que só se saberão se de facto podem ser credíveis quando forem testados em acção. Até lá são apenas nomes. A saída de Cissokho pode levar à permanência de Benítez (arghhhhhh) mas outra hipótese seria Fucile continuar a fazer o papel de defesa polivalente “à Bandeirinha” por mais uma época, se se confirmar que Miguel Lopes é de facto o futuro defesa direito do FC Porto como espero que aconteça.
No meio-campo há necessidade urgente de uma alternativa a Fernando. Guarín não sabe jogar a trinco, Meireles não é opção para o lugar na mente de Jesualdo e Tomás Costa pode dar uma perninha mas é muito instável tacticamente. Belluschi obviamente nem comento.
Para a frente ofensiva, se Falcao chegar podemos ficar com 3 pontas-de-lança de raíz, somados a Hulk que continuo a crer estaria melhor posicionado para lá jogar. Assim sendo teria de descaír para uma das alas, o que dava maior equilíbrio às opções existentes. Mariano a titular é uma aposta de alto risco e Cristián Rodríguez já é um elemento fulcral na equipa.
Assim sendo temos algumas (poucas) certezas e muitas dúvidas. A saída de Lucho e Lisandro podem-se tornar maiores dores de cabeça do que pensava, e não vejo o plantel com capacidade de suprir essas duas enormes falhas. Assumindo que Jesualdo se manterá fiel ao 4-3-3, obviamente, pois se alterar o esquema para um 4-4-2 ou até um 4-1-3-2 (com Fernando a ancorar o meio-campo e Hulk ao lado de Falcao na frente apoiados por Meireles, Belluschi e Rodríguez logo atrás, o que nem é má ideia), podemos ter alternativas.
É claro que isto é puro Football Manager em acção, mas nunca se sabe. Espero pelo início da época para começar a concluir o que quer que seja. Uma coisa é certa: vai ser uma época muito diferente das anteriores!!!
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Uma questão central


Acabada de confirmar a contratação de Maicon, o FC Porto tem actualmente no seu plantel a bonita soma de sete defesas centrais:

  • Bruno Alves, talvez o melhor central português do momento e um dos melhores centrais do mundo em termos físicos e em jogo aéreo;
  • Rolando, titularíssimo ao lado de Bruno Alves, em crescendo e maturação;
  • Pedro Emanuel, capitão de equipa e jogador mais antigo do plantel;
  • Milan Stepanov, a (pouco credível) alternativa de leste;
  • Nuno André Coelho, o jovem que regressa à base vindo de uma excelente temporada no Estrela da Amadora;
  • Bernardo Tengarrinha, mais um jovem que esteve no Estrela, fazendo uma temporada não muito vistosa;
  • Maicon, com 20 anos, com uma boa época no Nacional da Madeira e que chega por 1,1 milhões de Euros que compram metade do seu passe.
A estes poder-se-iam juntar mais alguns que temos emprestados, casos de Steven Vitória no Olhanense ou Bura ou João Paulo mas creio que não terão hipóteses de fazer parte do plantel 2009/10, por isso não faz muito sentido analisar esses casos remotos.
O que acontece neste momento? É preciso fazer algum dinheiro. Bruno Alves está na rampa para ser vendido, desejo admitido pelo próprio e que não censuro. Stepanov quer jogar e aqui não vai ter chances, Pedro Emanuel está a ficar com anos a mais para jogar a sério, e por isso a questão prende-se: teremos uma pequena revolução no sector? Saindo Bruno Alves e Stepanov, previsivelmente, ficaremos com cinco homens para 4 posições. Quem sai, quem fica? As próximas semanas o dirão…
PS: Ah, e as comparações de Maicon com Pepe já enjoam. OK, o rapaz é novo. Veio da Madeira, sim. É brasileiro, tá bem. Rapa o cabelo, pronto. É defesa central, concordo. Mas para além disso, vêem mais alguma parecença? Bem me parecia.
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