Não ponham mais pressão no rapaz, carago!


2. É este número que vai envergar nas costas o novo reforço do plantel azul-e-branco. Depois do 22 que ostentava pelo Santos, Danilo escolheu (ou foi escolhido para ele) o número mais importante de todas as camisolas do FC Porto, o eterno dois, o nosso equivalente ao 23 dos Chicago Bulls, o 5 dos New York Yankees ou o 99 de todas as equipas da NHL. Aquele que tanto me fez rir quando um dia perguntaram a Pinto da Costa quem era o número dois do FC Porto, com o intuito de falar do seu sucessor e/ou coadjuvante principal, e o nosso Presidente, ao seu estilo, respondeu: “É o João Pinto!”. Clássico.

Numa rápida visita pelos números “2” que já passaram pelos nossos diversos plantéis desde que há numeração fixa, temos três nomes que saltam à vista:
  • João Pinto (1995/1996 a 1996/1997)
  • Jorge Costa (1997/1998 a 2005/2006)
  • Ricardo Costa (2006/2007)
  • Bruno Alves (2007/2008 a 2009/2010)
O rapaz já percebeu, pela entrevista dada ao site oficial, que a camisola tem algum peso, mas estou certo que nem a vai notar. Nós, na bancada, é que vamos estranhar ver um número dois…estrangeiro. Nada contra, mas que vai ser estranho, lá isso vai.
Bem-vindo, Danilo!
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Ui, partiu-lhe as pernas!

Onde estão os gajos duros da bola? No actual plantel do FC Porto não consigo vislumbrar um único jogador que me meta medo se fosse jogar contra ele. Sempre tivemos uma tradição de alinhar pelo menos com um ou dois gajos que assustam só de olhar para eles, como um Fernando Couto, um Jorge Costa ou um Paulinho Santos nos anos 90 e o Costinha ou o Bruno Alves (menos que os outros, já que este era mais bruto porque saltava muito mais que os outros. Não era nenhum menino mas não se comparava aos primeiros da lista, por muito que a imprensa e os adeptos adversários adorem dizer que sim e abanem todos com a cabecinha). O FC Porto que joga no futebol moderno, está cheio de gajos como o Materazzi, o Essien ou o Witsel (sim, porque o rapaz para além de saber jogar, sabe acertar e bem), parece ter abdicado deste tipo de jogadores em função de homens mais colectivos, mais pontualmente agressivos em vez de passarem o jogo todo a pensar na melhor forma de romper os gémeos do qualquer infeliz que se atravesse à sua frente. É verdade que qualquer equipa deve ter pelo menos um elemento que faz tremer o mais virtuoso dos avançados quando pensa no que será um simples treino confrontado com o que só pode ser visto como pura e inconfundível maldade. Hoje em dia, não o temos. E não vale a pena falar de algumas entradas rijas do Fernando ou do jogo de braços do Guarín, porque nenhum deles é um Roy Keane ou um Vinnie Jones. Nem perto.

É verdade que se torna um risco enorme ter um jogador deste calibre no onze, pela fácil constatação que esse mesmo onze se pode transformar num dez numa questão de segundos. Mas gajos como Souness, Gentile, Stiles, Montero ou Goikoetchea (“O carniceiro de Bilbau” não é uma alcunha derivada, estranhamente, do talento para desmanchar carnes verdes) foram vitais na ascensão das suas equipas ao zénite do futebol europeu noutros tempos. Hoje em dia é quase impensável assumir que há a necessidade de manter uma besta deste nível numa equipa de profissionais, mas admito com as bochechas ruborizadas que sinto algumas saudades de ver o medo nos olhos do jogador adversário que se vê envolvido numa entrada dividida contra o Paulinho Santos e que o faz pensar numa fracção de segundo em telefonar à seguradora e mandar uma carta aos pais a dizer que se calhar já não volta.

Gostava de rever algum tipo de jogador à imagem do que Bill Shankly, esse eminente poço de citações futebolísticas, disse uma vez de Tommy Smith, defesa do Liverpool nos anos 60/70: “Tommy Smith wasn’t born; he was quarried.”, que se traduz toscamente para qualquer coisa como: “Tommy Smith não nasceu: foi extraído de uma pedreira.”. E acho que não estava a falar do estádio do Braga.

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Pseudo-twitadas sobre o sorteio

FC PORTO
Shakhtar Donetsk
Zenit St.Petersburg
APOEL

  • Podia ter sido pior, como mencionei no post pré-sorteio. Não foi mau, mas também não foi muito bom. O grupo A (se em vez do Bayern fôssemos nós com Villarreal, Manchester City e Nápoles) era muito mais tramado mas o H (tirem o Barcelona e ponham-nos contra Milan, BATE e Plzen) era mais fácil.
  • O normal nestas coisas costuma ser estarmos no pote 2, apanharmos um tubarão do caraças vindo do pote 1, uma equipa razoável saída do pote 3 que está ao nosso alcance se jogarmos benzinho e um saco de pancada no pote 4. Tem sido assim desde o início dos tempos, aleluia aleluia. Desta vez ficamos no pote 1 (oh glória fugidia) e apanhamos duas equipas equivalentes às antigas do pote 3 e outra que em princípio será mais fraquita. O problema é que não podemos pensar: “oh, contra os grandalhões já não temos grande hipótese, mas temos mesmo de ganhar aos outros para ficarmos em segundo. Este ano temos de fazer isso…duas vezes.
  • Em Outubro e início de Novembro, o calendário inclui os jogos “fáceis” contra o APOEL, depois de viagens pelas selecções para meia equipa, somando mais umas jornadas de campeonato. É duro, mas as equipas que querem ser campeãs têm de apanhar com estes calendários e este não é diferente de outros anos.
  • Estou em dúvida para saber se o Bruno Alves vai ser recebido no Dragão com assobios ou aplausos. Inclino-me para os aplausos…até ao primeiro salto por cima do nosso ponta-de-lança.
  • Ir à Rússia em final de Setembro é simpático. Ir à Ucrânia em final de Novembro nem por isso.

Enough. Venha o Barça.

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Equipa do ano 2010

Onze do ano de jogadores que alinharam pelo FC Porto no ano de 2010:

GR: Helton
DD: Fucile (3º no Mundial 2010)
DC: Maicon
DC: Rolando
DE: Álvaro Pereira (3º no Mundial 2010)
MD: Fernando
MC: Belluschi
MC: João Moutinho
AV: Varela
AV: Hulk
PL: Falcao

Jogador do ano: Falcao

Onze do ano 2010 de ex-Portistas ainda no activo, escolhido por mim:

GR: Hilário (Campeão de Inglaterra + primeira internacionalização por Portugal)
DD: Paulo Ferreira (Campeão de Inglaterra)
DC: Bruno Alves (Transferência por 22M€ para o Zenit + Campeão da Rússia)
DC: Ricardo Carvalho (Campeão de Inglaterra + Transferência por 9M€ para o Real Madrid)
DE: Aly Cissokho (Transferência por 15M€ para o Lyon + Primeira internacionalização pela França)
MD: Paulo Assunção (Vencedor da Europa League)
MC: Raul Meireles (Transferência por 13M€ para o Liverpool)
MC: Lucho González (Campeão de França pelo Marselha)
AV: Alan (2º lugar com o Braga na Liga Sagres)
AV: Ricardo Quaresma (Vencedor da Champions League + Campeão de Itália + Transferência por 7,5M€ para o Besiktas)
PL: Lisandro Lopez (3º melhor marcador em França + Jogador do ano para a UNFP)

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(Não muito) Sereno

foto retirada do blog “O Vimaranês

Sereno, um nome que diz quase tudo

Opção interessante para o eixo da defesa. Faz jus ao nome que ostenta, pois pauta as suas acções pela frieza e racionalidade. Falta-lhe, quiçá, mais agressividade. Fez dupla com Maicon sem acusar a pressão de um ambiente novo e exigente. Sem erros, bloqueou o talento de Antonio Cassano com autoridade q.b. Pode ganhar um espaço útil na equipa, caso se confirme a tão propalada venda de Bruno Alves.

in MaisFutebol

Vejo duas maneiras de interpretar esta análise:

  • Leio o artigo no MaisFutebol e acredito que é verdade. Especialmente a parte que está realçada no texto de cima.
  • Este Domingo, entre as 19h e as 21h, estive num universo paralelo em que se fala uma outra versão de Português e onde “Sereno” queira dizer “Jovem central alentejano que já mostrou ter talento mas que talvez ainda não se tenha adaptado e precisa de mais tempo para pôr a cabeça na ordem porque por agora anda meio tolinho à patada aos adversários e perde a bola em terrenos perigosos mas não tem mal porque resolve as coisas com um carrinho de pitões em riste.”;

Quem esteve no estádio e viu o mesmo jogo que eu, opta pela segunda. Os outros, provavelmente, vão colocar a fé neste rapaz.

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