Dragão escondido – Nº1 (RESPOSTA)

Voilá…a resposta ao primeiro “Dragão escondido”:

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A maior parte da malta acertou e o rapaz é mesmo José Carlos, central brasileiro, marcador de livres e autor do famoso “olha para aqui, Artur Jorge!” enquanto batia na coxa a celebrar um golo marcado ao Benfica no Estádio das Antas, na altura em que o filólogo era treinador dos nossos rivais, como vingança pela pouca utilização que o técnico lhe tinha dado quando foi treinador do FC Porto em 1989/90 (se estiver enganado por favor corrijam-me!). A foto é de um jogo amigável no início da temporada 1994/95.

Entre as respostas que a malta deu:

  • Jorge Costa – a alternativa mais provável, fazia parte do plantel e era central, posição que tinha um elemento a menos nos jogadores visíveis;
  • Fernando Couto – tinha saído no Verão para o Parma;
  • Geraldão – tinha saído alguns anos antes para o Paris SG;
  • João Manuel Pinto – só chegou em 1995/96;
  • Paulinho Santos – possível, mas improvável tendo em conta a formação táctica;
  • Kostadinov – idem.

Gostei do resultado e vou repetir. A malta recordou o passado, voltou aos tempos do Robson e deu para um bocado de nostalgia que é tão porreira para todos. Afinal, sou da geração rasca…a original!

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Dragão escondido – Nº1

Cá está uma rubrica digna da Dica da Semana do Lidl. Fotos com jogadores escondidos. E adivinhar quem é pode ser mais difícil do que parece.

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É simples. Quem é o rapazola que está escondido por trás da cara do Jack do Nightmare before Christmas?

Respostas para a caixa de comentários, faxabor.

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Já chega.

Mais um comunicado. Desta vez sobre um imbecil qualquer que tem algum tempo de direito de antena na Benfica TV, brotado da fel que o idiota pontualmente escreve no blog colaborativo e intensamente enojante de nome Tertúlia Benfiquista e que passou como que por uma gosmenta osmose para o canal oficial do clube que apoia.

Não alimento mais estas guerras. Chega de comunicados. O que eu quero é ver a bola a rolar amanhã em Moscovo e no Domingo no Dragão. O resto só serve para alimentar ódios e dar nome a meia-dúzia de meninos-bem que têm egos maiores que a cabeça. Não contem comigo para isso.

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Os 15 pecados de Duarte Gomes vistos do meu sofá

É raro comentar arbitragens, como sabem. Mas abro uma excepção para este caso para usar como uma espécie de mini-manifesto para que possam avaliar a forma como vejo estas coisas. É impossível para um árbitro ser eficiente a 100% durante um jogo e a grande maioria dos lances são muito difíceis de avaliar. Ainda assim, por vezes vêem-se decisões estranhíssimas e por isso cá vão as minhas opiniões sobre os 15 pecados de Duarte Gomes que foram assinalados pelo FC Porto ontem em conferência de imprensa:

 

2 minutos: Assinalada falta de Otamendi num lance em que nem sequer toca em Saviola. Aimar protestou e viu cartão amarelo.
Não há falta, mas ainda que houvesse não devia por isso ter parado o jogo, prejudicou o Benfica que ia para a frente com perigo.

5 minutos: Fábio Coentrão bloqueia Hulk com o braço na área do Benfica. Não foi assinalada qualquer infracção.
Não vejo falta nenhuma. O Hulk aproveitou o facto de estarem os dois embrulhados e acaba por ver se cola o penál. Não colou, siga.

6 minutos: Saviola atinge Helton já sem hipóteses de chegar à bola. Sem admoestação.
Amarelo por mostrar. Limpinho.

6 minutos: Aimar escapa, sem explicação, ao segundo cartão amarelo, após entrada dura, pelas costas, sobre Falcao.
Compreendo que não o tenha expulso. Benfica vs FCP, seis minutos, mandar um gajo para a rua era entornar logo o caldo. Mas arriscou-se a perder o controlo do jogo.

15 minutos: Penalti assinalado contra o FC Porto, Otamendi e Jara estão ambos em contacto, mas só foi visto pelo assistente o contacto do jogador do FC Porto.
Não há falta nenhuma. Não é só em Portugal é que se marcam estas bichonices, mas aqui é um exagero. Otamendi está, tanto como Jara, a tentar ganhar posição. Ambos usam os braços e Jara sabe que está dentro da área e “cede” ao contacto. Não simula penalty mas também não o sofre. Amarelo mal mostrado.

21 minutos: Sidnei atinge intencionalmente Falcao na face, com o cotovelo. Com a perna direita, ainda pontapeou o jogador do FC Porto. Não aconteceu nada.
É bruto, mas não me parece uma agressão. Se assim fosse o Bruno Alves nunca tinha acabado um único jogo. Nem dezenas de centrais por aí fora.

31 minutos: Jara teatraliza lance na área do FC Porto, sai impune e Fucile vê amarelo.
Fiteiros, todos. O Jara vai contra o Fucile e atira-se para o chão. O Fucile não tem nada que se ir lá meter na confusão e apanha amarelo. Não me choca, mas se o Jara também levasse também não me chocava.

34 minutos: Jara joga a bola intencionalmente com o braço, tentando enganar o árbitro.
Depende do critério do árbitro e se viu ou não o lance. Se não dá aqui, não dá a nenhuma outra mão intencional.

36 minutos: Jara repete, na cara de Duarte Gomes, e, mesmo tendo o árbitro a certeza da segunda tentativa de engano, não mostra nunca o respectivo amarelo.
À primeira todos caem. À segunda cai quem quer. Ainda por cima Duarte Gomes avisa-o pela segunda vez. Para quê?! Amarelo por mostrar.

62 minutos: Entrada perigosa em tackle lateral de Fábio Coentrão. Já tinha visto o amarelo aos 21 minutos. Era expulsão por acumulação de amarelos.
Arriscou muito, o shôr Fábio. Podia ter levado o segundo amarelo, mas como Fucile já tinha tido uma entrada do género e também não foi expulso, compreendo o critério.

67 minutos: Agressão inequívoca, ao pontapé, de Javi Garcia a Varela. Só viu amarelo.
Indesculpável e impossível de perceber. Ah, esqueci-me da justificação do Rui Gomes da Silva: “o Varela deixou a perna para trás”. Foi isso. Vermelho limpo.

69 minutos: Segundo amarelo a Otamendi num lance de corpo a corpo, junto à linha lateral, num claro exagero disciplinar, ainda mais tendo em conta o critério utilizado durante todo o jogo.
Aqui é que não percebo mesmo. Depois de entradas de carrinho do Aimar, Coentrão, Fucile et al, este rapaz está na linha lateral, longe da baliza…e leva o segundo amarelo? Não percebo e não concordo.

71 minutos: Agressão de César Peixoto a pontapé a Guarín. Sem castigo disciplinar.
Outra limpinha. É vermelho e bem vermelho. O César sabe perfeitamente o que fez.

78 minutos: César Peixoto, de novo, sobre João Moutinho. Rasteira clara. Árbitro nada assinalou e Peixoto acabou o jogo sem amarelo.
Amarelo para César Peixoto. Limpinho.

78 minutos: Cardozo tenta atingir Helton de forma brutal. Tentativa de agressão passa impune.
Sim, ma non troppo. Tentou, é verdade, mas é difícil para o árbitro ver. Ainda assim foi um porquinho.

 

 

A somar a estes tópicos posso somar os que nos beneficiaram, que o Antero não mostrou. Devia, mas isso era sonhar com uma utopia que não verei na minha vida. Do que ainda me lembro, temos uma entrada rija do Fucile sobre Salvio/Gaitán e uma entrada ridícula do Moutinho a pés juntos, mais para o final do jogo. O Fucile arriscou, como o Coentrão aos 62 minutos, mas o Moutinho era vermelho directo. Nem lhe dava hipótese de abrir a boca.

O que custa mais nesta situação toda é mesmo a nota do observador. Que Duarte Gomes não tenha querido estragar o jogo e causar um motim na Luz, compreendo. As expulsões de Javi ou César, mais que a de Moutinho, gerariam um barulho enorme e o árbitro provavelmente não aguentou a pressão. É humano, compreende-se. O que não entendo é a incapacidade do observador de ver as coisas como uma pessoa normal veria. Sem óculos, sem clubites, só com profissionalismo.

Acredito que não concordem comigo em alguns dos lances. Em todos. Em nenhum. Mas é assim que eu vejo o jogo. E as pessoas têm de meter na cabeça que não é por fazerem uma análise fria e consistente com o que acabaram de ver, mesmo que pontualmente vá contra os seus interesses, que vai fazer deles traidores ao clube. E vou continuar a ver os jogos sempre assim, porque só quando tiramos as pálas dos olhos é que podemos dizer com verdade que gostamos de ver futebol.

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Baías e Baronis – Portimonense vs FC Porto

foto retirada de MaisFutebol

 

A vitória não fugiu, mas por pouco. O FC Porto encarou o jogo com pouco mais intensidade que um treino com equipamento principal e a primeira-parte, lenta e previsível, foi uma imagem evidente que os rapazes estão a pensar mais no próximo jogo que neste. Compreendo, como é lógico, e seria utópico estar a exigir uma intensidade ao nível que exibimos na Luz ou no Dragão contra o Spartak, mas há sempre que proteger o nome da equipa e dos jogadores e, como diz Villas-Boas, manter os objectivos sempre presentes. Por pouco interesse que tenha conseguir marcar mais de X ou sofrer menos de Y, é sempre um objectivo extra e há que lutar para o conseguir. E não sofrer golos de canto, isso é que é um objectivo impecável! Como de costume, seguem as notas:

 

(+) Hulk Quando não lhe apetece jogar muito, como acontece na maioria destes jogos que não interessam ao senhorio de um primo afastado do Menino Jesus, é uma nódoa e apetece esbofetear repetidamente. Mas de vez em quando parece que se enerva e arranca, remata, assiste, bombeia, massacra. O golo que marcou é um dos melhores do ano, e só ele já teve alguns excelentes candidatos ao mesmo pódio.

(+) Sapunaru e Sereno Não quiseram encarar o jogo como um treino. Com a missão de subir mais no terreno, Sapunaru apareceu quase sempre no meio-campo do Portimonense a apoiar Hulk e a tentar sempre servir como mais um no ataque. Sereno, mais limitado mas extremamente esforçado, parecia mais um médio esquerdo que um lateral, tantas foram as vezes em que surgiu na área contrária a tentar cruzar a bola usando a infeliz perna esquerda que tem, mais talhada para as entradas de carrinho do que para produzir lances ofensivos. Mas estou a ser mauzinho, o rapaz correu muito e fez um jogo muito bom na defesa, já que convém não esquecer que teve de lidar com Candeias que é sempre um chato com as fintas e a velocidade. Sereno safou-se muito bem e tanto ele como Sapunaru merecem este Baía.

(+) Souza Aparte algumas Guarinices (versão 2009) o que se compreende porque continuo a afirmar que é um 8 a jogar a 6 e o facto de ainda não percebido que não pode ir por ali fora como um louco contra equipas de nível superior, fez um bom jogo. Foi o elemento da força do meio-campo a tapar bem as subidas de Moutinho e a não-comparência de Ruben. Só lhe falta um pouco mais de calma na definição das jogadas ofensivas, mas esteve em bom plano hoje no Algarve.

 

(-) Ruben Micael Um jogo pouco mais que absurdo. Produtividade quase nula, parece incapaz de disputar uma bola dividida sem retirar o pé e começo a pensar que não vai conseguir atingir no Dragão o nível que mostrou na Choupana. Não parece o mesmo jogador que foi quando chegou e a quantidade de bolas perdidas e mal direccionadas em que teve intervenção directa retiram-lhe qualquer hipótese de lutar pela titularidade. Até Belluschi a perdeu para Guarín pelo elevado sentido prático do colombiano, mas ao menos quando o argentino entra em campo, faz pela vida. Começo a perder a paciência contigo, rapaz.

(-) Bolas paradas E voltamos ao tempo de Jesualdo. É inadmissível sofrer dois golos de bola parada, quase iguaizinhos, a não ser que estejamos a jogar contra uma equipa de Carsten Janckers. Má marcação, lentidão na aproximação à bola, um guarda-redes que não sai da baliza e algumas distracções. Tudo junto na mesma jogada. Duas vezes. Não pode ser.

(-) Inépcia nas bolas longas O que me faz sempre chegar a mostarda ao nariz é a futilidade das jogadas pelo ar. Quando Maicon, Souza ou Rolando tentam fazer um passe de 30 metros alados quando podiam perfeitamente rodar a bola para o gajo do lado e continuar a jogada, enervo-me. Porque vejo e leio comparações entre o FC Porto e o Barcelona a nível de estilo, com a posse e o carrossel, com a progressão pausada e pensada…e depois vejo estes passes e rio-me.

 

 

São mais quatro jogos destes que vamos “aturar” até ao fim do campeonato. Não contam para nada e apenas servem para conseguir, com maior ou menor dificuldade, confirmar a vitória de um campeão já confirmado. É verdade que o orgulho pode e deve servir como motivação para conseguir os resultados que são teoricamente mais acertados, mas compreendo que não seja fácil pensar a sério neste jogo quando outros aparecem num horizonte bem próximo e que fazem com que ponhamos em perspectiva estas quatro jornadas. Enfim, é o que dá ser campeão tão cedo!

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