
BAÍAS
(+) Num jogo de pouco trabalho defensivo, Rolando foi o melhor de todos. Admito que a pele Aloísica lhe fica bem, especialmente nas dobras e na colmatação das falhas consecutivas de Bruno Alves. Para continuar a titular.
(+) Fernando esteve bem, não tão eficaz como noutras partidas mas ainda assim acabou por tapar Hugo Viana e não o deixou fazer muito (sem contar com o lance do golo, que nasce de um lance de bola parada).
(+) Varela, apesar de notar-se alguma incapacidade de crescimento em função das primeiras exibições da temporada, é dos poucos que produz alguma coisa que se veja.
(+) O jantar de aniversário, com amigos e comida razoavelmente bem confeccionada. O aniversário de um amigo de longa data passa sempre à frente do futebol e este foi mais um. De salientar que o animal do meu amigo sempre que faz anos e marca um jantar, há-de calhar um jogo do FC Porto. E normalmente perdemos pontos. Não lhe bastava estar (mais) velho, também me lixa o clube. Raios te partam.
BARONIS
(-) Por onde começar? Num jogo em que aparentemente nenhuma das equipas quis vencer, o Braga, sem fazer muito por isso, acaba por marcar num chouriço do tamanho das sapatilhas do Shaquille O’Neal. Ainda assim, Helton não fica isento de responsabilidades no golo, o que depois da excelente exibição em Londres acaba por marcar o pleno regresso às displicências que nos habituou. Fraco.
(-) E lá vem Jesualdo inventar. Depois de alguma consistência conseguida com Belluschi, eis senão quando aparece Guarín de aparente pedra e cal na equipa, transformando um meio-campo já de si pouco criativo numa parede defensiva demasiado próxima dos centrais e a deixar um espaço extraordinário para os avançados. Falcao muito preso na área, Hulk a inventar e apenas Varela a conseguir produzir o mínimo aceitável, era confrangedor para não dizer vergonhoso ver o FC Porto a organizar jogo antes do meio-campo.
(-) Hulk. Estamos a perder batalhas atrás de batalhas na guerra de tentar transformar este fulano num jogador a sério. Não sei se está cansado do jogo de Inglaterra, mas depois da bela exibição frente ao Leixões teve dois jogos horríveis e voltou a ser o Hulk fintento, simulatório e ineficientíssimo, entre outras palavras com mais sílabas que deviam. Só lhe faltou reclamar com o árbitro para ser o velho Hulk que me habituei a insultar mais que elogiar. Vá lá.
(-) Álvaro Pereira é vítima dele próprio. A inconsistência exibicional parece ser patente no uruguaio, que talvez se dê bem melhor com Fucile do que os portistas gostariam. Como o colega de sector falha muito e em zonas fulcrais do terreno, sobe quando não deve e deixa muito espaço atrás para os extremos adversários. Terá que rever rapidamente estes erros posicionais porque vêm aí Simão e Aguero.
(-) Guarín não teve culpa de ter nascido com dois pés esquerdos e não saber usá-los. É incapaz de fazer um passe correcto a mais de 5 metros, e mesmo no intervalo entre 0 e 4,9 metros a vida afigura-se-lhe como complicada. Quem aposta nele é que já devia saber disso.
A primeira derrota na Liga Sagres aparece num momento complicado. Nesta altura aqui há um ano, regressávamos de uma coça em Londres para vencer em Alvalade. Hoje foi o contrário e a falta de capacidade ofensiva e o aparentemente desinteresse pela vitória (já nem falo do futebol ofensivo e bonito, deixo isso para o Benfica) deixa-me apreensivo. Mais um ano a subir o monte começa a custar…