Defesa

Golos sofridos a meio do campeonato 2009/10…13
Golos sofridos em todo o campeonato 2007/08…13.
O sector defensivo, baluarte do FC Porto desde que me conheço, está a fraquejar. E uma equipa que não sabe defender raramente consegue ganhar campeonatos.
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Votação: Jogador dos sub-19 a promover?



Jesualdo tem vindo a experimentar alguns jogadores da nossa “cauntera” (à Porto, carago) nas competições menores do nosso calendário, e há já sectores da massa associativa a reclamar mais utilização destes putos noutras andanças mais importantes. Depois de vermos estes miúdos a jogar, fiquei curioso quanto às preferências da malta, daí o inquérito: Quem merece uma hipótese no plantel? As respostas foram:
  • Yero: 5%
  • Sérgio Oliveira: 90%
  • Abdoulaye: 0%
  • Alex: 5%
  • Dias: 0%
Não comento porque não vi nenhum deles ao vivo. Do que vi pela têvê, Sérgio Oliveira pareceu mostrar potencial e não pode ser pior que Tomás Costa ou Prediger. Já Yero faz lembrar uma mistura de Vinha e Quinzinho, com uma pitada de Lee Stringfellow. São novos e têm muito por onde evoluir, mas continuo a acreditar que há talento nestes rapazes, bem como em alguns dos que temos emprestados por esse mundo fora com Castro e Diogo Viana à cabeça.
Próxima votação: Alternativa a Fernando?
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Baías e Baronis – FCP vs Leiria


(foto retirada de fcporto.pt)

A noite estava fria e a chuva, ligeira mas constante, caía sobre as nossas cabeças como um prenúncio de soturnidade que não assentava bem no espírito Natalício que acabava de expirar. Eis senão quando, do meio de nada, numa altura em que as almas já repousavam em descanso depois de um fim-de-semana retemperador, ainda que frio, aparece um jogo que, nada fazendo prever, acabou por se transformar num quasi-épico para terminar em grande a primeira volta deste nosso campeonato da bola. Foi, como tem sido infelizmente habitual este ano, um jogo de parvoíces. Siga para notas:

BAÍAS
(+) Varela, mais uma vez. Num deserto de ideias e capacidade criativa para um ataque minimamente condizente com os nossos pergaminhos, temos em Varela o único fogacho ciente do papel que ocupa e da vontade que tem de mostrar serviço e de produzir qualquer coisa mais que uma corrida pela linha e um cruzamento para a bancada. Este ano tem sido um dos poucos elementos que consegue ostentar a camisola que tem ao corpo com algum orgulho pelo trabalho realizado. Merece.
(+) Álvaro Pereira. Depois de várias experiências falhadas e uma semi-acertada (tendo em conta o pouco tempo que cá passou, Cissokho foi melhor que todos os outros juntos), o uruguaio está de pedra, cal e cimento no lugar. Tal como Varela não é genial mas acaba por ser um elemento sempre muito interventivo nas manobras ofensivas da equipa, apoiando o flanco e regressando para a defesa a alta velocidade. É jeitoso e pode vir a ser um excelente investimento, basta aprender a centrar uma bola em condições.
(+) Falcao. Não nos iludamos, o colombiano não é Lisandro nem Jardel. É um meio termo, com o oportunismo do brasileiro e a luta do argentino, pecando apenas pela lentidão que não consegue sacudir, mas que pode ainda ser trabalhada para pior. Ou seja, para ser menos lento. Domina bem a bola no meio dos centrais e abre bem para os extremos/interiores que o acaompanham no ataque. Marcou dois golos, já vai em 10 no campeonato e é uma das figuras da equipa, pelo menos até vir outro ponta-de-lança ou até Orlando Sá mostrar o porquê da sua contratação ao Braga, já que não vejo Farías a tirar-lhe o lugar.
(+) Helton. Que o rapaz era capaz do melhor e do pior, todos os portistas o sabiam. Agora que conseguia ir das profundezas de um inferno dantesco até às portas celestiais no decorrer de um único jogo, já ninguém esperava. Defender um penalty é sempre bom. Aos 92 minutos, ainda melhor. Quando o resultado está 2-2, upa upa. E depois de sofrer um frango enorme (ver Baroni abaixo), conseguir recuperar mentalmente de forma a ter a presença de espírito para marcar a diferença, é obra. Safou-se de boa.
BARONIS
(-) Há uma intensa previsibilidade no jogo criativo da nossa equipa que assusta os adeptos. Todo o estádio já viu as subidas de Álvaro sem ninguém pela frente, atrasando para Rodríguez que tenta fintar um ou dois, deixando para Meireles quando invariavelmente não passa pelos oponentes, ao passo que Meireles vai rodar quase sempre para Fernando ou Bruno Alves, que passa para o lateral direito…e recomeça o ciclo no flanco contrário, com os mesmos trejeitos e infelizes decisões, só mudando os nomes nas camisolas. É tudo muito “pastoso”, lento, arrastado e previsível. As equipas que aparecem para jogar no Dragão já conhecem o estilo há que tempos e já sabem a melhor maneira para o contrariar. Resta-nos sempre um ou dois ressaltos na área e uma ou outra arrancada do Varela. E pouco mais temos.
(-) Outra coisa que tenho reparado acaba por ser a contínua estagnação (peço desculpa pela redundância semântica) da qualidade de jogo da equipa. Semana após semana vemos os mesmos jogadores tristes, sem grande motivação, com algum empenho mas pouca concentração, com medo do adversário, seja ele quem fôr, e uma gritante incapacidade de controlar um jogo que não pode fugir do seu alcance. Ontem veio ao Dragão uma equipa que está e estará no máximo a meio da tabela no final do campeonato. Marcou dois golos porque fez dois remates (pronto, um, o primeiro não conta) e ainda teve mais algumas semi-oportunidades. Cada um dos golos surge depois de nos colocarmos em vantagem e não a conseguirmos segurar. Chegou ao ponto em que qualquer equipa pode dar cá um salto e sacar uns pontinhos, seja ela o Benfica ou o Olhanense. Estamos a transmitir um espírito de equipa pequena.
(-) Fernando esteve mais uma vez mal. É frustrante olhar para o campo e ver que um dos melhores jogadores da equipa tem por vezes algumas atitudes infantis que o colocam no lote dos demais quando claramente tem qualidade para estar no topo. A forma como nos últimos jogos tem vindo a reclamar de TODAS as bolas em que o árbitro lhe aponta uma falta é sintomática da instabilidade competitiva que a equipa atravessa desde Agosto. Terá de crescer ainda um pouco mais.
(-) Helton. “É sempre a mesma merda, põe as putas das mãos em frente à bola e espera que ela pare!“, dizia um colega da Porta19 ontem após o primeiro golo dos visitantes. Com as devidas desculpas pelo vernáculo algo exagerado, mas a frase faz todo o sentido. Helton que este ano até estava bem mais estável que em tempos idos, acaba sempre por trazer ao de cima o excesso de confiança com que entra em campo, tal como aconteceu, apesar de menos exuberantemente, em Braga. Safou-se de boa, como disse acima, ao defender o penalty, mas a imagem do rapaz vestido de laranja, com as mãos perpendiculares ao relvado e a bola a passar-lhe por cima…fica na memória.
Começa a s
er entediante escrever quase sempre a mesma coisa, mas cá vai: foi pouco, mas chegou. No final de uma primeira volta bem abaixo do que os adeptos desejam, fica a sensação que não há muito mais a fazer para melhorar as exibições que temos visto. 4 pontos de diferença são perfeitamente recuperáveis e podemos chegar ao final da Liga em primeiro lugar! Mas se me perguntarem se estamos a fazer o suficiente para isso acontecer…
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Baías e Baronis – FCP vs Leixões


(foto retirada do MaisFutebol)

Optei por não ir ver o jogo ao vivo, ainda que a entrada fosse gratuita para detentores de Dragon Seat, que possuo e ostento com gosto. Um jogo a uma terça-feira à noite, a contar para a Taça da Liga, contra o Leixões…não, obrigado. Jogos para taças nacionais só a partir das meias-finais ou contra Benfica ou Sporting. Sem ser isso não contem comigo. Acabei por ver o jogo via SIC, sem som, como qualquer portista deve fazer. Vamos a notas, tão curtas quanto a qualidade do jogo que vi:

BAÍAS
(+) Varela, porque é simples, prático, rápido, agressivo e marca golos. Sou habitualmente exigente em relação aos jogadores do FC Porto, e Varela está a marcar pontos na minha consideração, apesar do pouco que ela possa valer. Está motivado, está em boa forma e tem de ser titular, aposto que deve estar secretamente agradecido por Hulk ter sido suspenso, porque assim torna-se mais complicado para Jesualdo lhe lixar a vida.
(+) Álvaro Pereira continua a mostrar ser uma acertada contratação. Depois de vários anos sem um defesa-esquerdo em condições, eis que apareceu o messias chamado Cissokho, que depois de vendido por 15 milhões de euros acaba por deixar a vaga em aberto mais uma vez. Álvaro está a fazer uma boa época, mostrando raça, agressividade e velocidade no flanco, faltando-lhe apenas começar a acertar mais com os cruzamentos, talvez a sua grande falha até ao momento. É titularíssimo e não prevejo alteração no seu estado.
(+) Orlando Sá, apesar de ainda não ter marcado, mostra serviço. É mais lento que Falcao e menos oportunista que Farías, mas é grande, forte e parece ter vontade de jogar (pudera, ao fim de 7 meses no estaleiro quem não teria…) e marcar. Trabalhou que se fartou e só não marcou por azar. Gostei do empenho.
BARONIS
(-) Falta de elasticidade táctica. Há qualquer coisa que se passa para Jesualdo não conseguir transmitir a mensagem de adaptabilidade do esquema de três médios para os seus jogadores, e temo que o tempo esteja a escassear para poder haver algo de diferente para melhor nesta organização da equipa dentro de campo. Hoje, apesar da óbvia falta de entrosamento entre os homens do centro, notou-se alguma falta de mobilidade, particularmente para as alas, e uma gritante lentidão na criação de jogadas ofensivas que não passassem por Varela.
(-) Mariano. Parafraseando Lewis Black, o argentino transformou-se numa punchline. Nem é preciso dizer mais nada. Se estiverem numa situação em que vos apeteça dizer qualquer coisa cómica, basta dizerem “Mariano González” e tiram logo um ou dois sorrisos. É muito muito mau.
(-) Maicon é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito leeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeento…em demasia para uma equipa como a nossa, que já não tem jogadores muito rápidos no centro do terreno. Ou ganha ritmo e velocidade ou não pode ser opção.
(-) Substituições. Continuo a não entender muito bem a mente do nosso treinador no que diz respeito a substituições. É algo que tem sido questionado desde que Jesualdo chegou ao FC Porto, e é um caso que merece ser estudado. Se Guarín até deu alguma chama ao meio do terreno e Sérgio Oliveira conseguiu ganhar alguns minutos (que acabou por acalmar os adeptos porque mostrou muito pouco), a entrada de Rodríguez roça o absurdo. E quase que ia para a rua porque entrou e começou a entreter-se com picardias ridículas com os adversários. Palavra que por vezes não entendo o que se passa com estes meninos…
(-) Esta Taça da Liga consegue despertar em mim ainda menos interesse que a Taça de Portugal, o que não é fácil. É uma competição para encher um calendário que já de si está cheio e que se devia processar por sorteio até à final. Quem lá fosse, porreiro, podia sacar um caneco. Os outros aposto que não ficavam muito preocupados…
Tal como no passado sábado, foi pouco mas chegou. Numa competição que não interessa a quase ninguém, marcamos os primeiros pontos numa exibição fraquinha e que serviu para dar alguns minutos e deixar os adeptos ainda mais receosos dos eventuais castigos a alguns jogadores do plantel envolvidos no túnel da Luz. Enfim, que regressem os jogos a sério!
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