Baías e Baronis – Beira-Mar vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

O jogo foi um tédio. O FC Porto esteve lento, insípido e desinspirado, dependendo dos arranques de Hulk e de James para imprimir velocidade ao jogo e do esforço de Belluschi na recuperação e criação de lances de ataque. O resto foi um deserto de ideias e algum nervosismo bem apontado por Villas-Boas que, como todos, notou que as decisões foram quase sempre erradas na altura de levar a bola para a frente em condições. Foi uma vitória importante (mais uma) num jogo fácil que nunca teve o resultado em causa, mas que podia e devia ter sido mais bem jogado. Vamos a notas:

(+) Hulk  Ao meio ou nos lados, a verdade é que este rapaz é o nosso abono de família. Conseguiu sacar o penalty que deu a vitória e notava-se que sempre que pegava na bola e começava a correr com ela, os defesas do Beira-Mar iam progressivamente recuando tal era o cagaço que Hulk pudesse acelerar ainda mais. Um golo, uma exibição agradável e a certeza que está em forma e com vontade de jogar.

(+) Belluschi  Não foi o Belluschi do início da época mas foi mais clarividente que Moutinho na (pouca) organização de jogo do meio-campo portista. Mas o que mais deve ser destacado na exibição do Nandinho foi a disponibilidade defensiva, a ajudar nos dois flancos com carrinhos de recuperação e a apoiar muito bem tanto Sapunaru como Rafa. Gostei muito de ver o argentino hoje em Aveiro.

(+) Fernando  Por muito bem que Guarín tenha jogado desde que Fernando se lesionou, as coisas são diferentes com o “polvo” em campo. Quando o Sr.Reges por lá anda e tem a cabeça no lugar, o jogo é mais fluido, a recuperação defensiva é mais eficaz e a segurança que o meio-campo mostra é bem mais compacta e garante uma maior solidez para os avançados estarem mais descansados. Quase perfeito na cobertura dos lances pelo meio, ainda teve tempo para algumas incursões ofensivas bem orientadas.

(+) Helton  Sempre seguro, sempre confiante e sempre a transmitir calma aos colegas. Esteve perfeito nos cruzamentos (e houve muitos, tantas foram as faltinhas de caca nas zonas laterais defensivas, convenientemente teatralizadas pelos avançados do Beira-Mar) e não deu uma hipótese a que houvesse perigo para a nossa baliza. Num jogo em que o resultado estava no 1-0…era exactamente o que precisávamos.

(-) Varela  Se lhe pintássemos a cara de branco e mudássemos o número na camisola para 11, a produtividade de hoje não se teria estranhado tanto. Varela esteve mal (ao contrário do que já li no MaisFutebol, por exemplo) e nunca mostrou qualidade de jogo para se manter em campo mais do que vinte minutos. É verdade que fez o cruzamento que originou o penalty mas qualquer um podia ter mandado a bola em balão para a área e beneficiado da falha do guarda-redes. Sempre que pegava na bola o jogo travava, e sabendo que Hulk estava ao meio e o FC Porto teria de usar os flancos para arrastar a bola para a frente e dar velocidade à partida, era imperioso que tanto Varela como James funcionassem em rotação elevada. James, dentro do género, fê-lo. Varela não.

(-) Passes falhados  Chateia-me reparar que jogadores tão bons e a jogar ao nível mais elevado que pode haver no nosso campeonato tenham falhas tão grandes e tão evidentes do ponto de vista do acto mais simples de um jogo de futebol: o passe. Tantas vezes se viram passes ridículos, desmarcações mal feitas e falhas técnicas que não podem surgir neste patamar de exigência. Os jogadores do FC Porto, aqueles que gostamos de ver a jogar pela garra, pelo esforço e pelo empenho, mostram-se muitas vezes tecnicamente muito abaixo do que deviam, por serem disciplentes ou por pura incapacidade, é frustrante por vezes ver um jogo com tantos passes falhados. Gostava de os pôr a tentar acertar num poste durante 10 minutos. Aposto que poucos o conseguiriam.

Tal como na passada quarta-feira, não há muito a dizer sobre o jogo de hoje, mas os motivos são diferentes. Se no jogo da Bwin Cup o resultado surgiu fruto de uma primeira-parte muito forte e de uma réplica quase nula dos aveirenses, este apareceu com um penalty quase caído do céu e que nos acabou por dar o descanso que procurávamos desde o início, com maior ou menor clarividência. Na próxima quarta-feira, contra o Nacional, é o que precisamos: ganhar. Mas era bonito fazê-lo a jogar melhor do que fizemos hoje.

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Ouve lá ó Mister – Beira-Mar

André, ex-proto-jornalista-desportivo!

Parece que ainda há três dias estive aqui neste fórum a aquecer-te as orelhas para te aconselhar com o meu humilde e muitas vezes insipiente discurso acerca da melhor forma de abordar um jogo de futebóli. Parece ainda que há algumas semanas que o faço, tal tem sido a enxurrada de jogatanas que a tua/nossa equipa tem disputado. É a vida, rapaz, calha a todos, e a nós tem-nos calhado muito.

Mas nunca desanimar! Sei que jogaste contra o Beira-Mar na quarta-feira e que correu muito bem, mas hoje é diferente. Nem os nossos nem os deles vão ser os mesmos, por isso podemos considerar o jogo do Dragão como um ensaio geral para uma ópera, libretto guardado e roupas vestidas mas a voz, essa bela voz, a meio gás. Hoje, tudo vai ser diferente, porque o jogo é fora, porque o adversário é jeitoso e vai jogar melhor do que fez para a Bíuíne Cup, e porque, admitamos, o interesse pelo desafio é bem maior.

Ainda por cima tens a grande vantagem de poder ser um treinador que entra na corrida para a Bola de Ouro dos Elementos. Já jogaste na neve, numa piscina e agora no meio do que parece vir a transformar-se num furacão de grau 16! (se a inclinação do lampião – é mesmo um lampião, não um alcoolizado benfiquista – do outro lado da rua servir para alguma pista) Só te falta jogar no deserto…se bem que as bancadas do Municipal de Aveiro, se continuar este vendaval, é possível que tal aparentem.

Vamos a isso. Hasta la viiktórya, siempre!!!

Sou quem sabes,
Jorge

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My name is Viiktórya. Lyonce Viiktórya.

Vou fazer (e espero que me perdoem pela heresia) uma curta incursão num mundo que anda quase sempre de mãos dadas com o futebol actual, a azeiteirice.

A notícia, bombástica como poucas, saiu ontem. O nome da filha de Luciana “Floribella-tem-novas-mamas” Abreu e Yannick “Forrest-Gump-africano” Djaló, nascida a 13 de Janeiro, foi ontem divulgado.

Lyonce Viiktórya.

Para além do óbvio bom gosto dos babosos pais, urge congratular o casal pela feliz escolha do nome para a cachopa. Não me lembro de ver uma preparação tão antecipada de uma brilhante carreira para a filha na área do entretenimento nocturno, nomeadamente na secção das danças exóticas. Stripper, portanto. Se conseguir ultrapassar a quantidade inusitada de tareias que vai levar até chegar ao liceu, entenda-se. Reparem no cuidado da eslavização dos dois “i” no segundo nome, como que a facilitar o trabalho do MC quando tem de chamar a próxima bailarina para o varão central, em que nem precisa de fazer aquela parvoíce do “E agora, o vosso aplauso para Solange Deniiiiiiiiise!”, porque já está contemplado no apelido. Limpinho.

Parece inclusive que já estou a ouvir a Lucy, do alto da sua voz bolhoneira, a gritar para a catraia: “Lyonce! Lyonce!!! Liounce Biquetória!!! Já aqui à mánhe, caralho!”, enquanto que um ou outro transeunte lhe perguntam onde é que ela viu o cãozinho pela última vez.

Pensando já no futuro, há uma terra no País de Gales chamada Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch. Fica a sugestão para o próximo rebento. Porque, quer queiramos quer não, o ventre da Luciana Abreu vai voltar a ser notícia.

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