Baías e Baronis – Benfica vs FCP




(foto retirada do MaisFutebol)


Se formos a analisar a performance do FC Porto durante toda a partida, acabamos por embarrar na mesma parede mental na qual temos vindo a constantemente cabecear durante toda a temporada: somos fracos. Mentalmente, tecnicamente, tacticamente, em todos os aspectos estamos abaixo do nível ao qual estávamos habituados desde que Jesualdo Ferreira tomou o leme. O jogo de hoje mostrou um FC Porto quezilento, com pouca capacidade de rotação da bola e de controlo da partida, sempre mais lento que o adversário, a perder duelos constantemente e a não conseguir de forma nenhuma contrariar a dinâmica muito mais agressiva (no bom sentido) e audaz da equipa que hoje enfrentamos, aquela que será muito provavelmente sagrada campeã nacional daqui a umas semanas. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Rodríguez. O rapaz não parou todo o jogo. Pode não ter sido muito eficaz (onde diz “muito”, leia-se “nada”), mas lutou, esforçou-se e foi dos poucos que tentou arrastar a equipa para a frente, no meio do marasmo que se via no resto da equipa. Faltou-lhe apoio, claramente, mas mesmo sem o ter, Cebola tentou sempre forçar jogadas ofensivas, tentando entender-se com Álvaro Pereira, jogando ao lado de Falcao e descaindo para as alas sempre que possível. Merecia um golo.
(+) Falcao. Mais uma vez, um dos mais esforçados, numa luta inglória entre os centrais, tentando dominar a bola (o que nem sempre lhe saiu bem) e esperar pelo apoio, que apareceu no máximo duas vezes durante o jogo.
(+) Fernando. Qualquer portista que acompanhe minimamente os jogos da equipa tem-se apercebido da falta que o brasileiro faz no meio-campo defensivo. Nem Tomás Costa nem o pobre Nuno André Coelho, atirado às feras no Emirates Stadium, conseguiram fazer esquecer a forma como Fernando domina a sua zona quando está em forma. Hoje, ainda que não tenha conseguido impedir a derrocada no resultado, tentou lutar com as forças que tinha contra a melhor organização do meio-campo benfiquista. Fica o bom esforço.
(+) Benfica. Quando se ganha dá gosto atirar uma ou duas boquinhas ao adversário, só para rejubilar no prazer de uma vitória. No entanto, quando se perde, há que saber perder com dignidade e humildade, particularmente quando o adversário prova ser melhor que nós em campo. Foi isso que aconteceu hoje no Algarve, onde o Benfica, a jogar a passo, chegou e sobrou para nos vencer por três a zero. Limpo. Parabéns, Ruben Amorim (melhor em campo) e Jorge Jesus, que me surpreendeu na flash interview, comovido e a dedicar a vitória ao pai. Espero que para o ano cá estejam para nos dar os parabéns a nós. Se merecermos, claro!
BARONIS
(-) Bruno Alves. No jogo contra a Académica, escrevi o seguinte: “Bruno Alves reclama com árbitros com uma atitude quase intimidatória e excessivamente agressiva; age impulsivamente e sempre com nervos em franja perante os adversários, arriscando inúmeros cartões vermelhos com pequenas quezílias que um dia destes, quando os árbitros perderem o medo, lhe vão mostrar; está a facilitar em demasia em zonas defensivas, raramente pressionando o avançado que lhe aparece na frente (lembram-se do Bruno Alves a fazer um carrinho em algum jogo este ano?) e acabando por fazer faltas em áreas recuadas que levam perigo para a própria baliza. Bruno parece instável e nervoso, e essas são qualidades que num capitão de equipa se acabam por transmitir para o resto dos jogadores.“. O jogo de hoje foi tirado a papel químico do jogo de semana passada. Analisarei o momento de Bruno Alves num post nos próximos dias, mas fica uma pequena frase que espelha a minha opinião sobre o que se passa com o nosso capitão: há que saber perder. Sobre o jogo e o comportamento de hoje não há muito mais a dizer, apenas o seguinte: um capitão de equipa, líder de homens e alguém que se quer que seja um modelo a seguir, não pode ter reacções absurdamente violentas e agressivas como as de hoje.
(-) Intranquilidade. A incapacidade técnica, juntamente com as lesões, os casos extra-relvado e a falta de motivação acabaram por transformar este final de época num pesadelo, o que se reflecte dentro de campo. Os jogadores reclamam uns com os outros, sem capacidade para fazer mais e melhor. Ninguém me convence que os rapazes de azul-e-branco são tão maus quanto o que mostram em campo.

(-) Claques. Desta vez não pode haver atenuantes. O clube tem de reagir perante as atitudes animalescas que se viram a caminho do Algarve. Sim, incluo tudo no mesmo lote, aquela malta tem atitudes de gado e tem de ser tratado como gado. Quanto às bastonadas da Polícia que deixaram alguns hematomas pelo caminho, é simples perceber que quem vai misturado com gado tem de se aperceber que arrisca ser tratado como gado. E já tendo trabalhado num matadouro, sei bem como se deve tratar gado.



E cá vai mais uma frase que já me começa a cansar ter de proferir no final dos jogos: perdemos bem. É triste admiti-lo mas estamos num mau momento do qual este ano creio ser muito pouco provável conseguirmos sair. O campeonato ainda não acabou e ainda temos a Taça de Portugal para tentar vencer, mas ainda que o consigamos, servirá de pouco consolo às fraquíssimas exibições e à falta de garra e organização que consecutivamente mostramos em campo. Mas levantemos a cabeça, am
igos! Temos de saber perder, dar os parabéns ao adversário por uma vitória limpinha, por merecer e por fazer por merecer. E venha a próxima manhã, que há treino…
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Baías e Baronis – Académica vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)


Este era mais um jogo que era aguardado com grande expectativa, depois de uma semana terrível nas hostes portistas. Acabou por ser mais do mesmo, só que desta vez vencemos, uma vitória que apareceu quando já não havia grande esperança, pelo pé esquerdo de Cristián Rodríguez, ele que foi provavelmente o melhor em campo. Continuam as falhas técnicas, continua o jogo pouco imaginativo e aos repelões, continua uma instabilidade terrível na organização defensiva e acima de tudo na criação de jogadas de ataque. Valham os três pontos! Notas abaixo:

BAÍAS
(+) Rodríguez. Já fazia falta o Cebola de ano passado, lutador e a carregar a equipa para a frente com força e alguma cabeça. Foi guerreiro desde o arranque e acabou por ver o esforço compensado com um golo que dá três importantes pontos. Ao longo de todo o jogo andou a lixar a cabeça aos laterais, principalmente pelo lado esquerdo. Admito que sou fã do rapaz e tinha muita pena que estivesse tanto tempo lesionado, até porque acho que é um elemento importante no ataque portista e fez muita falta. Quem dera que esteja sempre feliz como hoje…
(+) Belluschi. Teve alguma clarividência num meio-campo onde Ruben esteve fraco e a notar-se muita fadiga nas pernas do madeirense. Belluschi, provavelmente por ter jogado menos minutos, parece mais fresco e acabou por ser um dos jogadores mais perigosos da equipa do FC Porto. Acertou passes que costuma falhar e pressionou zonas que tem por hábito esquecer, para além de vários remates à entrada da área que causaram relativo perigo.
(+) Miguel Lopes. Com o castigo/sabática forçada que Fucile está a cumprir, Miguel Lopes fez o possível para agarrar o lugar e saiu-se bem. Muito mais atento do que no jogo contra o Olhanense, esteve bem defensivamente e apoiou o ataque (particularmente Varela) sempre que foi possível. Não tem a fibra de Fucile nem tão pouco a sua capacidade técnica, mas pareceu querer mostrar que é uma segunda opção que pode ser utilizada sem problemas de maior. É preciso confirmar o crescendo de forma.
(+) Beto. Esteve seguro durante todo o jogo, agarrando bolas com firmeza, saindo bem aos cruzamentos e até fora da área, onde parece gostar imenso de jogar. Com Helton lesionado e Nuno a ser o habitual escolhido para a Taça da Liga, Beto parece ser opção apenas para a Taça de Portugal, o que não torna fácil ganhar muitos minutos por isso tem de aproveitar todas as oportunidades. Hoje, ao contrário do que aconteceu noutras alturas, saiu-se bem.
BARONIS
(-) Bruno Alves. Hesitei antes de dar uma nota negativa a Bruno Alves, mas decidi fazê-lo de qualquer forma. Apesar do golo que marcou e que nos recolocou no jogo depois de um penalty por si cometido e que será no mínimo um pouco forçado, o que mais entristece é a forma como Bruno Alves se tem vindo a comportar durante os jogos na qualidade de capitão de equipa. Bruno Alves reclama com árbitros com uma atitude quase intimidatória e excessivamente agressiva; age impulsivamente e sempre com nervos em franja perante os adversários, arriscando inúmeros cartões vermelhos com pequenas quezílias que um dia destes, quando os árbitros perderem o medo, lhe vão mostrar; está a facilitar em demasia em zonas defensivas, raramente pressionando o avançado que lhe aparece na frente (lembram-se do Bruno Alves a fazer um carrinho em algum jogo este ano?) e acabando por fazer faltas em áreas recuadas que levam perigo para a própria baliza. Bruno parece instável e nervoso, e essas são qualidades que num capitão de equipa se acabam por transmitir para o resto dos jogadores.
(-) Azar de Mariano. Nada directamente contra o argentino desta vez, apenas contra a lesão que lhe pode ter custado o resto da temporada. Pode ser uma sorte disfarçada para o resto da equipa, já que se sabe a influência infeliz que Mariano muitas vezes tem no fluxo de jogo ofensivo…mas nesta altura, com Orlando lesionado, Farías amuado (segundo “O Jogo“, algo que a SAD veio desmentir em comunicado) e Hulk castigado, é uma limitação ainda maior ao nosso ataque-esqueleto.

(-) João Capela. Lá pelo Olegário ir ao Mundial, quer dizer que todos os árbitros têm de começar a apitar como ele?! Sempre que alguém ia ao chão era falta, quer fosse portista ou academista, era uma parvoíce de quedas e atiranços para o chão, sempre com o proverbial assobio estridente do senhor de vermelho fluorescente. É com árbitros destes que queremos evoluir o nosso futebol?!…


Ganhámos um jogo que tanto podia dar vitória do FC Porto como um empate, o que seria merecido dada a pouca acuidade ofensiva da nossa equipa e a boa organização defensiva da Académica. Ainda assim, três pontos são três pontos e nesta altura tudo o que vier à rede é sável…
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Baías e Baronis – Arsenal vs FCP


(foto retirada do Yahoo! News)

Adeus e até 2011, Champions League! Uma exibição ao nível de tantas outras que já vimos na presente temporada, ilustrando as fragilidades mentais e de disciplina táctica que temos vindo a mostrar. Num jogo em que nada poderia falhar, tudo falhou, e acabamos por sair do Emirates Stadium com cinco golos no bucho, cinco falhas, cinco displicências, cinco parvoíces, a somar a dezenas de falhas e desconcentrações, com uma ausência quase total de agressividade, algo que até eu achei estranho para um jogo tão decisivo. Fica para a história um resultado tão justo quanto volumoso e uma noite para nunca mais esquecer de Fucile, pelos piores motivos, como é lógico. A notas:

BAÍAS
(+) Helton. Se os ingleses…ou melhor, a equipa que joga em Inglaterra tivessem tido outro guarda-redes na baliza contrária, provavelmente nesta altura não estaríamos a lamentar cinco golos sofridos mas muito mais. Helton fez tudo o que pôde para evitar a goleada, mas os seus colegas não estavam para aí virados. Não teve culpa em nenhum dos golos. Não chegou.
(+) Falcao. Desde o início do jogo que lutou contra as duas torres adversárias e apesar de pouco eficaz na posição que de facto deveria ter ocupado, andou por todo o campo a correr como um louco atrás dos rapazes de vermelho que trocavam a bola entretidamente pelo meio dos ineptos jogadores que ocupavam a frente da nossa área. Falcao merecia o prémio de jogo que todos iriam receber se vencessem o jogo. Pelo que vi, foi o único jogador de campo que se esforçou desde o início da partida.
(+) Rodríguez. Quando terminou a primeira-parte, pensei: só há uma substituição possível, sai Nuno André Coelho e entra Rodríguez. Jesualdo fez-me a vontade e o uruguaio conseguiu mexer um pouco com a equipa, pegando na bola e arrastando os colegas um pouco mais para a frente, fazendo o que Ruben e Meireles, até então, pouco ou nada tinham conseguido, ou sequer tentado. Continua a ser desesperadamente ineficaz, mas tem fibra, e foi dos poucos (notam aqui um padrão?).
BARONIS
(-) Falta de agressividade. O jogo contra o Arsenal perdeu-se em grande parte pela total ausência de agressividade da parte do FC Porto. Não consigo perceber, pela minha vidinha, como é que num jogo a contar para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, numa eliminatória que é vista em todo o mundo, que é quiçá a competição mais importante de clubes do Mundo, quando se sabe que a outra competição a sério em que a equipa está envolvida (taças aparte, porque essas só contam para encher prateleiras nos museus e não dão de comer a ninguém) está quase irremediavelmente perdida…como é que nestas circunstâncias os jogadores não se esforçam. Palavra que não percebo. Que falta de fibra, de raça, de querer, de vontade de ganhar têm estes meninos! Passes pouco tensos; Hulk et al (excepto Falcao) a caírem SEMPRE que iam ao contacto com o adversário; Meireles a cair nas fintas e a ficar de pés fincados no terreno a ver o oponente a passar tranquilo; Rolando e Bruno Alves a olhar para os avançados, sem lá chegarem perto; tempo e espaço infinito para os jogadores do Arsenal poderem fazer o que queriam. O Arsenal troca bem a bola, joga muito bem, é verdade. Mas joga ainda melhor quando está a enfrentar o equivalente futebolístico de 11 ecopontos azuis.
(-) Fucile. Reparemos em quatro dos cinco golos do Arsenal: o primeiro nasce de uma atrapalhação de Fucile que choca contra o guarda-redes, com Bendtner a chegar primeiro à bola que o resto dos defesas; no segundo, Fucile não deixa a bola sair, reentra no campo e chuta a bola sem força para os pés do jogador do Arsenal, que fez o resto; no quarto, Fucile assiste Eboué na perfeição, num corte mal executado; por fim, um penalty absurdo causado por má colocação. Foi tão mau que me fez lembrar Sonkaya.

(-) Meireles. A imagem máxima da inépcia e da falta de inteligência. Meireles, que já foi essencial no meio-campo do FC Porto, converteu-se num jogador abaixo de banal. Está fraco, com pouco empenho e com um desânimo que nunca antes tínhamos visto, caindo em todas as fintas possíveis e imaginárias, quer elas fossem feitas ou não. Não sei o que se passou, só sei que enquanto estiver neste momento de forma, mais vale colocar o Guarín. Ao menos os adeptos riem-se.

(-) Jesualdo. A opção táctica de colocar Nuno André Coelho (sem desprimor para o coitado do rapaz que andava sem saber o que fazer em frente à defesa) como trinco neste jogo é tão má como a de Oliveira quando lançou Costa em pleno Old Trafford. Dessa vez foram quatro, aqui foi só mais um. Jesualdo insiste em tirar estas lebres da cartola nestes jogos, o que mostra claramente que não têm confiança nos jogadores que estão à sua disposição, optando por um rapaz que não tem rotinas na posição contra uma equipa que troca a bola de uma forma brilhante À ENTRADA DA ÁREA!!! (Calma…respira…) Não vou entrar em rants prolongados, porque ainda é cedo e ainda há jogos a disputar e competições a vencer, por muito pouco importantes que sejam. Mas, caro Professor, creio que já se apercebeu que perdeu o controlo do balneário em termos anímicos, para não falar nas decisões tácticas.

Depois de uma fase de grupos simpática, caímos com estrondo nos oitavos. Doeu e vai continuar a doer durante uns tempos, mas há que levantar a cabeça e seguir em frente. Falemos de treinadores e de limpezas de balneário daqui a uns meses. A senhora gorda ainda não cantou e o pano ainda não caiu.
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Baías e Baronis – FCP vs Olhanense


(foto retirada do MaisFutebol)

Estive no Dragão juntamente com mais 32 mil pessoas. Quase todos tivemos a mesma visão triste e desanimadora de uma equipa de baixos caídos, sem ideias e sem pernas, com fraquíssima capacidade de dar a volta a um resultado que foi conseguido cedo demais por um adversário que apesar de fraco conseguiu ser eficaz. Nós só fomos fracos, porque a eficácia foi deixada para os últimos dez minutos, com alguma sorte, algum querer e pouca clarividência. O costume, portanto. A notas:

BAÍAS
(+) Falcao. O rapaz bem correu, lutou e esbracejou no meio dos centrais do Olhanense. Marcou o primeiro golo numa jogada de insistência e só não marcou mais porque nunca foi decentemente servido pelos colegas. É dos poucos que raramente desiste das bolas e parece ainda mostrar vontade de ganhar alguma coisa.
(+) Rodríguez e Mariano. É certo que quase nada lhes correu bem. É verdade que andaram mais de meio jogo a correr até à linha sem conseguirem fazer nada de produtivo. Mas correram, correram, correram…durante toda a partida. Estão fora de forma mas podem ser boas opções para o próximo jogo contra o Arsenal, pela experiência e acima de tudo pela capacidade de luta.
(+) Ruben. Enquanto teve pernas para correr, fê-lo bem. Atrevo-me a dizer que é o único jogador da nossa equipa que tem a inteligência suficiente para receber a bola, parar e olhar em redor para ver o que é que se passa à volta e colocar a bola no sítio certo, quando corre bem, claro. Teve duas chances para marcar, com um excelente remate ao lado e noutra oportunidade a permitir uma excelente defesa a Ventura. Não é Deco. Não é Lucho. Mas é Ruben e está para ficar.
(+) Dragon Force. Os putos estiveram em força no estádio, ocupando um sector na Superior Norte e fazendo um barulho pré-adolescente genial em termos do apoio à equipa e da força que tentaram transmitir aos jogadores.
BARONIS
(-) Maicon. Meu Deus. Como é possível aquela falha no segundo golo?! Como disse no jogo contra o Estoril, Maicon é lento demais e acaba por ser ainda pior vê-lo a correr ao lado de um avançado qualquer que lhe passa à frente. Fraco.
(-) Miguel Lopes. Esteve mal a atacar e muito mal a defender. A falha no primeiro golo adversário é culpa inteiramente sua, deixando que o avançado do Olhanense entrasse pela área dentro com toda a facilidade do Mundo e assistisse Djalmir para o avançado marcar. Parece ainda jogar muito nervoso.
(-) Belluschi. Passes ridículos, lentidão na criação de lances de ataque, Belluschi simbolizou toda a inépcia da equipa portista em conseguir criar situação de efectivo perigo para a baliza de Ventura. Belluschi acaba por ser uma das maiores desilusões da temporada, não pela ausência de valia individual como outros mas pelas expectativas que os adeptos criaram com o seu nome. O rapaz provavelmente nem tem grande culpa mas o que é certo é que continua a não convencer.
(-) Álvaro Pereira. Teve hoje talvez o pior jogo com a nossa camisola, ainda pior que em Alvalade. Não fez um cruzamento decente, nunca conseguiu chegar à linha (o facto de não se entender com Rodríguez é inconcebível tendo em conta que jogam juntos na selecção, nos mesmos lugares que no FC Porto) e deixou avenidas enormes atrás dele, com Bruno Alves a ter de ir cobrir Ukra que andava a vaguear por essas zonas. Espero que seja um abaixamento de forma e não a verdadeira imagem do uruguaio, que tem em mim um fã, pelo menos por agora.
(-) Jesualdo. É fácil criticar depois da decisão feita, como é evidente, mas creio que poupar alguns jogadores “chave”, optando por outros que não terão o mesmo ritmo, compreendendo-se que tenha em mente o jogo de terça-feira, é arriscada. Para além de se abdicar logo do campeonato, correndo riscos desnecessários, fica a sensação que as grandes falhas acabam por vir principalmente das peças escolhidas para substituir os “titulares”, Miguel Lopes e Maicon à cabeça. A primeira substituição, Tomás Costa por Varela, é daquelas que me enerva. Destruir o meio-campo nunca me parece uma boa opção, e apesar de continuar com Mariano na zona acaba por se tornar complicado para recuperar em caso de contra-ataque. Valeu a inquietude do Olhanense para safar um pontinho, porque se estas substituições fossem feitas contra uma equipa melhorzinha…nem quero imaginar…
Se alguém ainda tinha um restinho de esperança de chegar ao título, hoje ficou sem ele. O Braga empatou e mais uma vez perdemos a hipótese de ficarmos a seis pontos da Liga dos Campeões. Estou resignado a ir à Liga Europa para o próximo ano, por isso venha o jogo do Arsenal. Quem sabe não será o nosso último jogo na Champions’ durante muitos meses…
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Baías e Baronis – Sporting vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)

Ao contrário do que se possa pensar, há pouco a dizer sobre o jogo. A equipa do FC Porto implodiu em campo, fruto de uma exibição pouco mais que absurda, com jogadores apáticos, sem alma, garra, concentração, entrosamento e acima de tudo, vontade de vencer. Parece impossível que seja a mesma equipa que alinhou frente ao Braga na semana passada, a equipa que foi para cima do adversário, que o sufocou e que mostrou um futebol como este ano não tinha visto. Os que há umas horas entraram em campo foram o espelho da corrente época, uma pálida imagem do que o nosso clube já conquistou e do que gostamos de apregoar por esse mundo fora, que lutamos, que somos guerreiros, que a nós ninguém nos ganha em suor. Pois hoje não só nos ganharam em transpiração como em inspiração. A análise segue abaixo:

BAÍAS
(+) Helton. Só por culpa dele não saímos de Alvalade com mais golos no saco. Esteve bem, podia ter feito um pouco melhor no segundo golo mas acredito que não tivesse visto a bola a sair dos pés de Izmailov. Boas defesas e excelentes saídas a cruzamentos, foi o melhor da equipa.
(+) Fucile e Falcao. Foram os únicos que tentaram fazer qualquer coisa para mudar o que se passou. Não conseguiram muito por culpa dos colegas, que não os ajudavam. Fucile subia pelo flanco e apanhava com um Mariano imbecil e trapalhão. Falcao bem tentou dominar a bola mas foi sempre mal ajudado por Varela, Meireles e Ruben.
(+) Jesualdo. Naquela que foi das noites em que menos culpa teve, fez uma conferência de imprensa séria, sóbria e correcta. Assumiu as responsabilidades da má noite da equipa, culpou-os no que devia e lamentou-se do que devia. Não se escudou só na falta de pernas mas admitiu que fizeram falta. É verdade. Não teve culpa nenhuma no desenrolar da partida, ainda menos nas substituições. Percebi quando tirou Meireles para meter Belluschi, para tentar dar mais movimento ao ataque. Não correu bem. Entendi quando, a perder por 3, tentou dar alento ao ataque e reforçar o meio-campo, trocando Mariano por Rodríguez e Ruben por Guarín. Não correu bem. Ninguém poderá seriamente culpar Jesualdo pelo mau resultado de hoje, até porque se virem bem, a equipa era basicamente a mesma que demoliu o Braga. Nenhum portista esperava é que implodíssemos em Alvalade…
(+) Sporting. Uma nota simples para a exibição do Sporting. Agressivos, aproveitando bem alguma permissividade de João Ferreira para o jogo rijo (contra o qual nada tenho, quem me dera que nós tivéssemos feito o mesmo), foram para cima dos nossos jogadores, pressionando sempre o portador da bola até que este a perdesse, impossibilitando que uma construção de jogo lenta como a nossa fosse minimamente profícua. Foram bravos e jogaram bem, mereceram a vitória.
BARONIS
(-) Apatia. Fracos, medrosos, tristes, desanimados com os azares, de braços para baixo e moral no chão. Exige-se muito mais, mas estes rapazes, seja pela intensidade ou pela quantidade de jogos, não estão a aguentar a pressão de ter de procurar o resultado. E quando tudo corre mal, quando se perdem ressaltos, quando os passes saem tortos, quando o adversário intercepta uma e duas e três bolas, não conseguem dar a volta por cima e voltar à luta. E assim torna-se complicado vencer seja o que fôr. A forma displicente como se deixavam os jogadores do Sporting “brincar” à entrada da área, com ressaltos consecutivos a irem parar aos pés dos jogadores de verde e branco, entradas sem vontade nem empenho, cortes fracos para o adversário, construção de jogo inexistente, enfim, uma paupérrima mostra de futebol de uma equipa que já podia e devia ter um nível competitivo mais consistente, aliás como tinha vindo a mostrar nas passadas jornadas. Como é possível que se percam tantas bolas por infantilidades, que as marcações sejam sempre falhadas e que haja tanta permissividade perante um adversário que, não estando a fazer uma boa época, tem jogadores que rematam bem e que sabem jogar à bola?!
Decidi fazer uma pequena nuance nos Baronis de hoje, atribuindo notas individuais a grande parte dos jogadores. Ora vejam lá se concordam:
(-) Bruno Alves. Zero. Esperem, vendo bem o terceiro golo, diria: dois negativos.
(-) Rolando. Zero. Só com um auto-golo podia ter jogado pior.
(-) Varela. Zero. Acusou a pressão.
(-) Ruben. Zero. Teve medo em quase todos os lances.
(-) Álvaro Pereira. Zero. Horrível a defender, ineficaz a atacar.
(-) Meireles. Zero. Lento e previsível.
(-) Tomás Costa. Zero. Muito mau a passar a bola, pior no posicionamento táctico.
(-) Mariano. Zero. O costume pré-Sporting para a Taça.
(-) Belluschi. Zero. O costume, ponto.
Ponto final, parágrafo. O mais provável é termos hipotecado qualquer hipótese de vencer o campeonato 2009/10 neste Domingo chuvoso em pleno Alvalade XXI. Até ser matematicamente inviável vou manter uma fugaz esperança de lá podermos chegar, mas não vejo grandes chances de recuperarmos 9 pontos do Benfica e 8 do Braga. A própria Liga dos Campeões está longe demais para ser uma realidade provável. É possível mas cada vez menos verosímil. Haja fé…

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