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Baías e Baronis – FCP vs Leixões


(foto retirada do MaisFutebol)

Optei por não ir ver o jogo ao vivo, ainda que a entrada fosse gratuita para detentores de Dragon Seat, que possuo e ostento com gosto. Um jogo a uma terça-feira à noite, a contar para a Taça da Liga, contra o Leixões…não, obrigado. Jogos para taças nacionais só a partir das meias-finais ou contra Benfica ou Sporting. Sem ser isso não contem comigo. Acabei por ver o jogo via SIC, sem som, como qualquer portista deve fazer. Vamos a notas, tão curtas quanto a qualidade do jogo que vi:

BAÍAS
(+) Varela, porque é simples, prático, rápido, agressivo e marca golos. Sou habitualmente exigente em relação aos jogadores do FC Porto, e Varela está a marcar pontos na minha consideração, apesar do pouco que ela possa valer. Está motivado, está em boa forma e tem de ser titular, aposto que deve estar secretamente agradecido por Hulk ter sido suspenso, porque assim torna-se mais complicado para Jesualdo lhe lixar a vida.
(+) Álvaro Pereira continua a mostrar ser uma acertada contratação. Depois de vários anos sem um defesa-esquerdo em condições, eis que apareceu o messias chamado Cissokho, que depois de vendido por 15 milhões de euros acaba por deixar a vaga em aberto mais uma vez. Álvaro está a fazer uma boa época, mostrando raça, agressividade e velocidade no flanco, faltando-lhe apenas começar a acertar mais com os cruzamentos, talvez a sua grande falha até ao momento. É titularíssimo e não prevejo alteração no seu estado.
(+) Orlando Sá, apesar de ainda não ter marcado, mostra serviço. É mais lento que Falcao e menos oportunista que Farías, mas é grande, forte e parece ter vontade de jogar (pudera, ao fim de 7 meses no estaleiro quem não teria…) e marcar. Trabalhou que se fartou e só não marcou por azar. Gostei do empenho.
BARONIS
(-) Falta de elasticidade táctica. Há qualquer coisa que se passa para Jesualdo não conseguir transmitir a mensagem de adaptabilidade do esquema de três médios para os seus jogadores, e temo que o tempo esteja a escassear para poder haver algo de diferente para melhor nesta organização da equipa dentro de campo. Hoje, apesar da óbvia falta de entrosamento entre os homens do centro, notou-se alguma falta de mobilidade, particularmente para as alas, e uma gritante lentidão na criação de jogadas ofensivas que não passassem por Varela.
(-) Mariano. Parafraseando Lewis Black, o argentino transformou-se numa punchline. Nem é preciso dizer mais nada. Se estiverem numa situação em que vos apeteça dizer qualquer coisa cómica, basta dizerem “Mariano González” e tiram logo um ou dois sorrisos. É muito muito mau.
(-) Maicon é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito leeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeento…em demasia para uma equipa como a nossa, que já não tem jogadores muito rápidos no centro do terreno. Ou ganha ritmo e velocidade ou não pode ser opção.
(-) Substituições. Continuo a não entender muito bem a mente do nosso treinador no que diz respeito a substituições. É algo que tem sido questionado desde que Jesualdo chegou ao FC Porto, e é um caso que merece ser estudado. Se Guarín até deu alguma chama ao meio do terreno e Sérgio Oliveira conseguiu ganhar alguns minutos (que acabou por acalmar os adeptos porque mostrou muito pouco), a entrada de Rodríguez roça o absurdo. E quase que ia para a rua porque entrou e começou a entreter-se com picardias ridículas com os adversários. Palavra que por vezes não entendo o que se passa com estes meninos…
(-) Esta Taça da Liga consegue despertar em mim ainda menos interesse que a Taça de Portugal, o que não é fácil. É uma competição para encher um calendário que já de si está cheio e que se devia processar por sorteio até à final. Quem lá fosse, porreiro, podia sacar um caneco. Os outros aposto que não ficavam muito preocupados…
Tal como no passado sábado, foi pouco mas chegou. Numa competição que não interessa a quase ninguém, marcamos os primeiros pontos numa exibição fraquinha e que serviu para dar alguns minutos e deixar os adeptos ainda mais receosos dos eventuais castigos a alguns jogadores do plantel envolvidos no túnel da Luz. Enfim, que regressem os jogos a sério!
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Baías e Baronis – Atlético vs FCP


(foto retirada d’A Mística Azul e Branca)

Era suposto ser um jogo que não traria nada de muito positivo, salvo a potencial enxurrada de dinheiro que nos encheria os bolsos (se me oferecerem 800 mil euros acreditem que não digo para irem pregar a outro burgo) e eventuais lesões nos principais jogadores. Acabou por haver uma lesão, um cheque gordinho da UEFA e uma exibição que, apesar de mais calminha na segunda-parte e a roçar a sonolência tal foi (novamente) a enormidade de falhas técnicas, acaba por ser provavelmente a melhor exibição do FC Porto esta época. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Bruno Alves. É raro dar Baías a Bruno Alves especialmente porque na minha opinião não se tem destacado tanto quanto as pessoas têm vindo a gritar e acho que ainda tem alguma coisa a evoluir (don’t we all?), mas o jogo do nosso capitão roçou a perfeição. A somar ao golo fabuloso que marcou, aparecendo pouco menos que a voar no centro da área do Atlético e colocando a bola num local inatingível para o sobrevalorizado Asenjo, esteve num nível soberbo durante todo o jogo, cortando tudo que havia para cortar e mandando de facto na defesa, tanto com Maicon como com Sapunaru ao lado. Excelente.
(+) Mais uma vez, Fucile. Depois do jogo menos bom, a facilitar como antigamente em Guimarães, voltou em grande. O pouco que Simão tentou fazer foi claramente eclipsado pelo uruguaio, que esteve brilhante a defender e a atacar, tendo inclusive dado origem ao lance do segundo golo, com um remate que mais uma vez o guarda-redes do Atlético defende para a frente e Falcao faz render como uma adolescente com filmes sobre jovens vampiros. Este Fucile não fica cá muito tempo, se bem que atrás de um grande Fucile acaba por revelar sempre o Fucile mais permissivo na jornada seguinte. Espero estar enganado.
(+) Os índices de pressão alta estão a subir. Durante toda a 2ª parte estivemos em cima do Atlético, abrindo um pouco de espaço no meio-campo mas ainda assim conseguindo impedir desenvolvimentos minimamente perigosos para a nossa baliza. Só me lembro dos espanhóis conseguirem criar perigo com lances pelo ar, o que diz muito da capacidade de organização e estrutura da equipa, bem mais madura e inteligente que aqui há umas semanas.
(+) Helton esteve excelente nos primeiros minutos da partida, impedindo a rápida recuperação do Atlético com boas defesas e uma segurança geral que se estendeu à equipa. Está de volta e está em grande, Beto terá que aguentar o banco porque o brasileiro não parece querer sair do onze.
(+) Guarín continua a surpreender-me pela simplicidade de processos e pelo forte remate. Se o gajo começa a acertar na baliza (“se”, não “quando”, que o homem não me surpreendeu ainda o suficiente para pensar que tem futuro) vai ser ainda mais útil.
BARONIS
(-) Pensei em dar um Baía a Hulk mas quando vejo a produção do brasileiro, golo/míssil aparte, verifico que quase nada fez de produtivo durante o resto do jogo. Continua com pouca inspiração e ainda menos transpiração, não ajuda na defesa e deixa-me com uma febre imensa quando vejo o gajo a perder bolas absurdas. Sei que é um jogador de decisões rápidas e que não se pode exigir que venha à defesa de 5 em 5 minutos, mas para quem teve Lisandro na ala agora ver este rapaz…ainda lhe falta um bocado para ser o jogador de classe mundial que todos queremos que seja.
(-) Rodríguez continua em baixa, apesar do bom jogo em Guimarães. Ontem correu muito mas fez pouco e acaba por ser a imagem de marca do uruguaio. Tem de ser mais eficaz, mais prático e mais interventivo nos lances.
(-) O Atlético é uma equipa fraca demais para ser credível. Com Maxi Rodríguez, Aguero, Forlán, Simão e mais alguns nomes grandes, jogar em futebol directo como se viu na segunda parte é absurdo. Devia ter ficado de fora da Liga Europa mas o Chelsea não deu o jeitinho.
(-) Tal como em Guimarães, a gestão de jogo em termos portistas acaba por se traduzir num recuo demasiado no terreno, com brechas a serem abertas que caso a equipa contrária tenha um mínimo de bom senso, pode aproveitar.
Deu para experimentar Valeri (ainda sem grande influência mas deu para ver que é mais Lucho que Belluschi, e Jesualdo pode aproveitar se o colocar mais vezes em campo), dar experiência a Maicon (e uma lesão) e um boost de moral que pode ser muito importante para as duas jornadas até ao final do ano. E agora sim, Champions’ só em Fevereiro!
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Baías e Baronis – FCP vs Rio Ave


(foto retirada d’A Bola)

Não tive hipótese de ver o jogo ao vivo no Dragão porque me encontrava na altura aos saltos como um louco no Pavilhão Atlântico a ver os Muse (obrigado, foi excelente!) e apenas vi o jogo quando cheguei a casa, por volta das 3 da manhã, o que leva a que a minha percepção do que se passou em campo possa estar um pouco torcida. Ainda assim, vamos lá à escalpelização dos factos…e olhem que escrever isto direitinho com 3 horas de sono não é fácil. Onward:

BAÍAS
(+) Varela. É quase impossível não gostar do rapaz, especialmente quando pega na bola vindo de trás e arranca por lá fora, tentando não driblar muitos defesas mas sim passar por eles em velocidade. É rápido, é agressivo e é um jogador para ser titular, por muito que custe aos outros dois avançados que jogam nas alas, eles que também estão a subir de forma. Varela pode ser uma das pedras-chave para o regresso do nosso clube ao lugar que se espera meritório mas que, por agora, nos contentamos que seja apenas estatístico.
(+) Notei algo de diferente na equipa, particularmente após a entrada de Varela. Houve maior agressividade, maior empenho em cada um dos lances disputados e uma tentativa de fazer mais e melhor. Gostei de Hulk e de Rodríguez a lutarem pela bola, gostei de Meireles menos esticado no terreno e gostei de ver a equipa como um todo a rodar a bola cada vez mais em cima do adversário.
(+) Fucile esteve bem, apesar do penalty ter sido absurdamente marcado pelo árbitro. A forma como sobe desinibido pelo flanco dá muito apoio ao ataque, fazendo constantes overlaps de posição com Hulk e terminando as jogadas sempre em cima dos adversários. É este Fucile que queremos!!!
(+) Estou a começar a gostar de Beto. Ontem, com a relva molhada, a ser pressionado por constantes cruzamentos e remates traiçoeiros do Rio Ave, esteve impecável. Sem culpa no golo (onde andavam os centrais?), o nosso Pimparel esteve em todas, defendeu algumas complicadas e muitas simples, sempre a agarrar a bola com segurança e a lançar imediatamente o ataque…com certeza no envio da bola, não me lembro de o ver a fazer como Helton, que normalmente lança a bola com a mão para 50 metros longe da baliza…só para a bola ir para fora. É assim que um guarda-redes deve lançar os ataques, pelo chão, para os pés dos jogadores, tal como Baía fazia na era Mourinho.
BARONIS
(-) Chuva + vento + frio + Domingo + 20h15 = Pior assistência da época. Estavam à espera de quê?!
(-) Belluschi. Entrou muito bem em jogo, mas não me dá grande hipótese de louvar a capacidade técnica quando se afasta da partida durante tantos minutos e quando aparece acaba por falhar passes fáceis e não criar os desiquilíbrios que se esperam dele. Ainda não chega, miúdo.
(-) Fernando ontem foi o exemplo paradigmático das falhas técnicas da equipa. Finta quando não deve fintar, falha passes fáceis e só sabe jogar para o lado. Teve um mau jogo e espero que não volte a acontecer.
(-) Hesitei em dar um Baroni a Maicon e decidi que tenho de o fazer. O rapaz não esteve mal de todo mas é demasiadamente lento. Falhou um passe absurdo quando tentou mudar de flanco em frente a João Tomás (se não estou em erro, o que é possível) e quase dava o golo do avançado do Rio Ave. Mediano tecnicamente, esteve em falha no golo do adversário, bem como Bruno Alves. Não me venham dizer que é o Fucile que está responsável por marcar Tarantini. O rapaz bem saltou…
(-) Continua a mediocridade técnica. Com todo o respeito que Jesualdo me merece, se o treinador fosse Sir Bobby, no final das partidas lá iam todos de volta para o campo, o Rui Barros espalhava uns pinos pela relva fora e punham-se todos a tentar acertar nos mecos a 20 metros de distância. Quem falhasse tinha de dar uma volta ao campo a sprintar. Era ver o Fernando e o Álvaro a deitarem os bofes de fora ao fim de 15 minutos…ou seja, 15 voltas…
Como disse no início, ver o jogo na TV é diferente de o ver ao vivo, e por isso preferiria não embandeirar em arco e pensar que a equipa está a crescer de produção, apesar de ainda longe do desejável e exigível. Mas pode ser que (mais) este pequeno susto tenha ajudado…
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Suplentes Natos

No último jogo no Dragão a contar para a Liga Sagres, frente aos nossos velhos amigos de verde e branco, dei comigo a olhar para o banco dos suplentes e a pensar para com os meus metafóricos botões: “O Meireles está de rastos, o Hulk já não pode das pernas e o Mariano está a ser a nódoa do costume, é preciso tirá-los!”. E passada esta primeira análise mental aos onze que estavam em campo, comecei a pensar em alternativas. E suei para descobrir alguém que pudesse ajudar em vez de desfazer o que a equipa estava a criar.
No ano transacto o banco do FC Porto era composto, mais coisa menos coisa, por isto:
Nuno, Sapunaru, Stepanov, Guarín, Tomás Costa/Madrid, Mariano/Tarik e Farías.
Este ano, com algumas saídas e outras entradas, as sete opções de Jesualdo no banco seriam talvez:
Beto, Sapunaru/Miguel Lopes, Maicon, Guarín/Tomás Costa, Mariano/Valeri, Varela, Farías.
Isto pressupondo, obviamente, que todas as principais opções estariam em condições de jogar e que o onze titular seria composto pelos melhores jogadores que temos, e que Jesualdo os escolheria.É óbvio que são tudo exercícios de conjectura de um adepto, mas creio que não fujo muito de um modelo que tradicionalmente se adopta para um banco que ofereça alternativas para diversas situações de jogo, sejam elas lesões, expulsões, necessidades ofensivas ou defensivas consoante o teor da partida. Um banco em condições acaba por ser um refúgio para o treinador, o facto de saber que em qualquer altura pode transformar a equipa com a entrada de um jogador fresco e com capacidade de soltar ou reter a bola, de catapultar o jogo ofensivo da equipa ou de travar os intuitos contrários com maior posse de bola, enfim, aquelas teorias Gabrielalvianas que todos conhecemos.

Ora com as lesões que têm apoquentado a nossa equipa nos últimos tempos, o banco tem sido constituído por um painel de jogadores que em pouco tem ajudado o treinador. É verdade que Farías já marcou por duas vezes e Rodríguez e Falcao uma vez cada depois de sairem do banco. No entanto, não deixo de pensar que tirando a surpreendente influência de Guarín no miolo, muito devido à baixa forma de Meireles, o banco não oferece credibilidade a Jesualdo e por isso compreendo até um certo ponto a relutância do treinador em mudar alguma coisa com recurso a substituições.
O que espera o normal adepto de um jogador que venha do banco? A resposta parece evidente: que entre em campo, trinque relva e marque 4 golos de rajada, faça 2 assistências e 13 recuperações de bola, tudo nos primeiros 10 minutos. Descendo à terra, o mínimo que se espera é que cumpra o papel que estava a ser desempenhado pelo substituído e se possível que o melhore. Ora escalpelizemos (detesto este termo mas pareceu-me correcto utilizá-lo aqui) as opções que temos:
– Farías parece lógico que nunca será uma opção que colha grande apoio da massa associativa, já que não mostrou qualidade suficiente para ser titular, o que se espera de qualquer suplente, ainda que tenha jogadores melhores à frente. Entra e marca mas normalmente fá-lo quando o jogo já está decidido.
– Guarín é inconstante, tanto pode levantar a equipa, dando músculo e sentido prático, mas perdendo inteligência e posse de bola controlada.
– Tomás Costa é louco. Entra em campo com o espírito que mencionei…mas aplica-o sem medir consequências e sempre que está em campo fico com medo que possamos rapidamente passar a jogar com menos um jogador.
– Valeri ainda não mostrou o suficiente para ser titular, mas parece ter bom toque de bola e inteligência para controlar o jogo. É o oposto de Guarín, digamos.
– Mariano é como a Don Pasolini. É Mariano. Esforço acima da média, luta como nenhum…e pouco mais.
– Varela seria suplente com Falcao, Hulk e Rodríguez em condições e em boa forma. Este sim, parece-me ser a melhor hipótese que temos para uma boa alternativa a jogos lentos com equipas fechadas atrás, porque daria rapidez e capacidade de ruptura pelo flanco.
– Prediger…não sei, não sei mesmo. Pelo preço que custou já podia ter jogado um ou dois minutinhos, até lá reservo o direito de não me pronunciar. Tanto pode ser um Doriva como um Quintana, um Bolatti ou um André. Não sei e acho que poucos se podem gabar de o saber.
– Maicon, Sapunaru, Miguel Lopes, Nuno André Coelho. Qualquer um deles teria um papel eminentemente defensivo, mais num registo de manter resultado e evitar calafrios para o final do encontro.
Até Orlando Sá estar em condições, continuamos a não ter um avançado que possa jogar em força na área. Farías é um oportunista, tal como Falcao, mas o colombiano bate o argentino aos pontos na capacidade de domínio e posse de bola, é mais rápido, mais agressivo e mais concretizador. Quanto ao resto…é pouco. Talvez suficiente para uma equipa de consumo interno mas manifestamente pouco para a Champions’, como já se viu. Creio que na reabertura do mercado de transferências podemos ver a saída de um ou dois jogadores (Nuno André Coelho, Prediger e Farías colocam-se na dianteira) e quiçá a entrada de mais um ou dois mas até lá é o que temos. Até agora tem servido à justa, mas por quanto mais tempo irá servir?
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Seriembro


Seguindo na peugada de um dos blogs portistas que sigo com atenção, o Varanda do Dragão, venho lembrar à malta que estamos em Setembro, o mês que considero o arranque da época propriamente dita depois das primeiras 2 ou 3 jornadas em Agosto que servem para aquecer a malta. Setembro é o mês de arranque da Champions, e estou pronto para ela. A música, o ambiente, os jogos ao fim da tarde, o início do tempo mais frio e as brutais rajadas de vento que caem no Dragão sobre os incautos que vão sem agasalho para ver os meninos de azul-e-branco a chutar a pelota. É aqui que se distinguem os jeitosos dos génios, os fraquinhos dos gajos que roubam os berlindes dos putos na escola dos anos 80, os Secretários dos Lisandros.

O FC Porto chega a esta altura fulcral do início da temporada num estado não muito bom de forma futebolística e ainda menos a nível físico. Com os jogos da Selecção a intercalarem uma semana sem futebol doméstico e vários jogadores do plantel (Bruno Alves, Rolando, Raul Meireles, Fucile, Álvaro Pereira, Rodríguez, Guarín e Falcao), cinco deles titulares indiscutíveis, ausentes nesses desafios, o jogo frente ao Leixões neste sábado apresenta-se como uma boa hipótese para as alternativas saltarem do anonimato e inscreverem os seus nomes nas folhas de jogo. Aproximando-se o confronto com o Arsen…o Chelsea (perdão, que isto de ler as capas d’A Bola põe um gajo cheio de dúvidas), o regresso de Hulk é de saudar, até porque vai ser titular sem qualquer reserva e pode ser um dos nossos trunfos para a viagem a Londres. A somar a isto, teremos uma defesa quiçá remendada, com hipóteses para Maicon ou Sapunaru se estrearem como titulares. A somar a esses, Valeri está a treinar bem e pode ser mais uma alternativa.
Uma coisa é certa: o jogo contra o Leixões é para ganhar, e a série que se segue (Chelsea, Braga, Sporting, Atlético Madrid) é das mais complicadas que vamos atravessar esta época. Por isso é preciso estar a 100% fisicamente e acima de tudo a 110% mentalmente, porque se o plantel oferece alternativas, essas ainda não se confirmaram como credíveis e os processos demoram tempo. Tempo esse que não temos, se queremos ganhar alguma coisa este ano para lá de prestígio e prémios de participação.
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