Football Manager 2011



Para tolinhos como eu com algum tempo livre e pouca vontade de dormir…voilá. Chega no dia 5 de Novembro.

É que, parecendo que não, gritar: “Quanto querem por ele? Ui, nem pensar, não vale metade do outro puto…vai, carago, pela linha, não foi isso que te mandei fazer há bocado!? Canto curto…canto curto…CANTO CURTO!!! Foda-se, ponho-te nas reservas, quero-te ver a jogar na segunda divisão austríaca com essas parvoíces!” para o monitor do portátil está ao alcance de qualquer um. Especialmente quando a mulher que comigo escolheu passar a vida me olha de lado e diz: “Não sei o que é mais parvo: ver-te a gritar com o computador ou pensar se estarás à espera que alguém te responda…”

Football Manager: Desde 1993 a fazer de mim parvo.

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Votação: Otamendi tem lugar no onze titular?


Otamendi chegou ao Dragão depois de um campeonato to Mundo em que jogou adaptado a lateral direito, ele que é central de raiz. As prestações não foram estelares mas mostraram um rapaz raçudo e pronto a jogar onde o treinador o mandar. No FC Porto será utilizado a central (salvo qualquer imprevisto) e começou a mostrar serviço frente ao Olhanense. Será que tem valor para ser titular? As (mais de 200) respostas dividiram-se assim:

  • Sim, no lugar de Rolando: 50%
  • Sim, no lugar de Maicon: 19%
  • Não, Rolando e Maicon servem: 31%

É…parece que o pessoal continua a concordar comigo. Continuo a preferir ver uma dupla de centrais em que ambos têm competências diferentes, um mais raçudo e outro mais inteligente e suave. É o que dá ter passado a adolescência a ver jogar Aloísio e Fernando Couto juntos…

Próxima votação: Ruben Micael ou Belluschi no onze? (repetição da votação de Fevereiro…agora o contexto é bem diferente!)

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Rui Moreira ou a nobre arte de mandar pró caralho

Desde que comecei a ver o Trio de Ataque, Rui Moreira ganhou a minha simpatia pela forma educada e correcta com que analisava as ocorrências semanais no mundo da bola, usando retórica pouco usual nos mediáticos comentadores portistas (Francisco José Viegas e Miguel Guedes aparte, ambos bem mais suaves e anti-confrontacionais do que a velha guarda de Guilherme Aguiar, Pôncio Monteiro ou Manuel Serrão) e sempre estranhei as críticas que lhe eram feitas por muitos elementos da nossa comunidade. Foi uma lufada de ar fresco na defesa dos nossos interesses e quase sempre que o ouvia a falar, admitindo lances como verdadeiros contra as nossas cores como uma pessoa normal, em vez de defender com ataques, lançando-se quixotescamente em perseguição de moínhos de vento inexistentes, como alguns dos seus colegas noutros programas.

Ontem, Rui Moreira saiu do programa em directo, deixando António-Pedro Vasconcellos a falar sozinho. A atitude foi nobre/covarde, ousada/irracional e digna/ridícula, dependendo das fontes que estiverem a ler serem portistas/não-portistas. Mas este tipo de atitudes tende a ser sobre-polarizada perante a preferência clubística do indivíduo e extrapola-se demais. É portista, fez bem; não é, fez mal.

Sou portista e fiquei ambíguo. Por um lado não gostei da explosão. Era o único programa de análise de futebol que via regularmente e os motivos que tinha para voltar a ver esfumam-se se Rui Moreira sair. Não há pachorra para as fugas para diante de Guilherme Aguiar nem o exagero anedótico de Pôncio Monteiro e era exactamente aí que Rui Moreira vingava. Ouvia-se bem, escutava-se com atenção e havia conteúdo, substância no seu discurso. Dizia o que era preciso dizer nos olhos, sem problemas de consciência e sem proverbiais papas na língua. Não se prendia em legalês nem em metáforas arcaicas, era directo, conciso e azul-e-branco.

Por outro lado, ouvir o Vasconcellos a debitar ódio, pegando novamente em assuntos judicialmente encerrados para achincalhar nomes e instituições…ainda me convence mais da correcção de Rui Moreira. Sair do programa naquele momento foi a melhor maneira de insultar o seu colega de programa e manifestar a sua indignação ao que nas suas palavras se estava a transformar num “auto de fé”.

Foi soft. Se fosse eu provavelmente não me continha e muito provavelmente tirava cá para fora a cobra zarolha e procedia a urinar para cima do realizador enquanto cantava o hino do FC Porto.

Se calhar é por isso que não me convidam para falar na televisão. Mas espero que convidem Rui Moreira para voltar. Sem ele, o plano é triste e ainda mais inclinado.

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