Na estante da Porta19 – Nº9

Uma análise curiosa e sempre actual da forma como a Premier League veio mudar o âmbito do futebol a nível nacional em Inglaterra e lançou as bases para alterações fundamentais por esse mundo fora a partir da sua criação em 1992. Escrito por Rob Smyth e Georgina Turner, o livro tenta perceber o trajecto de uma competição que desde o seu início foi pautada pela tradição e pela vida intensamente ligada dos seus adeptos aos seus ídolos que se transfiguraram de uma forma até então imprevista mas que hoje em dia acaba por se tornar um quotidiano demasiadamente preso ao estilo e cada vez menos à substância. É uma visão crítica e nostálgica q.b. que coloca os adeptos no centro de tudo e que tenta fazer passar a imagem que são eles quem devem decidir o futuro do desporto que amam muito embora não estejam no comando do seu próprio mundo. Bem escrito, boa leitura.

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Dragão escondido – Nº15 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

 

Nada mais nada menos que um dos alentejanos que menos justiça fazem ao nome da sua nobre terra. Henrique Sereno Fonseca fez parte do maravilhoso plantel do FC Porto 2010/2011 que conquistou (quase) tudo que pôde e o rapaz teve a sua quota parte de responsabilidade nessas mesmas conquistas. Apesar de não ter feito um único minuto na Europa League, Sereno foi uma peça importante em muitos pontos fulcrais do FC Porto durante a temporada. Abriu a conta num jogo amigável (contra o Ajax, creio), quando entrou em campo e rapidamente plantou uma patada nas costas de um adversário…mas mais tarde deixou uma marca ainda maior na memória de todos que estiveram presentes no Dragão num jogo contra o Sporting, quando uma corrida sua plena de extraordinário sentido de dever, esforço e capacidade de luta contrariou o que na altura poderia ter sido um golo que levaria o Sporting eventualmente a poder vencer o jogo no nosso reduto. É um rapaz que alterna o jeitoso com o patologicamente doido, é duro demais quando não precisa mas ajuda a equipa em qualquer posição da defesa. Jack of all trades, master of none, dir-me-ão, mas gostei de o ver no plantel. Cheio de medo que fosse expulso na primeira intervenção, mas ainda assim deu jeito andar por cá.

Entre as tentativas falhadas que o povo fez para acertar no nome do moço:

  • Belluschi – O génio argentino, sempre incompreendido por culpa própria e alheia, dependendo do dia, foi um dos responsáveis pelo excelente arranque da temporada e festejou no relvado com os colegas depois de ter entrado a meio do jogo para o lugar de Moutinho. Não podia ser ele na foto porque era pucunino demais;
  • Emídio Rafael – Não só é uma excelente aposta porque esteve naquela festa pintado como um catraio num qualquer alouíne, como estava inclusivamente visível na fotografia! Só há um problema…está visível na fotografia, cara destapada e tudo!;
  • Falcao – Esteve ali no relvado com todo o mérito, a celebrar com os colegas semanas antes de se pôr ao fresco para Madrid. Não era ele na foto e pela altura do rapaz deveria ter sido evidente.;
  • James Rodriguez – Olha que boa hipótese, porque também festejou a vitória no campeonato alguns dias antes de levar o Guimarães a outros patamares de dor não conhecidos antes da viagem ao Jamor. Não há razão para não ser ele. Mas…huh…não era.;
  • Jorge Fucile – Também lá esteve, mas um caga-tacos como o meu homónimo não poderia estar ali ao lado do Rolando. São dez centímetros de diferença, meus caros!;
  • Ruben Micael – Mais uma presença no relvado com o focinho untado de tinta azul-e-branca, mais uma boa possibilidade e até com alguma lógica tendo em conta o resto da foto com 100% de jogadores portugueses, mas um bocadinho ao lado. O facto de ainda ser mais pequeno que Fucile (é verdade, 1,76m do luso para 1,78m do uruguaio) não ajuda.;
  • Tomás Costa – Ui, onde este já andava nesta altura…depois da primeira metade da época passada na Roménia, em Maio de 2011, altura em que estes moços cantavam em pleno Dragão, Tomás Costa jogava já na Universidad Católica do Chile, o seu actual clube;

Side note: esta fotografia, marcante pela celebração de um título recuperado depois de um ano sem o vencer, fez-me lembrar que neste jogo que terminou num empate a três com o Paços de Ferreira, Nelson Oliveira foi expulso depois de uma entrada violenta sobre João Moutinho que quase afastava o colega da final de Dublin. Cabrãozinho. Perdoei-lhe no Mundial Sub-20 mas não me esqueço daquela estupidez.

Enfim, o primeiro a adivinhar (surprise fucking surprise) foi o Dragão de Coimbra, às 7h18. Vou mudar o nome da rubrica para “Dragão escondido que o Dragão de Coimbra vai adivinhar quem é antes de todos”. Pronto.

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Dragão escondido – Nº15

As minhas desculpas pela falta de qualidade da fotografia, o scanner deve estar a dar as últimas. De qualquer forma, a Red Fraggle está a esconder um fulano que deve estar bastante bem disposto tendo em conta a alegria dos companheiros a seu lado. Quem é ele?

 

Força na caixa de comentários com as vossas “zandinguices”!

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O tédio de uma paragem para jogos internacionais

Esta época já é a segunda vez que isto acontece. Entre o jogo com o Olhanense e a viagem até Zagreb houve duas semanas de aborrecimento não-clubístico com alguns pós de futebol internacional com maior ou menor intensidade e sofrimento. Estes jogos de selecções já não me conseguem motivar  o suficiente no meio de tantas jornadas de futebol de clubes, os jogos que de facto me provocam alterações de horários, mudanças de hábitos, adiamento de deslocações…os jogos da selecção já não entusiasmam um pobre coitado para que ganhem um mínimo de emoção com este tipo de tretas. Começo a perder o gosto e só o recupero nas fases finais. Diz muito sobre um gajo quando se preocupa mais com o clube do que com o próprio país, sabem, mas não me chateia.

Entretanto vou olhando para o estrangeiro e vejo os resumos da Colômbia e do Gana, deixo de sofrer com os destinos do Uruguai e abraço o apoio aos belgas, torço de novo pelo Brasil e alheio-me da Argentina. Torço pelos nossos, pelos nomes que vejo de azul-e-branco e assisto lá fora a brilhar com a camisola dos países deles. E vejo os nossos também, não estou desfazado de todo do que fazemos por cá. Moutinho e Varela ainda por lá andam e vão jogando, mas sabem que mais? Fico mais chateado quando se magoam do que quando falham um remate ou o cruzamento sai para a bancada. Vibro pouco quando os vejo noutra camisola, pelo menos por agora. Sinal dos tempos, talvez, mas também um excelente avaliador do interesse que eu e muitos outros adeptos temos por estes jogos da selecção, em que semi-enchem estádios com fair-weather fans, onde os jogos são aborrecidos e entediantes, com poucos motivos de interesse para lá de ver alguns dos nomes grandes do futebol do nosso país a jogarem juntos e tentar perceber se nos jogos realizados no nosso país haverá lugar a elogios vindos da bancada ou a críticas pela camisola semanal que usam no corpo.

Mais ano menos ano e as propostas que já vieram a público de fazer com que as fases de apuramento para as competições internacionais de futebol se venham a efectuar todas em seguida e perto do próprio campeonato. É que assim, da maneira que está, já começo a ter pouca pachorra.

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