Órfãos?

Nesta teia de relações em campo há jogadores que são um pouco como os ‘pais’ dos outros. Os defesas-centrais, voltam a ser o exemplo. Há sempre um que na dupla cresce sob a ‘asa’ do outro. Não é um drama. É, até, natural, num plano técnico e humano de complementaridade sem comparação com outros lugares do campo. Pensamos num e logo imaginamos o outro. É o melhor que pode acontecer a uma equipa ao analisar os seus centrais.

Por isso, para o FC Porto perder Bruno Alves é perder mais do que um mero central. Sai, também. o ‘pai’ do outro… central. Gritando com todos, colegas e adversários, fazendo de cada corte uma afirmação de carácter, a seu lado qualquer central, mesmo saído do berço, se sente maior. Rolando foi o último exemplo. Sem esse seu ‘capitão natural’, perde-se uma base do ADN dos onzes azuis-e-brancos desde há décadas. Um traço que dá condições (primeiro mentais, depois técnicas) para os outros jogadores crescerem e serem melhores até do que verdadeiramente são.

Luís Freitas Lobo
in Expresso

O principal problema em perder Bruno Alves é este. A questão que se coloca é: quem virá para ser o novo “pai”?

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?? ????????, Bruno!

A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a um acordo de princípio com o Football Club Zenit St. Petersburg (Zenit) para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do jogador profissional de futebol Bruno Alves pelo valor de 22.000.000 € (vinte e dois milhões de euros).

Mais se informa que a formalização final deste acordo está dependente da celebração do contrato de trabalho do atleta com o Zenit, assim como da conclusão dos exames clínicos a que irá submeter-se, com o consentimento da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD.

O Conselho de Administração

Porto, 3 de Agosto de 2010

Ponto final. Kaput. Fim. Bruno Alves sai por 22 milhões para a Rússia. Não vou questionar os motivos para-financeiros, basta-me desejar boa sorte aquele que usou a nossa mítica camisola 2 e capitão nos últimos tempos. Continua a ser um excelente jogador que deu tudo o que tinha ao clube, que sempre o acarinhou e tratou como uma figura de topo do nosso clube. Teve os seus excessos e a sua agressividade será sempre considerada violenta por alguns e saudável por outros, mas Bruno nunca quis ser consensual. Numa altura em que muitos acreditam ter ficado uma época a mais no FC Porto, acaba por sair por uma bela quantia para um dos clubes em ascenção no futebol mundial.

Boa sorte e adeus, Bruno! Que tenhas tanta sorte na Rússia como tiveste na Invicta!

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Não joga, ponto.

Para acabar de vez com as conversas do Bruno Alves poder ou não jogar a Supertaça:

Bruno Alves seria sempre carta fora do baralho para o jogo da Supertaça com o Benfica, porque cumpriria castigo.

in O Jogo

o central Bruno Alves não poderá alinhar, devido a castigo (foi expulso na final da Taça de Portugal da época passada)

in JN

Happy?

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E começam as imbecilidades

Após meia-dúzia de jogos de pré-época, eis as opiniões de alguns portistas (letra minúscula propositada), retiradas de comentários em vários blogs:

“rua AVB que vergonha, nao ha fio de jogo n há nada…o que é isto? espero que o presidente corrija este erro crasso deste principiante como fez com del neri”

“Não entendo como é possivel no ultimo jogo de preparação, andarmos a “experimentar” jogadores.”

“O James nao sei o que anda a fazer porque a extremo nao tira lugar nem ao Hulk,Varela,Ukra e a medio nao tira o lugar a nimgem (mais valia ter ficado onde tava)”

“foi uma aposta perdida o AVB, ja se sabia, treinador jovem sem experiencia nenhuma, so por ter o rotulo de ser “discípulo” do mourinho, kando soube da noticia k o AVB era o proximo treinador do porto, um benfikista disse, “mais um campeonato para nos”, e tem kase a razao, kase pk daki a 3/4 meses vamos ter outro treinador.”

“o souza joga bue’ na nossa equipa mais ao serviço do adversário, cada bola q corta da’ golo”

“O Moutinho é uma maçã podre. Pode ficar como 6º médio, mas um 6º médio de 10 milhões é uma extravagância.”

Uma coisa é pensar que o próximo jogo vai ser muito difícil de vencer muito por causa da valia do adversário e do facto de ter rotinas já estabelecidas. Outra, totalmente diferente, é pensar que o trabalho que tem vindo a ser efectuado pode simplesmente ser deitado fora por causa de dois maus resultados e por não se ver ainda um futebol bonito e vistoso.

As pessoas que apoiam o clube têm de começar a aperceber-se que esse apoio tem de ser mais constante e coerente, e que não se pode exigir o impossível ao fim de tão pouco tempo. É o mesmo tipo de gente que chega a um novo emprego e imediatamente reclama porque não há café à borla.

Naquele que será talvez o início de época mais importante dos últimos anos, em que precisamos de estabilidade e tempo para maturar, para evoluir positivamente, para solidificar ideias e estratégias, para crescer como colectivo numa altura de indefinição…numa época onde temos muitos novos jogadores todos eles bastante jovens, com o período de adaptação que todos atravessam numa fase de mudança de hábitos, ritmo e vida…e é nessa altura que esta corja de adeptos aparece para se congratularem com o que para eles é o óbvio, eles que provavelmente eram os primeiros a contestar Jesualdo quando as coisas corriam menos bem.

Adeptos desses? Obrigado mas não, obrigado.

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