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Baías e Baronis – FCP vs Olhanense


(foto retirada do MaisFutebol)

Estive no Dragão juntamente com mais 32 mil pessoas. Quase todos tivemos a mesma visão triste e desanimadora de uma equipa de baixos caídos, sem ideias e sem pernas, com fraquíssima capacidade de dar a volta a um resultado que foi conseguido cedo demais por um adversário que apesar de fraco conseguiu ser eficaz. Nós só fomos fracos, porque a eficácia foi deixada para os últimos dez minutos, com alguma sorte, algum querer e pouca clarividência. O costume, portanto. A notas:

BAÍAS
(+) Falcao. O rapaz bem correu, lutou e esbracejou no meio dos centrais do Olhanense. Marcou o primeiro golo numa jogada de insistência e só não marcou mais porque nunca foi decentemente servido pelos colegas. É dos poucos que raramente desiste das bolas e parece ainda mostrar vontade de ganhar alguma coisa.
(+) Rodríguez e Mariano. É certo que quase nada lhes correu bem. É verdade que andaram mais de meio jogo a correr até à linha sem conseguirem fazer nada de produtivo. Mas correram, correram, correram…durante toda a partida. Estão fora de forma mas podem ser boas opções para o próximo jogo contra o Arsenal, pela experiência e acima de tudo pela capacidade de luta.
(+) Ruben. Enquanto teve pernas para correr, fê-lo bem. Atrevo-me a dizer que é o único jogador da nossa equipa que tem a inteligência suficiente para receber a bola, parar e olhar em redor para ver o que é que se passa à volta e colocar a bola no sítio certo, quando corre bem, claro. Teve duas chances para marcar, com um excelente remate ao lado e noutra oportunidade a permitir uma excelente defesa a Ventura. Não é Deco. Não é Lucho. Mas é Ruben e está para ficar.
(+) Dragon Force. Os putos estiveram em força no estádio, ocupando um sector na Superior Norte e fazendo um barulho pré-adolescente genial em termos do apoio à equipa e da força que tentaram transmitir aos jogadores.
BARONIS
(-) Maicon. Meu Deus. Como é possível aquela falha no segundo golo?! Como disse no jogo contra o Estoril, Maicon é lento demais e acaba por ser ainda pior vê-lo a correr ao lado de um avançado qualquer que lhe passa à frente. Fraco.
(-) Miguel Lopes. Esteve mal a atacar e muito mal a defender. A falha no primeiro golo adversário é culpa inteiramente sua, deixando que o avançado do Olhanense entrasse pela área dentro com toda a facilidade do Mundo e assistisse Djalmir para o avançado marcar. Parece ainda jogar muito nervoso.
(-) Belluschi. Passes ridículos, lentidão na criação de lances de ataque, Belluschi simbolizou toda a inépcia da equipa portista em conseguir criar situação de efectivo perigo para a baliza de Ventura. Belluschi acaba por ser uma das maiores desilusões da temporada, não pela ausência de valia individual como outros mas pelas expectativas que os adeptos criaram com o seu nome. O rapaz provavelmente nem tem grande culpa mas o que é certo é que continua a não convencer.
(-) Álvaro Pereira. Teve hoje talvez o pior jogo com a nossa camisola, ainda pior que em Alvalade. Não fez um cruzamento decente, nunca conseguiu chegar à linha (o facto de não se entender com Rodríguez é inconcebível tendo em conta que jogam juntos na selecção, nos mesmos lugares que no FC Porto) e deixou avenidas enormes atrás dele, com Bruno Alves a ter de ir cobrir Ukra que andava a vaguear por essas zonas. Espero que seja um abaixamento de forma e não a verdadeira imagem do uruguaio, que tem em mim um fã, pelo menos por agora.
(-) Jesualdo. É fácil criticar depois da decisão feita, como é evidente, mas creio que poupar alguns jogadores “chave”, optando por outros que não terão o mesmo ritmo, compreendendo-se que tenha em mente o jogo de terça-feira, é arriscada. Para além de se abdicar logo do campeonato, correndo riscos desnecessários, fica a sensação que as grandes falhas acabam por vir principalmente das peças escolhidas para substituir os “titulares”, Miguel Lopes e Maicon à cabeça. A primeira substituição, Tomás Costa por Varela, é daquelas que me enerva. Destruir o meio-campo nunca me parece uma boa opção, e apesar de continuar com Mariano na zona acaba por se tornar complicado para recuperar em caso de contra-ataque. Valeu a inquietude do Olhanense para safar um pontinho, porque se estas substituições fossem feitas contra uma equipa melhorzinha…nem quero imaginar…
Se alguém ainda tinha um restinho de esperança de chegar ao título, hoje ficou sem ele. O Braga empatou e mais uma vez perdemos a hipótese de ficarmos a seis pontos da Liga dos Campeões. Estou resignado a ir à Liga Europa para o próximo ano, por isso venha o jogo do Arsenal. Quem sabe não será o nosso último jogo na Champions’ durante muitos meses…
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Baías e Baronis – FCP vs Sporting


(foto retirada do MaisFutebol)

Já há muito tempo não saía do Dragão com um sorriso tão rasgado. Há meses que não ganhávamos de uma forma tão convincente, jogando um futebol vivo, agressivo e prático, com trocas de bola rápidas e bem orientadas, com gente que sabia ou parecia saber o que fazia em campo, de tal forma que demolimos uma equipa que não é tão má quanto aparenta. Os pobres sportinguistas que foram ver o jogo saíram vergados a uma derrota pela mesma diferença que nós, na época transacta, sofremos em Alvalade para a outra Taça. E não se podem queixar de nada a não ser deles próprios e do azar que tiveram em apanhar a melhor exibição da temporada do FC Porto. To the notes:

BAÍAS
(+) Falcao. É inegável que está em grande forma, mas o que mais impressiona é a maneira como continuamente marca golos em diversas situações, desta vez com um remate de fora da área (com a ajuda de Rui Patrício) e outro de ponta-de-lança, na finalização de mais uma excelente jogada de Ruben Micael. Mexe-se bem, controla bem a bola e é um perigo quando tem espaço. Parece ser lento nos movimentos mas é rápido a executar e a despachar-se dos defesas que tem constantemente à sua volta. Excelente.
(+) Vou comprar uma vergasta, está decidido. Quando Mariano faz um jogo destes depois da miséria que fez na Madeira, o mundo está um pouco torcido ou então a bracadeira de capitão tem poderes mágicos. Dá elevação sobrenatural a Bruno Alves e dá ânimo a Mariano. Ver o argentino como capitão do FC Porto já foi deveras peculiar, vê-lo a dar um nó enorme ao João Pereira entusiasmou, observar o remate que deu o 5º golo do ângulo que me foi possível, em linha recta para a baliza e ver a bola a entrar, foi genial. Mas o que mais impressiona neste fulano é o esforço que coloca em todas as jogadas. Acabou quase de gatas, sem mais para dar. Como já disse incontáveis vezes, Mariano é um lutador, um guerreiro. Se soubesse jogar à bola (pelo menos consistentemente) era um ídolo. Mariano, penitencio-me perante o gigantesco jogo que fizeste hoje. E se jogares assim no Domingo contra a Naval, escrevo uma crónica em forma de poesia sobre ti.
(+) O mesmo que disse sobre Mariano aplica-se a Maicon, apesar de uma forma não tão intensa. Maicon jogou simples, duro e bruto, sem inventar e a impedir que a sua lentidão se tornasse como um handicap para tentar deter Liedson. Não se notou que Bruno Alves estava de fora, o que creio ser suficiente para caracterizar a sua exibição. Evitável o “chega-para-lá” na segunda-parte, que poderia ter resultado na sua expulsão.
(+) Ruben Micael. Desde que Lucho saiu que não via isto ao vivo. É esperto, bom tecnicamente e eminentemente prático. Ainda um pouco indeciso quando chega muito perto da área, acaba por ser exactamente o que precisávamos para recuperar as famosas transições defesa/ataque. Entendeu-se bem com Fernando e Belluschi, com quem formou o improvável meio-campo que demoliu por completo os oponentes na mesma zona. Assenta como uma luva na posição que ocupa, resta saber se Jesualdo o irá mudar para o lugar de Belluschi quando Meireles estiver em condições.
(+) A agressividade que colocamos em campo durante o jogo foi muito acima da média e era algo que os adeptos pareciam já ter esquecido, tal era a forma passiva com que vinha a exibir-se. Já na Madeira tínhamos arrancado uma boa exibição (contra 10, certo) através da pressão no meio-campo, e hoje confirmou-se uma maior disponibilidade física e acima de tudo mental para o fazer. Gostei de ver e espero que a equipa aguente a enorme carga que vai ter de suportar durante o mês de Fevereiro.
BARONIS
(-) Sporting. Para uma equipa fazer um super-jogo, normalmente a outra equipa realiza um sub-jogo. Foi isso que aconteceu com o Sporting. Raramente se entenderam do meio-campo para a frente, limitando-se a enviar bolas longas para Saleiro ou Liedson que raramente causaram perigo à muito atenta defesa do FC Porto. Moutinho esteve trabalhador mas…inconsequente. Veloso esteve atento mas…inconsequente. Izmailov foi talvez o único que causou perigo enquanto aguentou das pernas, marcou um belo golo mas não chegava. Era Marat mais nove, porque Rui Patrício esteve a dormir o jogo todo, Grimi esteve a besta do costume, agressivo em demasia quando nada o exige e macio quando é preciso ser rijo. Foi uma das equipas do Sporting mais desgarradas que me lembro de ver ao vivo.
(-) Fucile. Facilita. Brinca. Perde a bola. Golo do adversário. Não é a primeira vez e infelizmente não será a última. Dá vontade de lhe dar dois bananos no focinho sempre que começa com as tradicionais infantilidades que enervam os adeptos e colocam a equipa e o resultado em risco.
(-) Voltamos a cair nos mesmos erros e no mesmo enervante e absurdo relaxamento depois de marcar um golo. Felizmente contámos com uma equipa fraquíssima do outro lado que para lá do golo que marcou nunca mais conseguiu conter o renascimento do FC Porto, mas é recorrente ver a equipa a recuar depois de se colocar em vantagem. Se a outra equipa desse mais luta teria havido muito mais dificuldades para recuperar a diferença no marcador.
Duas cadeiras do meu lado direito estavam três adeptos sportinguistas. Pai e dois filhos. Saíram 5 minutos antes do final da partida, desejando boa noite aos portistas perto dos quais se sentaram e com quem durante o jogo estiveram a trocar algumas impressões. Só nesse momento me apercebi que apoiavam o outro lado. Raramente se manifestavam, mantinham a c
abeça para baixo e suspiravam imenso durante o jogo. Ao contrário, os meus habituais colegas de bancada exultavam com a fugaz glória de uma exibição que nos encheu de alegria. Só peço uma coisa aos rapazes de azul-e-branco: por favor, mas por favor não vão perder a Alvalade daqui a umas semanas. Seria uma facada nas nossas aspirações e uma vingança saborosa para os leões. E pelo que vi hoje, custava-me ainda mais hipotecar as nossas chances na Liga às mãos de uma equipa tão fraca…
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Segunda metade


Vejam lá como fica o plantel para a segunda parte da temporada:

——-
Helton
Beto
Nuno
——-
Fucile
Miguel Lopes
Álvaro Pereira
David Addy
Bruno Alves
Maicon
Rolando
Nuno André Coelho
——-
Fernando
Tomás Costa
Guarín
Belluschi
Valeri
Ruben Micael
——-
Cristián Rodríguez
Mariano González
Falcao
Varela
Farías
Orlando Sá
Entradas:
David Addy (ex Randers FC, Dinamarca)
Ruben Micael (ex-Nacional da Madeira)
Saídas:
Hulk (castigado ad-aeternum)
Sapunaru (castigado ad-aeternum e consequentemente emprestado ao Rapid Bucareste)
Prediger (emprestado ao Boca Juniors da Argentina)
Analisando sector a sector, na baliza tudo na mesma, e em termos defensivos temos uma substituição que muda um pouco a filosofia que havia em termos de alternativas adaptadas. Passo a explicar. Sapunaru funcionaria como lateral direito em situação natural, podendo ser usado como defesa-central quando fosse necessário. Miguel Lopes e Fucile funcionavam como defesas laterais, tanto esquerdos como direitos, e até Tomás Costa, Rodríguez ou Mariano podiam funcionar como alas recuados, dependendo do jogo e da estratégia. A defesa reestrutura-se com a saída de Sapunaru e a entrada de Addy, que para além de ter um nome que parece um alentejano a dizer “somar” em inglês, é totalmente desconhecido cá na urbe.
Para o meio-campo chegou talvez o elemento que será mais importante, tão fraca tem sido a prestação nessa zona do terreno dos rapazes que a povoam. Ruben já fez mais em dois jogos que Guarín em toda a época e Belluschi parece poder jogar ao lado do madeirense, tendo dado boas indicações na Choupana. Meireles e Fernando poderiam ocupar os outros pontos de um novo 4-4-2, ou até num extremo 4-2-2-2, com maior abertura para os flancos e mais cobertura no meio do terreno. Mariano e Rodríguez seriam jokers, jogando onde Jesualdo lhe aprouvesse. Na frente, nada de novo, depois de tudo ter parecido diferente. Kléber chegou e zarpou de novo, Farías foi-se e voltou outra vez. Se Lavoisier fosse vivo, apostava que Farías se transformava. Como o químico francês já está convertido em estrume há algum tempo, refuto a sua teoria. Farías não se transformará em nada, vai continuar a ser o mesmo Ernestinho do costume, a marcar os golos fáceis e a complicar o que parece simples. Com Falcao certo no onze e Varela a rasgar tudo, restaria Orlando Sá para aproveitar alguns amontoamentos na área.
Parece-me curto, para além de fraco. Se dá uma caganeira ao Varela ou ao Falcao, toda a estratégia ofensiva cai por terra e ficamos com o moralizadíssimo Farías para marcar golaços como só ele sabe, municiado de forma magistral pelo génio que é Mariano “ai-que-lá-se-me-vai-a-bola-outra-vez” González.
Quando comparado com plantéis de anos transactos, fico a tentar descobrir alguma mais-valia e custa-me encontrá-la. Tínhamos Paulo Assunção, temos Fernando. Tínhamos Lucho, temos Ruben Micael. Tínhamos Lisandro, temos Falcao. Tínhamos Pepe, temos Bruno Alves. Tínhamos Cissokho, temos Álvaro. Tínhamos Alan, temos Varela. E só nestes dois últimos é que vejo melhorias…
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Baías e Baronis – Estoril vs FCP


(foto retirada d’A Bola)

Quem é que diz que a Taça da Liga não entretém o povo?! Não dava dois tostões por este jogo e acabou por ser uma agradável surpresa, uma partida entretida e bem disputada, apesar do mau estado do relvado e da baixa qualidade técnica da maior parte dos executantes. Estreamos Ruben Micael que se saiu bem, mostramos ao mundo os dotes de Guarín para imitar bidons de gasolina (ou pinos de estrada, usem a metáfora que preferirem) e passámos à próxima fase da competição menos interessante do panorama futebolístico nacional. Iupi. Notas abaixo:

BAÍAS
(+) Falcao. Quando o colombiano entra em campo para render o seu compatriota que aparentemente se tinha transformado num poste de electricidade fundido em pleno campo, muda um pouco a história da partida. Orlando trabalhava muito mas quando era preciso dominar uma bola para esperar pela subida dos médios, era um desastre. Com Falcao, Orlando passou a lutar na área, ao passo que o seu colega andava a vaguear pelas alas (mais pela direita), a roubar bolas e a municiar o ataque. Muito bem.
(+) Tomás Costa. Esteve acima da média para o que o costumo ver fazer, apesar dos muitos passes falhados (parece ser um anti-Fernando, nunca está onde deve estar mas aparece sempre a cortar a bola, falha os passes mais fáceis e acerta os complicados!) e perdas de bola infantis, mas é daqueles jogadores que sabe o que sabe e sabe o que não sabe. Luta desalmadamente de início a fim e é do tipo de gajo útil para ter no plantel, quanto mais não seja pela versatilidade.
(+) Miguel Lopes. Mais um rapaz que se rasga todo enquanto está em jogo. Não houve um único lance em que não metesse o pé à bola, várias vezes em clara desvantagem mas sempre na procura de não perder a bola ou de a recuperar para a sua equipa. É guerreiro, lutador e sobe muito bem pelo seu flanco, apenas precisa de um pouco mais consciência táctica para ser verdadeira alternativa a Fucile.
(+) Ruben Micael. O madeirense entrou bem, teve algumas boas jogadas e acima de tudo ganhou entrosamento. Tendo em conta que estes jogos funcionam para pouco mais que treinos para rotação de jogadores, serviu para ganhar rotinas de equipa, o que quer que isso queira dizer no estado actual da nação.
BARONIS
(-) Em toda a minha vida como adepto portista já tive alguns belos presentes durante um jogo. Costa em Manchester, Mareque em Leiria ou Baroni…em qualquer um que tenha entrado. E ontem, meus amigos, tive mais uma entrada para o galarim dos piores jogos de sempre. O nome da abóbora de calções que entra para o Hall of Fame é nada mais nada menos que Fredy Guarín. Apesar de nada se poder dizer quanto à…não, esperem, vou recomeçar. Muito embora tenha sempre tentado…não, também não está bem. É melhor dizer as verdades primeiro. Guarín protagonizou os piores 45 minutos que há memória de ver um jogador do FC Porto a fazer desde há vários anos, ressalvando algumas muito más exibições que já vimos no passado (com Mariano no Top 5). Não conseguia dominar uma bola que fosse, e sempre que ia a correr para a tentar apanhar, o esférico já tinha saído. Foi atroz a maneira como perdia sempre a bola para o seu marcador directo quando tentava proteger a redondinha dos defesas e invariavelmente a perdia para o marcador directo. Apesar da atenuante de ter sido colocado a jogar como falso-interior-direito-barra-falso-extremo-direito por Jesualdo, nada pode justificar a total inépcia técnica que mostrou. Não chega arrancar feito louco pelo relvado fora com a bola mal dominada, marcar livres contra a barreira e dizer que se tentou. Este é um exemplo similar a Tomás Costa, que aparentemente sabe bem melhor o seu lugar. E o argentino, quando não sabe, manda a bola para fora. Guarín, como acha que sabe, tenta fintar (muito à imagem de Belluschi). E, como quase sempre lhe corre mal, perde créditos. E já tem poucos.
(-) Maicon. É lento demais, passa a bola com força a mais e é sempre um susto quando a bola vai para perto dele e tem um adversário a pressionar. Eu que sou do tempo de ver jogar o Alejandro Díaz, digo: não serve.
(-) Mariano. Voltou o terror das linhas. Esteve activo mas demasiadamente distraído. Se tivesse o talento proporcional à entrega seria um dos melhores do mundo. Assim, é dos melhores jogadores em casa dele. E pouco mais.
(-) Táctica. Sei que era um jogo propício a experiências, com um adversário fraco e um resultado que, convenhamos, caso fosse negativo não seria propriamente uma calamidade. Mas a anarquia táctica que se viveu nos primeiros 45 minutos foi surreal. Como vi o jogo na SportTV não tive hipótese de ver as nuances ao vivo, mas duvido que alguém que tenha ido à Amoreira conseguisse vislumbrar qualquer coisa que fosse perceptível de algum trabalho de casa ou treino. Quando começo a ver a equipa a defender com 4 defesas e a atacar com 3, pensei: “Ei lá, isto vai ser giro”, até que começo a olhar para o meio-campo, com Tomás Costa mais recuado, Belluschi ao seu lado a atacar mas mais à frente a defender, Guarín a servir de qualquer-coisa-estranha-que-passa-por-jogador-de-futebol-se-olharmos-muito-ao-longe tanto a defender como a atacar, Mariano aberto na ala e Ruben Micael a oscilar entre os quatro, todos atrás de Orlando Sá…só conseguia olhar e pensar em números. 3-6-1? 3-4-2-1-2? 4-2-2-2-1? What? Foi estranho demais.
Resumindo numa expressão onomatopaica: meh (com encolher de ombros). Foi engraçadito e bem melhor que ver os Ídolos, mas ainda assim fraquinho. Gostei de um o
u dois e confirmei que a maioria deles não serve para o FC Porto. Caminhamos a passos largos para uma limpeza de balneário no final da época…
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Baías e Baronis – Académica vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)

Mais um jogo para uma competição menor, mais uma exibição medíocre, mais uma imagem triste e fraca que se passa para o exterior, comprovando que as segundas linhas não têm capacidade para lutar com as opções principais. Para as notas que se faz tarde e as pessoas têm de trabalhar:

BAÍAS
(+) O centro da defesa safou-se razoavelmente bem, particularmente na segunda parte. Maicon e Nuno André Coelho (mais o luso que o brasileiro) estiveram em bom plano, entenderam-se bem nas dobras e não deram grandes hipóteses aos avançados da Académica, que se limitavam a estourar para a baliza quando tinham espaço, quase sempre mal.
(+) Fucile. Com um adversário muito complicado pela rapidez que mostra em todas as jogadas, esteve bem na marcação e acabou por mostrar, contra o meu habitual julgamento de ser um jogador pouco motivado para jogos inócuos, que é o único que jogou ontem a titular que terá hipótese de ser titular na equipa principal. Sem dúvida. Miguel Lopes não esteve mal, mas nota-se que precisa de estar mais calmo, o que só se ganha com mais jogos.
(+) Mariano não esteve mal, tendo em conta as limitações que todos lhe reconhecem. Lutou muito, conseguiu passar uma ou duas vezes por mais que um adversário na mesma jogada, e não fosse o facto de ter os pés virados para Meca e não conseguir fazer um passe de morte correcto se a vida dele depender disso…e até podia ser uma boa opção.
BARONIS
(-) Compreendo que não é por enfiar 11 gajos dentro de campo que se pode dizer que temos uma equipa. Ainda assim, é frustrante ver noventa minutos de um jogo fraco, com poucas oportunidades de jogo, a contar para uma competição que ninguém quer, a horas que ninguém gosta e com um relvado quase impraticável. Esta Taça da Liga é um horror.
(-) Farías. Sempre lento, nunca se conseguia antecipar aos adversários e perdia constantemente a bola para os centrais. Fraco, como sempre, e continuo a não perceber o porquê de se falar em renovação…
(-) Tomás Costa. Não é um jogador calmo e pelos vistos nunca vai ser. Sempre que toca na bola e a perde, tenho a ideia que vai dar uma troçada no rapaz que lhe retirou a redonda e vai ser expulso com todas as regalias que tal acto oferece. Se tiver de optar por um substituto a Fernando, pensava várias vezes antes de escolher Tomás Costa. Não está a evoluir, ao contrário de Guarín, que apesar de não ter a maior clarividência quando tem a bola nos pés, ao menos ainda faz alguma coisa com ela.
(-) Valeri. Continua a queimar oportunidades de mostrar serviço, rapaz, vais longe…não é que tenhas sapatos grandes para calçar, o teu número nem era assim tão importante para a equipa nos anos anteriores…
Fraco, feio ou horrível? Escolham, porque uma destas palavras qualifica o jogo de ontem. Se quiserem escolher as três, ninguém se opõe…
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