Jesus no Benfica?!?!?

“Jesus no Benfica leva à suspensão das acções da SAD”
Afinal é tudo uma cambada de hereges. Para além de ir para o Benfica, vem de um clube que tem um Salvador e um Jesus que não são a mesma pessoa, por isso só podem estar condenados a um dos círculos do inferno. De preferência um daqueles que agrilhoa os braços e impede que um gajo se coce. Ou obriga a ver a Susan Boyle nua a fazer break-dancing.
Com estas histórias quem se lixa é o capitalismo. O Lenine deve andar a dar voltas na tumba e a pensar: “Mas como é que eu não me lembrei disto?!”
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Desilusão


Não foi uma grande final. Nem foi um jogo particularmente bom. Foi controlado desde o 1º golo pelo Barça, a jogar a passo, trocando a bola simples e sem inventar muito. Não deu hipótese. Não daria a ninguém. Nem ao grande Manchester United. O que custa mais é vermos uma equipa desanimada, sem alma, sem força moral para dar a volta ao resultado, e pensar cá dentro: “Podíamos ter sido nós ali, e com mil Sonkayas, tínhamos dado mais réplica! Se calhar encaixávamos mais, mas havia mais garra!”

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Antas vs Dragão

Sou um saudosista. Não tem nada a ver com cabedal e correntes nem com o reino da Arábia. Até sou de uma família simpática e nunca me meti nessas coisas (nem na pancada nem em arabescos, até porque não tenho jeito para desenhar), mas a saudade é algo que me toca bem cá no fundo, como Pink Floyd num quarto escuro ou Quim Barreiros em noites de Queima.
Quando em 2004 foi anunciado que a mudança para o Dragão era uma realidade, fiquei ansioso. Como abandonar o velhinho Estádio das Antas, que tanta alegria nos tinha trazido, juntamente com granizo, chuva intensa, WCs imundos, brechas no cimento e problemas nas infraestruturas de electricidade? Seria um novo mundo, uma misericordiosa palmadinha nas costas dos reumáticos, dos artríticos (esta custou) e das mulheres em geral, que iria permitir melhores condições, com modernas instalações e um carácter acentuado de conforto no espectáculo do futuro.
No entanto, mantive-me céptico. Não sou daqueles que diz que desta água não aspirarei por uma palhinha, mas perto. Não fico nada a dever a São Tomé em termos de incredulidade, tenho de mexer para ver se é verdade. É como um marido quando a mulher põe mamas novas, pronto.
Nas Antas tinha passado por muito. Grandes chuvadas, saraivadas (granizadas para os mais elitistas) e tardes de Verão tremendamente quentes. Vi grandes jogos e tive grandes tristezas. Foi lá que vi o Latapy falhar o penalty contra a Sampdoria. Foi lá que vi a Lazio atropelada com 4 no bucho. Foi lá que vi o Domingos a marcar dois ao Sporting num arranque de campeonato. Vi golos de Jardel, Kostadinov, McCarthy, Domingos, até Vinha e Quinzinho. Vi Baía e Kralj no topo da sua forma (em sentidos opostos). E acima de tudo vi futebol, muito futebol.
No Dragão as coisas são diferentes. As pessoas são diferentes, a alma mudou. Não me sinto com vontade para discorrer mais sobre o assunto, por isso fiz um pequeno apontamento gráfico que ilustra o que considero ser a utilização do tempo que os adeptos passam dentro do estádio. Tanto no antigo como no novo.

Gostava muito de saber a vossa opinião. Força aí nos comentários!!!
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