Votação: Vamos chegar ao 2º lugar?

Para sermos realistas, há que apontar para fins próximos e não inatingíveis. Assim sendo, e considerando a fraca campanha deste ano, avaliemos a fé azul-e-branca perguntando: vamos chegar ao segundo lugar? As respostas foram:
  • Sim: 85%
  • Não: 15%
Tal como aconteceu antes da Taça da Liga, a malta está com esperança em ultrapassar o Braga (já que o Benfica só não será campeão se acontecer uma catástrofe), e crê que nas 5 jornadas que restam ainda temos hipótese de ganhar os 5 pontos que precisamos, já que se terminarmos empatados, temos vantagem no confronto directo. Força, rapazes!

Próxima votação: Caso Jesualdo saia, qual o treinador para o FCP?
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Baías e Baronis – FCP vs Marítimo



(foto retirada do MaisFutebol)


Quem se atrasou na entrada para o estádio, talvez para fugir à chuva ou até porque estava a comprar umas amêndoas de última hora para o almoço Pascal, terá estranhado que aos 29 segundos o Marítimo estivesse na frente. Apesar desse percalço, o FC Porto recuperou bem e acabou por vencer com justiça, pese embora a quantidade enorme de lances de perigo perto da nossa baliza, quase todos encontrando um Helton seguro. Destaque da noite, principalmente Falcao pelos golos (o primeiro então, meus amigos, valeu a pena) e Hulk, com uma exibição muito boa. Adelante a las notas:

BAÍAS
(+) Falcao. O primeiro golo é uma obra de arte. Com um movimento que teve tanto de leve como de perfeito, o colombiano fez um pontapé de bicicleta de levantar o estádio, aparecendo na zona fulcral, na primeira clara oportunidade de golo, a marcar pontos na luta pelo melhor marcador do campeonato, somando mais um tento na segunda-parte. É uma mais-valia na equipa, sem dúvida, pela luta e pela eficácia, algo que não parecia ter no início do campeonato.
(+) Hulk. Aquela jogada em que desfaz o defesa-esquerdo do Marítimo e arranca um balázio que Peçanha ainda deve estar a lamentar o calor nas mãos com que ficou depois de o defender…seria um golo de antologia. Não entrou esse mas entrou outro, mais banal, ao contrário do rapaz que o apontou. Hulk mostrou que nestes jogos contra equipas mais pequenas, com defesas menos habituados a marcar jogadores de força e velocidade como ele, é muito importante e é daquele tipo de jogadores como Ronaldo e Messi, que não podem sair do jogo porque a dada altura podem criar desiquilíbrios que decidem uma partida. Hulk está de volta, e este Hulk parece diferente do que vimos no primeiro terço do campeonato. Está confiante, joga com alegria e assim é muito mais útil.
(+) Helton. Segundo Baía seguido para Helton, depois da boa exibição no Restelo, a mostrar que continua a ser a melhor opção para a baliza portista. Algumas defesas em bom estilo, incluindo uma que aposto que ainda está a pensar como é que a bola foi ter direitinha a ele, mas o que mais fica na retina são as bolas que, ao contrário de outros tempos, agarra tranquilo. Continua a falhar um pouco na reposição para o contra-ataque…mas não é o único culpado, já que a maioria da malta parece ficar apática à espera que Helton coloque a bola directamente na baliza adversária…

BARONIS

(-) Fernando. A época de 2009/10 está a ser bem mais fraca que a anterior, e isso reflecte-se no jogo da equipa. Fernando parece mais apático e acima de tudo bem mais nervoso, como hoje se viu no lance do golo do Marítimo, onde entregou o proverbial ouro ao bandido ainda durante o primeiro minuto de jogo. Levou um amarelo por uma falta ridícula, em que todo o estádio se apercebeu que o brasileiro ia entrar a varrer, o que condicionou a actuação durante o resto do jogo. Continua a ter grandes dificuldades em fazer passes verticais e se não fosse o facto de ser o único trinco natural do plantel, já merecia descansar uns joguitos. Continua a ser um bom jogador mas sem ter a cobertura que Meireles lhe dava no ano passado, Fernando perde bastante na ocupação de espaços e no comando do meio-campo defensivo que, convenhamos, não tapa os espaços como devia…

(-) Cobertura do meio-campo defensivo. …e depois é o que se vê. Qualquer pessoa que vê um jogo do FC Porto rapidamente se apercebe do espaço que os jogadores adversários têm para jogar dentro do nosso meio-campo. É absurdo que possamos deixar os oponentes galgar terreno à vontade, metros atrás de metros percorridos sem um semblante de pressão defensiva, sem uma tentativa séria de interceptar a bola, com a linha defensiva a recuar constantemente e o meio-campo, mal posicionado, a deixar jogar. A táctica que Jesualdo tem usado nos últimos jogos, um híbrido de 4-5-1 a defender e um 4-4-2 assimétrico a atacar, deveria ajudar a cobrir a defesa, aliás como se viu razoavelmente bem contra o Belenenses, mas o que de facto aconteceu hoje foi que depois da saída de Meireles, o nosso meio-campo ficou entregue a Fernando (muito próximo dos centrais), Guarín (no mundo do lá lá lá como de costume) e a Belluschi, que corre muito mas nunca no sítio certo. A entrada de Tomás Costa não ajudou, e Valeri então nem se fala. É o factor mais importante a corrigir actualmente no FC Porto, bem mais que as subidas destravadas de Miguel Lopes ou a ausência de apoio a Falcao no centro do ataque.


Foi até agora um fim-de-semana tranquilo, tenho pena que o Guimarães não tenha conseguido sacar pelo menos um pontinho em Braga, mas o destino não quis. Continuamos a lutar até ao fim, e hoje vi mais engenho que empenho e mais arte que suor, mas ainda assim vencemos sem grandes preocupações, com eficácia e jogo simples. Tivesse sido sempre assim…

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