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Baías e Baronis – Feirense 2 vs 0 FC Porto

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Não creio que nenhum portista tenha visto este jogo como mais que uma oportunidade para experiências numa espécie de amigável em plena competição. Uma táctica diferente, jogadores pouco utilizados, alguns em posições alternativas e a ausência de qualquer interesse competitivo fizeram deste jogo um espectáculo recomendável para quem sofra de insónias

(+) Chidozie. Fez a primeira falta aos 76 minutos o que, apesar das poucas vezes em que o Feirense andou pela nossa zona defensiva, é curioso se tivermos em conta que o rapaz esteve muitas vezes em jogo e em bom plano. Certinho, sem inventar (viste, Maicon?), foi dos poucos jogadores em bom plano.

(+) André Silva. Fiquei com curiosidade para perceber porque é que Peseiro apostou em Varela a jogar a 10 quando André Silva podia ter sido bem mais produtivo. Falhou um golo de baliza aberta e claramente não se entendeu com Suk na linha da frente, mas quando recuava no terreno era sempre mais perigoso, criava mais desequilíbrios e abanava mais o jogo. Fiquei curioso, admito.

(-) A opção por Varela a 10. Quando pensamos em grandes números 10 do futebol mundial, Varela não figura na lista do top 10. Diria que ainda não se abateram árvores suficiente no Amazonas para fazer papel que chegue para finalmente listar a posição de Varela nessa lista, sem culpa própria…aliás, é um pouco como considerar Ovchinikov na lista dos melhores extremos direitos do mundo. Saiu portanto bem furada a experiência mas não foi por falta de empenho do Silvestre, que tentou fazer a sua função o melhor que sabia e falhou de uma forma tão evidente que me surpreende ter sido escolhido para essa posição. A incapacidade de controlar uma bola e de a “matar” nos pés, somado à enervante “adianto-a-bola-dez-metros-porque-era-só-o-que-me-faltava-alguém-ma-roubar”, sendo certinho que ia ficar sem o esférico rapidamente, tudo pequenos factores que me parecem eliminatórios para que Varela pudesse ser remotamente produtivo ali no centro. Não conseguiu um lance de perigo a partir daquela posição. Podem tirar “a partir daquela posição” e a frase fica a fazer sentido na mesma.

(-) Angel a cruzar e Suk a rematar. Pum, fora. Pum, fora. Pum, fora. Pum, fora. Pum, fora. Pum, fora. Pum, fora. Pum, fora. E foi isto, todo o jogo.

(-) Imbula. Mais que o desgraçado do Varela que andou a tentar perceber o que havia de fazer em campo, é bem pior ver um jogador a jogar tão pouco quando pode dar tanto mais na sua posição. É a indolência de Imbula que não consigo perceber, mesmo num rapaz que sabe que cá está a prazo, porque não pode ser só aquilo que ele sabe fazer. Chateia-me ver potencial desperdiçado e se a sua incapacidade mental passa à frente da equipa, é altura de o mandar embora. Assim, a meio da época.

(-) Zero substituições. Tive pena porque havia vários putos da equipa B que estavam no banco e que podiam tentar dar um poucochinho mais de dinâmica à equipa, mesmo jogando num esquema diferente com que não tinham trabalhado. Mas Francisco Ramos no lugar de Imbula, Govea em vez de Ruben Neves ou Pité em vez de Angel (por muito que não goste de o ver a lateral esquerdo, mas às subidas do Angel…foi mais médio-ala que lateral) não faziam mal nenhum e podiam dar outras ideias e outras opções. To each his own, mas não vai ter muitos mais oportunidades destas para fazer experiências.


Nem sequer foi um bom treino. Foi só a constatação que temos muito tempo para andar e até chegarmos a um ponto decente vão passar muitos mais jogos…e possivelmente muitas mais derrotas.

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Baías e Baronis – Famalicão 1 vs 0 FC Porto

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Costumo brincar com um dos meus companheiros portistas de sempre, com um humor muito distante da alegria que habitualmente pauta a minha bem-disposta tromba, que quando estamos no fundo do poço, há sempre uma pá disponível para podermos cavar ainda mais um bocadinho e chegar ainda mais fundo. Hoje, a pá estava lá e houve uma diligente tentativa de tentar procurar um eventual filão de petróleo que por lá pudesse haver. Vamos a notas, rápidas, com a tentativa de acabar com este pesadelo rapidamente:

(-) Zero. O estado é de depressão, de incapacidade e de desalento. Não tenho a menor dúvida que se tivéssemos entrado em campo com a totalidade da equipa B, o futebol teria sido mais fluido, a vontade de ganhar bem superior e teríamos saído de Famalicão com uma vitória que seria tão natural como a que conseguiram aqui há uns meses quando passaram neste estádio e venceram por 4-2 (onde Garcia, Ismael e Ramos estiveram presentes, bem como Govea e Gudiño que hoje não saíram do banco). Mas esta equipa que jogou hoje está numa fossa tão profunda, com quase total descrença nas suas capacidades, impotência perante a menor dos obstáculos e acima de tudo a vontade que venha alguém que lhes diga o que fazer. Mas é incrível que um grupo de jogadores de elite para os standards do nosso campeonato não tenha o brio e o orgulho de mostrar a todos, de adeptos a jornalistas ou até ao NOVO TREINADOR QUE ESTAVA ALI NA BANCADA A VÊ-LOS que são bons. Que são dignos de usar esta camisola. Que a culpa era do treinador anterior, ou que a culpa não era deles mas de toda a estrutura que persiste e subsiste à sua volta e por causa deles. Não mostraram fibra, garra, vontade. Varela foi pior que Ismael, Maicon pior que Lichnovsky, Imbula pior que Ramos. Nomes que nos habituamos a ler como elementos importantes na equipa estão a ser desfeitos pelas suas próprias mãos, pelo que fazem em campo e pela forma consistente (admiro a coerência, realmente) como exibem uma completa descoordenação entre o que deve ser um jogador profissional de topo e a imagem que esse jogador deve mostrar. Crise? Já passámos a crise. Chegamos ao tempo das sentenças e não sei se Peseiro terá coragem (ou autorização) para encostar meia dúzia de titulares, mostrando-lhes que aquilo que produzem é tão miserável que não merecem mais do que uma cadeira na bancada (até porque criar anti-corpos logo no início pode ser pouco positivo para a trémula harmonia do grupo), mas garanto que é o que mereciam. Sabem mais do que aquilo e não há anti-depressivos suficientes no mundo que façam melhor efeito que uma boa dose de humildade.


Um jogo triste numa despedida triste de Rui Barros do comando da equipa. Também ele, sai triste e incapaz de fazer o mínimo para reabilitar este grupo. Domingo é um novo dia.

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Ouve lá ó Mister – Guimarães

Caro Rui,

Acabou o período de treinos e vais mesmo ter de sair da cidade para jogar à bola. Parece estranho que eventualmente possas chegar ao final do teu comando sem teres jogado uma única vez perante o público que te, vê como um ídolo e um símbolo da vitória e da conquista que todos gostaríamos de voltar a viver. E garanto que este, que talvez seja o último, não vai ser fácil, pelo menos não tão fácil como o jogo do campeonato contra o Boavista.

Olvida-te que do outro lado está um rapaz que já vestiu as nossas cores e que andou a correr as bocas do mundo a dizer que vai ser o nome que te vai substituir e a quem vais ter de obedecer prá semana. Não ligues a isso e pensa bem no que vais fazer para, caso seja ele o escolhido, lhe colocar já uma rampa com menos inclinação a caminho do título. Se ganhares hoje em Guimarães vais fazer com que o empate do Sporting sirva para nos colocar mais uma vez a uma distância decente para dependermos só de nós para vencermos isto. Ainda assim, não vai ser fácil porque os gajos estão moralizados e têm andado a fazer jogos simpáticos. Maicon e André estão de volta e até o Sérgio Oliveira pode ser opção. Boas escolhas, só falta mostrarem em campo que estamos prontos para brilhar!

Sai em grande, Rui. Brilha e volta para a tua penumbra auto-imposta em grande!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – Sporting 2 vs 0 FC Porto

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Em primeiro lugar: perdemos bem. Não fomos assertivos na posse de bola, não fomos organizados como equipa, não fomos eficazes na frente e não fomos práticos atrás. Não fomos, no geral, uma equipa, ao contrário do que se viu do outro lado, onde onze homens formam um colectivo ao passo que os nossos onze são apenas isso: onze. Sem entrosamento, com pouca capacidade de criar como um conjunto, como um esquadrão de ataque, como uma equipa. Não somos uma equipa e nestes jogos, onde a inspiração individual não aparece, é ainda mais evidente a ausência dessa união. A notas que se faz tarde:

(+) Danilo. O único destaque positivo da noite de hoje esteve neste tanque que conseguiu adiar o que se foi tornando inevitável ao passar dos minutos. Lutou enquanto conseguiu perante um meio-campo entrosado que trocava bem a bola entre si e que apanhava um grupo de mocitos que de vez em quando treina e joga junto. Danilo foi a imagem da força que todos deveriam ter e se é titular no FC Porto acaba por ser por mérito próprio. Pouco conseguiu fazer de produtivo na frente mas tentou usar a força para controlar o meio-campo. Raramente teve sucesso, admita-se, mas não foi por falta de empenho.

(-) Equipa? Onde? Por onde começar? Pela organização do meio-campo, que permitiu ao Sporting vencer qualquer como 97% das segundas bolas? Ou pelas subidas de Corona e Brahimi que raramente recebiam apoio dos médios e que faziam com que os laterais os ultrapassassem em velocidade sem conseguirem receber as bolas em condições? Ou viremos para Maicon, mais uma vez Maicon contra o Sporting, a facilitar em demasia e a receber o eterno enfoque da realização depois do enésimo passe longo falhado ao que se segue o braço levantado a pedir desculpa aos colegas? Talvez possamos focar a atenção em Aboubakar, que falhou mais dois golos apenas com o guarda-redes pela frente? Ou em Maxi, que desde as constantes substituições à treinador de bancada não mais parece o mesmo a subir pelo flanco? Ou Ruben (et tu, moço) que toma decisões erradas quando se espera perfeição no passe? Ou Indi, que falha rotundamente na marcação do melhor marcador da Liga, ainda por cima com vários de cabeça na conta? Ou poderemos olhar novamente para o meio-campo, que foi o espelho da mesma zona na equipa contrária? Há tanto por onde pegar que se torna complicado perceber como é que um plantel tão bom, com tantas soluções, talento e experiência, não consegue apresentar-se em campo de uma forma consistente, entrosada e com a mecanização dos posicionamentos e desdobramentos e outros -mentos que se espera de um Fafe, quanto mais de um Porto. Juro que nunca vi o FC Porto tão bom jogar tão mal. Pior. Nunca vi o FC Porto jogar de uma forma tão desorganizada.


E assim largámos o comando do campeonato para aquela que é actualmente a melhor equipa de Portugal. Não tem os melhores jogadores, não sei se terá o melhor treinador, mas é notório que é a melhor equipa em campo. E contra factos, meus amigos…

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Baías e Baronis – Feirense 0 vs 1 FC Porto

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Há várias formas através das quais consigo conectar o meu cérebro para conseguir ver um jogo como o FC Porto fez hoje à tarde na Feira. Posso assumir que é um jogo de pré-época e viver nesse mundo alternativo; posso imaginar que afinal estou a ver os Bês e que se vão vingar da derrota de aqui há umas semanas; posso desistir e pensar que nunca mais vou ver um FC Porto pressionante, forte e à procura de mais que um mísero golo contra uma equipa de uma divisão inferior…qualquer uma destas serviria, mas vou por uma quarta opção: uma boa parte dos rapazes está cansada depois do equivalente a uma temporada praí de 1943/44 toda disputada num espaço de um mês. Não justifica tudo, mas ajuda a perceber alguma coisa. Vamos a notas:

(+) Danilo. Impecável. Uma força imparável no centro do terreno, foi o médio de melhor produção e acima de tudo pela constante presença na organização do jogo da equipa, tanto defensivamente como no início de criação de lances ofensivos. Falta-lhe ser um pouco mais consistente na subida com a bola, porque se conseguisse fazer o mesmo na posição oito que actualmente faz a jogar como seis, conseguiríamos enquadrá-lo com Ruben na mesma equipa sem perder capacidade ofensiva, o que não tem acontecido. Grande jogo.

(+) Helton. Três ou quatro excelentes defesas e a presença sempre constante pelo ar ou na recolocação rápida da bola em jogo, o “velhote” mostrou que continua em boa forma e dá confiança à defesa sempre que está em campo. Continuará a ser segunda opção atrás de Casillas mas não perdemos nada quando está em campo.

(+) Maicon (até aos 88 minutos). Esteve excelente no comando da defesa e na intercepção de lances ofensivos do Feirense, a jogar prático e simples, apesar da pressão alta sempre bem feita pelo adversário. Alguns passes longos falhados não mancham uma boa exibição. O que ia manchando era esse tal “coiso” aos 88 minutos, devidamente analisado em baixo.

(-) Jogadores de futebol ou gajos que jogam à bola? Compreendo que a malta até estivesse cansada e que quisesse manter a bola a rolar sem que tivesse de trabalhar muito para conseguir mais um ou dois golos, algo que estaria ao alcance de todos, os habituais titulares ou os suplentes. Compreendo perfeitamente que André Silva não tivesse jogado, ele que brilhou na segunda-feira naquele jogo cansativo contra o Sporting B debaixo de intensa chuva em Pedroso. Mas não compreendo a mentalidade de gestão com um golo apenas na frente, num estádio adverso com tantas possibilidades de falha como havia hoje. E não compreendo a permanente horizontalização do jogo, sem vontade, sem rasgos nem consistente futebol ofensivo. É aborrecido, demasiado aborrecido ver este FC Porto a jogar à bola e nestes jogos ainda se nota mais a falta de moral e de vontade de vencer que muitos rapazes mostram em campo. Aposto que a maioria está à espera que o jogo termine para poderem ir descansar um bocado ou para se livrarem dos assobios. Guess what, dudes? Se continuarem a jogar assim, não se livram, garanto.

(-) Afinal para que é que serves, Tello? Uma nulidade que fez com que tivesse saudades de Varela, mesmo depois daquela exibição absurda do Silvestre contra o Angrense aqui há umas semanas. Tello em 2015/2016 tem tido um rendimento aproximado de um bulldozer a jogar mikado ou de um gafanhoto a carregar uma arroba de batatas de uma só vez. É inoperante, incapaz de um drible de progressão e servindo simplesmente como uma das paredes mais caras que já colocámos em campo na nossa história. Recebe a bola e de primeira endossa-a de volta para o rapaz que lha colocou nos pés. E é isto. Mais nada. Nem um pique, um remate, uma lance que se possa recordar mais tarde para tuitar alegremente com a hashtag da moda. Lembrar-me que saiu da Masia é ainda mais enervante.

(-) Aquele lance aos 88 minutos. O lance a que me refiro, que aconteceu perto dos 88 minutos, é apenas a confirmação da Alexsandrização do FC Porto em grande parte destes jogos. A molenguice, os excessos de confiança, as trocas de bola com passes pouco tensos, na iminente perda de bola quando esses passes não chegam ao destino da melhor forma ou quando um ou outro jogador treme um bocadinho em posse. Com um relvado que parecia cimento pintado de verde e castanho, a bola em constante ressalto no solo…temi que pudesse haver uma chatice. E aparece Maicon, a tentar picar a bola para não a mandar para as couves, dando origem ao que poderia ter sido o golo do empate e mais uma situação de mãos na cabeça para Julen e amigos. Valeu São Helton.


Quartos-de-final da Taça não é mau de todo. Passar às meias ainda vai ser melhor. E a final, upa upa. E ganhar? Isso é que era. Ainda assim, trocava isso tudo pelos oitavos da Champions.

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