Baías e Baronis – Belenenses vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)


Naquela que foi uma das melhores semanas da época, esta vitória acaba por ser mais fácil que esperada e o jogo terminou com menos golos do que devia. Jogamos bastante bem, com inteligência e boa ocupação de espaços na zona ofensiva, sem o tradicional golo adversário para nos lixar a consciência e com algumas boas exibições individuais, nomeadamente a de Hulk, que se alheou da clara pressão que iria estar sobre ele e que me deixou apreensivo antes do jogo no Restelo. Estava enganado. Givanildo exibiu-se a grande nível e arrastou o FC Porto para uma vitória sem espinhas, extremamente importante para ainda tentarmos lutar para ir à Champions, agora que estamos a apenas 5 pontos do Braga. Notes:

BAÍAS
(+) Hulk. Melhor produtividade era difícil. Um golo, dos melhores deste campeonato, mais duas assistências (seriam três mas o árbitro invalidou uma jogada legal) para golo e uma constante sensação de pânico na defesa contrária dizem tudo. Hulk regressou em grande, com uma brilhante exibição pautada pela força, garra, vontade de mostrar serviço (também para Dunga) e acima de tudo a passar a bola, algo que raramente se via no brasileiro durante os primeiros meses da temporada. Só espero que continue assim, pelo menos nos 7/8 jogos que nos restam até terminar a temporada.
(+) Rolando. É raro dar um Baía a este moço, mas hoje mereceu-o. Não só pelo golo que marcou mas também pelo bom jogo que fez, cobrindo bem a área onde aparecia Lima e Yontcha, que raramente tocou na bola durante a partida.
(+) Falcao. Continua a parecer um pouco cansado mas a questão é que voltou a marcar e pareceu entender-se bastante bem com Hulk durante todo o jogo. O homem luta imenso durante o jogo e apesar de hoje ter estado menos apoiado pelos flancos, recebeu bastante apoio de Guarín e Ruben na zona central, o que ajudou a não ficar tão longe do meio-campo. É uma pena que o rapaz já tenha 4 golos anulados no campeonato, já estaria a liderar a tabela de melhores marcadores…

(+) Helton. Depois de vários jogos afastado da equipa voltou em grande com excelentes defesas e a mostrar uma segurança que deixou a malta da defesa sem preocupações. Continua a ser um mal-amado mas sinceramente mantenho-me na minha convicção que é o melhor guarda-redes do plantel e que Beto, apesar de ter qualidade, não consegue destronar Helton quando o brasileiro está de cabeça tranquila e não se põe a inventar muito. Não percebi o comentário negativo que vem no Público, mas enfim, por isso é que tento não ler as crónicas de outros sites antes de escrever a minha…

(+) Guarín. Não fez um grande jogo, parece-me evidente. Mas não inventou muito, o que já é bom; tentou rematar várias vezes, o que não é mau; principalmente equilibrou o meio-campo, dando a força necessária que faltou a Meireles e a Ruben, desgastados na segunda parte. Não saiu e ainda bem, já que estava a ser o melhor médio da equipa. Porra que esta custou escrever.
(+) Tradição. A entrega da coroa de flores a Pepe.

BARONIS

(-) Belenenses. É fraca demais para ficar na Liga Sagres e acaba por ser uma equipa com quem não percebo como empatamos no Dragão e chegamos aos 30 penalties neste mesmo Estádio do Restelo. Fraca a defender, desorganizada no meio-campo e lenta no ataque, apesar dos fogachos de Lima, talvez o único rapaz que se safe naquela equipa, a par de José Pedro, que aos 31 anos ainda pode jogar noutra equipa com bem melhores argumentos. António Conceição não parece ser capaz de dar a volta ao barco e é daquelas equipas que, com todo o respeito para com os adeptos azuis, espero que desça de uma vez e deixe de fazer sofrer quem gosta de futebol. A coroa de flores para o Pepe vai ter de esperar uns anitos até que o clube volte a mostrar que tem valor suficiente para ficar entre os grandes.


Um jogo em que não dou Baronis a jogadores do FC Porto (ou ao seu treinador) é sempre positivo e como já não acontecia há tanto tempo, é sinal que a colheita foi boa. Voltamos a jogar no Dragão no próximo Sábado e temos em perspectiva um Braga vs Guimarães que nos pode trazer ainda mais sorrisos caso o Vitória se lembre de lá ir ganhar. Ah…as saudades de lutar pelo título…

Link:

Rui Costa sobre Bruno Alves

O Bruno perdeu a cabeça a determinada altura. É um jogador muito impulsivo e determinado e que a determinada altura perdeu um pouco a cabeça e cometeu erros que não deve cometer”

“O jogo já passou. Respeito tudo, porque andei dentro de campo e muitas vezes compreendo reacções que de fora do campo não se compreendem. Embora não tenha estado bem, o importante é que nada se passou de mais grave.”

in Público

Pois é, Rui. Nós também compreendemos. Mas não aceitamos.
Bruno, vê lá se no Domingo não te passas da carola. Eu sei que o jogo é em Lisboa e isso traz más memórias recentes, mas atina com a bola e não com os outros rapazes, por favor. Os adeptos agradecem.

Link:

Falcao na World Soccer

Fica um recorte da World Soccer de Fevereiro que conta com uma menção a Radamel Falcao como um dos goleadores em ascensão no futebol mundial.

Apesar de não concordar com o último parágrafo, onde se pode ler que os adeptos do FC Porto já vêem Lisandro como uma memória longínqua, o que não é verdade, o resto do pequeno artigo está no ponto.

Link:

Baías e Baronis – Rio Ave vs FCP








(foto retirada do MaisFutebol)


Num dia em que o futebol jogado dentro das quatro linhas quase ia passando despercebido, tal foi o reboliço com os ex-castigos de Hulk e Sapunaru, o FC Porto deu um passo importante para disputar a final da Taça de Portugal, no Jamor. Com todas as ausências que se conhecem, entramos com força e com uma dinâmica curiosa no meio-campo, fruto de inúmeras jogadas de entendimento de Ruben e Meireles, que mais pareciam irmãos que jogavam juntos desde sempre. Onde estava esse entendimento nas últimas semanas?…Enfim, o jogo foi disputado a um nível muito acima do habitual desta época, com boas jogadas ofensivas, poucas falhas na defesa e um sentimento no final da partida que há muito não tinha: ganhámos bem.

BAÍAS
(+) Ruben. Um golo e duas assistências. Só estas estatísticas comprovam a influência que o madeirense teve hoje na equipa do FC Porto. O golo foi mais que merecido, especialmente por ser o primeiro de azul-e-branco vestido, mas o que mais impressiona no jogo de Ruben é a constante vontade de jogar futebol, de criar jogo ofensivo, de pautar as movimentações dos colegas, arquitectando jogadas de ataque que passam todas pelos seus pés. Excelente a combinar com Meireles hoje, muito melhor que em outros jogos, e pareceu gostar de jogar na táctica que Jesualdo hoje “inventou”.
(+) Meireles. Onde andava este Meireles? Heim? Raúl? Come out, come out, wherever you are! É este o Meireles que nos habituamos a ver, é este espírito, esta entrega, esta garra a jogar que tanta falta nos tem feito este ano. Marcou um golo importante que nos recolocou na vantagem e acima de tudo foi um elemento chave no meio-campo de 4 (por vezes 5) elementos de hoje. Tal como Ruben, pareceu adaptar-se bem ao esquema com um centro de terreno mais povoado.
(+) Fernando. A diferença vê-se nos pequenos detalhes. Onde Tomás Costa desliza, Fernando não mexe. Quando Guarín falha, Fernando acerta. É titularíssimo, só precisava de estar em melhor forma física para aguentar 90 minutos a sério.
(+) Beto. Esteve muito seguro na baliza, sem culpas no tento do Rio Ave. Defendeu vários remates de longe, incluindo um corte traiçoeiro de Álvaro que ia dando em auto-golo, que palmou para canto, lesionando-se no processo. Gostei da confiança.

(+) Jesualdo. Convenhamos que a tarefa era complicada. Sem Hulk, Varela, Rodríguez e Mariano, com Farías no banco para fazer número e mais alguns rapazes bem cansados, Jesualdo era forçado a inventar uma táctica para acomodar os onze que iam entrar em campo. Fê-lo bem, com uma espécie de 4-1-4-1 que foi enchendo o meio-campo e impedindo ataques pelo centro (a não ser pelo ar), basculando os jogadores para as alas quando era preciso. Muito bem a experimentar quando colocou Miguel Lopes no lado direito do ataque para testar alternativas. O plantel é infelizmente curto em qualidade e ele sabe disso, daí entenderem-se os testes em diferentes posições.

BARONIS
(-) Fucile. Notou-se que está com pouca confiança e não é o Fucile que já foi esta época. Precisava de férias mas como ainda tem alguns meses de competição (e depois o Mundial), lá vai ter de engolir os sapos da sua própria consciência e voltar à luta. Continua a ter entradas arriscadas que lhe valem cartões a mais.
(-) Falcao. Não é uma nota negativa pelo esforço, mas sim pela falta de produtividade quase total, para lá da assistência no primeiro golo. Vê-se que está cansado (pudera!) e começa a notar-se ainda mais no campo, quando já não tem forças para lutar como fazia há um mês atrás.

(-) Belluschi. O argentino não engata. Com o toque de bola que tem acaba sempre por tentar fazer mais do que é preciso e raramente consegue criar perigo, perdendo muitas bolas de uma maneira infantil, quase ridícula para um jogador com alguma experiência. Não entrou mal no jogo mas cedo percebi que ia ser o costume, com muitas falhas e pouco sumo.



Um bom resultado, acima de tudo, porque vencer fora é sempre agradável, mas acima de tudo uma boa exibição. Teve os seus altos e baixos mas em nenhuma altura pensei que não conseguíssemos ganhar o jogo. Está tudo pronto para fazermos um jogo tranquilo no Dragão e passarmos à Final!
Link: