Baías e Baronis – 2009/2010 – Plantel

Na última tranche de análises, os mais fáceis: os jogadores. São eles que vemos todos os fins-de-semana a suar e a correr, uns mais que outros, mas todos com a camisola azul-e-branca (ou, neste ano, laranja) no torso. Às vezes vêem-se alguns sem ela e depois levam amarelo. É uma parvoíce essa lei, deixem-me que vos diga. Enfim, vamos lá às notas, num B&B um pouco diferente já que vou iterar pelos jogadores todos sem separar à cabeça o trigo do joio, fazendo-o caso a caso em apontamentos simples que pretendo não sejam muito prolongados. De notar que as notas são referentes apenas a esta temporada!!! Siga:

HELTON – Não foi a melhor temporada mas não foi má de todo. Salvou-nos em alguns jogos e apesar de mostrar a tradicional super-confiança acabou por ser um elemento importante como de costume.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

BETO – Não foi o Helton-killer que todos esperavam que fosse mas sempre que foi chamado mostrou segurança e garantiu que era opção tão boa ou melhor que Helton. Mereceu a chamada à Selecção e poderá ser titular para o ano.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

NUNO – O veterano esteve razoavelmente bem este ano. A não-defesa que deu o primeiro golo do Benfica na final da Taça da Liga fica na mente de todos, mas a tomada de posição como defensor (um pouco paternalista mas ainda assim aceitável) do grupo de trabalho na famosa declaração conjunta “Somos Porto!” colheu aplausos da massa associativa. É um de nós e dá experiência ao balneário.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

MIGUEL LOPES – Pouco utilizado na primeira parte da temporada, mostrou ser alternativa a Fucile. Precisa de mais tempo, mais calma e mais experiência.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

FUCILE – Se a espaços foi dos melhores da equipa, especialmente na primeira fase da temporada, baixou imenso para a segunda metade. O jogo em Londres foi das piores exibições que eu vi de algum jogador do FC Porto. Pensei que tinha tido apenas um mau dia mas esticou-se para o resto da época. Parece ter chegado a altura de vender o uruguaio.

Veredicto 2009/2010: BARONI

SAPUNARU – Fraco demais, jogou pouco e sempre que o fez aparentou insegurança, para além de parecer um adolescente a sair da casca: andou à porrada, apanhou a bêbeda num avião…só faltou ser apanhado a andar aos amassos com uma colega de turma…
Veredicto 2009/2010: BARONI

ÁLVARO PEREIRA – Uma bela surpresa este rapazola. Corre que se farta, apoia o ataque com força e garra e foi o substituto ideal para Cissokho, que tanta gente pensou que nos ia fazer muita falta. Não fez porque lá estava Álvaro. A manter a todo o custo.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

ADDY – Muito verdinho tacticamente mas com bons apontamentos no jogo da Taça frente ao Rio Ave. Terá que ganhar tempo de jogo para ser opção consistente.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

BRUNO ALVES – A grande desilusão da temporada. Desvalorizou-se aos olhos dos adeptos com as atitudes violentas em alguns jogos e acabou por ser mais importante na Selecção do que no clube. Como capitão de equipa nunca pareceu ser um verdadeiro comandante e a equipa ressentiu-se disso, especialmente a nível defensivo, onde fomos demasiadamente permissivos. A somar a isso vieram as declarações no final da temporada onde alegava querer melhorar o nível de vida, o que não caiu bem ao povo portista, como era previsível.
Veredicto 2009/2010: BARONI

ROLANDO – Rolando foi o melhor central do FC Porto em 2009/2010. Porra.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

MAICON – Parece lento demais mas compensa com inteligência a avaliar as jogadas de perigo. Bem melhor que Stepanov no ano transacto.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

NUNO ANDRÉ COELHO – Jesualdo não lhe fez favores nenhums ao atirá-lo aos leões em Londres, mas o que é certo é que não teve muitas oportunidades no campeonato, jogando quase exclusivamente nas competições menores (onde se mostrou a bom nível)…e nos oitavos da Champions contra o Arsenal. Espero vê-lo a jogar mais para o ano.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

FERNANDO – Pivotal no meio-campo, impede qualquer outro jogador de chegar à titularidade na sua posição porque é de facto bem melhor que as alternativas. Tem que melhorar as saídas para o ataque e os passes curtos.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

PREDIGER – Mais um flop argentino. Jogou pouco, é verdade, mas sempre que o fez pareceu um Bolatti moreno de cabelo mais comprido. Não, obrigado.
Veredicto 2009/2010: BARONI

GUARÍN – E esta, heim? Valerá a pena manter Fredy no plantel para 2010/2011? Se encontrarmos melhor, não, caso contrário é capaz de ser uma alternativa sofrível para estar no banco. Não podemos depender de jogadores como Guarín na equipa titular, é tosco demais (já se esqueceram deste jogo?!) e apesar de ter feito um final de época de bom nível continua a não me convencer.
Veredicto 2009/2010: BARONI

RAUL MEIRELES – Durante toda a temporada foram usadas as mesmas expressões para descrever as performances do Mr.Tattoo pelo FC Porto: cansado e desinspirado. Fez alguns bons jogos pela Selecção mas esteve muito aquém do habitual. A par de Bruno Alves e Fucile, talvez tenha chegado ao fim da linha no clube.
Veredicto 2009/2010: BARONI

BELLUSCHI – Desde ano passado que os adeptos ouviam falar no misterioso senhor do cabelo estranho que viria substituir Lucho. Nem de perto nem de longe foi o salvador do meio-campo, parecendo alheado durante 80% dos jogos, apesar de ter a atenuante de jogar fora da posição natural devido à táctica de Jesualdo. Teve uma primeira temporada…a roçar o suficiente menos, mas pode ser um nome a apostar em 2010/2011.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

VALERI – Sempre que o via a entrar pensava: “Olha, o Kulkov argentino”, na esperança que apesar da extrema lentidão pudesse mostrar alguma coisa de positivo. Não conseguiu. Aparentemente ficará no clube para 2010/2011, por isso espero para ver se o rapaz consegue ser mais expedito que uma tartaruga idosa e obesa.
Veredicto 2009/2010: BARONI

TOMÁS COSTA – Mais uma desilusão. Já o defendi em diversas ocasiões mas este ano já chega.Jog
ou pouco e quando o fez não trouxe nenhuma mais-valia à equipa, apesar de algumas exibições razoáveis quando Fernando esteve lesionado. Não mostrou, porém, qualidade suficiente para ficar mais um ano no plantel.
Veredicto 2009/2010: BARONI

RUBEN MICAEL – Não sendo o melhor jogador do mundo, nota-se que sabe o que fazer com a bola nos pés. Escrevi aqui, depois do jogo contra o Nacional: “Sempre que tinha a bola criava perigo, fosse com passes a rasgar as defesas ou com rotações simples para o flanco, trouxe uma clarividência que este ano ainda não tinha visto. Palavra que por vezes parecia que Lucho ainda estava a jogar, tal era a diferença do seu toque de bola para os outros que lá costumam andar. Gostei de ver o empenho, o esforço e a qualidade.”. Chega.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

MARIANO GONZÁLEZ – E cá vamos de novo. Muitos jogos maus e dois jogos fabulosos (Sporting para a Taça e Académica para a Taça da Liga), lesionou-se gravemente e não pôde dar o contributo à equipa no final da temporada quando precisávamos de…gente. Continua a ser muito inconstante mas é possível que para o ano consiga motivar os colegas. Deus sabe que eles tem de gostar dele porque não é pelo bom futebol que pratica que vai ficando ano pós ano nos plantéis…
Veredicto 2009/2010: BARONI

CRISTIÁN RODRÍGUEZ – O gordinho oficial do plantel teve uma temporada para esquecer. Suspenso para jogos do Uruguai, ficou fora do Mundial. Fez apenas 7 jogos completos e nos 26 que participou raramente houve algum em que tivesse papel positivo. Espera-se muito mais para 2010/2011.
Veredicto 2009/2010: BARONI

VARELA – Na primeira parte da temporada, enquanto Rodríguez estava badochamente ausente, Falcao a adaptar-se e Hulk e brincar sozinho, foi o principal impulsionador do ataque portista que acabou por ver em Varela a proverbial tábua de salvação para muitas situações incómodas onde precisava de criatividade de génio no meio-campo que não surgia. Assim sendo, bola para a ala e siga o Silvestre. Esteve muito bem até se lesionar gravemente, falhando o Mundial. Espero vê-lo na mesma forma para o próximo ano.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

HULK – É um jogador que me deixa ambivalente e não deixa ninguém indiferente (e sai mais uma rima). Ainda não atingiu estatuto de vedeta nas hostes portistas mas está a começar a ser comparado com Ricardo Quaresma na postura “brincalhona” com que encara alguns lances. Pode ser um jogador incrível e fazer jus à alcunha, mas ainda não chegou lá. Com a parvoíce do túnel espero que tenha aprendido que tem de resistir a provocações, sejam de adversários ou de figuras externas ao jogo. Continuo a acreditar que pode ser uma peça importante para a equipa.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

FALCAO – O grande jogador da temporada. Acabou com 34 golos, pouco abaixo da marca de Jardel na sua época de estreia (1996/1997), e foi a melhor contratação da época. Um jogador diferente de Lisandro, que veio substituir, fez exibições quase perfeitas de entrega, garra e luta, marcou alguns golos de excelente estética e foi sempre a principal figura positiva da equipa. Os meus parabéns, Sr.Radamel!
Veredicto 2009/2010: BAÍA

FARÍAS – Não entendo como continua a marcar golos como o faz. Custa-me dar um Baía ao avançado mais lento de sempre no FC Porto mas os factos são indesmentíveis: o gajo marca golos. No entanto continuo a achar que precisamos de mais e melhor.
Veredicto 2009/2010: BAÍA

ORLANDO SÁ – Pouco tempo de jogo, muito esforço mas também muita tosquice. Na minha opinião tem de ser emprestado para fazer uma temporada inteira a ganhar ritmo e experiência.
Veredicto 2009/2010: BARONI

Para o ano há mais…alguns de azul-e-branco, outros noutras paragens…a palavra à SAD e ao novo treinador, quem quer que ele seja!

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Adeus e até sempre, Professor!

É oficial. Jesualdo sai do comando.

Digno, correcto e educado. Jesualdo é na saída exactamente o que mostrou ser durante 4 anos à frente do FC Porto.

Fiquei satisfeito com o que li no site oficial. Nunca temi que pudesse haver uma separação pouco amistosa mas é sempre bom verificarmos que a saída se efectua com a sensação de agradecimento a um homem que, apesar de ter os seus defeitos (don’t we all?), sempre procurou encher os adeptos de orgulho e que, contabilizados 4 anos de trabalho no clube, nos deu três títulos na Liga, duas Taças de Portugal e outras tantas Supertaças, com três presenças nos oitavos e uma nos quartos da Champions. É obra.

Para além das peças que acrescentou ao futuro Museu, fica um obreiro reconstrutor de equipas sempre desfalcadas nos inícios de época, apenas falhando nesta temporada com uma conjugação de fracas performances individuais, lesões a mais, castigos a mais e alguma falta de talento para suprir falhas deixadas pelas ausências forçadas pela política de gestão de activos da SAD, financeiramente proveitosa mas arriscada.

Em nome pessoal, Professor, fica o agradecimento pelo bom trabalho, pela sua postura e pelos títulos conquistados, e o desejo que tenha sorte no seu próximo desafio. E que o próximo rapaz a calçar os seus sapatos faça com que não tenhamos saudades suas.

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O colectivo de treinadores

Cá vai a lista (não ordenada) dos treinadores que foram ligados por diversas fontes da imprensa ao FC Porto para eventualmente substituir Jesualdo:

  • Paulo Bento
  • André Villas-Boas
  • Domingos
  • Jorge Costa
  • José Peseiro
  • Carlos Carvalhal
  • Carlos Queiroz
  • Avram Grant
  • Michel Preud’Homme
  • Vicente Del Bosque
  • Gerard Houllier
  • Laszlo Boloni
  • Mano Menezes
  • Alberto Malesani
  • Gian Piero Gasperini
Se quiserem acrescentar nomes à lista, vão bater a outra porta. 
Aqui não vou especular sobre quem deveria ser o próximo treinador caso Jesualdo saia. Se tal acontecer comento na devida altura. Até lá a discussão é tão inócua como o Fernando a rematar de longe.
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Baías e Baronis – 2009/2010 – Treinador


Na terceira iteração pelo resumo da temporada, chegamos à fase do treinador. Foi uma temporada com muita conversa, alguma indecisão e bastante controvérsia, em grande parte focada no treinador, que por muitas vezes teve de dar a cara pelas suas decisões, boas ou más. Vamos a isso:

BAÍAS
(+) Taça de Portugal. Mérito terá de ser dado ao treinador por trazer a Taça para a invicta por dois anos consecutivos. A vitória frente ao Sporting por 5-2 no Dragão foi dos melhores momentos da temporada e ambos os percursos (2008/09 e 2009/10) foram bons, sem grandes percalços (tirando o interminável desempate por penalties frente ao Belenenses) e com alguma confiança. E uma vitória é sempre uma vitória!
(+) Adaptação rápida de Álvaro e Falcao. É um facto bem assente e que recolhe concordância de todos os sectores: Jesualdo todos os anos teve de reconstruir equipas, fruto da política de venda de activos da SAD. Este ano teve a tarefa inegavelmente mais difícil de todas, com as saídas de Lucho e Lisandro, esteios da equipa desde os tempos de Adriaanse e cujas saídas impossibilitaram uma transição sem problemas para a actual temporada. No entanto, Álvaro e Falcao destacaram-se dos demais pela sua qualidade e algum mérito terá de ser dado a Jesualdo na sua adaptação rápida, já que se tornaram imprescindíveis para a equipa e ganharam já o apreço dos adeptos.
(+) Algum novo sangue jovem na equipa. Hesitei em colocar este ponto como Baía e não como Baroni, mas fui pela primeira opção. Para todos os efeitos, Jesualdo deu minutos na primeira equipa a diversos jovens dos escalões de formação (Yero, Alex, Ricardo Dias e Sérgio Oliveira, a somar a algum tempo de “banco” a Abdoulaye e Claro), o que não pode ser dito sobre muitos outros treinadores de clubes de topo em Portugal. Muitos dirão que poderia e deveria ter dado mais oportunidades aos mesmos ou a outros, mas a decisão de apostar nos seniores menos utilizados foi pesando e a sua própria teimosia acabou por limitar a escolha a estes rapazes.

(+) Defesa do clube e do balneário. Deu a cara pelo clube quando mais ninguém o fez. Na época em que foi expulso duas vezes, quando nunca o tinha sido em toda a sua carreira, Jesualdo fez conferências de imprensa onde foi quase saco de areia para as investidas venenosas de muitos jornalistas, com perguntas perniciosas e cheias de segundas intenções, e quase sempre se saiu bem. Até quando pareceu mais nervoso e agitado esteve bem, mostrando que não é preciso ter sentido a camisola desde pequenino para ser profissional e mostrar indignação quando era necessário. Foi um defensor sempre presente dos seus jogadores (às vezes até demais) e notava-se que os jogadores sentiam isso, o que é sempre bom no seio de uma equipa de algumas pseudo-vedetas com egos inflamados.

BARONIS

(-) Teimosia. Será talvez a grande questão que tanto tem dado que falar durante todo o percurso de Jesualdo no FC Porto. As opções pessoais do treinador são sempre passíveis de serem questionadas pelos adeptos, pela comunicação social, e dos barbeiros aos donos de cafés, passando pelos arquitectos e pelos engenheiros, toda a gente tem opiniões formadas sobre um ou outro jogador. Jesualdo teve, como muitos treinadores habitualmente aparentam ter, alguns jogadores de estimação que muito enervaram os adeptos pela inépcia técnica e táctica, o que em nada ajudou a relação do treinador com a massa associativa. Apesar de a espaços ter provado que afinal tinha razão em apostar nos seus “patinhos feios” como em Mariano no final da época passada ou em Guarín no fim da que agora termina, houve muitos e longos períodos em que a opção recaía invariavelmente nos mesmos intérpretes sem que bons frutos viessem dessas escolhas.




(-) Indefinição táctica. Esta época começou bem definida a nível táctico, apoiada sobre castelos de areia em altura de maré cheia e continuou assim até ao fim. Falcao “fazia” de Lisandro mas raramente descaía para as alas sem baixar a produtividade; Hulk começou nas alas até que passou a jogar no meio, atrás de Falcao; Varela foi o extremo salvador da equipa em muitas ocasiões, até se lesionar; Mariano substituiu-o com o pouco que sabe, esforçado como sempre mas nunca chegando a ser indiscutível. No meio disto tudo houve uma mudança de filosofia táctica, obrigatória pelo castigo a Hulk e pelas lesões de Varela e Rodríguez, com o crescimento de forma de Guarín e Belluschi, mais bem adaptados à nova posição depois do 4-3-3 se transformar num 4-4-2 mais elástico e menos preso a movimentos laterais de pouca profundidade. O que tiro disto tudo? Uma salgalhada, onde os jogadores nunca pareciam à-vontade onde jogavam.


(-) Futebol “feio”. Todas estas hesitações que mencionei no ponto anterior levaram, como seria previsível, a um fraco entendimento entre os jogadores que compunham o onze da equipa. Ainda sem comando do meio-campo, onde Meireles foi um paupérrimo substituto para Lucho, não houve ninguém a pautar o jogo ofensivo da equipa até à chegada de Ruben Micael em Janeiro. Eram jogos aborrecidos, sem chama nem fulgor, com alguma luta mas com a equipa a alinhar quase sempre extremamente retraída no terreno, lançando em fugazes contr
a-ataques os desgraçados Varela, Hulk e Falcao, que raramente tinham apoio dos centro-campistas. O jogo no Dragão frente ao Leiria é um exemplo evidente da forma como o FC Porto jogou durante boa parte da temporada, apoiando-se em inseguras vantagens por um golo para tentar aguentar o tempo restante até terminar a partida, levando os sócios ao bocejo e à indiferença.









(-) Pouca disciplina. O jogo da final da Taça da Liga no Algarve foi a gota de água que fez transbordar o proverbial copo. A atitude de alguns jogadores, com Bruno Alves ao leme, foi durante grande parte da época motivo de discussão entre adeptos, com a incredulidade perante as opções permanentes pelos mesmos jogadores que pareciam andar a arrastar-se em campo com pouca ou nenhuma vontade de jogar com a garra e o empenho (tenho de mudar de expressões, porra) que os tinham vindo a caracterizar durante as épocas transactas. No caso de Bruno Alves, foi o excesso de garra, a ultrapassar os limites do razoável, que colocaram uma mancha na carreira do nosso capitão durante esta temporada. Jesualdo assistiu a isto impávido e sereno, sem punir aqueles que não honraram a camisola numa ou noutra circunstância.





(-) Londres. É inegável que foi um dos piores momentos de sempre do FC Porto europeu. A derrota por 5-0 frente ao Arsenal tem poucas atenuantes, tal foi a miserável mostra de não-futebol com que nos apresentamos no Emirates Stadium. Fizeram de nós o que quiseram, com Helton a salvar muitas vezes um quarteto defensivo absurdo, Fucile em particular; com Nuno André Coelho atirado aos lobos sem saber muito bem o que fazer numa posição que não é a sua; com um meio-campo facilmente permeável e a dar a ideia de ser a primeira vez que jogavam futebol a nível profissional; com uma frente de ataque inócua, desmotivada e sem chama…foi assim que Jesualdo, inventando mais uma vez como é seu timbre, saiu de cócoras, obrigando-nos a engolir muitas piadinhas com indicativos de telefone.


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