Baías e Baronis – 2009/2010 – Competições Europeias

Passemos agora para os nossos jogos na Liga dos Campeões. Depois de uma fase de grupos interessante e diria até relativamente acessível, surgiu um dos maiores descalabros do clube fora de portas, com uma derrota humilhante em Londres perante o Arsenal. Escalpelizemos:




BAÍAS

(+) Fase de Grupos e primeira mão dos Oitavos-de-Final. Depois de um jogo bastante razoável em Stamford Bridge (apesar da derrota), seguiram-se 3 vitórias consecutivas, quase garantindo a passagem aos oitavos. A segunda derrota com o Chelsea acabou por ser natural mas a réplica voltou a ser boa, e a última vitória fora contra aquela que veio a ser a equipa vencedora da Óroliga foi uma manifestação de força pouco vista durante toda a época. Vencer 3-0 fora de portas é sempre bom, na Europa ainda melhor, por isso quando nos saiu em sorte o Arsenal, muito embora cientes das dificuldades, pensei que se o jogo em casa corresse bem, poderíamos passar a eliminatória. Acabamos por vencer num jogo estranhíssimo, com dois golos oferecidos pelo guarda-redes Fabianski e pelo árbitro, mas o golo sofrido deixava a equipa à mercê de um Arsenal que é sempre temível a jogar em casa…escrevi na altura: 

Não foi mau, mas não foi excelente. 2-1 é sempre um resultado instável nestas competições, e precisamos de um jogo como o de ano passado em Manchester para conseguirmos sacar no mínimo um empate.”…






BARONIS







(-) Segunda mão dos Oitavos-de-Final. Chegamos a Londres depois de uma derrota humilhante em Alvalade e um empate caseiro frente ao Olhanense para apanharmos cinco golos no bucho. Numa das piores exibições defensivas do FC Porto desde que comecei a ver futebol, com Bruno Alves, Raul Meireles e especialmente Fucile a fazerem um jogo para nunca mais esquecerem, tão mau que foi. Pouco mais havia a dizer, e na altura ficou o meu testemunho


O Arsenal troca bem a bola, joga muito bem, é verdade. Mas joga ainda melhor quando está a enfrentar o equivalente futebolístico de 11 ecopontos azuis.”

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O Top10 das assistências

Tenho lido menções em vários blogs benfiquistas à posição do clube na tabela de assistências de jogos de futebol disputados na Europa durante a época de 2009/2010, onde ficaram na 10ª posição. Eis as posições interessantes, retiradas daqui:

1. FC Barcelona (Esp) 78 000 espectadores
2. Borussia Dortmund (Ale) 77 248


3. Real Madrid (Esp) 75 133

4. Manchester United (Ing) 74 864
5. Bayern de Munique (Ale) 69 000
6. Schalke 04 (Ale) 61 327
7. Arsenal (Ing) 59 927
8. Hamburgo (Ale) 55 240
9. Inter de Milão (Ita) 55 149

10. BENFICA (Por) 50 033
(…)
43. FC PORTO (Por) 33 464
(…)
63. SPORTING (Por) 24 606


O fulano que publica esta tabela conclui brilhantemente: 




Se dúvidas havia na cabeça dos Anti-Benfiquistas agora podem coçar a pulga, pois estão desfeitas neste estudo.

Somos os maiores em Portugal e sem comparação, os corruptos estão 33 lugares atrás  e os lagartos a 53 lugares atrás do nós, COITADOS e querem comparação nos Direitos Televisivos e de Marketing.


Temos de ter obrigatoriamente que estar no mínimo 40% acima da escória do norte.

Típico, arrogante…e falacioso. É habitual nos adeptos de futebol terem memória curta, que é facilmente reavivada com uma simples consulta ao site do FutebolFinance, a partir do qual conseguimos compôr a seguinte tabela:
Uma análise fria indica uma recta descendente nos adeptos sportinguistas, a oscilação mínima nos adeptos do FC Porto, com uma descida clara este ano fruto das más exibições, o que se compreende, e uma astronómica subida de 40% (!!!) em termos de números brutos este ano, mérito do bom futebol apresentado e da posição na tabela.

Ainda mais interessante, quando observamos as taxas de ocupação dos estádios…apenas este ano conseguiu o SLB atingir a nossa “habitual” taxa de ocupação de 77%, o que tendo em conta a zona urbana onde os clubes se encontram e a propalada taxa de adeptização (ó pra mim a inventar palavras) de 60% de portugueses sendo benfiquistas, haveria uma obrigação de ter o estádio regularmente bem mais composto.

Por isso, caros amigos, não vamos ser voluntariamente imbecis, pode ser?

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Baías e Baronis – 2009/2010 – Competições Nacionais

E cá estamos. Chegou a altura de olhar para trás, até ao distante mês de Julho de 2009 e perceber o que correu bem e o que acabou por se desfazer num aparente monte de fumegante esterco durante a época que agora finda. Urge começar por dizer que a época resulta num fracasso parcial. É verdade que vencemos duas taças mas o principal e recorrente objectivo da vitória no campeonato não foi atingido por uma margem considerável, onde infelizmente deve ser dito que o terceiro lugar assenta-nos tão bem ou melhor que o segundo. Escalpelizando o que se passou, vou dividir a análise em várias secções, começando pelas competições nacionais:







BAÍAS
(+) Taça de Portugal. O melhor trajecto desta época foi sem dúvida o que fizemos na Taça de Portugal, com alguns dos melhores e mais entusiasmantes momentos da época a ocorrerem exactamente nesta competição. Os jogos contra o Sporting no Dragão (vitória por 5-2) e frente ao Belenenses no Restelo (empate no tempo regulamentar e vitória por 10-9, depois de 30 penalties) deixaram imagens que tão cedo não sairão da consciência portista. A final foi menos interessante mas a vitória foi nossa com mérito.




(+) Supertaça. Ainda na fase embrionária da temporada, a vitória em Aveiro frente a um Paços de Ferreira bem rijo foi um tónico que não foi aproveitado para melhorar os índices de produtividade e de rendimento que a equipa tanto necessitava. Confirmou Farías como goleador oportunista e pouco mais.

BARONIS

(-) Liga Sagres. Todos os Dragões querem vencer. O primeiro lugar é sempre o objectivo e quando ele não é atingido, a época é automaticamente classificada como má a nível interno, não interessa quantas outras taças ganhemos dentro de portas. Toda a temporada foi marcada por fracos desempenhos, maus resultados (derrotas fora com Benfica, Braga, Sporting e Marítimo a somar a empates no Dragão com Belenenses, Olhanense e Paços de Ferreira) e um sentimento geral de incapacidade gritante levou a que não conseguíssemos sequer atingir a pré-eliminatória da Champions’ League apesar de uma fase final de campeonato excepcional, com várias goleadas e 8 vitórias consecutivas (coincidindo com o regresso de Hulk, sobre o qual falarei noutro post mais à frente), não tendo chegado para limpar a má imagem deixada nas 22 jornadas anteriores. Acabamos por tombar perante um Benfica fortíssimo e um Braga bem mais consistente que nós. O terceiro lugar assenta bem, infelizmente.




(-) Taça da Liga. O facto de termos chegado à final pela primeira vez em 3 anos de competição não afasta a ideia que fomos humilhados por um Benfica em muito melhor forma, com mais talento e capacidade técnica. Depois de uma fase de grupos aborrecida e de uma meia-final entediante, com 4 jogos consecutivos sem sofrer golos, acabamos por sair cabisbaixos e rendidos ao melhor futebol do adversário, com Bruno Alves a liderar os pontos negativos e a violência das pedradas fora do Estádio do Algarve a mancharem o dia.


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