Futres e Folhas – Portugal vs Coreia do Norte

(foto retirada do MaisFutebol)


Nem os mais optimistas pensaram de certeza numa vitória por estes números. Foi um bom jogo, solto e bem mais rápido que o primeiro, com alguns jogadores em excelente forma e outros a disfarçarem a má forma com um sentido prático acima do habitual. Acima de tudo fica a boa imagem que mostramos ao mundo e uma injecção de moral que o grupo precisava de receber. Em virtude das análises a jogos da Selecção terem um contexto diferente das que habitualmente faço aos jogos do FC Porto, decidi mudar a nomenclatura dos positivos e negativos, depois de algumas sugestões que recebi na caixa de comentários. Assim sendo, vamos a notas:

FUTRES
(+) Tiago. Que grande jogo. Com muita pena minha, Tiago ganhou o lugar nesta Selecção depois de uma exibição estupenda, a dominar o meio-campo tanto a defender como a criar lances ofensivos. Simples, directo, prático, marcou dois golos e deu mais alguns a marcar, sempre com uma claridivência notável. Creio que foi o melhor jogo que vi Tiago a fazer com a camisola de Portugal, e apareceu na altura certa. Mereceu o gesto muito correcto de Ronaldo ao entregar-lhe o prémio das pitas saltantes no final do jogo.

(+) Coentrão. E não é que o rapaz aguenta a pressão e joga bem?! Subiu pelo flanco sempre que pôde e merecia ter marcado num lance em que combina com Ronaldo. É este tipo de alma que é precisa na Selecção, um rapaz que põe tudo o que tem em campo sempre com sentido prático elevado.

(+) Meireles. Mais um jogo sólido deste moço que parece que andou o ano todo a guardar-se para esta competição. Abriu o marcador e foi o responsável por um enorme suspiro de alívio por todo o mundo lusitano.

(+) Ricardo Carvalho. Toda a primeira parte foi cheia de momentos em que Ricardo Carvalho recebia a bola na defesa e seguia para a frente no apoio ao ataque. Esteve impecável na defesa.
(+) Ronaldo. Esteve bem acima do que tinha feito no primeiro jogo e o golo que marcou é digno de ficar na história do futebol como um dos mais ridículos. Manteve a média de um balázio ao ferro por jogo, o que lhe fica sempre bem, a somar às imagens em super-mega-macro-peta-slow motion que mostram todas as ranhuras e nuances das botas. Hoje mereceu os aplausos.
FOLHAS






(-) Miguel. Pelo amor de Deus. É raro dar comigo a ter saudades do Secretário, mas este rapaz faz-me chorar de nostalgia pelo Shô Carlos. Falhou tanto quanto Paulo Ferreira no primeiro jogo, com a agravante deste jogo ter sido bem mais fácil que o primeiro. Está gordo, erra tanto como um gajo que aposte que a capital da Ucrânia é Ponte de Lima e enerva-me o ar de passividade com que encara quase todas as jogadas onde está envolvido. Entre Paulo Ferreira e Miguel…escolho o Ruben Amorim.


(-) Espaço no meio-campo. Mais um jogo, mais um meio-campo que não pressiona. Não podemos deixar tanto espaço aos centro-campistas adversários em jogos contra equipas com mais qualidade…como vamos ver dentro de 4 dias, frente a uns senhores de amarelo e azul.


Aposto que a maior parte dos portugueses já aprenderam que não podem encher o papo e começar a anunciar a nova vinda do Messias com esta vitória. Foi bom mas conseguimos marcar 7 golos a uma selecção fraca e que, tentando jogar contra nós de igual para igual acabou por levar no lombo, como seria expectável. Os números foram altos mas tal não significa que não possamos cair do pseudo-pedestal no próximo encontro frente ao Brasil. Ainda assim vale a pena aproveitar os fugazes dias de glória que temos, tão poucos são hoje em dia…

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Baías e Baronis – Costa do Marfim vs Portugal




(foto retirada do MaisFutebol)


No primeiro jogo deste Mundial 2010 que de facto interessa para as nossas cores, foi uma exibição fraca, com muito medo, pouca energia e pouca audácia. Se colocássemos os rapazes de azul e branco podia ser uma típica crónica depois de um qualquer FC Porto vs Naval. Siga para notas, curtas e directas ao assunto:

BAÍAS
(+) Coentrão. Foi, sem qualquer contestação nem votos de meninas com a patareca aos saltos, o melhor jogador da Selecção. Empenhadíssimo, com fibra e garra, nunca fugiu ao contacto como a maior parte dos seus colegas, e se tivesse sido um pouco mais afoito no ataque teríamos causado mais perigo. Queiroz não o deixou subir muito com medo que Dindane fosse por lá fora, e o rapaz teve de se manter lá atrás, mas defendeu muito bem e sempre que se apanhava com a bola tentava fazer alguma coisa produtiva. Foi dos poucos.

(+) Meireles. Esteve acima do que pensava que estaria. Nota-se que está sem pernas para 90 minutos, mas tentou sempre lutar, apesar de continuar a não meter o pé quando deve.

(+) Tiago. Jogou pouco tempo mas o que fez, fê-lo com cabeça, com inteligência e com mais força que os colegas de zona.

BARONIS









(-) Lentidão e falta de audácia. Fizemos um jogo extremamente lento e previsível, sem rupturas no ataque, sem chama nem imaginação para penetrar a barreira dos 11 armários laranjas que estavam à frente. O que não entendo é mesmo a falta de energia na disputa das bolas! Porra, compreendo que os outros são mais fortes, mais práticos e mais enérgicos, mas se nem tentamos ir ao choque (o único foi Coentrão e depois Tiago), mais vale dar-lhes a bola logo ao início.



(-) Espaço no meio-campo. Quando subíamos com a bola, mal se passava o meio-campo e lá vínhamos para trás, bola ao Bruno Alves e desenrasca-te. Quando Yaya Touré ou Eboué pegavam na bola…seguiam alegremente sem pressão, sem choques, sem marcações…como felizes campistas a caminho da piscina. Enervou-me.

(-) Ronaldo. Excluindo o remate ao poste, que fez lembrar o golo que marcou ao FC Porto no Dragão, não fez nada de jeito. Foi eleito o melhor do jogo pelos votantes no site da FIFA. É esta gente que vota para o nosso Primeiro-Ministro, meus amigos.



(-) Paulo Ferreira. Não acertou UMA marcação, seja contra Kalou, Drogba ou o pedaço de relva que insistentemente o fintou durante todo o jogo. Muito mal.



Venha a Coreia. Pelo que vi hoje contra o Brasil, defendem como loucos e contra-atacam como pitbulls acéfalos. Cuidado, Paulo Ferreira…

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Hoje começa o Mundial

Vamos a isso, malta. Alheiem-se das conversas de café e dos perdigotos do Nuno Luz e entrem em campo com a garra que todos esperamos para ganharem aos moços de laranja. Um país inteiro está a torcer por vocês e tem fé na vossa alma vencedora.

Força Portugal!

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A lei seca de Queiroz

Não sou muito de elogiar espanhóis. Não sei se ainda ficou algum vestígio da padeira no sangue ou se é por inveja genuína mas raramente me sai uma palavra positiva em relação aos rapazes do outro lado da fronteira.

De qualquer forma, este artigo da Marca (que também podem chamar “La Pelota” já que é igualzinha à Bola, só que escrito em Castelhano) merece uma palavra de apreço. Deu para sorrir e pensar: “estes putos de agora, pá…estão perdidos!”

A ler aqui.

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