Down, boy. Up, boy. Up and at them!

Não sou um trend-setter nem um trend-follower. Sou, quando muito, um trend-avoider. Nos cinco anos e meio que este blog tem de actividade, a evolução tem sido na direcção de seguir uma certa passividade perante assuntos fracturantes, uma espécie de tranquilidade que se foi assumindo como imagem de marca e da qual não pretendo divergir nos tempos vindouros. A não ser que se fale do João Pereira ou das vezes que o Maxi não foi expulso quando o merecia com menos dúvidas que o Cavaco teve na altura que proferiu o soundbyte da sua vida.

E acompanhei durante uma agitada semana o depauperar do discurso e a degradação de uma visão de futuro que todos deveríamos ter e que deveria ser sempre baseada na experiência de um passado mais ou menos recente. A defesa ou culpabilização de Tozé, vinda de recantos insuspeitos desta bluegosfera que aprendi a cultivar, foi dos momentos mais absurdos que me lembro de viver desde há vários anos a esta parte. A vilificação de Adrián, que em dez jogos pareceu transformar-se de uma compra grande num habitante de um dos círculos dantescos do local onde o enxofre não pára e as forquilhas abundam. Nem o treinador, que atravessa uma enorme montanha-russa no coração dos adeptos, a criar anti-corpos por decisões acertadas ou erradas ao nível das exibições de Belluschi ou Maniche, que tanto deliciavam como enervavam. Pouco riso, ainda menos siso.

Uma sabática não faz mal a ninguém e esta última semana foi um período de descanso bem saboroso. Pessoal, porque o grupo só ficou a perder.

10 comentários

  1. Quanto à parte do “trend-setteer”, I beg to differ, mas a modéstia fica bem.

    Quanto ao resto, parece-me a mim que a malta começou a temporada em modo “com pão e bolos se enganam os tolos”, mas, à medida que as coisas vão avançando, começa a sentir que o pão e os bolos talvez não cheguem para todos.

    Logo, passamos para o modo “em casa onde não há pão…”, e o Quaresma, o Tozé e o Adrián acabam por ser uns bons bodes respiratórios.

    Um aparte para o título. Gostei, muito estilo “Formiga Atómica” (é do teu tempo?!).

    Up and at’em! Vamos a eles!

  2. Obrigado Jorge!

    Concordo em absoluto contigo. Parece existir, em virtude da má época no ano passado, uma ansiedade, uma sede de “tudo a correr bem ao mesmo tempo”. Eu próprio comecei a insultar a TV quando vi o Tozé no chão. Para mim naquele segundo (dada a instabilidade do jogo) aquele anãozinho tinha-se atirado para o chão, e não havia volta a dar! Depois vi e revi o lance e percebi que quem tinha feito a asneira foi o Fabiano. E mesmo que o Tozé se tivesse mandado para à piscina (qual JVP) estava no direito dele, pois defendia as cores do Estoril. Mas vi malta a criticar Tozé por ter batido o penalty e marcado golo. É de malta acéfala…

    O caso de Adrian é simples. Se fizer uma exibição de caca e marcar um golo decisivo num jogo complicado, aparece malta a dizer que sempre confiou no jogador e “este nunca me enganou”, entre outros clichés típicos destas alturas. Eu já mandei vir com ele muitas vezes. Muitas mesmo. Mas a minha azia é mais para com Lopetegui do que com ele. Por sentir que ele apesar do preço que custou (e que culpa tem ele disso?) ainda não está preparado para estar na equipa. E quando está no 11, Julen tem alterado o esquema e prejudicado o resto da equipa. É um caso complicado…

    Já quem critica Lopetegui, merecia ter o mesmo fim que os javalis na ultima página dos livros do Astérix…

    Abraço

  3. Caro Jorge,

    Em relação ao Tozé, escrevi dois posts sobre esse assunto. Assumo que, fosse numa semana de jogos de 3 em 3 dias (ai este looooooongo deserto pá!) teria feito uma nota de rodapé, não por causa do penalty mas pelo desnecessário anti-jogo que ele fez e que, no meu entender, não foi das coisas mais reconhecedoras da casa que o criou. Mas, concedo, é fait divers.

    Já a questão do Adrián levo muito mais a sério, e escrevi, escrevo e escreverei muito sobre ele, porque estas endemonizações de jogadores são pavorosas, servem os interesses dos adversários e são impacientes para com um, aposto, extraordinário jogador que, estou convencido, será uma grande mais valia para o nosso Porto.

    Felizmente o nosso treinador não vai na espuma dos dias.

    Um grande abraço azul e branco,

    Jorge Vassalo | Porto Universal

  4. tudo muito certo, nada a dizer, é igual em todo o lado, já devias saber, a malta da bola não vê tons de cinzento, isso não existe, só branco e preto (ou vermelho/azul/verde)..mas para ficares bem na fotografia, devias meter no mesmo saco o Pereira, o Maximus e o Bruto Alves pá!!!

    abraço bem vermelho Jorge,
    M.

    :)

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