Baías e Baronis 2010/2011 – James Rodríguez

 

foto retirada de fcporto.pt

Época: O arranque não foi famoso, é uma verdade. O puto parecia franzino demais, medroso demais, incapaz de se adaptar a um futebol mais rápido e mais agressivo do que estava habituado. Não estava à espera que James chegasse cá e começasse de pé colado no acelerador, mas tendo em conta a evolução do rapaz e as necessidades da equipa, também fui dos que pensou que iria ser emprestado em Janeiro. Não foi e talvez tenha sido a melhor coisa que lhe/nos aconteceu. Cresceu como jogador e começou a mostrar serviço na Taça da Liga e rapidamente surgiu como alternativa a jogar em alternativa a Varela ou Cebola, e jogo após jogo parecia mais solto, mais animado, mais jogador. Acabou a época em grande, como opção válida e a provar que por vezes o talento precisa de maturar e adaptar às circunstâncias em que está inserido. Será o James de 2011/12 igual ao James que terminou 2010/11? Só o tempo o dirá.

Momento: A final da Taça, sem dúvida. James completou nesse momento a passagem à senioridade na equipa do FC Porto e elevou as expectativas dos adeptos, até daqueles que diziam “este moço não vale nada”. Mas deixem-me ser um pouco mais específico: o segundo golo na final da Taça. Desmarcação para o passe de Hulk, recepção perfeita, “senta” Nilson e empurra para a baliza. Foi Méssico.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

Link:

Ganhar estatuto a pulso

2011: James Rodríguez – Colômbia

2010: Serge Deblé – Costa do Marfim
2009: Diego Buonanotte – Argentina
2008: Sebastian Giovinco – Itália
2007: Kevin Gameiro – França
2006: Ricardo Faty – França
2005: Arnold Mvuemba – França
2004: Rio Mavuba – França
2003: Javier Mascherano – Argentina
2002: Pinga – Brasil
2001: Diego Chara – Colômbia
2000: Trésor Moreno – Colômbia
1999: Guillermo Pereyra – Argentina
1998: Juan Román Riquelme – Argentina
1997: Thierry Henry – França
1996: Adailton – Brasil
1995: Vikash Dhorasoo – França
1994: Régis Genaux – Bélgica
1993: Florian Maurice – França
1992: Rui Costa – Portugal
1991: Alan Shearer – Inglaterra
1990: Radim Necas – Checoslováquia
1989: Kaladjiev – Bulgária
1988: Michael Thomas – Inglaterra
1987: David Ginola – França
1986: Jean-Luc Ribar – França
1985: François Omam-Biyik – Camarões

 

Olhando para esta lista, com os que foram eleitos melhores jogadores do Torneio de Toulon de cada ano respectivo, podemos ver facilmente que nem todos se transformaram em grandes jogadores. É verdade que o talento que é exibido aos 19 ou 20 anos pode estar ainda em bruto e a precisar de ser burilado, trabalhado, lapidado por bons presidentes, excelentes preparadores físicos e geniais treinadores. Mas tudo tem de partir do próprio rapaz que ergueu aquele troféu em cada um dos torneios. Na lista acima há nomes como Ginola, Shearer, Rui Costa e Henry, mas também aparecem vários que nunca mais conseguiram igualar a expectativa que criaram na sua juventude. E depois há Michael Thomas, a resposta futebolística ao Undertaker da Wrestlemania.

A cotação de James está a subir tanto no clube como no exterior. O interesse de vários clubes acaba por ser um resultado esperado tendo em conta a margem de progressão e o excelente final de época que protagonizou no FC Porto, passando à frente de Cristián Rodríguez e (quase) de Varela na ordem de escolha para o onze titular. Todos esperamos que seja uma das peças principais na próxima temporada e estarei lá para o apoiar.

Link:

O regresso de Rámes

© desporto.sapo.pt

Ontem, talvez por apenas ter visto o jogo enquanto jantava com amigos, não me apercebi da influência que James teve no fluxo de jogo na segunda parte. Hoje revi os 45 minutos em que o rapaz entrou e realmente percebi que valeu a pena. Foi rápido, eficiente, com bons passes (incluindo a assistência para o primeiro golo de Falcao) e uma liberdade bastante mais evidente quando se encontrava na zona central do que tínhamos visto na ala.

Parece-me que o rapaz gosta mais de jogar ao meio (como fazia na Argentina) e mostrou mais num jogo do que tinha feito em vários jogos em que jogou colado ao flanco. Pode ser uma excelente alternativa para um modelo que fortaleça mais o centro do terreno com dois avançados móveis em vez de um central e dois abertos nas alas. Com a baixa de forma de Varela, podemos ter aqui uma forma de Villas-Boas contornar o problema.

Bem-vindo de volta, James. E desculpa a falha, se voltares a fazer o mesmo não me vou esquecer de ti.

Link:

James, Castro e Ukra

«São jogadores fundamentais. O Castro e o Ukra têm sido elogiados por mim em privado e em público. Não quero abdicar deles. Quero continuar a tê-los. O plantel é extenso, mas é um número controlável. São 26 jogadores, podiam ser 24, não é grave. O James tem um potencial incrível e pretendo fazê-lo evoluir. Vai ter uma oportunidade já frente ao Juv. Évora», indicou Villas-Boas.

«O James teve uma semana muito positiva e já lhe disse que conto com ele. Esta é uma oportunidade boa, mas não é definitiva. Não será a última, com certeza.»

André Villas-Boas

Tudo boas palavras para três jovens com futuro mas que até agora poucas oportunidades tiveram para mostrar serviço. Fico à espera que Villas-Boas os ponha a jogar mais vezes.

Link:

Emprestar James Rodriguez?

Foto retirada deste artigo da Bola Branca @ RR

Com Hulk e Varela fixos no onze…
Com Ukra e Cristian Rodríguez como alternativas directas aos titulares…
Com Mariano a regressar em breve…
Com a ausência quase certa de James na selecção da Colômbia em Janeiro para o torneio de qualificação para o Mundial Sub-20…

Se calhar não era má ideia emprestar o rapaz para não estar parado.

Link: