Dragão escondido – Nº14 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

 

Em virtude da edição anterior ter apresentado algumas dificuldades a vários apostadores, apesar da aparente facilidade que acreditava ser um tiro certeiro, esta foi mesmo à borla. Mesmo. Foi talvez o mais fácil de sempre, cambada! Képler Laveran Lima Ferreira, a.k.a. Pepe, a.k.a. O assassino de Chamartín, a.k.a. O Carniceiro de Maceió, a.k.a. O Salvador Da Defesa A Três do Co, aparece-nos aqui em luta titânica com um jogador do Vitória de Guimarães, num jogo a contar para a Liga 2005/06, como se pode ver pela camisola. Muitas alegrias nos deu este louco brasileiro agora naturalizado português, onde foi crucificado pela agressividade que impunha em todos os lances, “porque só no Porto é que eles jogam assim e não lhes acontece nada, blá blá”…até que foi para Madrid e mostrou ao Mundo como (quase) matar um adversário atrás de outro. E se jogarem de azul e grená, então aí é que eles caem como tordos. Venceu a Taça Intercontinental e dois campeonatos pelo FC Porto e foi essencial na temporada a que esta foto se refere, com exibições heróicas no eixo defensivo a cobrir as falhas de Pedro Emanuel/Cech e Bosingwa, anviados para o ataque pelo doido holandês que nos treinava na altura.

Entre as (poucas) tentativas falhadas que o povo fez para acertar no nome do rapazola:

  • Ricardo Quaresma – O nosso cigano preferido estava no plantel e ajudou a fazer do ataque do FC Porto uma das máquinas demolidoras mais espectaculares do campeonato, ao mesmo tempo que só recuava para ajudar a defesa se a casa dele estivesse a arder na nossa área e ele fosse o único com acesso a uma torneira de água. Não era ele na foto porque, muito honestamente…a estrutura física é bastante díspar;
  • Mário Jardel – Para lá do facto evidente de nessa época já andar a pedinchar por um lugar no Goiás, a simples imagem do Jardas a pressionar um defesa é difícil de imaginar e ainda mais complicada de captar numa câmara. O contrário, parecer-me-ia normal;

O primeiro a apostar correctamente foi pela terceira vez consecutiva o Dragão de Coimbra, às 6h59, o que me faz pensar que o homem não dorme. Ou é padeiro. De qualquer forma, os meus tri-parabéns!

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Still cleaning, always cleaning…

Olhem bem para a fotografia acima, que me foi enviada por um amigo (obrigado, Manuel!). Se não me engano, foi colocada no twitter de Falcao no dia 20 de Abril de 2011, alguns minutos depois de um momento de glória garantido em pleno Estádio da Luz. Não acredito que haja um portista vivo que não se lembre desse jogo em que demos a volta a uma pesada derrota por dois a zero no Dragão, vencendo fora por três a um e garantindo a passagem à final da Taça, que também vencemos.

Olhem agora para os rapazes que posam para a posteridade. Um português, um colombiano, um brasileiro e dois uruguaios. Todos, até Cebola, eram presenças habituais no onze que conquistou quase tudo o que pôde nessa inesquecível temporada. Hulk e Falcao, figuras principais de um ataque demolidor; Moutinho, a gerir o meio-campo com a atitude de um vencedor; Álvaro, sempre a abrir pelo flanco esquerdo; e Cebola, que lutava mais do que produzia mas estava lá, intermitente mas sempre esforçado. A pluralidade de nações e estilos uniam-se com o brilho de uma equipa que lutava como uma só, com garra, vontade, harmonia e excelente futebol.

Foi há dois anos. Há dois anos. Compreendo que é perto de impossível manter um plantel estável num clube como o FC Porto, com a filosofia de compra/valoriza/vende que tem sido pivotal na capacidade negocial no mercado de transferências e na manutenção de plantéis competitivos independentemente dos jogadores que os compõem. Mas não deixo de me sentir triste ao ver que algumas das figuras que nos habituamos a aplaudir, a criticar, a analisar, a conhecer…tantos deles saem do clube e nos deixam sem hipótese senão conhecer novos talentos e começar tudo de novo. Já não é sequer uma questão de saudosismo bacoco, apesar de não esconder a minha faceta que aplaude os valores do passado com o mérito que eles fizeram por ganhar. Gostava só de ver jogadores a ficarem no FC Porto durante mais de três anos e que consigam dar as mesmas alegrias aos adeptos com a sua própria alegria a jogar. Neste momento, aponto Helton, Fernando e Lucho. O resto são tudo rapazes com cifrões em cima. Sic Transit Gloria Mundi, ao que parece.

Olhem de novo para a fotografia. Quantos deles vêem no plantel 2012/2013? E já agora, se me permitem, quantos acham que vão ver no plantel 2013/2014?

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Leitura para um fim-de-semana tranquilo

  • A análise táctica do último jogo do FC Porto contra o Olhanense, no A Bola do Vasco;
  • Numa altura em que o futebol romeno cada vez leva mais portugueses a emigrar, vale a pena perceber como vão as coisas lendo um pouco do Scouting Romania;
  • Jonathan Wilson olha para a muy-confusa fase de qualificação para a CAN 2013;
  • O sinal evidente que mesmo em Inglaterra não conseguem acertar com taxas de câmbio, eles que a usam bem mais que nós. Visto pelo Off the Post;
  • Uma viagem ao longínquo ano de 1995, onde no Canadá a selecção nacional disputava a Skydome Cup, num estádio coberto com piso sintético. A ler com um sorriso nos lábios, no Cromos da Bola;
  • O In Bed with Maradona leva-nos numa visita às planícies bolivianas, para o 159º Clasico Cruceño entre o Club Blooming e o Oriente Petrolero;
  • Um plano com cinco pontos para melhorar a forma como os equipamentos vão sendo alterados ano após ano, no True Colours Football Kits;
  • O que pode valer a rejuvenescida Real Sociedad em 2012/2013, no Diarios de Fútbol;
  • Avançando alguns anos para o futuro, uma visão do que poderá vir a ser a temporada de 2016/17 no futebol inglês, escrito pelos doidos do The Two Unfortunates;
  • Porque os estádios, construídos ou em projecto, são sempre obras magníficas, vale a pena darem uma vista de olhos pelo tumblr genialmente nomeado Stadium Porn;
  • Para terminar, Miguel Lourenço Pereira no seu Em Jogo estuda o futuro da Liga portuguesa numa altura em que algumas das principais figuras vão saindo para outros pastos;
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