Pinto da Costa em Vizela


“Arranjem gatos fedorentos, macacos fedorentos, camelos fedorentos. Nós não iremos ceder, nem deixar de defender o FC Porto. Já agora, a título de explicação, e porque falei em fedorentos, quis compreender o que é um gato fedorento”. E prosseguiu: “Fui ao dicionário e vou ajudar-vos a compreender os escritos desses senhores . No Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora, na página 701, diz assim: Fedorento – fétido, esquisito, rabujento. Esquisito e rabujento toda a gente sabe o que quer dizer; fétido fiquei na dúvida. Mas, na página 708, diz: Fétido, o que exala mau cheio, podre, pútrido, fedor. Depois fui ver o significado de pútrido à página 1229. Diz: podre, pestilencial, fétido, corrupto, putrefacto. Parei. Fiquei a saber o que são gatos fedorentos. E, assim intitulados, compreende-se que não saibam escrever mais nada, a não ser contra o FC Porto ou o seu presidente”


in “O Jogo”


Pinto da Costa, quando não está a coordenar putedo, é um orador genial.
Link:

Baías e Baronis – Belenenses vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)

Acabei agora mesmo de ver o jogo e ainda estou a sorrir. Para além da vitória, que é sempre boa, assistir a um jogo na TVI é sempre fantástico, com comentários mais distantes da realidade que uma pintura de Dali, constantes trocas de nomes (a maneira como aquela besta do Valdemar Duarte dizia Fussíle em vez do tradicional Futchílé estava-me a fazer uma febre), números e factos, aliados a análises tendenciosas e que me fazem lamentar ter de ver jogos da nossa Selecção naquele canal. Enfim, o jogo acabou por correr bem no fim mas foi fraco, à imagem das prendas que temos vindo a receber da nossa equipa. A auto-demolição táctica da equipa foi novamente aplicada por Jesualdo, e só não resultou em mais golos para o Belenenses porque, convenhamos, tivemos alguma sorte. De qualquer forma, foi um jogo desgarrado, com muito coração e muito pouca cabeça. Notas abaixo:

BAÍAS
(+) Falcao lutou todo o jogo com os centrais, com o(s) trinco(s), com tudo o que via. Foi buscar bolas à linha, prendeu centrais para remates dos médios que quase nunca apareceram e marcou um golo. É um bom jogador e começo a achar que precisa de ter um colega ao lado para efectuar combinações como a que resultou no primeiro golo.
(+) Varela continua a ser dos melhorzinhos da equipa. É rápido e agressivo, ajuda a defender e insiste sempre em arrancar por cima do defesa, característica que aprecio bastante. Para além do mais, é muito pouco comum que um extremo consiga cruzar com os dois pés sem grande diferença entre eles. Se ao menos o homem o fizesse bem, tínhamos jogador para ombrear com Nani ou Simão na Selecção, para jogar no flanco oposto a Ronaldo. Falta-lhe também aprender a ser menos trapalhão, começa a ser prejudicial ao jogo de equipa porque quando não tem espaço para correr acaba por perder a bola em fintas inconsequentes.
(+) Álvaro Pereira, pelo esforço, pelo apoio ao ataque e pelas tentativas de cruzamento. Mas fico com uma vontade enorme de lhe dar um Baroni pela mesma insistência em cruzar (quase) sempre mal, sem sequer olhar para onde raio iria enviar a bola. A quantidade absurda de centros que foram parar à cabeça de jogadores do Restelo é sintomática de muito esforço com pouco discernimento.
(+) Beto, pelas 174 defesas durante a marcação dos penaltis e por nos ter colocado nos quartos-de-final. Pouco mais posso dizer de positivo sobre Beto no jogo de hoje, com culpas óbvias no primeiro golo (onde raio é que ele ia?!) e alguns pontapés mal medidos a colocarem um belo de um ponto de interrogação aos detractores de Helton.
BARONIS
(-) Jesualdo. Um pouco à imagem do que aconteceu no passado sábado contra o Paços de Ferreira, o nosso treinador transmite mais nervosismo à equipa do que ajuda a retirar o que já existe. A forma como jogamos, passivos, lentos, à espera do adversário, sem pressão, sem apoio do meio-campo, está a matar a moral dos adeptos e acredito que a própria confiança dos jogadores. O Belenenses está no último lugar do campeonato e tinha 7 baixas para este jogo. Marcou duas vezes, forçou uma expulsão (limpinha) e lixou-nos a vida, ou pelo menos fez tudo para tentar. Nós? Actualmente somos uma equipa reactiva em vez de activa, de desespero em vez de controlo, de fraquezas em vez de forças. Jesualdo não está a conseguir mudar o rumo de um plantel que parece caminhar para uma depressão profunda, de onde não há Prozac suficiente para nos safar. A forma como novamente opta por retirar Fucile e fazer entrar Guarín, com a equipa a jogar em 3-3-4 (ou 3-2-5, ou 3-6-1, como quiserem), só consegue perigar a nossa baliza em função de contra-ataques rápidos do adversário, aos quais ficamos incapazes de reagir, tal é a lentidão e descoordenação das peças centrais da nossa defesa. É frustrante ver o FC Porto jogar.
(-) Bruno Alves e Rolando tiveram (mais) um jogo horrível. Bruno esteve mal na marcação e a forma como está a defender “à Sapunaru”, dando muito espaço ao avançado que lhe aparece pela frente, leva a golos como o segundo do Belenenses. Rolando por sua vez continua sem saber muito bem o que fazer quando é obrigado a sair nas dobras, tendo culpas também no primeiro golo, tão lento que foi a cobrir a subida de Fucile. Falhas após falhas, de ambos.
(-) Meireles continua a jogar num nível que não se lhe reconhece. A forma como no ano passado conseguia romper as defesas com passes bem medidos parece ter desaparecido, porque quando vejo o tatoo-fucking-master a levantar os corninhos para fazer um passe longo…é melhor a equipa recuar, porque o guarda-redes deles ou vai pontapear ou organizar o ataque com calma, mas a bola, essa fica do lado contrário.
(-) Acredito que estavam cansados, depois de um 120 minutos a correr e particularmente depois de recuperarem duas vezes de situações de desvantagem. Mas que diabos, uma equipa que está em várias competições a eliminar e que já tem um historial de falhas técnicas em situações de bolas paradas…não pode falhar a quantidade de penaltis absurda que falhou ontem. Para não falar da quantidade de lançamentos do Álvaro que foram para a terra de ninguém, os cantos que não resultaram minimamente em perigo, ou os cruzamentos para as cabeças do Devic ou do Gabriel Gomez. Tecnicamente, como disse, estamos ao nível do Salgueiros.
Mais um jogo sofrível com um resultado positivo. Já tivemos muitos destes durante a presente época, mas nenhum com as características épicas do de ontem em Belém. Não gosto muito de jogos que se decidem em penaltis, mas a provação
que os jogadores ontem passaram pode servir como estímulo para o resto da temporada. Ou então é só um desabafo de um adepto que já viu jogos a mais este ano com estas características: FC Porto entra mal, sofre golo, recupera e acaba por empatar. Portista sofre, meus amigos…
Link:

Reforço?!

No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora está a seguinte entrada:
reforço
s.m.

1. acto ou efeito de reforçar
2. aquilo que serve para dar mais força, solidez, intensidade, resistência.
Conseguem aplicar algum dos conceitos que vemos a Farías? Pois, bem me parecia…
Percebo o sentido figurativo de “reforço” como em “não vem de fora, já cá está mas vai ajudar mais a partir de agora”, como é lógico. Mas para considerar Farías como um reforço reforço é preciso já ter baixado os braços. Ou isso ou o rapaz andou-nos enganar a todos durante dois anos.
Link:

Votação: Alternativa a Fernando?


Fernando tem sido um elemento pivotal na nossa equipa, omnipresente em tarefas defensivas, recebendo no entanto algumas críticas à sua capacidade ofensiva. Num momento em que ficou castigado e está actualmente condicionado fisicamente, quem se coloca como melhor alternativa para ocupar a sua vaga? As respostas foram:
  • Prediger: 18%
  • Tomás Costa: 31%
  • Guarín: 0%
  • Raul Meireles: 40%
  • Ir ao mercado: 9%
Admito que votei em Tomás Costa. Prediger vi pouco mas o que vi não foi brilhante, ao passo que Guarín já mostrou durante a época passada que não é tacticamente estável para ocupar a posição 6. Comprar um jogador só para jogar 1 ou 2 jogos por ano parece-me exagerado, e Meireles, apesar de poder ser adaptado, rende mais quando joga na cobertura ao médio mais criativo, seja em 4-3-3 ou em 4-4-2. Restava-me Tomy, que fez até um bom jogo frente ao Paços. Aparentemente a malta não concordou comigo!
Próxima votação: Ruben Micael ou Belluschi a titular?
Link:

O número de Micael


28. É este número que vai envergar nas costas o novo reforço do plantel azul-e-branco. Depois do 14 que ostentava pelo Nacional, optou por não escolher o novo número, que foi rapidamente seleccionado por Pinto da Costa, que escolheu o 28 por dois motivos: é o seu dia de nascimento (do Jorge Nuno, não do Ruben) e igualmente o dia de nascimento do FC Porto.

Numa rápida visita pelos números “28” que já passaram pelos nossos diversos plantéis, temos três nomes que saltam à vista:
  • Mielcarski (1996/1997)
  • Peixe (1997/1998)
  • Quinzinho (1998/1999)
  • Clayton (1999/2000 até 2002/2003)
  • Adriano (2005/2006 até 2007/2008)
  • Cissokho (2008/2009)
Numa pequena curiosidade, todos foram comprados a equipas portuguesas, tendo os dois brasileiros vindo das ilhas (Clayton do Santa Clara e Adriano do mesmo Nacional de onde agora vem Ruben Micael) e Cissokho do Setúbal. Com graus variáveis de sucesso com a nossa camisola, desde a evolução meteórica de Aly às danças do angolano, das entradas assassinas de Peixe ao eclipse de Adriano, das lesões do polaco ao golo de calcanhar de Clayton ao Denizlispor (que juntamente com um golo ao Hertha na Alemanha foram talvez os grandes highlights da sua passagem longa demais pela Invicta), não se pode dizer que seja uma camisola que “pese”. Terá mais influência, concerteza, a fé que os adeptos depositam nele para poder ser um prenúncio de mudança, uma injecção de vida nova numa equipa que anda tristonha.
Bem-vindo, Ruben!
Link: