Baías e Baronis – Setúbal 0 vs 2 FC Porto

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Um lance bonito a começar e outro a acabar. E no meio? Uma enormidade de posse de bola que resultou em quase zero lances de perigo para a baliza do Setúbal, como se a maioria dos rapazes estivesse numa espécie de treino a meio-campo e que chegando perto dos “mecos” do outro lado, que como os “alemães de Bielsa” que Lopetegui já tinha usado no início da época, se limitavam a tentar tapar as nossas investidas sem grande sucesso até à entrada da área. Depois, era escolher o rapaz mais desinspirado e garanto que não seria uma selecção fácil. Enfim, vencemos. Notas já aqui em baixo:

(+) As trocas de bola no centro. Especialmente na primeira parte, a forma como o FC Porto trocou a bola na zona central do relvado foi nada menos que estupenda. Com aparente facilidade na movimentação das peças, a bola seguia em posse até ser entregue a um colega, triangulações quase perfeitas, endossos fáceis e lineares para os flancos e um bem-estar geral que parecia confundir alguém que tivesse visto o jogo da semana passada na Luz. É assim o estilo que Lopetegui quer que o futebol da equipa seja, com passe curto, contenção no envio de canhoadas directas para o ponta-de-lança e facilidade na desmarcação. De salientar Brahimi que apareceu muitas vezes em zona de “10”, o que não me agrada muito mas que hoje acabou por funcionar até ao ponto em que era de facto preciso fazer qualquer coisa. Resultou no golo, nada mau.

(+) Alex Sandro. À imagem do que tinha feito na semana passada na Luz, apareceu em grande em Setúbal, a romper pelo flanco em subidas rápidas, aparecendo sempre no espaço e pecando apenas na entrega da bola para o avançado (não foi o único, ler abaixo…), mas foi um constante fluxo de jogadas potencialmente perigosas. Até apareceu ao segundo poste para tentar cabecear. Seu louco!

(+) Casemiro. Excelente na retenção da bola no meio-campo e o primeiro a fazer com que ela rodasse em boas condições para os colegas, foi também o elemento de força de que precisávamos numa zona em que está cada vez mais adaptado a saber quando ser rijo e quando ser prático. E a maior parte das vezes tem conseguido ser as duas coisas ao mesmo tempo, o que faz dele um elemento fundamental na estratégia da equipa. É por tua causa que o Ruben não joga tanto, Casemiro!!!

(-) A quantidade absurda de passes falhados. À semelhança do jogo da Luz, lances de perigo perto da baliza foram quase nulos e Raeder foi vendo o tempo passar sem precisar de se colocar em campo durante grande parte da partida a não ser meia-dúzia de cruzamentos altos e um ou dois remates ao lado. E todo o jogo que foi criado entre linhas não passou das duas primeiras: a defensiva e a do meio-campo, porque o ataque foi inconsequente com Quaresma, improdutivo com Brahimi e pouco mais que ridículo com Hernâni. Preocupa-me muito ver tanta posse de bola desperdiçada e sermos obrigados a andar até ao final do jogo a pensar se uma parvoíce nos vai roubar os três pontos. Não seria a primeira vez.

(-) Lances de bola parada. Mais um jogo em que diversas oportunidades se perdem entre jogadas pseudo-combinadas, maus cruzamentos e uma infeliz incapacidade de criar perigo em lances que são feitos exactamente para isso. É triste perceber que um canto para o adversário me deixa a tremer como um menino ao passo que o mesmo lance a nosso favor não levanta um mínimo de emoção na minha psique.

(-) A lesão de Marcano. Um lance de trampa pode ter levado a que Marcano falhe o resto da época. Não é justo e devíamos reclamar. A Deus, ao demónio dos ombros deslocados, seja a quem for. E já deu para perceber que a atmosfera não está fácil para espanhóis, porque depois de Óliver e Tello, agora este hermano também se estoura para umas semanas. Raios.


Fizemos o que nos era exigido e continuaremos a fazê-lo, espero. Continuo a acreditar que é possível e lá estarei no fim-de-semana para ver o Gil. A ver se também damos cinco.

2 comentários

  1. Um jogo como o dia na área do porto… triste e chatinho…
    Daqui até ao fim podiam era trabalhar para que o Jackson fosse – de longe – o melhor marcador, sempre era uma motivação…

    Um Baroni para a caça às pernas – e não só – dos rapazes de azul…

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