Agora…

Mais umas declarações extraordinárias de Platini, a ler aqui.

Não haja dúvida, se há uma equipa a jogar de azul e branco que é batoteira hoje em dia…não é o FC Porto…dou-te uma dica, Michel, começa por F e acaba no feminino da palavra do que tu tens em vez de miolos. Já lá chegaste. Trés bien.

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Votação: Culpa da adaptação lenta de Prediger?


Prediger arrisca-se a ser o novo Bolatti, desta vez jogando ainda menos que o compatriota louro. É mais um dos exemplos paradigmáticos que o FC Porto insiste em gastar dinheiro para depois não o colocar em campo, deixando os adeptos sem saber muito bem o que raio é que se viu no homem para compensar a compra do passe. As opiniões focam-se exactamente neste ponto:
  • Boa forma de Fernando: 21%
  • É um Bolatti versão 2009: 15%
  • Não sei, nunca o vi jogar: 63%
Mais uma vez a malta vai de encontro à minha opinião pessoal. Se eu comprar uma televisão excelente mas nunca a ligar, como é que vou saber se valeu a pena estar nas filas da Media Markt (PUB)? Quero ver mais de Prediger, seja para rodar plantel ou noutras competições, mas aparentemente só o vou ver a jogar na Liga BBVA
Próxima votação: Conseguimos ganhar na Luz?
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Baías e Baronis – Atlético vs FCP


(foto retirada d’A Mística Azul e Branca)

Era suposto ser um jogo que não traria nada de muito positivo, salvo a potencial enxurrada de dinheiro que nos encheria os bolsos (se me oferecerem 800 mil euros acreditem que não digo para irem pregar a outro burgo) e eventuais lesões nos principais jogadores. Acabou por haver uma lesão, um cheque gordinho da UEFA e uma exibição que, apesar de mais calminha na segunda-parte e a roçar a sonolência tal foi (novamente) a enormidade de falhas técnicas, acaba por ser provavelmente a melhor exibição do FC Porto esta época. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Bruno Alves. É raro dar Baías a Bruno Alves especialmente porque na minha opinião não se tem destacado tanto quanto as pessoas têm vindo a gritar e acho que ainda tem alguma coisa a evoluir (don’t we all?), mas o jogo do nosso capitão roçou a perfeição. A somar ao golo fabuloso que marcou, aparecendo pouco menos que a voar no centro da área do Atlético e colocando a bola num local inatingível para o sobrevalorizado Asenjo, esteve num nível soberbo durante todo o jogo, cortando tudo que havia para cortar e mandando de facto na defesa, tanto com Maicon como com Sapunaru ao lado. Excelente.
(+) Mais uma vez, Fucile. Depois do jogo menos bom, a facilitar como antigamente em Guimarães, voltou em grande. O pouco que Simão tentou fazer foi claramente eclipsado pelo uruguaio, que esteve brilhante a defender e a atacar, tendo inclusive dado origem ao lance do segundo golo, com um remate que mais uma vez o guarda-redes do Atlético defende para a frente e Falcao faz render como uma adolescente com filmes sobre jovens vampiros. Este Fucile não fica cá muito tempo, se bem que atrás de um grande Fucile acaba por revelar sempre o Fucile mais permissivo na jornada seguinte. Espero estar enganado.
(+) Os índices de pressão alta estão a subir. Durante toda a 2ª parte estivemos em cima do Atlético, abrindo um pouco de espaço no meio-campo mas ainda assim conseguindo impedir desenvolvimentos minimamente perigosos para a nossa baliza. Só me lembro dos espanhóis conseguirem criar perigo com lances pelo ar, o que diz muito da capacidade de organização e estrutura da equipa, bem mais madura e inteligente que aqui há umas semanas.
(+) Helton esteve excelente nos primeiros minutos da partida, impedindo a rápida recuperação do Atlético com boas defesas e uma segurança geral que se estendeu à equipa. Está de volta e está em grande, Beto terá que aguentar o banco porque o brasileiro não parece querer sair do onze.
(+) Guarín continua a surpreender-me pela simplicidade de processos e pelo forte remate. Se o gajo começa a acertar na baliza (“se”, não “quando”, que o homem não me surpreendeu ainda o suficiente para pensar que tem futuro) vai ser ainda mais útil.
BARONIS
(-) Pensei em dar um Baía a Hulk mas quando vejo a produção do brasileiro, golo/míssil aparte, verifico que quase nada fez de produtivo durante o resto do jogo. Continua com pouca inspiração e ainda menos transpiração, não ajuda na defesa e deixa-me com uma febre imensa quando vejo o gajo a perder bolas absurdas. Sei que é um jogador de decisões rápidas e que não se pode exigir que venha à defesa de 5 em 5 minutos, mas para quem teve Lisandro na ala agora ver este rapaz…ainda lhe falta um bocado para ser o jogador de classe mundial que todos queremos que seja.
(-) Rodríguez continua em baixa, apesar do bom jogo em Guimarães. Ontem correu muito mas fez pouco e acaba por ser a imagem de marca do uruguaio. Tem de ser mais eficaz, mais prático e mais interventivo nos lances.
(-) O Atlético é uma equipa fraca demais para ser credível. Com Maxi Rodríguez, Aguero, Forlán, Simão e mais alguns nomes grandes, jogar em futebol directo como se viu na segunda parte é absurdo. Devia ter ficado de fora da Liga Europa mas o Chelsea não deu o jeitinho.
(-) Tal como em Guimarães, a gestão de jogo em termos portistas acaba por se traduzir num recuo demasiado no terreno, com brechas a serem abertas que caso a equipa contrária tenha um mínimo de bom senso, pode aproveitar.
Deu para experimentar Valeri (ainda sem grande influência mas deu para ver que é mais Lucho que Belluschi, e Jesualdo pode aproveitar se o colocar mais vezes em campo), dar experiência a Maicon (e uma lesão) e um boost de moral que pode ser muito importante para as duas jornadas até ao final do ano. E agora sim, Champions’ só em Fevereiro!
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Baías e Baronis – Guimarães vs FCP


(foto retirada d’A Bola)

Depois do sorteio do Mundial, encarei este jogo com algum nervosismo. Ia ser uma partida muito complicada, na terra da equipa que está nos nossos corações como uma cambada de apunhaladores pelas costas e que nos tenta sempre lixar a vida. Acaba por ser um jogo em que entramos bem, sofremos um bocado no meio mas vencemos com toda a justiça. A notas:

BAÍAS
(+) Varela. A excelente entrada em campo deve-se em grande parte ao nosso número 17. Arrancadas com vigor, rápido e agressivo, sempre a dar o litro e a lutar bastante. É este tipo de jogadores que o público gosta de ver, particularmente em fases menos boas como a que a equipa está (estava?) a atravessar. É titular de caras.
(+) Os níveis de empenho e agressividade, principalmente na primeira meia-hora do jogo, estiveram sublimes. É este Porto que queremos ver em campo, um que não vira a cara à luta, leal ou desleal, que se apresenta perante os jogadores. Fernando e Meireles a meter o pé, Belluschi a recuperar bolas, o ataque pressionante e a garra portista a vir ao de cima. Vulgarizámos uma equipa que ataca bem e que não o conseguiu fazer porque lhes cortamos o fundamental: a bola.
(+) Falcao já merecia um golinho. Depois de uma bola na trave e de uma defesa quase impossível de Nilson, o colombiano desembaraçou-se do defesa que o marcava no livre e apareceu no sítio certo no segundo exacto. É isto que um avançado deve fazer e Falcao, por já não marcar há umas jornadas, nunca deixou de tentar. Ontem correu bem e pode trazer mais motivação ao rapaz.
(+) Belluschi esteve no melhor e no pior da equipa, mas merece um Baía pela primeira parte (até à perda de bola que deu no livre que deu no golo (ufa!). Muito mais activo, graças à fraca marcação do meio-campo do Vitória, esteve na recuperação de bola para o golo de Varela e fez um remate estupendo de primeira para boa defesa de Nilson. Parece mais vivo, mais desperto para o jogo e a equipa só tem a ganhar com isso.
(+) Cebola está de volta. Aquela carraça que não pára durante o jogo voltou em Guimarães, parecendo mais magro e mais disposto a correr. Continua a ser pouco eficaz no que produz, com poucos cruzamentos e poucos remates, mas o golo que marcou, apesar de ter sido bastante consentido, acaba por premiar um bom jogo e um regresso do Rodríguez que precisamos. A questão é se foi para ficar ou se vamos ter o uruguaio gordinho para a semana.
BARONIS
(-) Hulk está claramente a justificar o porquê de Jesualdo o colocar no banco. Não é mais-valia, perde-se em fintas inócuas e não apresenta (quase) nada de positivo para conseguir voltar à titularidade. Continuo a achar que não vai ser convocado para o Brasil em condições normais, então a jogar assim bem vai ver o Mundial pelo proverbial canudo.
(-) Não gostei de Fucile. Foi o espelho do que tem sido, com muitas falhas, demasiado facilitismo e algum desinteresse pelo apoio ao extremo. Espero que tenha sido apenas um mau jogo, porque a equipa precisa dele e o uruguaio acaba por ser uma espécie de pêndulo da equipa, o que neste jogo se aplicou exactamente ao contrário.
(-) Rolando continua em mau momento de forma. Muito hesitante e com pouca segurança no que faz, está a pôr em causa o (quase sempre) bom trabalho do companheiro. Tem de se acalmar e de jogar com mais tranquilidade e cabe ao treinador fazê-lo ver isso.
(-) Apesar de compreensível, o abaixamento de ritmo no início da segunda parte podia-nos ter custado o jogo, não fosse Helton estar atento e os de branco estarem perdulários. Fernando e Meireles tinham já visto amarelos (o de Fernando desculpa-se, o de Meireles não) e notou-se que a subida do Guimarães, moralizados pelo golo, mexeu com a estrutura táctica da equipa, que pressionava menos e permitia muito espaço para Nuno Assis, bem, romper por ali fora como um sabre em brasa a cortar margarina. Não podemos continuar a ter momentos de relaxamento deste género, pois se o Vitória não aproveitou…vem aí o Benfica e esses já se sabe que pressionam o jogo todo.
(-) Um Baroni para Nuno Assis. É um insurrectozinho talentoso que enquanto está em campo faz tudo o que quer aos adversários quando tem a bola…e quando não a tem. Com a bola nos pés é rápido, passa bem e cria perigo. Sem ela é um cotovelador e um brutinho que parece ter um lobby de influência sobre os árbitros ao nível do David Luíz, acertando em tudo o que mexe e caindo como uma flor delicada quando o vento sussura perto do seu ouvido. Yuck.
Um bom jogo, bem disputado e com um resultado que é excelente para moralizar a equipa. Espero que Jesualdo convoque o Yero e o Sérgio Oliveira e o resto dos sub-19 para jogar em Madrid, para que a equipa descanse para jogar no Domingo frente ao Setúbal. Vem aí o Benfica e esse sim vai ser um jogo de extraordinária intensidade, por todos os motivos conhecidos. Parecemos estar em crescendo de forma, com mais garra e mais entusiasmo. Palavra de honra que espero não engolir as palavras, mas parece que foi desta que arrancamos para a época…
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