Votação: Alternativa a Fernando?


Fernando tem sido um elemento pivotal na nossa equipa, omnipresente em tarefas defensivas, recebendo no entanto algumas críticas à sua capacidade ofensiva. Num momento em que ficou castigado e está actualmente condicionado fisicamente, quem se coloca como melhor alternativa para ocupar a sua vaga? As respostas foram:
  • Prediger: 18%
  • Tomás Costa: 31%
  • Guarín: 0%
  • Raul Meireles: 40%
  • Ir ao mercado: 9%
Admito que votei em Tomás Costa. Prediger vi pouco mas o que vi não foi brilhante, ao passo que Guarín já mostrou durante a época passada que não é tacticamente estável para ocupar a posição 6. Comprar um jogador só para jogar 1 ou 2 jogos por ano parece-me exagerado, e Meireles, apesar de poder ser adaptado, rende mais quando joga na cobertura ao médio mais criativo, seja em 4-3-3 ou em 4-4-2. Restava-me Tomy, que fez até um bom jogo frente ao Paços. Aparentemente a malta não concordou comigo!
Próxima votação: Ruben Micael ou Belluschi a titular?
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O número de Micael


28. É este número que vai envergar nas costas o novo reforço do plantel azul-e-branco. Depois do 14 que ostentava pelo Nacional, optou por não escolher o novo número, que foi rapidamente seleccionado por Pinto da Costa, que escolheu o 28 por dois motivos: é o seu dia de nascimento (do Jorge Nuno, não do Ruben) e igualmente o dia de nascimento do FC Porto.

Numa rápida visita pelos números “28” que já passaram pelos nossos diversos plantéis, temos três nomes que saltam à vista:
  • Mielcarski (1996/1997)
  • Peixe (1997/1998)
  • Quinzinho (1998/1999)
  • Clayton (1999/2000 até 2002/2003)
  • Adriano (2005/2006 até 2007/2008)
  • Cissokho (2008/2009)
Numa pequena curiosidade, todos foram comprados a equipas portuguesas, tendo os dois brasileiros vindo das ilhas (Clayton do Santa Clara e Adriano do mesmo Nacional de onde agora vem Ruben Micael) e Cissokho do Setúbal. Com graus variáveis de sucesso com a nossa camisola, desde a evolução meteórica de Aly às danças do angolano, das entradas assassinas de Peixe ao eclipse de Adriano, das lesões do polaco ao golo de calcanhar de Clayton ao Denizlispor (que juntamente com um golo ao Hertha na Alemanha foram talvez os grandes highlights da sua passagem longa demais pela Invicta), não se pode dizer que seja uma camisola que “pese”. Terá mais influência, concerteza, a fé que os adeptos depositam nele para poder ser um prenúncio de mudança, uma injecção de vida nova numa equipa que anda tristonha.
Bem-vindo, Ruben!
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Baías e Baronis – FCP vs Paços Ferreira


(foto retirada de A Bola)

Foi com o coração partido que cheguei a casa ontem à noite, com a sensação de dever não-cumprido e um sabor a fel na boca que não sairá tão cedo. Ontem uma equipa pequena veio fazer um jogo horrível, defensivo e anti-futebol, e acabou por aproveitar a desinspiração global e a falta de movimentação ofensiva e criativa daquela que seria a equipa mais forte para marcar um golo e arriscar gelar ainda mais a bancada que, nervosa, aguardava algum lampejo de sorte que pudesse alterar os destinos da partida. Diz-se que quando tal acontece, há Futebol. Pois ontem houve Futebol no Dragão. E com Jesualdo, Futebol pode acontecer mais vezes.

BAÍAS
(+) Álvaro Pereira. Continuo a gostar de ver os arranques do uruguaio nas subidas que faz pelo terreno, com bom entendimento com qualquer dos extremos que esteja pela sua frente. É rápido, agressivo, e não merecia a tragédia de ter de recuar para defender dois avançados no golo do Paços. Esteve bem no jogo todo e é dos poucos que mostra inconformismo perante as adversidades.
(+) Fucile. Continua em grande, tanto a defender como a atacar. Está a ser provavelmente o melhor jogador do FC Porto 2009/10, e é um gosto ver o rapaz a subir pelo flanco e a apoiar o ataque. Não merecia ter saído na altura que saiu, em mais uma atitude desagregadora de Jesualdo, a somar a muitas outras que já vimos no passado. A equipa ressentiu-se, apesar do excelente esforço de Mariano para recuar e vir buscar jogo, mas já estava tudo tão nervoso e ansioso que nada se podia fazer.
(+) Tomás Costa. Tinha bastante receio da performance de Tomás Costa neste jogo, com os seus acessos de excessiva agressividade que por vezes vêm ao de cima a poderem ser prejudiciais à equipa, aliados a alguma inexperiência fundamentalmente táctica que Tomy poderia sentir face à maior habituação da equipa a ter um jogador como Fernando a funcionar na zona pendular do meio-campo. Tomás Costa saiu-se bastante bem, com uma ou duas falhas, mas não abusou das entradas assassinas e tapou bem os espaços. Saiu, tal como Fucile, sem merecer.
(+) Um auto-Baía para mim e para o resto dos adeptos. A massa associativa que vai ao Dragão semana-sim, semana-não, já merece ver reflectido o trabalho diário no Olival em termos de fio de jogo, estrutura táctica e entrosamento entre os jogadores. Até agora, nada ou quase nada disto temos visto, e a malta anda-se a aguentar muito bem sem exigir mais e melhor. É verdade que todos reconhecem que há dificuldades com elementos novos e especialmente pela ausência de elementos antigos, mas começa a ser fraco demais para aguentar.
BARONIS
(-) Jesualdo. A forma como retira Tomás Costa para fazer entrar Farías e mudou a estratégia da equipa de um 4-3-3 para um 4-2-4 acaba por não resultar, como aconteceu noutras ocasiões. Não compreendo como é que tendo jogadores não muito altos na área e extremos que só centram em balão, Jesualdo pensa que vai conseguir atingir alguma coisa com esta mudança. Após esta aposta falhada, a loucura. O 3-3-4 Adriaânsico que se viu nos últimos 15 minutos é qualquer coisa de extraordinário. Sai Fucile, entra Guarín, os três defesas, já de si nervosos, ficam ainda mais desagregados e mais dispersos em campo, e toda a gente começou a perceber que bastava o Paços querer marcar e fá-lo-ia sem grandes problemas, o que aconteceu com a naturalidade que se esperava. Era óbvio para um miúdo de 7 anos, era óbvio para toda a gente que a equipa estava tão desorientada que falhava passes consecutivos, tinha medo de perder a bola e então arriscava pouco, fazendo-o sem o mínimo de tino. Esta é mais uma a somar à série de desorientações tácticas em que Jesualdo mete a equipa, e não é justo. Os rapazes já jogam sobre brasas, com níveis de confiança muito em baixo, não precisam de ser pontapeados na nuca desta forma.
(-) Bruno Alves. O que se passou com Bruno Alves ontem é sintomático do que se ia passando com a equipa. Não se compreende que o capitão de equipa se perca em picardias fúteis com tudo o que mexe, acabando por desestabilizar o resto da equipa quando deveria ser o primeiro a dar o exemplo. Espero que o que mostrou ontem tenha sido apenas uma má noite, porque é algo que não pode continuar.
(-) Belluschi. Definitivamente não serve. Sempre que pode fazer qualquer coisa, acaba por estragar. Não aguenta ventos acima de 20 km/h, quando passa fá-lo com força demais e quando remata…exacto, com força a menos. Foi um elemento inútil para o FC Porto e muito útil para o Paços de Ferreira ganhar pontapés de baliza.
(-) É raro falar de arbitragens, mas a de ontem merece comentário. Não pela ausência de amarelo a Bruno Alves pelas picardias, a Danielson pela entrada brutal sobre Belluschi, aos foras-de-jogo mal tirados pelos fiscais-de-linha ou pela anedótica expulsão de Ozéia. Aliás, este Baroni podia ser tanto para Rui Costa como para toda a equipa do Paços de Ferreira, porque tanto um como os outros prestaram serviço ao anti-jogo durante toda a partida. Os jogadores do Paços porque se atiravam para o chão desde os 10 minutos, o árbitro porque os deixava, entrando no joguinho parvo, chamando a maca e o INEM e a Amnistia Internacional sempre que um fulano de amarelo se agarrava ao tornozelo…para se levantar logo de seguida como se nada se passasse. Foi absurdo e levou os adeptos à fúria, tal era a evidência do que se passava.
Esperei até hoje para falar do jogo porque tinha sido muito mau e queria acalmar-me um pouco pa
ra escrever com mais coerência e menos explosividade. Ainda assim, permanece um ponto: temos de reforçar o meio-campo. Li há pouco num rodapé do Telejornal que contratamos o Ruben Micael. Parece-me bem. Alguém tem de fazer mexer aquele meio-campo, mas não chega. É preciso acalmar os jogadores, fazer-lhes ver que tudo depende deles mas só funciona se estiverem confiantes e calmos. Jesualdo está a perder o controlo do barco há várias semanas, e não parece haver forma de o recuperar. Espero para ver.
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