Citius, altius, fortius? Nenhuma das três.

 

foto retirada de zimbio.com

Tenho pena que as coisas tenham acabado (pelo menos por agora) desta forma. Nunca foi um génio, longe disso, e parecia sempre estar um degrauzinho abaixo de poder ser um indiscutível no FC Porto, primeiro ao lado de Bruno Alves e depois com Otamendi como companheiro no centro da nossa defesa. “É um turbo-lento!”, diz o meu pai, que achava o mesmo de Jorge Andrade nos seus tempos áureos de dragão ao peito, pelo menos até que lhe fiz notar que enquanto os adversários davam quatro passos, uma passada larga do central chegava para os acompanhar. Mas a verdade é que faltava ali qualquer coisa. Alto, forte, bom tecnicamente, raramente conseguiu aquele elemento diferenciador que poderia ter feito dele um central de grande qualidade ao nível dos que já por cá tivemos e continuamos a ter. E sempre foi essa a bitola pela qual todos os portistas avaliaram Rolando: é jeitoso, mas…

O problema, o único e enorme problema, é que Rolando, pelas declarações ou pela atitude demonstrada, sempre achou que era capaz de outros voos, de brilhar mais alto e mais intensamente. E nunca conseguiu.

Citius, altius, fortius. Nunca o foi. E sai, por uma porta bem mais pequena do que aquela que pensávamos vir a sair.

2 comentários

  1. Sim, concordo plenamente com a sua análise , Rolando sempre foi certinho mas faltava-lhe alguma coisa para ser algo mais.
    Penso que o estrelato lhe subiu á cabeça , não foi humilde e em tudo na vida isso paga-se.
    Mas é pena e talvez para o ano volte com a cabeça em cima dos ombros e não lá no alto.

  2. Eu não concordo. Acho que o Rolando tinha lugar no onze inicial portista. Nunca entendi porquê foi posto de lado. Não é violento, como o Mangala por exemplo, e tenta passar despercebido e muito raramente comprometeu. E já estava a ganhar estatuto de líder quando o Vitor Pereira chegou. Este estragou tudo ao Rolando.

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