Baías e Baronis – Sporting 2 vs 1 FC Porto

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Primeira coisa, logo para começar: o Sporting ganhou bem. Foi melhor na luta do meio-campo, aguentou com mais força durante mais tempo, aproveitou as nossas falhas defensivas e a permissividade do árbitro para impôr um jogo mais duro que nós e conseguiu ficar com a bola em momentos-chave da partida. Saímos de Alvalade sem pontos mas houve uma pequena luzinha que não se apagou ao contrário do que tinha acontecido noutros anos em que parecíamos ajoelhados a um místico poder verde sobre nós. Não temos ainda equipa, mas estamos a caminho. Estamos a caminho, meninos. Esperem pela volta. Vamos a notas:

(+) Voltamos a jogar em Alvalade para ganhar. Nos últimos três anos que visitamos a sanita mais conhecida do país, saímos com um ponto no total, com apenas um golo marcado (nesse mesmo jogo, há dois anos). As exibições foram incrivelmente frouxas, sem vontade e garra, sem força física e acima de tudo mental para bater o adversário em jogo de tripla. Desta vez não vi essa ausência de alma. Vi uma equipa que deu o que tinha e lutou para conseguir um resultado positivo apesar da ausência de opções válidas em sectores importantes e da ineficácia que é fruto da falta de rotinas. Vi um grupo de homens que não são de combate porque não têm físico para isso mas que tentaram o que puderam (e o que lhes deixaram) para vencer o jogo. E nestas circunstâncias não posso pedir mais que isso. Dizem-me que estamos demasiado confortáveis com a perspectiva da não-vitória este ano, mas pelo que tenho visto até agora, há algo de novo: vontade. E pela amostra dos últimos anos, é um passo em frente.

(+) Pressão alta no meio-campo, enquanto houve pernas. Mais uma vez afirmo o que já disse no passado recente: não temos andamento para estas coisas, pelo menos por agora. E notou-se que quando os homens do centro quebraram (André² e Herrera deram o litro que para eles anda aí pelos 674 mililitros) houve um recuo na equipa e a pressão, que até aí tinha funcionado, desmoronou-se e o Sporting tomou a dianteira para não mais a largar. Nuno mexeu (tarde, mas compreensível tendo em conta a pouca profundidade de opções centrais lutadoras no banco) mas não conseguiu elevar a equipa a melhores níveis e a pressão desapareceu. Boa tentativa, de qualquer forma.

(+) Danilo. Não foi gigante mas fez tudo o que conseguiu para evitar que o Sporting subisse em bloco pelo meio-campo fora e não fosse o facto de estar sempre bastante recuado no terreno e teríamos conseguido ser mais assertivos na recuperação da posse de bola. Ainda tentou algumas vezes sair com a bola controlada sem grande sucesso e por isso acabou por recuar e tentar jogar de trás para a frente deixando os colegas para o trabalho mais subido. Precisávamos de outro Danilo lá mais para a frente…mas não temos nem teremos.

(-) Falta de força no meio-campo. Podemos exigir trabalho, equilíbrio táctico e colocação de peças em campo por forma a taparem linhas de passe ou construção avançada do adversário. Podemos exigir que passem bem a bola, que sejam práticos e eficientes durante o jogo. Mas não podemos exigir que o André ganhe em corpo ao William ou o Otávio ao Marvin. Isso é quase impossível e por muito que tentem forçar o contacto vão perder 99 em cada 100 vezes. Como se resolve isso? Fácil: ter a bola e rodá-la entre os nossos e quando a perdermos, conseguir interceptá-la mais depressa que o adversário a conseguir passar. Fácil, não é? É, pois, mas precisamos de trabalhar exactamente esses vectores, porque uma equipa pequena e franzina tem de saber os terrenos que ocupa de uma forma mais inteligente do que uma que usa canastrões (com beneplácito arbitral, ainda por cima) para levar a sua avante, sob pena de perder todas as bolas e ficar de braços no ar a pedir falta, que aconteceu hoje por várias vezes sem grande motivo.

(-) Falhas defensivas nos golos. Ambos os golos foram absurdos e foram a prova evidente que ainda há trabalho a fazer, especialmente na mioleira da malta. O primeiro golo surge porque a equipa ficou estática no recuo para apanhar uma bola perdida, com os centrais a abanarem os braços a pedir uma mão que pode ou não ter acontecido…mas o que aconteceu de facto foi um alheamento do lance para tentar pedir uma falta, o que não faz sentido a este nível. Não podemos (e ao que parece cada vez menos) estar dependentes de árbitros, minha gente! Já o segundo golo foi pior, porque o corte de Felipe foi o contrário do que deveria ter feito, independentemente da bola ter ou não ido ao braço do adversário. Rapaz, ouve lá, uma bola daquelas corta-se para o ar. Pões a mona debaixo da trajectória da bola e quando ela embater no teu crânio tem de subir. É dinâmica básica de objectos, tens de jogar mais snooker em vez de andares a ver gajas na net e vais ver que percebes do que falo!

(-) Arbitragem, logicamente, em Alvalade. Não é nada de novo e não me parece que alguma vez o seja: o árbitro lixa-nos em Alvalade, de uma forma ou de outra. Falemos das mãos nas bolas ou bolas nas mãos. Não me parece evidente nenhum dos lances à vista desarmada e é só assim que consigo ver o jogo, porque essa imbecilidade de ver os lances com repetição e analisá-los a posteriori é uma bela duma trampa…mas também é verdade que o próprio Sporting anda a reclamar o video-árbitro desde que o Sansão foi ao corte e que me enfiem sete SCUDs no rabo se pelo menos um daqueles lances não seria considerado que a mão ou o braço desviou a trajectória da bola. Com mísseis anais ou não, passemos às trancadas. Sim, amigos, porque o Sporting as deu com mais força que um proverbial vizinho num apartamento com paredes finas. Bruno César, que tem a boca aberta mais vezes que uma pêga na Via Norte, tratou de andar a arrancar raízes de amarelo vestidas durante todo o jogo, Slimani e William adoraram os queixos dos nossos rapazes e se o Adrien pode andar a dar patadas à vontade, também devíamos ter uma palavra a dizer sobre isso. São estas as arbitragens que nos lixam e que dão cabo dos jogos, aquelas que deixam passar tudo para um lado e o outro raramente tem um free pass. Se um certo polaco que visitou Roma há uns dias tivesse estado hoje em Lisboa, garanto que o Sporting não teria acabado o jogo com onze. Nem dez. Talvez nove. Talvez.


Ninguém morre depois de perder em Alvalade. O campeonato ainda está no arranque e se a única derrota da época tiver acontecido à terceira jornada, não me faz comichão nenhuma. Há que recuperar a malta durante a pausa para a Selecção e voltar em grande na próxima ronda. Força, rapazes.

36 comentários

  1. Julgo que não devem queixar da arbitragem… faze-lo num jogo destes é mesmo muito redutor. O golo do Porto vêm de uma falta que não existe, o Danilo atirou-se para a piscina e o arbitro também poupou o 2º amarelo ao Corona.

    Quanto aos golos, o 1º foi limpinho. O Gelson domina de forma clara de peito. A figura que o Casilas fez foi apenas para justificar a falta da atitude que o mesmo teve no lance.
    O 2º golo, se a bola toca no braço é porque o braço faz parte do corpo humano. E mais uma vez, o Casilas fez uma figurinha de puto mimado. Mexeu-se mais a protestar com o arbitro do que a defender lances dos golos.

    O Sporting acabou com 6 amarelos, e não foi poupado nenhum cartão… como aconteceu com o Corona.

    1. 1- Não foi limpinho não. Não houve falta. O matulão do slimani atirou-se para o chão.

      2- O braço teve influencia na jogada e não estava junto ao corpo visto que o jenathan ia a correr.

      O sporting teve entradas nas pernas dos jogadores do porto ao estilo da Roma só que passaram impunes.
      Aconselho a rever o jogo e trocar as cores, imagine que o sporting é o FCP e o FCP é sporting.

      Nota: a 2º parte foi do sporting, o sporting joga bem. Não estou a dizer o contrario, capixe ?

    2. A falta sobre o Danilo é clara, basta ver os jornais de hoje, Record inclusive, com a pisadela bem em destaque.

      Quanto à questão disciplinar só pode estar a brincar certo? Quantas cotoveladas passaram em claro? E diz que o Sporting não foi poupado em nenhum cartão? Coates, Slimani, Bruno César, Adrien, João Pereira, todos eles poupados por lances violentos.

      O 2º golo existe um beneficio claro do ressalto na mão, isso do braço fazer parte do corpo humano… é o argumento mais burgesso que já vi.

      2º amarelo ao Corona aonde? Viu isso depois da 12ª cerveja????

      Tenham a decência de comentar com um mínimo de seriedade. Sei que isso é culturalmente muito complicado para o sportinguismo. Mas tentem.

  2. Sinceramente nao vejo nada… não quero parecer um velho do restelo mas… o que vi foi o porto a jogar com o andre sozinho la na frente a tentar ver se apanhava alguma bola do otavio saida nem sabe Nes de onde…
    Quantas mais vezes vamos ver: o casilhas com o braço no ar a pedir falta quando a bola ainda esta jogavel? O andre2 a tentar ganhar bolas c o corpo? O marcano a fazer passes a toa ora para a bancada ora para o redes adversario? O filipe a fazer cortes para a frente… o andre silva mais sozinho que o robison crusue e no fim ainda teve que levar com o armario…
    Nes para mim ainda nao mostrou ser acertivo nas subs… ainda tem creditos para gastar… espero que nao os gaste todos… wtf sem meio campo mete 2 avancados e coxos…
    Vi algum querer enquanto houver pernas… mais nada…

  3. concordo, temos uma equipa demasiado macia, mexicano nao poe o pe mas de certeza e esse o seu problema. Depois herrera nao tem capacidade fisica para jogar todos os jogos da forma que joga deveria ter sido substituido. A nossa equipa e macia e tem muita suplesse como asilva. O arbitro ajudou mas se por um lado a vitoria em roma foi otima por outro deslumbou os jogadores e fe los acreditar que todos os arbitros apitam como deve ser. UMA NOTA OLIVER NAO FICOU COM SIMEONE EXATAMENTE PORQUE NAO METE O PE E E MACIO, portanto temos mais um.

  4. Estimado Jorge,

    O FCP de facto entrou bem, personalizado e mereceu ter feito o primeiro golo. Entrou “para ganhar”, como diz. Mas a partir daí se a primeira parte ainda foi mais ou menos equilibrada, na segunda o FCP desmoronou-se. Não tem / teve argumentos para a excelência colectiva que o Jesus implementa nas suas equipas – o Sporting não é excepção. Por ter de correr atrás do resultado e também pelo sentimento de impotência nalguns jogadores, quanto mais tentaram ir atrás do prejuízo na segunda parte mais o FCP se desagregou. Isso sugere, talvez, que Nuno tem ainda muito trabalho pela frente ou que alguns jogadores do FCP não sabem ainda o que têm de fazer em campo. Tivesse o Sporting 2 ou 3 jogadores de mais qualidade e o SCP ter-se-ia instalado no meio do campo do FCP. Doutro modo, mesmo nesse período, não se conseguindo o Sporting instalar, embora dominando na maioria do tempo, o FCP ainda provocou alguns sustos. 3 ou 4 lances nos quais se aproximou da nossa área, 2 deles conseguindo inclusivamente meter a bola na pequena área do Patrício. Não se trataram de ocasiões de golo mas poderiam tê-lo sido.

    No Sporting, extrema competência colectiva, domínio, capacidade apara anular o FCP mas alguma (muita) incapacidade do domínio criar jogadas que resultem em ocasiões de golo, algo que remete para as diferenças ao nível de qualidade individual do Sporting para os rivais.

    Vitória indiscutível (mais uma) para o papa-clássicos Jorge Jesus.

    Para além dos óbvios excelentes jogadores que o FCP tem, especialmente na frente, gostei do André André na 1ª parte. Mistura interessante de Carlos Martins com Adrien, sem as “avarias” do Carlos Martins. Processos simples, muito boa técnica, boa visão e noção dos acontecimentos e disponibilidade. É um jogador muito interessante.

    Um abraço.

  5. Jorge,
    Tudo o que dizes sobre a nossa equipa pode ser verdade. Não tenho como o saber depois deste jogo. Porque com aquela arbitragem, é impossível ver o futebol. Não temos força e devemos ser inteligentes? Sim, como em Roma. Só que ontem o Bruno César nem amarelo viu, abrindo portas – que digo? Comportas! – para o festival de pancadaria no amarelo. Sei lá se o André ganha no físico ao William. Eu cá tb tinha cuidado a jogar à bola contra um gajo que pode afundar-te o maxilar à cotovelada. Impunemente.
    Deixemos então as mãos. Faz de conta que o Gelson não tem mão. Precisaste de repetição para ver a mão do Coates nas trombas do AS no início desse lance? E a falta sobre o Slimani? Viste-a sem repetição? Foi preciso replay para ver o fora de jogo inventado que tirou o AS da cara do franguicio? Nop!
    Eu não sei o que temos para corrigir, tendo por base este jogo. Porque ele não se jogou.
    Abraço

  6. Boas,

    As usual não há muito a acrescentar às tuas palavras.

    “Com mísseis anais ou não, passemos às trancadas. Sim, amigos, porque o Sporting as deu com mais força que um proverbial vizinho num apartamento com paredes finas. ”

    Houve lá entradas para vermelho directo ( sola da chuteira em pernas nossas foram umas 3 que me lembre ), cotoveladas para o 4º arbitro ver e passou tudo impune. Chegou a um ponto que já todos duvidávamos se era andebol, rugby ou que caralho se passava ali. Temos a Liga dos campeões para jogar correctamente e temos o campeonato português em que vale tudo. Menos para o FCP que esses levam vermelhos e amarelos. Fuck it. É nestes jogos que se percebe que o FCP tem de jogar contra o adversário e contra algo mais, chamem-lhe sistema, erros inócuos dos árbitros, magia negra… ou o caralho. Sempre foi assim. Deve ser por ser um equipa do norte e “pequena” para eles.

  7. Não me parece que o árbitro tenha estado mal.
    O que eu vi foi o Jesus a povoar o meio campo e a fazer pressão aos nossos médios a la Fernando Santos.
    Porque é que o Danilo se destacou? Era o único que tinha minimamente espaço para progredir, os outros médios estavam cobertos e não conseguiam receber a bola.
    A segunda parte foi um tiro no pé, não interessa ter mt gente junto à àrea se a bola lá não chega… era preciso pegar na bola no meio campo e não despejá-la à toa.
    Os centrais começam a irritar-me… fazem coisas mt boas e depois deitam tudo a perder com erros estúpidos.

  8. Jorge,

    Perdoa-me desde já o desplante de usar um ‘tuas’ em vez de “suas”, mas há tanto tempo que tenho o prazer de ler as tuas crónicas com tanta informalidade que não ficava nada bem tanta distância.

    Por entre tamanha disparidade de opiniões que vou lendo por essa blogosfera fora, o teu comentário assenta que nem uma luva. Pode dizer-se que é uma realidade, como todas as outras ou uma putativa opinião, mas não me lixem, a tua está na mouche. Até na análise ao andebol praticado nos golos sportinguistas.
    É depressivo ver a parábola do Velho, Rapaz e o Burro instalada a ferro e fogo na comunidade portista. Fico estupefacto quando para o mesmo jogador, um diz que parecia o Messi a passear no meio campo do Real e outro o Sonkaya em sprint a cruzar para o ponta de lança. Costuma-se dizer que em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Faltam-nos títulos…e em vez de nos virarmos para fora andamos à batatada. Estamos bem tramados.

    Os sportinguistas são top supporters. Depois de uma arbitragem como a de ontem, só mesmo um sportinguista para achar que não só não foi beneficiado, como prejudicado. Mas desde que eu vi o Lucílio perdoar 3 ou 4 penalties em Alvalade num certo jogo com o Special One no banco e depois dizerem que no pasa nada….
    Este WC tem sempre muito pato.

    Mas perdemos bem. Se o árbitro tivesse a estupidez de achar que os jogadores do sporting não podiam usar as mãos, não posso dizer que trouxesses pontos.

    Mas vou-te dizer onde vejo a luzinha (que poderá ou não vir a esfumar-se…): há atitude! Houve nos primeiros 20 min, houve quando fomos roubados, e até houve quando as coisas aqueciam. Estou farto de os ver de braços caídos sempre que um apito qualquer decide sistematicamente por as odds do outro lado.

    Um dos grandes mentores do FCPorto dizia que ao Porto não basta ser melhor para ganhar campeonatos. Tem de ser muito melhor. A premissa mantém-se. Talvez há uns anos a diferença cavou-se muito pela incompetência da 2ª circular. Hoje há mais equilíbrio e o lastro que nos poem em cima torna tudo mais difícil.

    Pela positiva, gostei. Gosto da solideriedade da equipa, da entreajuda e do esforço. Gosto de a espaços ver um bom entrosamento. Gosto de sentir que a equipa está unida. Gosto de ver os jogadores chateados por falharem, de reclamarem quando são injustiçados. Há vida e vontade de vencer na equipa, coisa que não via há muito tempo. Tenho pela que haja tanto negativismo e tanto adepto inconsolável e com dedo leve no gatilho. Ninguém escapa. É uma pena, mas espero que a equipa consiga sobreviver aos adeptos.
    Porque estes meninos têm alma portista.

    Dêem-lhes lá mais um bocadinho… pode ser?

  9. Estou prestes a concluir que o Pinto da Costa foi o árbitro do jogo, coadjuvado pelo NES e o Oliver, com o Antero a 4º árbitro. É que não vejo outra maneira de o resultado de ontem ser culpa nossa. Eu serei fanático, mas a quantidade de glaucomas que por aí pululam (que linda palavra!) é assustadora. Ora foda-se!

  10. Nas mãos as decisões do arbitro parecem-me correcta na primeira porque não me parece que toque com a mão, na segunda porque é completamente involuntária. Mas não é por isso que o arbitro fez um jogo fraquinho, acusou claramente a pressão do estádio e foi caseirinho que chegue, o livre que dá o primeiro golo ao sporting é uma clara simulação do Slimani, e a expulsão do Jorge Jesus é uma enorme vergonha e mostra claramente que nem o arbitro nem o 4º arbitro tinham mão para o jogo, como é possível um treinador ser expulso e continuar no banco a dar instruções ao adjunto e o jogo a decorrer normalmente, e o que vai acontecer é que o Jesus vai passar apenas com uma multa porque basicamente ele pode quase tudo.

    Quando ao resto fica uma nota muito negativa para a segunda parte do Porto, uma equipa que está a perder ao intervalo e não consegue criar uma única situação de golo durante todos os segundo 45 minutos tem de se queixar muito dela própria. Não se vê nada a nível ofensivo, todos os processos parecem ser baseados nas opções dos jogadores e contra equipas bem estruturadas como contra o Sporting isso não chega como ontem se viu, depois mais uma vez ficou provado a falta de soluções no plantel, uma equipa que tem só um extremo no plantel não é um plantel bem pensado, e com a saída do Corona essa deficiência foi por mais evidente, e continuo a achar que não vai ser Jota sozinho que vai resolver esse problema, há urgência de comprar mais um bom extremo/ala.

    Os golos sofridos foram fotocopias dos últimos anos, e parece que não nos livramos da sina de golos parvos.Se no primeiro a apatia dos jogadores do Porto na reacção à bola é imperdoável a jogadores profissionais, nenhum jogador tentou sequer chegar à bola, no segundo o corte do Felipe é ao nível das distritais.

    Quanto ao Nuno errou completamente nas substituições, Oliver na ala não rende, Quando entrou o pinheiro deveria ter entrado Adrian ou João Teixeira para jogar mais perto do André Silva e Herrera fazer 90 minutos quando nem sequer conseguia andar é de muita falta de visão no banco da equipa técnica portista. E eu Jorge sou mais um que acho que se houvesse uma proposta por Herrera era vendê-lo porque o rendimento não justifica a aposta que todos os treinadores tem nele.

  11. Fui ver o jogo aqui num pub em Dublin e algo estranho aconteceu. Fui para o dito sitio porque aparentemente e um spot regular para adeptos do porto na cidade, pelo que me pareceu uma boa ideia. quando la cheguei a casa estava bem composta de adeptos do FCP e SCP, assim tipo 50/50. Mas durante o jogo parece que os verdes se multiplicaram.. Um gajo pensa que se livra dos lagartos quando sai de Lisboa e nem assim. Dasse….

    Quanto ao jogo, concordo contigo, Jorge. O que retive foi que nao havia maneira de ganharmos uma bola dividida ou um ressalto ou um confronto fisico ou o que quer que fosse. Pareciam meninos a jogar contra robos.. Quanto ao arbitro, nnem vale a pena falar. O homem ate ja tem historial connosco e tudo…

    1. PS: Com um banco destes so se ganham campeonatos a jogar PES ou FM. Livrem-nos de encostarem o Layun ou o Telles, ou o Corona ou o Andre Silva. E assustador como nao ha alternativas pare nenhum deles!

    2. Ganhar uma bola dividida? o Porto estourou na segunda parte, porque levar nas trombas e nas pernas impunemente é também cansativo, e estourou porque tinha feito um jogo complicado a meio da semana! –
      Vamos lá deixar-nos do politicamente correto e das análises a frio ; com bordoada não há jogo e sem jogo não pode haver crítica (boa ou má) !

        1. sim, bem. controlaram o meio-campo, foram mais fortes no posicionamento e aproveitaram as nossas falhas defensivas. se excluires o árbitro e a forma como permitiu que jogassem para lá dos limites, em futebol jogado ganharam bem.

          1. os jogadores não têm culpa do que os árbitros fazem. agem em concordância e foram melhores nisso.

  12. O FCP tem sido uma equipa demasiado macia… Creio que isto comecou na era Lopetegui e não mais parou… O Danilo faz poucas faltas e não vejo os jogadores a serem “ratos”… a darem aquelas frutas quando se corta uma bola, por ex… Antigamente os nossos jogadores eram duros e bem duros. E matreiros… Sempre que havia possibilidade, cá vai uma fruta para deixar o adversário em sentido… E agora não temos isso.

    No entanto, creio que apenas 3 pontos se perderam. A equipa não entrou em campo derrotada e fez por tentar mudar a sorte do jogo…. Não o conseguiu.

    Mas com o tempo (estamos em Agosto) creio que será possivel construir um Porto Campeão.

    1. E isso que me deixa animado, pelo menos. Se havia coisa que me deixava fodido nas epocas anteriores era a apatia da equipa, a maneira como eram todos… sei la.. mansinhos. Cada jogo que comecassemos a perder ja estava arrumado e nao havia volta a dar, e parecia que a falta nao se importava de perder.

      Agora pelo menos os rapazes dao o que tem e o que nao tem! Vao para cima, protestam, resmungam, tentam ganhar o jogo e nao desistem ate ao fim. Perder doi sempre, e mal seria se nao ficasse todo lixado quando o Porto perde, mas pelo menos fico satisfeito por saber que eles correm e lutam tanto como eu faria (com as devidas diferencas atleticas, obviamente…) se algum dia tivesse a honra de usar aquela camisola!

      Claro que grande parte dos nossos jogadores sao macios por natureza, e isso e um problema de fundo para o NES resolver. Mas a vontade dos jogadores esta na cabeca deles, nao nas pernas. E fico feliz que a vontade esteja de volta!

  13. … amigo Jorge ontem so vi os últimos 20 min do jogo e depois o resumo… concordo com a tua analise.. do resto do jogo que vi, acho que o porto não teve capacidade física nem a lucidez necessaria para alcançar o empate…vi algumas faltas de rotinas especialmente nos homens da frente..nos lances que deram os golos ao sporting acho que são lances difíceis para o arbito ver,, deram golos, se não dessem de certeza que ninguém se iria lembrar dos lances… a mim pareceu me e que o sporting foi uma equipa mais madura andou a ver ate onde podia molhar a sopa nos jogadores do porto e depois quando se apanhou a ganhar controlou melhor o jogo..o porto foi uma equipa macia,intraquila com medo de molhar a sopa nos do sporting,,,temos de ter mais garra nas bolas divididas..de resto gostei da entrega dos jogadores.

    1. é difícil conseguir ganhar bolas quando os teus médios são tão franzinos, mas a garra está lá. é preciso criar rotinas, hábito de jogo…acho que ainda vamos ter uma boa equipa se conseguirem manter o espírito!!!

      grande abraço, rapaz!
      Jorge

      1. É basicamente isso.

        Pelo que vi até agora, mesmo admitindo que há coisas a melhorar e corrigir, a atitude e a qualidade de futebol praticado não é comparável à dos últimos dois anos.

        O FCPorto será sempre uma equipa com mais lastro do que os rivais, seja pelo ecossistema criado pelos media, seja por aquilo que os homens do apito fazem. No matter.
        Vejo uma centelha de revolta e de vontade. Até mesmo este gozo, provocação e regozijo à verdadeiro bully que o sporting fez a seguir ao jogo acaba por ser não só mais uma evidência do carácter do clube dos viscondes como uma oportunidade (mais uma) da equipa ir buscar ainda mais alma e acordar definitivamente o “Ser Porto” que sempre definiu o clube e que serviu como catalizador de muitas vitórias.

  14. O FCP entrou bem no jogo! Surpreendeu o Sporting abrindo o placar e a boca dos lagartos aos 8 minutos! O FCP.NES depois de Roma está a ganhar em Alvalade! Ninguém diria! Mas foi assim mesmo! Apenas 14 minutos de FCP em Alvalade. Foi bom mas MUITO pouco. Apenas 14 minutos de 90, é caso para se perguntar: o que se passou? O que contribuiu para a derrota?

    A – O primeiro golo do Sporting foi conseguido através de um golo do Arbitro.

    B – O segundo golo do Sporting foi erro grave defensivo, nomeadamente do “esquizofrénico” Felipe- (aqui se manifestaram todos os monstros do passado recente que teimam em literalmente Tirar-o-Tapete à equipa)

    C – JJ mexe na equipa, depois do susto e do alívio. Realmente só podia acabar expulso, apanhando-se a ganhar depois de já ter estado a perder, chegara a hora de jogar o jogo sujo, as entradas para matar, os cotovelos altos. O domínio de jogo que o Sr. árbitro escolheu permitir ao sporting, foi o caldeirão mágico de que JJ precisou para CRIAR. Mas “criar” o quê? Criar 3 pontos! Como? Ao recuar o Bryan Ruiz para a ponta-esquerda e recolocando o Bruno César no miolo, CRIOU superioridade numérica no meio-campo, e conseguiu destruir (tiro no porta aviões) a primeira fase de construção de jogo ofensivo por parte do FCP. Danilo OFF! Se fosse Xadrez diria que JJ nos comeu a Rainha (Danilo), dizer o quê?

    D – O FCP em 4x4x3 e o Sporting em 4X5X1

    E – NES não foi capaz de “golpe de asa”. Perdeu o Corona ao intervalo (parece que lesionado na clavícula) e quase que apetece antecipar que perdeu o jogo também! Reparem se não foi AQUI que perdemos o fio-à-meada?! Não temos Banco, o plantel está COMPLETAMENTE desequilibrado! Se a intenção de NES seria manter o mesmo esquema tático, seria de esperar que Varela ou Adrián fossem as opções naturais, pois se tratam de jogadores mais adaptados para jogar na extrema-direita do que o Óliver ou o Herrera. Estivemos a trabalhar bem a profundidade, precisávamos de continuar a ter uma SETA apontada à defesa verde. Entra quem? Entra o Óliver para jogar na posição do Corona, na direita! Inacreditável! NES demorou uns bons minutos – estávamos a perder!!! , até retificar a situação com a recolocação do Herrera no lugar do Corona, entretanto ocupado pelo Óliver, enfim… na direita! Foi muita perda de tempo, mudanças malignas! Óliver não trouxe nada ao jogo, o FCP continuou a não conseguir partir para o ataque com critério. O meio campo de Sporting continuou com 5 médios e o do FCP com 4 médios mal posicionados. O Sporting deu um passo atrás depois de se apanhar a ganhar sem saber como, recuando o B.Ruiz de segundo avançado para médio-esquerdo recolocando o até então médio-esquerdo para o centro do terreno, CRIANDO-SE assim superioridade numérica no meio-campo, ganhando bolas e saindo para o ataque em coletivo. O Sporting de JJ deu um passo atrás para chegar à frente! Tração traseira, recuperação de bola, desconstrução do jogo ofensivo do adversário, domínio do terreno domínio do jogo. Deu uma lição ao NES que se limitou a ler o jogo como “está nos livros”, SEM O FOGO DO DRAGÂO. Depois JJ muda para 4x3x3 antecipando-se assim às últimas mudanças que competia efetuar por parte do FCP. Passados 5 minutos NES responde com a substituição do André André pelo Depoitre, aos 74 minutos, mudando assim o esquema tático para 4x4x2! Ora bolas! Parece que fez uma grande coisa! Passou a jogar em 4x4x2 contra um 4x3x3 sem resolver os seus problemas no jogo, continuou em inferioridade numérica no centro do terreno! Não me pareceu correto, embora usual e clássico, mudar o esquema tático para 4x4x2. Estávamos com problemas na construção, sem construção, sem domínio no meio-campo para quê uma dupla de Pontas-de-Lança, desconhecida deles mesmos? NES Escapou das críticas? Ninguém o pode acusar de não jogar ao ataque? Sim. Mas e se fizesse outras opções? Na minha opinião, o principal problema do FCP diante do Sporting foi a demonstrada incapacidade de construção de jogo ofensivo logo à saída da área. Foi claro! JJ acertou em desviar o Bruno César para os calcanhares do Danilo! Ao intervalo, sem Corona e na impossibilidade de continuar a ter em campo um extremo puro, capaz de garantir a profundidade, PORQUE NÃO mudar o esquema tático para 4x2x3x1, entrando o Rubén Neves ? Com a intenção de segurar melhor a bola na transição defesa-ataque, lutar no meio, distribuir o jogo desde trás! Afinal o Rubén Neves é ou também não é opção? Por aqui se explica muito do desaire! O Plantel está desequilibrado. Não temos BANCO! Substituir o Corona (lesionado) pelo R.Neves (passando A André André para a meia-direita), parece-me que teria sido a opção tática mais inteligente. GANHAR O MEIO CAMPO, REFORÇANDO A POSIÇÂO 6 e não a 10 como NES fez. Parece que seria jogar à defesa numa partida em que estávamos a perder? Não. Seria isso sim garantir a luta pela bola, a criação de maior numero de possibilidades de passe aos jogadores do centro, para que pudessem puxar a profundidade e assim manter o Sporting sempre em sentido. Talvez mais tarde refrescar uma das alas, para manter a pressão e o jogo mais perto da baliza do Sporting. Talvez ainda tarde trocar o ponta-de-lança, troca por troca, ou retirar o Danilo e enfiar o Depoitre em 4x4x2 em, e somente, em, desespero de causa.

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