Uma papoila entre oh tantas papoilas

Como ontem usei da palavra para salientar o trabalho (perdão, o estrume) de Afonso de Melo, hoje continuo a zurzir no Benfica mas uso prosa de outro nível mas do mesmo tipo de lixo e aproveito desde já para pedir desculpa aos Portistas mais impressionáveis. Quem aguentar sem vomitar um pouco na boca, continue a ler, mas leiam com boa disposição e não se deixem afectar pelo chorrilho de estupidez gomesdasílvica que abaixo está transcrita:

“Ei que cambada de Aziados que aqui vai….já todos sabemos que a inveja é o maior atributo do Portuga, se o meu vizinho comprar um Porsche eu quero um Ferrari, é assim o dia a dia dos adeptos do 8FCP2…coitados mesmo a ganhar como teem ganho (Fruta) nao conseguem chegar perto dos adeptos que o SLB tem, até o Sporting tem mais adeptos, mesmo na cidade do Porto há mais adeptos do Benfica, Boavista e Salgueiros…os adeptos do 8FCP2 veem todos dos arredores da parvalheira e da provincia, eu e muitos dos meus amigos vamos muitas vezes do Porto a Lisboa para ver o Glorioso, a pouca assistencia nos jogos do 8FCP2 tem várias explicacoes, uma delas é os seus adeptos gastam o pouco que ganham na bebedeira ou nas noitadas no Calor-da-Noite, Folie Music ou Taverna do Infante na esperanca de verem por lá o famoso Corrupto com alguma Brasileira de sonho..!!!..outra explicacao é que o 8FCP só encontra equipas de Pernas-de-Pau nos confrontos Europeus (Monacos, Corunhas, Villas Real, Dinamos de Moscovo, Shaktar Donetz..etc), mesmo assim quando comeca a correr mal há sempre o Arbitro que foi jantar com gente do 8FCP2 ou recebeu Café com Leite no Hotel a dar + um Penalty para o Hulk marcar e assim ganharem, se nao for Penalty expulsa 2 jogadores e já está no papo…assim é dificil alguem acreditar naquilo que ve no Estadio (ECOCENTRO) do Dragon, tudo falso tudo arranjado ao pormenor…!!!…AZIADOS deixem-se de inventar todo o tipo de asneiras para tentar justificar o ovio, o SLB é o Clube que mais gente mete nos estádios, Dragon, Alvalade e todos os estádios por onde o SLB passa é sempre casa cheia (vejam o exemplo no PSG)…se voces teem poucos adeptos a gente sabe porque (visitem o “youtube.com”), lá está tudo explicado ao pormenor como se preparam os jogos do 8FCP2, é normal que uma grande parte dos adeptos de futebol se sintam enganados com as tramoias que o Pinto da Costa e companhia fizeram durante todos estes anos, se fosse em Italia, Turkia ou Alemanha essa corja estava na Pildra….assim como em Portugal tudo é permitido estes Sr.s movimentam-se no meio do entulho com uma avontade de arrepiar…..alguns veem aqui falar que a culpa é da crise, qual crise qual carapuca, a crise é só para os adeptos do 8FCP2.?…os adeptos do SLB nao teem crise, os adeptos do SLB veem de Braganca a Lisboa ver o SLB porque sabem que ali há verdade desportiva, sabem que quando há um Penalty é porque existiu já que a nós os arbitros teem vergonha de nos marcar um Penalty (exemplo a epoca passada), quando se marca um Penalty a favor do SLB no Porto cai o Carmo e a Trindade, quando é a favor do 8FCP2 para arranjar o resultado final ou virar um resultado negativo aceita-se porque é sempre Penalty correcto…!!!…deixem-se de ipocresias, crescam para a realidade, nao tentem atirar areia para os olhos da realidade, numa noticia do SLB há mais comentários de Antis do que adeptos do mesmo, a maioria desses comentários sao de pessoas sem cultura nenhuma, por isso a tal crise de que falam pois sem cultura (escola) nao há bons empregos, nao há dinheiro para ir á bola, para a bebedeira e para as Boites….já sei que vai haver aqui muito comentador Aziado que vai dizer que eu sou um daqueles que deixo a famila a pao e água para ir ver o Benfica, podem ficar descansados porque eu alem de ganhar bastante bem, posso ir para a bebedeira, posso ir para a Boite (o que nao é o caso) e ainda posso ir do Porto a Lisboa ver o SLB sem problemas, jámais deixaria faltar alguma coisa á minha familia por causa da bola…..na próxima Sexta-Feira lá estaremos com capacete e roupas á prova de Bolas-de-Golf, Pedradas e Esqueiradas….se publicarem este meu desabafo ficarei sempre cliente do Record e claro….Adepto do BENFICA SEMPRE A GANHAR…lol”

comentário colocado aqui

Tenho vários amigos benfiquistas, todos eles bem adaptados ao mundo moderno e com dignidade suficiente que possibilita conversa educada e animada sobre futebol. Este não é um deles, como é evidente. E o que me assusta é que ainda há muita gente que para além da notória dificuldade em conseguir escrever num português coerente e pós-neandertal (com brilhantes pérolas como “ovio”, “ipocresias” ou “esqueiradas”), o que mais me entusiasma na leitura deste críptico comentário saramaguiano é mesmo a paixão com que o rapaz se lança em demandas consecutivas, somando pseudo-factos um atrás do outro e espumando diatribes mentais como um epilético numa discoteca. Esta é a mentalidade tradicional do chuta para canto, ah eu acho que é portanto deve ser, eu é que sei e se acredito que os leitões da Bairrada foram colocados cá pelos antigos egípcios, é porque tenho razão. Este é um não-tão-breve exemplo do que devia ser erradicado do futebol.

É este tipo de baba tóxica que temos de aturar. E não tenham ilusões: fulanos como o João Querido Manha ou o José Manuel Delgado são exactamente iguais a este indivíduo. A única diferença está na língua que falam, por mais viperina que seja.

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Ah, Afonso, quanta trampa proferes!

Afonso de Melo.

O nome é digno. Honrado. Afonso. O nosso primeiro comandante, o líder destemido que espetou uma patada à Marco na mãe, disse qualquer coisa como “Esta merda agora é nossa, coños!” e partiu para conquistar Lisboa de espada em riste. Outros tempos, outro Afonso. Este de que falo é algo diferente. Um misto de F.Scott Fitzgerald com o Santarém, o bêbado que na minha juventude vagueava pelas ruelas lá da terra a apanhar beatas do chão e a dormir em dispersos montes de areia. Um boémio.

Brota fel por quantos poros possui, o Afonso. Graceja com um vómito de metáforas nem sempre bem conseguidas e procura a arte através da sátira, usando de todos os subterfúgios para insultar não insultando, para humilhar não humilhando, e termina sempre com uma frase curta, simples, sempre indirecta e com o pseudo-moralismo que gosta de injectar na pus que acabou de publicar.

Eis um pequeno exemplo:

“Anafado, de olhos protuberantes, cabeça calva, orelhas peludas, o Rei dos Palhaços baba-se de uma baba bovina.
Opado pelos comprimidos que lhe permitem disfarçar a impotência, rebola o olhar pelos estranhos mamíferos que o rodeiam. Há para a sua flausina do momento um dedicado vislumbre lúbrico. Repugnante mas ainda assim lúbrico. E ela, pobre tonta, cega, retribui. A qualquer momento teme-se que lhe expluda uma coronária, mas o animal é rijo e suporta o arremedo de fluxo sanguíneo.
À sua volta, encharcados por um salivar constante das suas gengivas descarnadas, os cães-palhaço esperam um gesto seu.”

Lindo. Reparem no criterioso uso de um dicionário de sinónimos rebuscados para poder orgulhar-se de usar palavras como lúbrico ou arremedo. Um génio, o Afonso. A prosa, nada suave e sempre como uma ponta de uma qualquer lança hirta e firmemente segura nas suas mãos, ataca o leitor com a arrogância de quem sabe mais que o seu próximo. Litros de álcool depois, Afonso está satisfeito. Produziu mais uma sagaz crítica da sociedade que o rodeia e ao mesmo tempo conseguiu dar mais algumas catanadas no inimigo. De notar a facilidade com que o insulto é produzido e como qualquer blogger que dá a cara, Afonso ataca, agride, massacra, destrói. Os palhaços, claro está, lêem e indignam-se, como eu, que sou tanto palhaço como indignado. E Afonso, decerto recuperado do emprego que lhe foi oferecido pelo nosso Estado, na altura com a necessidade imperiosa de descobrir um assessor de imprensa que fizesse João Gabriel parecer MLK, senta-se e descansa do esforço hercúleo que devotou a mais uma obra. Para quem não entendeu o alcance das palavras do aborto (perdão, do Afonso), os “palhaços” são os Portistas, o seu “Rei” será Pinto da Costa, os “cães-palhaço” talvez Antero ou Reinaldo Teles.

Encoberto por uma televisão que lhe dá guarida, um jornal que o convida, uma imprensa que o elogia e um país que o assalaria, que fazer perante este tipo de gente reles?

Estivesses agora cá, Afonso, o Conquistador. Tinhas visto Lisboa cair no impuro caos do centralismo e assistias ao clube da cidade a que te colaram a colar-se a eles. E que nojo terias tu deste teu homónimo.

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Também podemos ir para o Guinness?

Tenho a firme convicção que todos os clubes têm sólidas bases de queixa da arbitragem, seja em que contexto fôr. Um fora-de-jogo mal tirado, um golo mal validado, um atraso para o guarda-redes mal avaliado (sim, incluo o ingénuo do Rui Patrício neste lote) ou qualquer outra situação de jogo que tenha sido mal ajuizada pela equipa de arbitragem.

Mas aposto que deve ser um recorde o número de vezes que fomos prejudicados em confronto directo com o Benfica nos últimos anos.

PS: Sim, abri as hostilidades. Aos benfiquistas que costumam visitar o Porta19, fica a mensagem. Como sabem sou um gajo razoável e tento não ser exageradamente agressivo, mas há duas semanas por ano (pelo menos) em que há que picar o rival com tudo o que se puder atirar. Por isso para não se chatearem comigo, voltem no Domingo. Até lá não vai haver nada que vos interesse muito por estas bandas.

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Baías e Baronis – Feirense 0 vs 0 FC Porto

Quando me sento para ver um jogo do FC Porto, raramente estou à espera de uma vitória folgada. É o pequeno pessimista cá dentro que nunca me dá um momento de descanso, que mesmo quando estamos a ganhar por três me força a pensar num canto perigoso ou num contra-ataque rápido que pode dar um golo…e depois outro e outro. E assim vou vivendo. Num jogo como este, aqui o rezingão residente começou cedo a chatear. “Mas porque é que eles não correm?”, dizia-me. “Porra, não passes a bola agora! Pronto!”, exclamava. “Espera, pára o jogo, não chutes que ele nunca mais a apanh…ora f***-se.”, cuspia. Foi um jogo inteiro de parvoíces. Desde bolas perdidas no meio-campo, bolas perdidas na defesa, passes a trinta metros com a força de remates e acima de tudo um ritmo lento demais para ser aceitável e uma falta de agressividade como há muito não via. Foi uma regressão intensa a alguns jogos de 2009/2010, em que nada saía direito e onde os jogadores baixavam os braços à primeira adversidade. E não, não chega dizer que faltava Hulk e Álvaro, porque hoje em Aveiro faltou muito mais que isso. Faltou empenho para ganhar o jogo, porque se tivéssemos jogado com um terço da vontade que os rapazes do Feirense jogaram, tínhamos saído de lá com três pontos. Vamos a notas:

 

(+) Mangala Num jogo em que é complicado arranjar gente que tenha feito uma exibição positiva, destaco o francês. Bom pelo ar, a jogar simples para os colegas e rápido com a bola controlada. Gostei que tivesse conseguido um jogo em que quando colocado frente a avançados trapalhões mas rápidos, nunca se deixou desanimar e conseguiu sempre manter um nível acima da média da equipa. Basta dizer que não senti a mesma intranquilidade que costumo sentir em Maicon. Pode ser um bom jogador para o futuro.

(+) Sapunaru Foi dos poucos que lutou com velocidade e conseguiu subir pelo flanco e até chegou a aparecer na área em algumas oportunidades. Como a maioria dos ataques do Feirense aconteceram pelo centro ou pela direita, esteve mais à vontade para apoiar o ataque e infelizmente como não é um portento de técnica acaba por não conseguir fazer o suficiente para ser decisivo. Mas hoje pelo menos vi-o a tentar com alguma inteligência, o que com alguns colegas quase não aconteceu.

 

(-) Inversão de ritmo e estilo Ora vamos lá. O que me custa mais a entender neste jogo é a falta de empenho dos jogadores, ponto final. Chamem-me velho resmungão mas não entendo como é que se encara um jogo do campeonato em que estão sempre pontos em disputa com a falta de nobreza competitiva que o FC Porto hoje mostrou em Aveiro, em que parecia estarem a passear sem objectivo e a facilitar em quase todos os lances como fizeram na primeira parte. Depois do intervalo a equipa melhorou mas não muito e era penoso ver o ritmo a que os nossos jogadores levavam a bola para a frente, sem estrutura de jogo nem mentalidade ganhadora. Não entendo, juro. A somar a este desterro de vontade temos outro vector de falhanço que foi a diferença no estilo de jogo quando comparado com os jogos que o precederam. Ao passo que contra Leiria, Setúbal ou Shakhtar (para dizer a verdade, desde Novembro de 2010 que tentamos jogar da mesma forma com sucesso evidente) o jogo era pausado, calmo, de pé para pé, de ritmo controlado com homens suficientes para trocar o esférico entre eles sem a perder, hoje vimos um FC Porto a jogar com os elementos do meio-campo para a frente sempre muito longe uns dos outros o que impossibilitava a rotação da bola de uma forma tranquila. Os passes saíam sempre longos, mal orientados e nunca com a força certa para chegar ao destino, Guarín nunca conseguiu fazer a rotação de bola no centro, Belluschi apareceu meio perdido e Moutinho muito distante dos colegas. Some-se James que perdia as bolas todas, Cebola sem as conseguir controlar dentro do terreno e Kleber perdido atrás de espaços na área sem que a bola lá chegasse. Foi pouco FC Porto, muito pouco FC Porto e se foi esse o jogo que Vitor Pereira quis colocar em campo, falhou rotundamente. Se os jogadores não quiseram saber e decidiram que assim é que ia correr bem, ainda pior.

(-) James A expulsão é inadmissível. Noventa minutos de jogo e por causa de uma falta a meio-campo (que o árbitro até marcou) mostrou a todo o mundo que o talento que pôs em campo nos últimos jogos está presente juntamente com uma boa dose de imaturidade. Para além dessa ridícula reacção fez um jogo horrível, cheio de quedas sem necessidade e uma enorme falta de clarividência ofensiva para conseguir colocar a bola jogável para os colegas. Comparado com os três jogos anteriores o James que esteve em Aveiro foi o anti-James e a equipa, sem ver Hulk em campo, continuava a mandar-lhe bolas para que tentasse fazer alguma coisa de jeito, o que nunca aconteceu. James tem de perceber que nem sempre a vida pode correr bem. Mas tem de continuar sempre a tentar.

(-) As displicências de Fucile, Guarín e Cª Foi enervante ver os jogadores do FC Porto a perderem bolas para os do Feirense, especialmente pela forma como aconteciam. Durante noventa minutos vi Fucile a tentar passes que nunca poderiam resultar, tabelas com jogadores que não estavam lá e desmarcações directamente para fora. Guarín perdeu várias bolas enquanto preparava remates durante segundos intermináveis em que proteger a bola era tarefa para um qualquer duende que por lá andasse, ao passo que Fucile ou Rodriguez se deixavam antecipar no acto e no pensamento pela velocidade dos adversários, ou Belluschi que ao tentar cortar uma bola pela relva se lembra de atrasar fraco para Helton em vez de atirar para fora. Mente fraca em corpos mais ou menos sãos, dá nisto.

 

Não é uma catástrofe mas custa perder pontos num jogo que estava ao nosso alcance. Ainda chateia mais perceber que este tipo de resultados, que acontecem casualmente quando as equipas têm azar nos remates ou apanham um guarda-redes que faz o jogo da vida dele, ocorreu por culpa exclusiva dos nossos jogadores pelo pior dos motivos: preguiça. Preguiça de jogar com inteligência e tranquilidade, preguiça de correr tanto como o adversário. E se voltarmos à época passada e virmos os empates com Guimarães, Sporting ou Paços, percebemos que nenhum deles teve esta configuração. Contra o Vitória porque descansámos com o resultado feito; frente ao Sporting porque fomos surpreendidos pela agressividade de uma equipa que até aí nada tinha feito nesse sentido; em casa com o Paços porque já éramos campeões, tínhamos acabado de passar à final da Liga Europa e estávamos e poupar até lá chegar…e porque Pizzi fez três golões. Empatar com o Feirense não é, mais uma vez, uma catástrofe. Mas sempre que fizermos jogos deste nível não podemos esperar mais senão perder pontos.

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